Segunda-feira, 28 de Dezembro de 2009
AGRÍCULTURA NACIONAL
NEM OLIVENÇA NEM OLIVAL
Boa parte do azeite nacional já é produzido por Espanhois
O Ministério da Agricultura não dispõe de dados que permitam saber, exactamente, que parte do olival português já foi vendido a espanhóis, segundo disse à Visão um seu porta-voz, alegando que se tem tratado de negócios privados entre agricultores portugueses e empresas do país vizinho.
A dificuldade de encontrar informação centralizada sobre estas transacções repete-se noutras entidades - desde a ADRAL, a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, a zona onde se situam as herdades em causa, à Câmara de Comércio Luso-Espanhol ou mesmo à Agência de Promoção da Andaluzia. Se, em Portugal, o total da área vendida parece ser uma incógnita, já em Espanha o diário «El País» noticiava, há algum tempo, que agricultores daquele país já aqui tinham comprado mais de 20 mil hectares de olival. O jornal divulgava, inclusivamente, o nome de algumas das grandes empresas proprietárias, como a Bogaris, de Sevilha, que aqui teria adquirido mais de 3 mil hectares. Outros casos seriam o de empresas da região de Córdoba, como a Agrogenil, que já possuiria 10 mil hectares, e o grupo Gómez Cabrera, dono de outros 2 mil hectares de terra.
Embora este processo de venda de herdades a agricultores espanhóis já viesse mais de trás, terá adquirido um novo vigor após a decisão de Bruxelas, tomada em 2004, de autorizar a plantação de 30 mil hectares de olival. Desde a adesão à União Europeia, grandes áreas de agricultura ficam obrigatoriamente sem produzir - a chamada política de «set aside» - devido à distribuição de quotas dentro da comunidade. Emília Caetano - Visão
PS: Trata-se de uma situação deveras estranha. Os nossos vizinhos estão a enriquecer com as quotas que a UE nos atribui. Após o encaixe da venda da terra, se vier para Portugal, a riqueza criada vai para Espanha.
E vai todos os anos, enquanto Portugal está a pagar para que empresas estrangeiras se fixem no nosso país e, com isso, podermos ter entrada de dinheiro do exterior, para equilibrar a nossa balança de pagamentos, que acusa, como todo o mundo sabe, uma dívida soberba ao estrangeiro.
De ninitagsantos@gmail.com a 14 de Janeiro de 2010 às 21:46
E se alguém tiver dúvidas de que tudo isto do azeite português estar praticamente nas mãos dos espanhóis (eu naturalmente faria o mesmo que eles se tivesse dinheiro para investir em Espanha), basta fazer uma curta viagem até Beja. Muitos desses milhares de hectares, os mais recentes, já são visíveis pela quantidade de viveiros de oliveiras que se encontram desde alguns quilómetros antes de Ferreira do Alentejo, até alguns depois de Beja. Ladeando a estrada tanto a Nacional como a Auto-estrada , encontramos centenas de milhar de oliveiras, jovens, provavelmente viveiros de árvores que irão ser transplantadas para os outros milhares de hectares onde já é explorado o azeite e que não é visível , nas estradas principais. O nosso Alentejo , só é nosso de nome, porque, as terras já há muito que foram vendidas a quem tem iniciativa e apoios para as explorar. O azeita não é produzido de imediato, há por certo milhares de hectares á espera que as árvores jovens cresçam o suficiente para serem transplantadas sem danos. Mas que dá gosto ver, isso dá. Daria muito mais se em Portugal não houvesse tanta preguiça mental, tanta incapacidade para trabalhar a terra, para saber explorá-la da melhor maneira. Tudo começou mal quando o slogan" a terra a quem a trabalha" serviu para a dividir em porções fáceis de vender e sem interesse para as trabalhar. Tiraram-se, muitas, aos donos, repartiram-se e, como bons portugueses ficamos ásombra de um chaparro a observar os espanhóis a tirar dividendos do que não fomos capazes de conservar. Trabalhar dá canseira, faz suar, e não havendo dinheiro...investe-se o quê?
Agora é só o Alentejo , o Algarve, e poucas aldeias transmontanas, daqui por 10 anos, seremos realmente europeus, se calhar sem pátria . Seremos cidadãos do mundo, porque, para trabalharmos bem, temos de imigrar, para podermos voltar, ricos, ou quase, com um bom carro, casa afrancesada na terra onde se nasceu, porque, também como bons portugueses que somos, o que os olhos dos outros invejam é que nos dá prazer. Não me importava de ser espanhola, ter o nível de vida que eles têm, ter as condições que eles têm para trabalhar a terra, qualquer terra, mesmo a nossa! Ou isso ou chinesa,
que trabalham todos os dias, dois terços do dia, e, vão comprando todas as lojas que os portugueses fecham.
Trabalhar faz calos, estraga as unhas, tira-nos horas de sono, requer empenho e muitas vezes sacrificamos tudo o que nos dá prazer, pelo conforto da família
Família? Desculpem esqueci que também em Portugal o modelo da Família foi refinado, e a dois passos da visita do Papa, vamos ter um país engraçado para o receber. Vamos ter famílias de homossexuais (por acaso lembrei-me agora de alguns mexericos que surgiram quando Sócrates foi eleito, a primeira vez) vamos apresentar um comércio liderado por estrangeiros, chineses, espanhóis , vamos ter milhões de desempregados portugueses mas, comovedoras iniciativas para empregar romenos,
pelo menos duas gerações provenientes do leste da Europa e, africanos muitos brasileiros- muitos- e os nossos, sem subsídios , sem emprego, sem trabalho. De quem será a culpa? Podemos insurgir-nos contra o Governo, multifacetado , que governa mais em prol dos estrangeiro e em detrimento dos nacionais? Se eu fosse espanhola se calhar também vinha cá comprar terras por tuta e meia, porque, teria um apoio , teria uma oportunidade, uma ajuda.
Pois é...mas a vida é tão curta que os governantes têm uma certa razão...o tempo que lá estão mal chega para eles se encherem, quanto mais para dar ao povinho. O povinho que se lixe!
SIMPLESMENTE FORMIDÁVEL !!!!
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