O mar de rosas. Por Paulo Tunhas.
Acabei de ver Sócrates a discursar para jovens do Partido Socialista não fixei onde. Sem ofensa, aquilo parecia uma navegação na pura irrealidade. O contacto com o mundo empírico dissolveu-se completamente. Aparentemente está tudo óptimo, tirando uma coisa ou outra, obviamente culpa dos pessimistas, que, como toda a gente sabe, são dotados de poderes malfazejos extraordinários. O que é fantástico é que, mesmo tratando-se de um comício para os seus (embora longamente transmitido pelas televisões), Sócrates não tenha por uma só vez referido a encrenca em que estamos metidos.