Quando já estavam contados os votos em 58 por cento dos centros eleitorais, Papandreou proclamou vitória. “Estamos unidos perante a grande responsabilidade que eu assumo, apelamos aos gregos para que unam forças, sabemos que vamos conseguir”, disse aos apoiantes frente à sede do seu partido, em Atenas.
Os resultados davam-lhe 43,7 por centos dos votos, o que representa uma maioria absoluta e 159 dos 300 deputados do Parlamento. O Partido Nova Democracia, do primeiro-ministro Kostas Karamanlis, chegava aos 37,2 por cento, o que significa 96 deputados, muito menos do que os 151 que tinha até agora.
“Estou seguro de que juntos mudaremos a Grécia”, tinha dito durante a campanha Papandreou, 57 anos, filho e neto de primeiros-ministros da Grécia, Yorgos e Andreas Papandreou, e presidente da Internacional Socialista. O Pasok teve razões para festejar logo às 19h00 (17h00 em Lisboa), quando as urnas fecharam. As primeiras sondagens à boca das urnas davam-lhe 40 por cento dos votos.
De acordo com sete institutos de sondagens gregos, soube-se naquela altura que o Pasok teria entre 39,5 e 44 por cento dos votos, como noticiaram as estações de televisão Méga e Skai, citadas pela agência AFP.
A Nova Democracia do primeiro-ministro Kostas Karamanlis, fragilizada pela corrupção, pelo desemprego, pela contestação laboral e estudantil e até pela resposta aos fortes incêndios que deflagraram na Grécia nos dois últimos verões, tinha a sondagem mais favorável a dar-lhe 37,3 por cento, o que não ultrapassaria uma centena de deputados.
O resultado representa o regresso dos socialistas ao poder, que tinham perdido para os conservadores em 2004. Karamanlis tinha convocado eleições a metade do seu segundo mandato para se legitimar no poder, após vários escândalos e muita contestação. Mas logo as primeiras sondagens indicaram um regresso dos socialistas.