Fomos a última geração a ser incentivada para se:
“ Produzir e Poupar”.
As seguintes foram incentivadas para recorrerem ao crédito, até Portugal atingir o endividamento que é hoje, dos mais elevados e escandalosos do mundo! Alguns acreditaram depois da revolução dos cravos, que o consumismo trazia a abastança ao país. Mesmo sem o País produzir!
Tivemos uma alimentação deficiente e ainda ouvimos falar de “uma sardinha para três”. Não tivemos médicos, nem professores, nem tudo aquilo em que agora se esbanja, para apresentar indicadores de gente rica.
Os professores, os médicos, os juízes etc., que havia, não pensavam nos interesses de classe. Pensavam no serviço público que muito os honrava.
Saímos de casa dos pais cedo, muito cedo, às vezes para muito longe e muitas outras vezes, para nunca mais voltar. Roíam as saudades, mas era preciso poupar para enviar “dinheiro” que assegurasse algum sustento aos país já velhinhos e ajudasse a equilibrar as finanças da mãe pátria, já que ela não nos tinha podido ajudar.
Sempre com Portugal no coração, mesmo sem dinheiro para vir de férias, íamos mandando para cá o pouco que sobrava, ou fazíamos nós sobrar apertando o cinto. Soubemos mais tarde que era esse pouco de cada um e o muito porque éramos muitos, que ia permitindo ao nosso país manter uns senhores doutores a ganhar bem e a dizer que a culpa do estado do país era nosso, porque não tínhamos estudos! Não há melhor universidade que a vida! Os maiores empresários portugueses e do mundo não tinham cursado, mas Deus deu-lhes o dom de saberem reproduzir riqueza! Durante muitos anos fomos mantendo um país, que comia muito mais do que aquilo que produzia e, assim, desequilibrava, anos a fio, a sua balança de pagamentos e as contas do Estado.
Foi com muita amargura que tomámos conhecimento do Relatório Elucidativo sobre 2001
Apresentação do Governador Vítor Constâncio do Boletim Económico - Março de 2002, em 30 de Abril de 2002. A publicação deste Boletim Económico constitui uma oportunidade para realizar uma primeira apreciação do comportamento da economia portuguesa no ano passado usando os dados por enquanto disponíveis. Um primeiro balanço da evolução da economia permite-me identificar três grupos de problemas que defrontamos neste momento:
1) Uma desaceleração da atividade económica, que partilhamos com o resto da Europa, mas que tem factores internos próprios;
2) Uma difícil situação orçamental que requer uma redução significativa do défice em pouco tempo;
3) Um défice estrutural de competitividade a que temos que fazer face com novas soluções que alterem o lado da oferta da economia, por forma a vencer os desafios que nos coloca o alargamento da União Europeia.
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