12 Março 2009 - 00h30
Além da grave crise financeira global que contagiou a economia, Portugal sofre de outra crise endémica: o desequilíbrio externo.
Os dados divulgados ontem pelo INE são verdadeiramente assustadores. O País caminha para a bancarrota à vertiginosa velocidade de 49 milhões de euros por dia. É este o valor do nosso défice externo, somado pela balança comercial e de pagamentos.
Em 1995, Portugal tinha uma balança externa equilibrada. Havia o tradicional défice comercial, mas as remessas dos emigrantes, as receitas dos turistas e outras permitiam contas equilibradas com o resto do Mundo. Mas a baixa de juros e o recurso massivo ao endividamento, bem como a baixa de poupança, levaram os bancos a recorrer ao dinheiro nos mercados internacionais para emprestarem às famílias. De ano para ano, o buraco agravou-se e em 2008 atingiu proporções alarmantes. É mais de 10% da riqueza produzida. Ou seja, vivemos mais de 10% acima das nossas reais possibilidades.
Foi a entrada no euro que abriu este caminho do endividamento fácil no exterior, mas agora é também o euro que nos protege de um grande choque monetário. Se não fosse a protecção da moeda única, a tragédia financeira do curralito que há 8 anos destruiu a Argentina tinha uma réplica maior em Portugal. Só há um antídoto: trabalhar para vender mais bens e serviços ao exterior.
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