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Já havia sido, segundo parece, por influência do Ex. Presidente da República, Jorge Sampaio, que foi legislado o recurso aos grupos de cidadãos criarem Movimentos de Independentes nas eleições autárquicas . Muita gente acreditou, muito sinceramente, que a abertura às candidaturas de INDEPENDENTES, poderia vir a refrear este terrível salto do país para o abismo, em consequência da desastrosa actuação dos partidos .
Já sei, José Sócrates chama a isto o "Bota-Abaixo". Antes fosse......... . Porque se fosse, o povo não falava do sistema quando se refere ao poder paralelo a que muita gente dá apoio, ingenuamente, ou não. Ou quando fala de grandes interesses pessoais ou de grupos pecaminosos, também de pequenos favores que vão minando a credibilidade dos que andam na política !
Mesmo quando se refere a gente infiltrada nos sindicatos, nas empresas, na Administração Pública, nos partidos, nas escolas, no futebol, nas igrejas, etc. , enfim, onde quer que as pessoas se assumam como uma divindade de polaridade negativa que, como o ar, somos obrigados a respirar e raramente ver ! Tal polaridade corrói os princípios basilares de uma sociedade democrática e os valores que se julgam inerentes a uma humanidade digna . Constituem - se, ainda, numa perigosidade, terrivelmente devastadora, montando todo o tipo de corrupção e ilícito. Atropelamentos civicos, e até crimes de vária a ordem! Era toda esta situação nebulosa que , certamente, o legislador, quereria combater ao elaborar a lei dos eleitos independentes ! Melhor dizendo, pôr as autarquias a funcionar com gente fora dos partidos, porque essa, dos partidos, são o ninho do mal amado sistema.
Há militantes dos partidos fora do sistema, mas há independentes a coberto e a soldo do partido e do seu sistema. Há gente que de fora, dominam as eleições em que votam os que estão dentro do partido ! Afinal, que moralidade há nisto ? Independentes e partidos estão entrelaçados. Salta à vista, mesmo para quem não quer ver! E se por acaso, algum independente, que é mesmo independente, é empurrado para liderar um Movimento de Independentes, não tarda a ser, oportunamente , escorraçado pelos independentes que afinal não o são. Será que isto é democracia ? Claro que não. É uma grande confusão. Mas é assim mesmo. Então, sendo assim, porque é que todos se calam e acomodam ?
A resposta não é oportuna.
Porém, é na vida autárquica que o sistema se mostra mais de perto aos cidadãos, e onde os políticos de serviço, são escrutinados diariamente por estes. É aqui que, sem ler os jornais, ou ouvir os telejornais, muito antes disso, o povo detecta os mínimos sinais de riqueza exterior nos políticos de proximidade. É aqui que o mesmo povo se interroga da razão de certas pessoas, vestidas de políticos, independentes ou não, sem ou com méritos abonados, constarem sempre das listas eleitorais . Curiosamente, muitas vezes, sem assumirem a liderança ! São os segundos planos . Esses são os piores !
Mais controlo no número de mandatos que fazem !
Naturalmente que, em tudo isto e muito mais, o pernicioso sistema veste a pele dos partidos políticos, numa hábil e subtil rede de complexos comportamentos e atitudes que se harmonizam entre os vários partidos, colocando em secundaríssimo plano, as disputas partidárias. Não se discute o país, o concelho ou a freguesia. O debate político corre por fora do partido ! Os partidos também se entrelaçam. Uns vão às festas dos outros. Parece no entanto, estar na altura deste poder dar as mãos e acabar com esta fantochada ! E, como nunca ninguém saberá, ao certo, quem é ou não é independente, o MELHOR É RAPIDAMENTE ACABAREM COM OS MOVIMENTOS INDEPENDENTES. Socrates e Manuela Ferreira Leite façam favor de acabar com esta encenação . Assine-se o necessário decreto para acabar com os independentes a mandar no sistema e no partido. De fora para dentro ou no sentido inverso.
Não baralhem mais a cabeça do pobre eleitor. Tudo isto se passa mesmo à frente dos seus olhos ! Na mesma terra onde todos se conhecem! É muita areia ......para a camioneta! Os termos da actual lei aprovada limitam - se à formação dos movimentos e à sua actividade até ao acto eleitoral ! E depois ? Com autarcas independentes eleitos, como se reunem ? Com que legalidade ? Que regulamentação seguem, na vida desse grupo ? Qualquer uma ? Apoio parece que têm ! E não é pequeno! Mas a legalidade de que precisam, como suporte ?
A lei em vigor determina que deve ser um grupo de cidadãos a nomearem a lista do movimento. Na realidade passa-se tudo ao contrário, ou seja, um candidato forte faz a sua lista e depois vai para a rua pedir o apoio dos eleitores! Assinaturas !
Com a imaginação fértil do português, logo se descobre a solução para o que não existe legislado. Recorre-se à constituição de uma qualquer associação local ! É uma forma de tapar a lacuna da lei. Constitucionalmente, não sei se legal.
Três tipos de candidatura estão a ser possíveis para o poder local ; partidos, coligações de partidos e grupos de cidadãos Independentes. Chegados aqui será obrigatório perguntar ; qual a diferença entre um partido político, uma coligação ou um movimento de independentes ? Qual a vantagem do aparecimento destes últimos ? Considerando a sua interligação com os partidos?
Para quem acreditou que eles fariam a diferença, para melhor, e forçariam os partidos a uma desejável mudança de comportamento político, resta- lhe a desilusão. Tirando um ou outro caso, os independentes nada trouxeram, antes pelo contrário Deram cobertura aos descontentes partidários e tornaram- se simples prolongamentos dos partidos ! Ou seja, as listas de candidatos independentes foram ocupadas por gente afecta ao sistema ! E só ! Não a independentes, muito ou pouco independentes!
Tudo piorou, porque em vez de o sistema viver das sensibilidades dos partidos, passou a viver das sensibilidades de um grupo independente que gira, obrigatoriamente, em função de um líder forte e carismático. E só dele !
É este líder que vai comandar uma câmara, uma Junta e, praticamente sem oposição, estabelece uma indesejável promiscuidade entre órgãos que por lei são independentes ! Câmaras e Juntas ! Órgãos totalmente independentes.
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Forçoso será concluir que, os auto proclamados movimentos de cidadãos independentes, de independentes nada têm !
Nunca irão melhorar o desempenho dos partidos por estarem inquinados das mesmas maleitas !
Aproveitem-se as próximas eleições para acabar com os actuais Inependentes, e depois de ser devidamente repensada a nova lei a aprovar, sem pressas, reiniciem-se então, estes movimentos.
Se o não fizerem, a abstenção vai disparar.
Talvez com um pouco de atenção, os leitores possam descortinar algum caso evidente, no concelho de Oeiras, daquilo que se acaba de explanar. Depois é só pensarem um pouco e concluirem ! Caso único. Para meditarem. Ou és dos meus ou sais. Mesmo Independente!
De facto os movimentos independentes servem pessoas não a população. As suas associações são "Um Nado - Morto". O futuro vai demonstrá-lo.
O sistema não perdoa aos verdadeiros independentes, os outros, mais dia menos dia, é vê-los a falar alto ! Sozinhos, estão ainda, mais à vontade ! Livres como passarinhos.
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