Uma dependência que é também uma fragilidade. Exactamente por essa razão , alguns economistas defendem que se deve avançar com planos de investigação e desenvolvimento de energias alternativas. Tendo em vista este caminho será conveniente ter bem presente as seguintes Leis da Termodinâmica :
“ A energia não pode ser criada nem destruída, somente transformada”
Primeira lei : Princípio da Conservação de Energia
“ A entropia – grau de desordem – de um sistema fechado aumenta continuamente”
Segunda lei : Lei da Entropia
O termo energia vem do grego- “energéia” – e, conforme a sua formulação é quase sinónimo de trabalho. Para fins científicos e genéricos, a definição mais usual trata a energia como a capacidade de produzir trabalho. Desde sempre o Homem dispôs somente da energia da sua própria força muscular e da tracção animal, do calor da lenha e da captação do movimento das águas e dos ventos. A invenção da máquina a vapor há trezentos anos e a utilização do petróleo a partir do século XIX possibilitaram novas condições e qualidade de vida, mas criaram também novas situações económicas, sociais e ambientais na busca dessa energia.
Apesar disso, estima-se que aproximadamente um terço da população mundial não tem acesso à energia eléctrica e, mesmo em sociedades mais industrializadas, com melhor padrão de vida, ainda coexistem formas rudimentares de transformação e uso da energia.
Hoje, a Ásia é o maior continente produtor de energia (34% do total), seguida da América (31,1%) e da Europa (25,6%). A América do Norte é o maior consumidor, principalmente os Estados Unidos que consomem mais de um terço do total produzido.
A produção mundial de energia, em 1997, segundo os dados da Agência Internacional de Energia, somou o equivalente a 9,5 megatoneladas de petróleo, dos quais 86,2% são provenientes de fontes não renováveis – carvão, gás natural e petróleo.
As reservas conhecidas de petróleo devem durar apenas mais 75 anos, as de gás natural, um pouco mais de cem anos; as reservas de carvão aproximadamente 200 anos. Embora tenham uso crescente, as fontes renováveis, aquelas que se podem renovar espontaneamente ( água, sol e vento ) ou por medidas de conservação ( vegetação) - são responsáveis apenas por 13,8% do total produzido
As Fontes de Energia Alternativas conhecidas são neste momento as seguintes:
Eólica. Geotérmica, Solar, Biomassa, ou ainda outras
fontes alternativas podem merecer análise como as marés, ondas, xisto, fissão nuclear. Todas com vantagens e desvantagens, mas ainda num estado de aproveitamento bastante incipiente.
A nível mundial é muito mais correcto falar de petróleo, dentro das causas económicas, do que vagamente da economia mundial. Em boa verdade esta depende em absoluto das fontes de energia e, no caso, o petróleo domina maioritariamente a realidade económica mundial.
As alternativas de que falámos aparecem como tal, de forma muito incerta, empurrando as estratégias mundiais de todos os países, muito mais no sentido de garantirem o consumo do petróleo enquanto ele existir, do que para as áreas da investigação e desenvolvimento de outros tipos de energia.
Das causas apontadas para a origem dos conflitos mundiais e locais, a economia e as religiões, a maioria das vezes elas não aparecem isoladamente, mas sim, entrelaçadas. Será caso para dizer de mãos dadas.
Justificam-se mutuamente e são habilmente manobradas ao serviço das ditas estratégias das grandes potências mundiais.
Como poderia o Homem sobreviver sem os recursos naturais do seu planeta ? Ele que à terra e ao mar arranca, numa labuta de sempre e para sempre, os produtos de que precisa para se alimentar, vestir e confeccionar toda a sorte de utensílios de que necessita. Ele que, na constante tentativa de viver numa sociedade cada vez mais rica e mais confortável, lhe tem sabido dispensar um ritmo impressionante de progresso, e que já se volta, ambicioso, para os espaços siderais.
A economia mundial tem, pois, os seus alicerces nos recursos naturais, tanto no estado primitivo como na forma final conseguida através das operações levadas a cabo pelo Homem, para os tornar utilizáveis.
Será o caso dos recursos que se extraem do solo e do subsolo e de que os minerais metálicos e os combustíveis são os exemplos mais marcantes. Por seu turno, é o mundo dos seres vivos - animais ou vegetais – o manancial primário dos recursos naturais. O Homem explora-o e desenvolve-o desde o seu aparecimento na face da Terra – pescando e caçando, criando animais domésticos, abatendo árvores, cultivando o solo. Abril de 2002