Por influência de George Orwell, vou optar por explanar a minha teoria baseando-me no mundo dos animais. De resto, diz a sabedoria popular que, «quanto mais conheço os Homens mais gosto dos animais».
Eu confesso, que também.
Igualmente por influência da mesma fábula (O triunfo dos Porcos), vou eleger estes animais, como figura astuta, observadora e de forte personalidade animal, lideres maiores da minha argumentação.
Não posso esquecer uma entrevista dada na TV, por um treinador de futebol, quando interrogado sobre um acontecimento estranho ocorrido com a equipa adversária, disparou a seguinte resposta: “A mim já nada me espanta desde que passei na Praça de Espanha e vi um porco a andar de bicicleta“. A mim também não.
Sendo assim no lugar cimeiro da organização que arquitetei, ficará um porco chamado “ Porco Mor “.
Este porco irá comandar três organizações e para o caso nem interessa o nome delas. Uma delas é bastante citadina, agressiva e está recheada de elementos que são nada mais nada, menos que os “Cães“ . Nem sequer importa o nome do líder, uma vez que muda de três em três anos, quando muito podemos-lhe chamar o “Mestre-Cão “ . Estes animais desenvolvem a sua actividade debaixo de um acordo assinado com o “Porco-Mor”, que lhes garante comerem pelo menos cinquenta por cento da carne à venda no “ Reino - Animal “.
É claro que entre “irmãos” uns comem muito mais que os outros, mas também é certo que os restantes cinquenta por cento da carne do “ Reino-Animal “ vão ter que dar para toda a sua população. Naturalmente para muitos nem ossos ficam, sobrevivendo naturalmente com muitas carências alimentares.
Esta espécie é de longe a que tem o maior grupo a representá-la e por isso a que fica com mais tachos. Quem não está no grupo come sempre restos do chão e já não é nada mau.
O segundo grupo é constituído pelos gatos do reino. Também eles fizeram o seu acordo com o “Porco-Mor” que lhes garantiu a mesma quota de alimentação desta vez em peixe. O “Mestre-Gato “ no acto da assinatura fez o discurso da praxe, reafirmando a sua total lealdade à jura que todos tinham feito.
Talvez por a pesca os empurrar para outros reinos, o seu grupo é o mais pequeno dentro do reino, sendo o peixe dividido entre os que ficam e os que andam no estrangeiro. No Universo-Animal este grupo é muito respeitado e influente. Para além da pesca, nas suas andanças vão fazendo todo o tipo de negócios o que faz dela gente abastada.
Finalmente chegou a vez do terceiro grupo. É composto pelos ratos do reino e são naturalmente comandados pelo “Rato-Chefe”. Têm a sua sede nos escombros de uma velha capela abandonada e dali espalham-se por todo o reino animal, mas sempre de fugida e utilizando de preferência os colectores camarários ou os canais subterrâneos das toupeiras. Só aparecem à superfície em missões rápidas e curtas. São extremamente perspicazes e argutos.
O negócio que fizeram com o “Porco-Mor” foi mais elaborado e complexo que os outros efectuados! Com o argumento da sua população englobar duas espécies distintas, o "Rato do Campo“ e o “Rato da Cidade“ quiseram um acordo para comerem vinte e cinco por cento da quota dos cães e outro tanto da quota dos gatos. É claro que eles não estão muito interessados na carne nem no peixe para se alimentarem, mas nisso eles são peritos e sabem bem lidar com a chamada economia de troca.
. O CONCEITO DE SERVIÇO PÚB...
. ENDIVIDAMENTO PÚBLICO E P...
. A SACRALIDADE DA PESSOA H...
. 200 000
. A VERDADE PODE SER DOLORO...
. IMAGINEM
. PORTUGAL, UM PAÍS DO ABSU...
. CIVILIZAÇÃO Pré-histórica...
. UMA SOCIEDADE SEM "EXTRAV...
. O POVOADO PRÉ-HISTÓRICO D...
. AS INTRIGAS NO BURGO (Vil...
. MANHOSICES COM POLVO, POT...
. NOTA PRÉVIA DE UM LIVRO Q...