Novembro é no ano, um mês que funciona como charneira dos ritmos do tempo, é nele que cai a folha. Um mês profundo, dado a introspeções em torno da lareira que se começou a acender com os troncos velhos de azinho, sobro ou oliveira, que há-de assar umas castanhas e dar pretexto a uma boa pinga.
Novembro deverá ser sempre o mês da apanha da azeitona. E neste ritual, que é intenso, recolhem-se todas as expetativas agrícolas que se foram interiorizando ao longo do ano.
Em terras da borda-d’água, nos campos da Golegã, Riachos, Azinhaga, Cardiga até aos olivais de Santarém, a safra da azeitona trazia até à beira do Tejo ranchos de gente pobre e precisada de todo o país, a quem os ribatejanos alcunhavam das formas mais diversas. Os bimbos, os gaibéus, os ratinhos e barrões, vindos das aldeias humildes das Beiras. Quer para a apanha da azeitona quer para a limpeza das oliveiras. Uns chegavam às estações da CP de Mato de Miranda, Riachos e Vale de Figueira, outros em camionetas alugadas ou em galeras, onde traziam todos os recursos que iam necessitar nas duras jornadas que os esperavam nos olivais. O Ribatejo tinha bastante gente ligada à lavoura, às sementeiras, às mondas e às colheitas. Mas a apanha da azeitona era uma labuta diferente, pelas exigências gigantes da safra e pelo facto de a recolha do fruto quase bíblico dever ser feita num espaço de tempo limitado para que fosse intacto para o lagar e dele sair um fio de azeite tão imaculado quanto possível.
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