As lições de Isaltino
O "comício" de Isaltino, à saída do tribunal, protestando contra a sentença, teve laivos de crime de desobediência. Noutro país, um juiz tê-lo-ia mandado prender imediatamente, para responder de novo, desta vez por desrespeito ao tribunal. E a sua tese de que a política não tem a ver com o caso judicial, e por isso se mantém na corrida para Oeiras, esperando o "julgamento" dos oeirenses, é uma ária desafinada de um político de opereta, numa república de bananas. Só se enterrou mais, reforçando, na opinião pública, a sensação de que a sentença só não foi mais justa porque foi benévola...
Esta condenação, que devia ser uma boa notícia para o PSD, favorece mais José Sócrates do que Manuela Ferreira Leite. Ela acontece na própria semana em que a líder do PSD, contrariando o discurso de transparência, insistia em incluir nas listas para deputados dois famosos arguidos. António Preto está indiciado por fraude fiscal e falsificação. E Helena Lopes da Costa por abuso de poder, no processo da entrega de casas, pelo município lisboeta. Esta atitude contrasta, pela negativa, com a posição coerente de Marques Mendes que, antes mesmo deste desfecho, dizia que as candidaturas políticas de arguidos eram "uma vergonha".
Ferreira Leite recusa rever a lei das candidaturas, alegando que é um assunto demasiado sério para ser discutido em véspera de eleições. Por esta ordem de ideias, os portugueses devem ignorar tudo o que for dito, por "não ser sério", na pré-campanha e na campanha eleitoral. Especialmente, o que for dito por ela.
Visão - 6 de Ago de 2009 |
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