De entre todas as reformas estruturais prometidas pelo Governo em exercício de funções, a mais conseguida foi a da Segurança Social. Consistiu, no essencial, numa redução das pensões de reforma e na adopção de mecanismos que continuarão a reduzi-las, de forma quase automática, tanto quanto se revele necessário para devolver ao sistema uma expectativa de solvabilidade. É dura, a realidade, mas não há como fugir-lhe. Os Estados modernos, sobretudo os da Europa Ocidental, correm sérios riscos de impossibilidade de solver todos os compromissos assumidos, em particular na área social ( sistemas de pensões, sistema de saúde e sistema de ensino, por esta ordem, para referir apenas os três mais importantes). A resolução deste problema é muito complexa, exigindo a redução de direitos ou um aumento da carga fiscal que acabaria por se revelar asfixiante, e letal. A maestria com que o Governo português resolveu o problema da Segurança Social justifica, muito justamente, a admiração mundial. Por maioria de razão, ao constarmos que conseguiu fazê-lo sem oposição à esquerda e sem protestos na rua - ao contrário do que se passou na saúde e na educação, por intervenções incomparavelmente menos agressivas. E ainda há quem diga que a política não é uma arte .... EXPRESSO 29-08-2009 - DANIEL BESSA
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