Assim, os que acham que a Igreja Católica não tem o direito de manifestar a sua opinião, de influenciar os políticos, os legisladores, os educadores, pretendem ficar sozinhos no campo de influenciar a sociedade.
Quer-se uma sociedade indiferente, bem anestesiada pelo relativismo ético, pronta a aceitar os progressos destruidores.
Quando é que alguns dos articulistas da nossa praça comunicacional respeitam quem defenda posições divergentes das suas, livremente, segundo a consciência e o dever da sua missão? Será que só eles têm o direito a influenciar a opinião pública?
A Igreja Católica, ao aproximar-se dos verdadeiros problemas do mundo actual e ao esforçar-se por indagar uma resposta, tal como intenta fazer sob impulso do II Concílio do Vaticano, aceita a pluralidade de culturas e a autonomia do mundo contemporâneo.
Olha o mundo, a sociedade, mais como humanidade-companheira-do-caminho do que inimigo-secularizador.
Está consciente da decadência de convicções, da fragilidade da afirmação, da identidade da diferença.
Não apontem a Igreja como adepta da homofobia, porque todas as fobias são doentias, mas não queiram a homologia do pensamento, por favor.
Juntar iguais, fugir da complementaridade, afastar-se da integração do diferente é depauperar a convivência social.
O debate de ideias tem pontos de partida, e por vezes de partido, cuja identificação não dificulta a busca da verdade, antes é via essencial de clarificação.
Ao intervir e manifestar a defesa de valores não pretende a Igreja ganhar votos, mas fortalecer quem optou por ser discípulo de Cristo e anunciar sem medo o que considera ser o melhor para a dignidade do ser humano, seja agradável ou não.
Não é para manifestar poder que declara as suas posições, mas tão-só por convicção profunda da beleza e bondade da proposta, que sabe difícil de viver também pelos seus.
Aqui o direito de influenciar é também dever.
D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa
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