luzdequeijas.blogs.sapo.pt/">luzdequeijas
A política espectáculo continua, do jeito mais “irritante” que jamais foi visto na terceira república ! Tal discurso só é possível, com a ajuda , permanente, de bons encenadores, dois artistas, e abastados empresários !
Em 26 de Agosto, o responsável pelo Gabinete Coordenador de Segurança e Criminalidade defende que a divulgação de notícias sobre os assaltos que são cometidos no país, pode levar ao aumento destes crimes. Leonel de Carvalho sustentou que a cobertura destes acontecimentos “fomentam o sentimento de insegurança das pessoas”. Já o mesmo princípio tinha sido seguido com as reportagens dos incêndios de verão! É, digamos, um princípio deste governo. Os media fazem a cabeça dos portugueses ! O espectáculo, continua! Na cortina de ferro era assim. O controlo, absoluto, dos órgãos de informação! Tal controlo, é pago em “mais valias”.
Em 2004, Santana lança a ideia : O Gabinete de Informação e Comunicação (GIC) do Governo, à espera de promulgação presidencial, ficou conhecido por «central». Ainda em fase de embrião, tem suscitado inúmeras reacções. A mais insistente relaciona-o com o «apetite» do Executivo pelo «controlo» da informação governamental. Mas não é esse «apetite» comum a qualquer governo? Outros partidos no poder usaram, ou não, essa capacidade de controlo? Santana Lopes passa a decreto o sonho de qualquer governo, que à falta de uma «central» formalmente constituída, fazia o mesmo nos bastidores? Bom, Santana não obteve a promulgação presidencial e foi demitido ao fim de 4 meses de governação ! Sócrates é tão populista quanto Santana ! A coisa está a funcionar ! Mais tarde, saberemos como.
Sobre o controle governamental da informação: "(...) Eu sei que existe, além da central de informação (...), uma central de desinformação ao serviço do Governo ( Sócrates ) que não só desinforma mas lança calúnias, subtilmente, e boatos sobre pessoas (...). diz Miguel Sousa Tavares em 21-10-2008. É isto que permite dar um espectáculo nunca antes visto, como a entrega do Orçamento de Estado na Assembleia da República! Não fora os falhanços da “pen” e Teixeira dos Santos, o artista, teria dado “show” mediático, num acto, criticável, por retirar dignidade à função fiscalizadora da AR. Voltou o mesmo artista a procurar o show, num acto interno do seu partido, explanação do conteúdo do OE, aos parlamentares do PS, com transmissão directa nas televisões. Nesse acto, o artista, foi incorrecto para com a líder do maior partido da oposição, ao contestar de uma forma pouco civilizada os argumentos ( indesmentíveis ) de MFL. Falou do “discurso da tanga” de Durão Barroso, imputando-lhe a responsabilidade de, em 2003, ter havido um crescimento negativo ( recessão). Por ele ter despoletado falta de confiança na nossa economia !
Esqueceu-se de dizer que tais consequências, nunca são imediatas, mas sim diferidas no tempo. E, assim, é só concluir que tais efeitos foram provocados pelo acto de Guterres ( 2002 ) se ter demitido da sua função de primeiro-ministro, afirmando que o fez por : “ o país estar num pântano” ! Esta demissão e os seus comentários correram as televisões e jornais, do mundo inteiro ! De resto acho uma enorme falta de cortesia falar assim do Presidente da Comissão Europeia, quando há bem pouco tempo ele trouxe “ao colo” José Sócrates, no seu mandato em Portugal da Presidência da EU e do “ Tratado de Lisboa”. De tão ao colo Sócrates foi, que o nosso primeiro-ministro admirado, lhe disse, em directo para todo o mundo : “ Porreiro Pá “ .
Por fim, e sobre a correcção do défice e a obsessão do governo, seria bom, ver o ministro Teixeira dos Santos, fazer a sua correcção num ano, como era obrigatório à data. Também seria bom, ver o senhor ministro fazer a correcção do défice sem agravar os já muito agravados impostos, que recaem sobre o povo! Para pagarem o “pântano” !
Se o conseguisse seria, sim, um bom ministro das finanças, que para mim não é. Só depois, teriam moral para criticar Ferreira Leite, da forma deselegante como fizeram, dizendo que ela estava a ”vender os anéis” do país . Falavam de receitas extraordinárias, que, agora, com vários anos para correcção do défice, voltaram a utilizar. Seria bom não esquecerem, que nas novas normas de correcção do défice, muito mais facilitadas, talvez o homem do “discurso da tanga”, tenha também dado uma boa ajuda, sem que o ministro das finanças Teixeira dos Santos tenha, ao menos, dito como Sócrates : “ Porreiro Pá !
António Reis Luz