Que não eram boas, nós já sabíamos. Assim que Cavaco Silva foi eleito, era um pouco óbvio que o confronto entre os dois ia ser no mínimo explosivo. Agora sabemos que caminham para um ponto de não retorno. Antes ainda havia tendência para tentar acalmar a situação através de algum resguardo nas palavras. Falava-se em cooperação institucional tentando passar a mensagem de que apesar do desgosto de terem de trabalhar um com o outro havia algo mais importante. Hoje, tornou-se claro que já não há. Nos últimos dias Cavaco Silva afirmou que havia coisas mais importantes e urgentes a discutir do que o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Num estilo "pau para toda a obra" Sérgio Sousa Pinto, deputado do PS, mandou o Presidente da República meter-se na sua vida. Além do recado, ainda "ameaçou" o presidente afirmando que se alinhasse com a oposição nas críticas ao Governo estava a colocar a estabilidade politica em causa. Pouco depois foi a vez de S. Bento reagir a notícias que davam conta do desconforto pelo facto de o primeiro-ministro não ter ido à tomada de posse dos conselheiros de Estado. O gabinete de Sócrates afirmou, "já não estranhar a intriga mesquinha que, a propósito e a despropósito, é colcada nos jornais contra o primeiro-ministro. A resposta de Belém foi imediata: "o relacionamento do Presidente da República com o primeiro-ministro é do domínio privado". A Presidência da República não alimenta intrigas montadas para desviar as atenções". O próximo ano não pode ser pior, ou pode?
João Vieira Pereira -
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