CM 22 Setembro 2009 - 00h30
Uma parte do País político anda em campanha eleitoral a discutir o que se terá passado mais ou menos ao nível das catacumbas do poder de Estado. Uma conspiração que mete jornais e jornalistas, serviços secretos ou só o seu fantasma e que apenas serve para agravar a já muito débil saúde do sistema político. A agenda do País, porém, é outra. A Caritas tem registo de três mil famílias a enfrentar graves problemas de fome. O défice das contas públicas atinge números astronómicos. O desemprego não pára de subir. As falências de empresas estão a entrar numa velocidade imparável. Muitas famílias estão a deixar de ter dinheiro para pagar despesas escolares. Os agricultores têm uma quebra radical de rendimento e os pescadores são cada vez menos uma indústria, que é uma pobre caricatura do esplendor de outros tempos. Os mais velhos são votados a um escandaloso abandono pelo Estado, o que se traduz, tantas vezes, em insuportáveis carências na saúde e na alimentação.
Com excepções, a agenda da campanha eleitoral não contempla os rostos da fome e de outros dramas que grassam na sociedade portuguesa. Ou, quando o faz, não sai da mais absoluta banalidade ou meras declarações de intenções que qualquer pessoa de bom senso subscreveria. Estamos, portanto, a descer mais do que nunca.
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