um país normal. Por Rui A.
O que me interessa, e resultou já do seu discurso de apresentação do programa de governo do PSD, foi que, pela primeira vez na história da nossa democracia, se deu uma clarificação e uma divisão de águas entre os dois principais partidos de governo: o PS que defende o Estado Social, e o PSD que põe em causa o Estado Social e o “estatismo asfixiante” que dele resultou. A partir de agora, se o PSD quiser, os cidadãos portugueses poderão claramente escolher entre esquerda e direita para governar o seu país. Acabaram-se as águas turvas e as meias-tintas do costume. As pessoas passaram a saber que o Estado Social não é o único caminho. E o Partido Socialista, que estava à espera das conversa habitual do centrão, também já o entendeu. Esse passou a ser, de resto, o seu receio principal.
Pode ser que, a partir de agora, comecemos a ser um país politicamente normal.