Grande parte dos nossos eleitores, ainda vota, sistematicamente pelo mesmo partido, com um sentimento igual ao que têm pelo seu clube predileto!
Outra grande parte do eleitorado vota sempre de cartão amarelo na mão, como vêm fazer aos árbitros no futebol!
Ainda outra larguíssima faixa do eleitorado, desiludida, vota em branco ou abstém-se!
Num mundo em mudança constante, estes comportamentos são aparentemente incompreensíveis.
No panorama político nacional assistimos na última década ao aparecimento de vários politólogos em cena. Alguns, poucos, dão aulas de política em universidades exibindo um diploma que ninguém sabia terem, outros especializados nas áreas das “Ciências Sociais e Políticas” e da “Sociologia”, estão a dissecar a existência dos partidos em Portugal.
Um deles afirmou:
“Até 2009, os partidos vão receber do Estado tanto quanto Bill Gates vai investir em Portugal: 64 milhões de euros” .
Sem pretender fazer, por ora, qualquer viagem ao incrível mundo dos financiamentos políticos, vincamos a convicção que já tínhamos de que é o povo que paga os partidos que temos. Porquê e para quê ainda não percebi.
Na verdade os partidos estão na posse de elites fechadas.
Afirmou ainda o mesmo senhor, membro de uma “Comissão de sábios” consultada nos trabalhos da “ Reforma do Sistema Eleitoral”, quando lhe perguntaram:
Acha que os partidos deixaram de ser espaços de afinidade ideológica e social e passaram a ser grupos mais pequenos e coesos de disputa eleitoral? A resposta aí está:
Os partidos passaram a ser máquinas de conquista de poder, muito agarrados ao Estado por isso lhes chamamos, partidos de cartel Deixaram de ser organizações de combate ideológico e programático, de massas, e passaram a ser partidos de eleitores e, mais recentemente, de cartel”.
Na verdade passaram a ser máquinas de conquista de poder, que quando conquistado é distribuído pelos amigos. Os eleitores vão sempre perdendo!
Noutro jornal de grande dimensão consegui ainda ler a opinião de outro especialista político:
“ PS e PSD não nasceram de movimentos sociais, nem são o produto de clivagens sociais e ideológicas lineares. Ainda que com importantes diferenças, ambos são (partidos de cartel) construídos por elites e assentes na distribuição dos recursos públicos”.
Com o meu pensamento preso àquilo que de há muito sei ser um “cartel”, coisa ligada ao mundo mafioso e aos trust dos interesses obscuros, e conhecedor da sua ilegalidade em Portugal, confesso que fiquei aturdido.
Dei por mim a pensar se será possível o PS e o PSD combinarem as suas atuações políticas nos bastidores, traindo aqueles milhares de pessoas que votam no seu clube de eleição ou, então, os outros que pretendem mostrar o cartão amarelo punindo o infrator?
Deste modo o infrator nunca é punido porque com os benefícios do cartel, só aparentemente perde o poder.
Provavelmente os únicos eleitores que estarão certos serão os que não rejeitam nenhum voto, mas se esforçam para votar pensando nos problemas do país e não nos seus próprios problemas. Pensando assim, podem não ganhar, mas de certo modo ajudam muita gente, quem sabe até os seus mais próximos? A política está longe de ser um mundo de perfeição
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