A análise dos resultados duma sondagem de opinião realizada em Maio de 1995, permite concluir que a maioria dos eleitores portugueses considera não ter existido alternativa à integração na UE, embora reconheça, por outro lado, que as pescas, a agricultura e o emprego foram prejudicados e os fundos europeus mal aplicados. Em recente inquérito feito às elites política, económica e sindical sobre as representações dos efeitos da adesão à CEE, verifica-se que a esmagadora maioria dos inquiridos valoriza positivamente os primeiros 10 anos de integração europeia. Os efeitos positivos reconhecidos pela maior parte dos inquiridos situam-se nas áreas do consumo, das infra-estruturas, da produção (modernização tecnológica em alguns sectores) e dos direitos dos cidadãos. Os efeitos negativos identificados pela maioria dos inquiridos são o aumento do desemprego, da pobreza e da exclusão social, do trabalho clandestino e das dívidas à segurança social. Parece que o realismo na avaliação do impacto da integração europeia não destruiu o otimismo inicial.
Todavia a União Europeia é, não podia deixar de ser, uma instituição sobre a qual recaem enormes responsabilidades. Das suas estruturas têm saído e irão continuar a sair os necessários planeamentos para uma nova União Europeia. Certamente que têm de ser pensadas as formas mais racionais de uma produção mais equilibrada e competitiva, olhando os recursos e aptidões de cada um dos seus estados membros para uma certa finalidade. Sendo ainda imperioso compatibilizar tudo isso com as necessidades do ambiente e os níveis mínimos doa recursos naturais disponíveis.
Neste caminho não poucos ficaram sem o trabalho que de há muito vinham desenvolvendo, e muitos outros se tiveram de desfazer de arvores de fruto, barcos, animais etc. a troco de magras indemnizações. Muitos outros tiveram de enveredar tardiamente por aprendizagens e práticas que em absoluto desconheciam ou até ficado sem ocupação.
Os empregados da agricultura em 1980 eram 30% da população vinte anos mais tarde eram 4%. Os barcos de pesca foram drasticamente reduzidos. Transportes marítimos, indústrias, e reparação naval foram quase desapareceram. Indústrias de mão-de-obra intensiva, calçado, lanifícios etc. ) depois de um curto crescimento começaram a encerrar ou a deslocalizar. Milhares de trabalhadores passaram a ser sustentados pelo fundo de desemprego ou segurança social.
O influxo de vultuosos fundos comunitários, parcialmente desperdiçados no Fundo Social Europeu, permitiram importantes obras infra-estruturais que mudaram a face do país. Iniciou-se o ciclo do betão. Redes de auto-estradas, equipamentos desportivos e uma infinidade de instalações de que o país há muito carecia.
A Introdução do IVA, foi a mais efetiva modernização do sistema fiscal desde o 25 de Abril (1986).
A entrada de Portugal na União Europeia foi a sua verdadeira revolução, mesmo assim passámos do bom aluno da Europa para o mau aluno da Europa nos últimos dez anos.
Entrada em circulação das notas e moedas em euros - 31/12/2001
Economistas dizem que Portugal foi o mais prejudicado com a adesão à moeda única, mas culpam as autoridades pelas políticas erradas que foram seguidas desde 1999, ano em que nasceu o euro.
Portugal foi a economia dos doze que mais perdeu com a adesão ao euro porque não soube acompanhar o processo de integração monetária com políticas adequadas, designadamente económica e orçamental.
Nos anos que antecederam a entrada na zona euro, Portugal conseguiu afinar os indicadores para ser aceite no pelotão da frente. Os juros e a inflação caíram em flecha , mas a política orçamental não só não deu os sinais necessários ao travão da despesa privada como ainda agravou a situação. Com isto a procura cresceu mais rapidamente que a oferta e agravou seriamente a competitividade,
A Comissão Europeia (CE) apontou os erros cometidos por Portugal depois de ter entrado para a Zona Euro, num artigo publicado a fim de alertar os novos Estados-membros que irão aderir à moeda única.
O relatório, elaborado pela Comissão Europeia, adverte os novos países que vão entrar na Zona Euro sobre os erros de condução de política verificados em Portugal que fizeram com que à fase da bonança se seguisse a recessão de 2002 e um período de baixas taxas de crescimento, perda de competitividade, défices excessivos, elevadas taxas de endividamento das famílias e da economia em geral.
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