O modo como dimensionamos o tempo depende de onde nos encontramos no universo. A maioria dos historiadores e astrónomos afirma que apenas na Terra os anos 2000 e 2001 têm um significado intrínseco. "A compreensão que temos de um dia ou de um ano é muito localizada", diz a astrónoma Susan Trammell, da Universidade da Carolina do Norte. "A duração de um dia é o tempo que a Terra leva para girar uma vez sobre seu próprio eixo. Mesmo no nosso sistema solar, essa é uma medida relativa."
Desse modo, tempo e milénios significam o que nós resolvemos que signifiquem. Bem antes do alvoroço do ano 2000, antes que qualquer um soubesse o que o tempo queria dizer, os homens primitivos começaram a ver ordem nos movimentos da Lua, do Sol e das estrelas. Resolveram que poderiam calcular o tempo. Trinta milénios atrás, o homem de Cro-Magnon, numa região que hoje é a Dordogne, na França, verificou a regularidade das fases da Lua e anotou - as num osso que resistiu até aos nossos dias. Era uma das primeiras tentativas de montar um calendário. Era mais do que simplesmente um truque inteligente. Vidas dependiam dele.
Os egípcios, há 6 mil anos, foram os primeiros a imaginar algo parecido com os calendários atuais. Os camponeses que viviam nas margens do Rio Nilo deram conta de que esse vital curso d'água inundava a intervalos previsíveis. Essa observação, diz Duncan, transformou-se num dos mais comuns e antigos calendários solares, permitindo aos agricultores planear, plantar e colher nos intervalos entre as cheias.
O sistema de plantio media o ano solar. Calculava os ciclos de arrefecimento planetário (a neve caindo das montanhas nas nascentes dos rios) e de aquecimento (a neve derretendo e inundando o Nilo) à medida que o eixo da Terra se inclinava na sua órbita ao redor do Sol. Logo depois, astrónomos egípcios calcularam a duração de uma órbita - o que nós agora denominamos "ano" - em 365 dias e seis horas, somente 11 minutos e 12 segundos mais do que o padrão actual. "Toda a cultura, não importa quão sofisticada seja, tem alguma forma de marcar a passagem do tempo", afirma Duncan.
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