Segunda-feira, 14 de Dezembro de 2009
Paulo Pimenta |
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Segundo o Governo, foram entregues cerca de 400 mil computadores Magalhães |
O secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Paulo Campos, revelou hoje que o programa e-escolinha (Magalhães) custou entre 40 a 50 milhões de euros à Acção Social Escolar (ASE) e 20 milhões aos operadores de telecomunicações.
O secretário de Estado, que falava à margem da entrega do Prémio Zon Criatividade em Multimédia, revelou que, até à data, “o envolvimento dos operadores com o e-escolinha é de 20 milhões de euros”
Quanto ao contributo do Estado para o financiamento dos computadores portáteis, “não vai além dos 50 milhões”, assegurou Paulo Campos.
Segundo o Governo, foram entregues cerca de 400 mil computadores Magalhães, que tiveram um custo no fabricante de 208 euros. Tendo por base estes valores, a JP Sá Couto (a empresa que monta os portáteis) tem a receber aproximadamente 83 milhões de euros.
O secretário de Estado voltou a rejeitar a ideia de que houve adjudicação directa à JP Sá Couto, frisando que os operadores de telecomunicações consultaram previamente uma dezena de marcas antes de escolherem "a melhor oferta".
E notou que a Comissão Europeia "está a analisar o programa e-escolas no seu todo" e não a questão da entrega do fornecimento à JP Sá Couto em particular.
Paulo Campos garantiu ainda que o programa e-escolinha resultou em “alguns milhares” de adesões à Internet de banda larga de alunos do primeiro ciclo.
Na sexta-feira, já depois de ter sido conhecido que o Governo utilizou 180 milhões de euros das verbas da ASE para financiar os programas de computadores, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, admitiu no Parlamento que um dos objectivos do orçamento rectificativo foi reforçar as verbas destes apoios sociais.
Empresas pagaram 20 milhões
Acção Social Escolar gastou entre 40 a 50 milhões de euros com o Magalhães 14.12.2009 - 14h29
Por Ana Brito