Moral – A razão do mais forte (insubmisso) é sempre a melhor.
A criação literária depende muito da imaginação, só que essa imaginação é agregada a diversos fatores presentes na vida do autor. Desde diálogos e relacionamentos, à moral e pensamentos. Portanto, não é “apenas” um simples contar de histórias, totalmente estruturadas de forma coerente e com personagens chamativos, é também um diálogo dentro e fora da obra, de acordo com a experiência de quem a escreve.
Pois é, dentro e fora da obra que pele vestirá o autor? Sabendo-se ele submisso e insubmisso, por natureza!
Por ser assim, sabe-se que ele irá ser tudo menos meio-termo. Irá, ser lobo e cordeiro, essa é a sua natureza. Se conseguir, formará um diálogo imenso entre obra e a realidade. Continuando na relação de dentro e fora da obra, além de indicar o padrão de vida considerado adequado a cada personagem, também indicará a sua hierarquia social, já que os camponeses nas suas obras, quase sempre são apresentados de forme miserável, mesmo assim,uns submissos e outros insubmissos.
A muralha é tida explicitamente como a divisão de dois mundos completamente distintos: o selvagem e o civilizado. Cá está a dupla formação de caráter do autor a impor o desenrolar das cenas. Nada nem ninguém o poderá desviar do enredo da fábula do “Lobo e o Cordeiro”:
“Um cordeiro (submisso) estava a beber água num riacho. O terreno era inclinado e por isso havia uma forte corrente. Quando levantou a cabeça avistou um lobo (insubmisso) também a beber nesse riacho. Como é que você tem a coragem de sujar a água que eu bebo? Disse o lobo, que estava a alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.
Senhor – respondeu o cordeiro, não precisa de ficar zangado porque eu não estou sujando nada. Estou a beber a uns vinte passos mais abaixo, é impossível acontecer aquilo que diz. Você agita a água, continuou o lobo ameaçador, e sei que andou a dizer mal de mim no ano passado. Não é verdade, disse o cordeiro. No ano passado ainda não tinha nascido. O lobo pensou um pouco e disse: se não foi você foi o seu irmão, o que dá no mesmo. Eu não tenho irmão disse o cordeiro – sou filho único. Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou algum dos cães qur cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue. Então, ali dentro do riacho, no fundo da floresta, o lobo saltou sobre o cordeiro, agarrou-o com os dentes, e levou-o para comer num lugar mais sossegado.
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