Novamente, num diário de grande expansão li algo sobre perversidades!
Entre muita coisa certa, existem de facto várias perversidades nesta coluna de opinião:
“ O governo tem uma fixação muito especial, que é ideológica: atacar os fundamentos da Segurança Social”.
Sem procuração de ninguém, mesmo assim, convém deixar as coisas no cerne da verdade. Ou seja, lembrar o dito popular dos “telhados de vidro”. Quanto aos pensionistas, de pleno acordo, chega! Quanto a legislar para trás, mais devagar. Quem foi que no pós 25 de Abril, nacionalizou as Caixas de Previdência? Quem foi que roubou os montantes descontados pelos contribuintes dessas Caixas e dos respetivos patrões, para com tais verbas dar reformas a muitos milhares de pessoas que nunca tinham descontado? Mais, quem foi que no ano de 2011, assinou o “memorando” com a troica e deu origem a esta loucura de arranjar dinheiro para pagar dívidas monstruosas? Cito uma frase célebre e bem verdadeira:
Há dois modos de subjugar e escravizar uma nação: um é pela força, o outro é pelas dívidas. John Adams, 1735 – 1828
Quanto aos alemães e ao seu conceito de que as reformas são como a propriedade privada, ou seja, intocáveis, sim intocáveis, mas para aqueles que descontaram para esse efeito, e só. Na privatização das Caixas de Previdência, isso não foi respeitado!
Sobre a conhecida “Doutrina de Choque” e os funcionários públicos, quem foi que em 2000, meteu no Estado como efetivos 120.000 FP que estavam a recebidos verdes? Com a despesa em vencimentos originada pela Função Pública, qualquer dia estamos de novo a bater à porta da Troica. Parece que é da facto necessário caminhar no sentido da aproximação, de uma igualdade entre vencimentos do público e do privado. Seja essa aproximação constitucional, ou não! Há coisas muito mais importantes! Muito mais haveria a dizer sobre perversidades!
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