2009
“ O Sistema odeia as pessoas íntegras “
Campos e Cunha não tem dúvidas. O sistema odeia as pessoas íntegras . Na entrevista ao CM e RCP, o ex-ministro das Finanças de José Sócrates mostra-se indignado com as campanhas feitas contra pessoas de valor e afirma que há uma degradação evidente na qualidade dos gestores da causa pública. Sobre a crise económica e financeira, Campos e Cunha diz que o Governo montou uma gigantesca operação de ocultação da situação e que por isso mesmo perdeu crédito não só junto dos portugueses como das instâncias internacionais. É por isso, diz, que recentemente a Standard & Poor´s fez um aviso de que o risco de crédito de Portugal pode piorar. Em relação à estratégia do Executivo de José Sócrates para combater a crise, Campos e Cunha afirma que ainda não percebeu o alcance das medidas e recusa a ideia de que um qualquer burocrata do Terreiro do Paço possa escolher os sectores de actividade que devem ser ou não apoiados. Para este economista, tudo o que tem sido feito não passa de coelhos que o Governo vai tirando da cartola. Sobre a matéria fiscal, Campos e Cunha defende a redução imediata das taxas de retenção do IRS e da taxa social única, tudo de forma temporária. E sobre as polémicas obras públicas, o ex-ministro das Finanças recusa terminantemente o projecto de construção do TGV.
CM 17-01-2009-01-17
Nota : As opiniões e avisos sucedem-se pela boca de gente credível. Os portugueses parecem anestesiados, mas na realidade estão desiludidos e sem esperança. Ainda não perceberam a gravidade da situação deste país em que vivemos. O “ Ilusionismo “ continua, e vê-se a espaços, o silêncio do primeiro-ministro para permitir que um ou outro ministro, insulte um candidato da oposição, depois de já ter mostrado ao país o seu baixo nível de expressão, quando quer defender aquilo que insiste em levar para a frente e representa mais uma cavadela na sepultura de Portugal. É muito triste assistir a este espectáculo de indecência ! O medo está instalado, e isso significa que vivemos emtudo menos em democracia. As manifestações de rua fazem parte da manobra de distração. Os manifestantes descarregam e serenam os ânimos. Tudo continua na mesma.