A verdade é que ficou à frente. Retrospectivamente, este resultado deveria ter sido previsível. Por muitas razões: a crise deixou o Governo fazer de Pai de Natal durante um ano; o PSD nunca se entendeu sobre o que queria e quem queria; Sócrates esforçou-se na campanha; e – mais importante de todas – o PS soube evitar as reformas dolorosas (a administração pública, a justiça, etc.). Conhecem a história em que Sherlock Holmes resolve um caso ao reparar que o cão não ladrou? O mesmo se aplicou nestas eleições: ninguém ouviu os cães que não ladraram. Deu-se toda a importância aos 10% de desempregados, e não aos 90% de empregados que têm aproveitado os juros baixos.
Falou-se muito dos 100 mil professores, e não de todos os 700 mil funcionários que tiveram um aumento este ano. Mas, perguntarão, foi mesmo uma vitória? Houve logo quem tentasse ver o PS, sem maioria absoluta, despido de arrogância. Mas José Sócrates ficou à frente – e bem à frente do PSD –, o que não fará mal à sua auto-estima, e também com margem para jogar com outros partidos na Assembleia da República. Quem quiser 'influenciar a governação' terá de se entender com Sócrates. Para fazer o quê? Perguntem ao défice e ao endividamento externo – a esses é que ainda ninguém tirou a arrogância.
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