Um erro médico, exclamam os jornais, como se o erro estivesse vedado a criaturas semidivinas, como os médicos. Infelizmente para nós, os relatórios da praxe dizem o contrário: em Portugal, e à imagem do que sucede no mundo ‘civilizado’, 10% dos internamentos acabam mal. Mas quem lê esses relatórios? Ninguém. Aceitar que os médicos são homens; e aceitar que os homens, por definição, são falíveis, seria admitir que a Igreja da Saúde nem sempre faz milagres.
A Voz da Razão
Uma heresia
Não vale a pena repetir que a Saúde é a grande religião do nosso tempo. Mas talvez não seja inútil lembrar que não existem religiões sem sacerdotes. Os médicos desempenham esse papel e, do alto dos seus púlpitos, adquirem aos olhos dos fiéis um poder sobre-humano. Só isso explica a indignação que corre pela pátria com seis pacientes que correm o risco de cegar após cirurgia em Lisboa.
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