24 Agosto 2009 - 09h00
"A um mês da eleições Legislativas é perfeitamente legítimo começar a desconfiar do que aí vem em matéria de sondagens."
A um mês das eleições os partidos já têm as máquinas afinadas e preparadas para ir em força para a estrada na habitual e normal caça ao voto. A um mês das eleições ficaram para trás as polémicas sobre as listas de candidatos a deputados, velhas querelas de mercearia que normalmente animam as hostes antes da batalha final.
A um mês das eleições começam a conhecer-se os programas dos partidos, textos inúteis que só uma minoria tem a pachorra de ler, cheios de promessas e frases eloquentes sobre o sítio, que vão direitinhos para o lixo mal acabam os espectáculos de apresentação. A um mês das eleições já se disparam insultos a torto e a direito, com figuras e figurinhas a pôr-se em bicos de pés para justificar as suas candidaturas e agradar aos respectivos chefes. A um mês das eleições o senhor presidente do Conselho e líder do PS desmultiplica-se em lançamentos de primeiras pedras de hospitais, fontanários, túneis, estradas e auto-estradas. A um mês das eleições o senhor presidente do Conselho até perdeu o medo e foi à Madeira dizer que adorava os madeirenses numa festinha que os seus camaradas organizam com o engraçado nome de Festa da Liberdade. A um mês das eleições tudo isto acontece.
Mas a um mês das eleições é natural que surjam também muitas sondagens em todos os jornais, rádios e televisões. E como as eleições são daqui a um mês é bom que não se esqueça a vergonha das sondagens que antecederam as eleições europeias de 7 de Junho. A um mês das eleições importa lembrar que os indígenas deste sítio pobre, deprimido, manhoso, cheio de larápios, povoado de mentirosos e obviamente cada vez mais mal frequentado merecem algum respeitinho da parte das empresas responsáveis pelos estudos de opinião.
A um mês das eleições é importante repetir que as sondagens custam muito dinheiro às empresas de Comunicação Social que não podem andar por aí a vender gato por lebre aos seus clientes. A um mês das eleições não vale a pena começarem por aí a inventar isto e aquilo, indecisos para trás e para a frente, altos níveis de abstenção e outras coisas mais para justificarem erros crassos e resultados verdadeiramente enganadores. A um mês das eleições só faltava mesmo que as sondagens começassem a repetir empates técnicos a torto e a direito entre o PS e o PSD. A um mês das eleições Legislativas é perfeitamente legítimo começar, desde já, a desconfiar do que aí vem em matéria de sondagens.
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