MÁRIO CRESPO ENTREVISTADO
Ficou célebre a entrevista de Valentim Loureiro - no papel de presidente da Liga de Clubes - na SIC notícias. Das entrevistas com figuras ligadas ao mundo da política, foi uma das mais difíceis ?
Não teve qualquer dificuldade. Ele cometeu um erro como entrevistado, que foi entrar numa via agressiva. Já outros cometeram esse erro. Um desses casos aconteceu recentemente.
Está a referir-se a quem ?
Ao ministro Silva Pereira. Em termos de grosseria pura excedeu Valentim Loureiro. Começou a disparatar quando lhe perguntei se era verdade que uma sobrinha de Sócrates era sua secretária no Ministério do Ambiente.
Foram os dois ligados à política com mais falta de chá ?
Os dois mais grosseiros ? Não. Tenho uma impressão de que, em Jerusalém oriental, entrevistei um árabe particularmente grosseiro (risos). E, na Namíbia, também é capaz de ter havido algum militante da SWAPO (South-West Africa People´s Organization) mais entusiástico.
Já cumprimentou Silva Pereira e Valentim depois dessas entrevistas ?
Silva Pereira passou por aqui (SIC) noutro dia e claro que o cumprimentei. Antes da entrevista, insistiu muito que eu o tratasse por senhor ministro, portanto, para não o desapontar; lá lhe disse: "Como está senhor ministro ?"
Insistiu para ser tratado como senhor ministro ?
Sim. Ao telefone. Como ele vinha aqui (SIC) desde o frente a frente, ele tratava-me por Mário e eu tratava-o por Pedro - acho que continua a ser o seu nome. Nesse telefonema também quis saber por onde eu ia começar a entrevista. Não lhe disse. Limitei-me a recomendar-lhe que lesse o SOL.
Caso Freeport ?
Sim, a entrevista foi sobre o Freeport.
Enquanto jornalista, já foi obrigado a lidar com vários governos. tem sentido da parte deste uma atitude diferente no que diz respeito às tentativas de controlo da informação ?
Tenho. O comportamento de Silva Pereira foi paradigmático. A preocupaçãso que teve e a frequência de contactos que fez antes da entrevista mostrou-me que este Governo dá grande importância ao condicionamento dos jornalistas. E também noto que, quando tratamos uma notícia de uma determinada maneira, há sempre um David Damião qualquer (assessor de imprensa de Sócrates) a telefonar imediatamente e a dizer que a notícia não foi bem tratada e que não pode ser assim. Nos outros governos não vi, da parte das assessorias, uma acção tão vigorosa.
SOL 28-08-2009
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