Era uma vez um Portugal com portugueses que Teixeira de Pascoaes viu, e no-lo mostrou pelo texto deste livro tal qual ele o observou, fundado na glória da sua história, refletido pelas suas figuras maiores, pelos seus poetas, nas virtudes de ser português e nos seus defeitos, sintetizando que para sermos o Português que vira nesse projeto, era preciso arte.
( … )Ora, aqui, o poeta despe a sua pele para vestir uma outra e assim se misturar no povo, para ele próprio conhecer melhor o Portugal que no fundo apenas ele via ao ritmo dos sentimentos sangrados do seu coração.
Convirá que seja feita uma referência ao saudosismo de origem Sebastianista dorida e aventureira, que originou um movimento literário na primeira década do velho século. A revista “Águia” tornou-se no elemento nuclear e de difusão das ideias do grupo de poetas que nela escreviam, e o mentor, Pascoaes, reconhecia esse saudosismo como o motor da produção literária poética.
Mas aquilo que Portugal é, já o era em 1920 quando das primeiras publicação deste livro e até muito tempo antes. Um Portugal brando, de vil tristeza, mártir da inveja que sucedeu à cobiça, preocupado em manter a grandiosidade perdida, que não se afastou nem se aproximou daquilo que poderíamos ser e que é sublimado por este livro. São estes os defeitos que reunidos num outro sub-capítulo, o autor apontam como aqueles da Alma Pátria, rematando com o vício que atualmente é mais agitado como bandeira: a Imitação. A imitação de que os outros (aparentemente) farão de bom…
«…Quanto a estas qualidades, são as próprias da raça que devemos cultivar. Não há maior erro que a pretendida substituição das qualidades próprias por aquelas que admiramos nos outros povos.».
Este Portugal que mostra a sua feição real nos dias que correram e que correm, não conheceu este livro, ignorou a nossa alma pátria porque não se confrontou com ela em todas as ações diárias materiais e espirituais, e cujas virtudes nos poderiam ter catapultado para o lugar onde Viriato, D. Afonso Henriques, Nuno Álvares, Vasco da Gama, Camões ou Fernando Pessoa se encontram.
Viremos então os olhos para o futuro pois como já vimos a Alma pátria existe em matéria e alma, e está alicerçada. Acreditemos pois, livres, saudosos e independentes.
(é muito bonito falar, não é?)
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