Estamos, assim, perante a trilogia senhorio-locatário-empresa empregadora. Num momento mundial em que praticamente não há hoje um emprego para toda a vida (excetuando a função pública) à citada trilogia, teremos de acrescentar o fator transportes. Na sequência, e por fim, é nosso objetivo chegar à problemática arrendamento de prédios urbanos versus compra de habitação própria.
Em boa verdade, foi provocado um estrangulamento do mercado de arrendamento, em consequência de opções políticas erradas (antes e pós 25 de Abril). Acresce a isto, uma “reforma” na vertente política, será sustentada na negociação entre senhorio e arrendatário para atualização de rendas antigas. A aposta nos incentivos à aquisição de casa própria foi sobredimensionada, levando ao enfraquecimento do mercado de arrendamento, ao endividamento excessivo das famílias e á fraca mobilidade dos trabalhadores na procura de novo emprego. A massificação do crédito, designadamente do crédito à habitação, conjugado com uma política que apostou na construção nova em detrimento da reabilitação urbana, conduziu à degradação dos imóveis, em especial nos grandes centros urbanos.
Tornou-se assim imperativo inverter a atual situação de desequilíbrio do mercado em que o baixo retorno financeiro proveniente dos arrendamentos antigos convive com os preços elevados dos arrendamentos praticados recentemente. O congelamento de rendas, a dificuldade de proceder a despejo e o excessivo vínculo contratual, provocaram um decréscimo nos rendimentos dos senhorios e a falta de confiança no mercado que se manifestou numa incapacidade de investimento na reabilitação e na manutenção dos edifícios, colocando em causa a sua própria segurança.
Perante a realidade atrás apontada, o mercado de arrendamento é insuficiente e dispendioso. Quem optou pela compra de casa própria, tem grande dificuldade em vendê-la, e perante situações de despedimento isso limita em muito a procura ou aceitação de qualquer emprego noutra área do país. Assim, um despedido não pode pagar a mensalidade contratual ao banco, acabando por ter de entregar a casa ao banco credor e ficar numa situação muito é intrincada, que configura um beco sem saída! Tem de haver uma saída no país para o mercado de arrendamento urbano normalizado, mas qual e como? Com que demora? Com que custos?
Os erros foram muitos, por não ter sido considerado como caminho a seguir o ionteresse geral do Estado!
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