Apesar de habitualmente se convencionar o período de 1945 a 1964 como o auge do populismo é importante ressaltar que as suas raízes não remontam a esta época. As suas origens estão na Revolução de 1930. O populismo trazia a marca das suas origens: a política ambígua como produto de forças transformadoras e contraditórias. Os populistas usam e abusam do seu carisma pessoal, dos seus discursos melodramáticos e do uso da propaganda de massas, características consagradoras do grande ícone populista que, ainda hoje, inspira os hábitos e comportamentos das lideranças políticas contemporâneas. O seu discurso nacionalista, a concentração de poderes políticos, uma delicada teia de interesses e alianças, proporcionam-lhe longa permanência no comando político que aprisionarem. O populismo veste-se de valores e ideias que o credenciam como “grande líder” porta-voz das massas, fundamentando o seu discurso em projetos de inclusão social e obra vistosa. Contudo, o exemplo que ratifica a contradição do populismo é a denominação que consegue, ao mesmo tempo, ser o “pai dos pobres” e a “mãe dos ricos”.
Segundo o sociólogo Francisco Weffort, o populismo, como "estilo de governo", é sempre sensível às pressões populares e simultaneamente, como "política de massas", procura conduzir e manipular as aspirações populares. Isto significa que, aparentemente o comando está com o povo, porem na realidade, sem se aperceber, a massa popular é sutilmente controlada pelo governante. Podemos retirar a conclusão do que representou o populismo a partir de 3 aspetos:
No plano político/económico foi o deslocamento do polo dinâmico da economia - do setor agrário para o urbano -, através do processo de desenvolvimento industrial e tecnológico.
No plano social, tais transformações económicas implicaram a ascensão das classes populares urbanas. Conta-se que muitas vezes os seus “colaboradores” mais próximos, no final do dia político, e em tom de provocação lhe perguntam; “Afinal, quantas velhinhas já beijámos hoje?” Por último não esquecer o seu desmedido apêgo ao poder!
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