Agrave crise financeira e económica, associada ao elevado endividamento externo do País, só pode ser esbatida com o aumento competitivo das actividades exportadoras, como é o caso do turismo, designadamente do turismo do Algarve. E isto porque o Algarve é não só a maior região turística portuguesa como aquela que gera mais bens transaccionáveis, os que verdadeiramente contribuem para gerar riqueza e, por essa via, combater a maior fraqueza da nossa economia: o elevado endividamento externo. Assim sendo, e como o sistema financeiro não consegue responder às necessidades empresariais, importa saber acudir à chamada economia real. Só com uma política de financiamento directo às empresas e a redução da carga fiscal será possível libertar mais activos e, assim, fazer rodar a economia e tornar o turismo mais competitivo. Os actuais estrangulamentos do sector hoteleiro e turístico, confrontados com uma redução substancial na procura e, por essa via, nas receitas e resultados económicos, não se resolvem com mais impostos e, muito menos, através de soluções num sistema financeiro cuja análise de risco rapidamente passou de 8 para 80. Quando se impõe o oposto, ou seja, diminuir impostos, para aumentar a competitividade das empresas, nomeadamente das actividades exportadoras, como o turismo, surpreende que o governo persista, teimosamente, em medidas a contraciclo. No turismo, importa recuperar a figura do financiamento directo, criando uma ‘Linha de Crédito de Médio Prazo’ (10 anos), com dois anos de carência, para o sector, e a aprovação de um plano que permita às empresas regularizar, a médio/longo prazo (15 anos), as dívidas à Segurança Social e ao Fisco, de forma a poderem aceder aos mais que inevitáveis financiamentos directos e outros incentivos do Estado. Outra área de intervenção, em matéria de redução de impostos, passa por baixar a Taxa Social Única em três pontos percentuais. As medidas aprovadas nesta matéria encontram-se desajustadas da realidade do turismo do Algarve, agravadas com a aprovação do Código Contributivo. O Governo perdeu demasiado tempo a aceitar a crise e, sobretudo, a tomar as medidas que se impunham para a ultrapassar. Chegou tarde aos problemas e, por conseguinte, às soluções. O tão propagado Plano Anticrise tem, a nível do País, uma taxa de execução de apenas 13%. No Algarve é quase zero.
Opinião
A crise e o turismo
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Elidérico Viegas,
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