No caso dos caroços e da empregada de Carolina Patrocínio há um óbvio problema de classe. Qual é o problema dela pagar a alguém para lhe tirar os caroços e as graínhas? Paga ou não paga? Cada um faz o que quer com o dinheiro que ganha e se ela acha que deve pagar para lhe fazerem tal serviço é um problema dela. Aliás do ponto de vista da empregada é certamente muito melhor ser paga para descaroçar cerejas do que para fazer outras tarefas domésticas. E nem sequer estou a pensar naquelas coisas mais óbvias tipo limpar o wc. Digam lá preferiam que lhes pagassem para passar a ferro ou para tirar a pele às uvas? E que tal descaroçar cerejas ou limpar um daqueles fornos que suposta e alegadamente têm auto-limpeza e que talvez por isso são dificílimos de limpar? Assim postas as coisas o que eu queria mesmo era que a Carolina Patrocínio na sua qualidade de mandatária de José Sócrates e não de patroa que o PS envergonhadamente mandou calar explicasse como é que deu pelo fim da recessão técnica. Quanto à redução do insucesso escolar igualmente saudada pela mesma Carolina desde já acho que aqui no Blasfémias nos disponibilizamos para descascar as uvas, as cerejas e, acrescento eu, os pêssegos e as ameixas enquanto discutimos o assunto.