Dito de maneira mais clara, ou a professora é desequilibrada e deve estar longe de crianças e a ser tratada em qualquer psiquiatria, ou a professora, ano após ano, é considerada pronta para o ensino, e então deve ser severamente punida e o conselho executivo da escola igualmente penalizado, por encobrimento do comportamento da docente e por incapacidade para proteger crianças.
Tenho ouvido e lido nos últimos dias a intenção de castigar a criança que gravou a arenga sinistra da professora, por não ser permitido aos alunos a utilização nas aulas de gravadores e outros instrumentos similares. Eu espero e desejo que ninguém cometa essa injustiça. A criança que gravou o que estava a acontecer na aula devia ser louvada, não punida, porque às vezes não há outra forma de chegar-se à verdade.
Este incidente fez-me recordar um episódio da mesma natureza, na minha vida profissional. Um dia, como director da SIC, autorizei a gravação, com câmara oculta, de uma conversa com um médico que vendia substâncias dopantes a profissionais de futebol. Autorizei porque não havia outra forma de confirmar-se o que já se sabia. O caso foi levado a tribunal e a equipa da SIC absolvida, tendo o juiz considerado que o interesse público determinante que ali se jogava era o de impedir a continuação daquela negociata, que podia causar graves danos de saúde aos atletas envolvidos.
No caso presente, é óbvio que se não fosse a gravação efectuada pela aluna jamais se conheceria a dimensão e a gravidade do discurso da professora de História que "leccionava" relações sexuais. Nestas ocasiões torna-se ainda mais evidente a necessidade da rigorosa avaliação anual de professores, defendida pela Ministra, e a obtusa e irresponsável posição da Fenprof sugerindo a auto-avaliação. "Coincidência das coincidências", no dia 30 deste mês a Fenprof faz mais uma manifestação (outra vez a maior do Planeta), em Lisboa, contra a avaliação de desempenho dos professores.
Curiosamente, uma manifestação a poucos dias das eleições ao PE. Se a Fenprof não fosse uma estrutura corporativa, ao serviço exclusivo do partido comunista, obviamente que o caso da professora de Espinho e tantos outros da mesma natureza já teriam sido resolvidos, a bem das escolas portuguesas.
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