DITO&FEITO – 20/11/2009
20 November 09 12:01 PM
Com tudo isto, a figura de Sócrates corre o risco de se tornar incómoda não só para o Governo do país como para o próprio PS. Contrariando a estratégia política do primeiro-ministro, o socialista Carlos César veio esta semana defender que o Governo deve «encontrar um parceiro responsável na Assembleia da República para aprovar o Orçamento e outros diplomas fundamentais», sob pena de o país não ter um plano, mas «uma manta de retalhos sem nexo e um leilão dos seus escassos recursos». E César demarca-se, ainda, das «teorias da conspiração» que abundam no PS sobre a investigação ‘Face Oculta’. Já António Costa, há uma semana na Quadratura do Círculo, mais do que defender Sócrates dos ataques de que estava a ser alvo, preferiu enfatizar a sua confiança no poder judicial: «Estou calmo e tranquilo. Sei que a magistratura actuará com isenções e competência». António Costa e Carlos César, dois potenciais candidatos à sucessão na liderança do PS, começam a distanciar-se de Sócrates. Porque será?