Um olhar sobre a parte histórica de QUEIJAS -
"O arrolamento paroquial do ano de 1865 e as palavras do Padre Francisco Figueira referem para o lugar de Queijas uma população de 148 habitantes, 35 fogos, e situada, como ele descreve no seu livro sobre a freguesia de Carnaxide, com o título " Os primeiros Trabalhos Literários" editado em 1865 :
" meio quilómetro ao noroeste de Linda a Pastora, assente n' um platô mui fertil. É logar tão antigo que era elle que, com o parocho, antigamente, festejava o orago de S. Romão. Teve outr'ora uma ermida dedicada a S. Joaquim."
Povoado rural e semelhante a outras povoações ao seu redor , Queijas teve certamente origem muito antiga, contudo escasseiam as referências históricas.
Que não seja a insuficiência de fontes documentais e de investigação histórica que minimize o valor ou o lugar patrimonial que Queijas ocupa no concelho de Oeiras.
Povoação de terras férteis, ligada à agricultura e ao cultivo de cereais, de pequenas propriedades popularmente conhecidas pelo seus artigos cadastrais tais como a terra das várzeas, da manga, dos cerejos da carambola, do adufe, dos enxofrais etc. , Queijas foi lugar da freguesia de Carnaxide.
Digno de nota , é o património edificado que tão bem ilustra o passado e a actividade de Queijas e de Linda a Pastora. São exemplos a casa de D. Miguel (Queijas), a Casa de Cesáreo Verde e a capela de S. João Baptista (em Linda - a - Pastora) e o Santuário da Senhora da Rocha.
A sua proximidade com o mar, as características do solo, a sua localização e clima, são factores que tornaram Queijas um local propício à ocupação humana desde a pré-história.
Os solos basálticos desta freguesia, pertencentes ao Complexo Basáltico de Lisboa, desde sempre muito férteis, favorecem, ainda, a retenção da água, em toalhas pouco profundas, mercê das suas condições geológicas.
Estes factores, juntamente com um relevo pouco acidentado, proporcionaram este lugar como local de ocupação humana, tendo sido aqui encontrados vários achados arqueológicos, datando os mais antigos do Paleolítico Inferior. A localidade de Linda- a- Pastora constitui mesmo uma das estações mais importantes da região de Oeiras; pertencentes ao Complexo Basáltico de Lisboa.
Os três factores apresentados justificariam, deste modo, a abundância de caça, bem como a prática da produção de culturas cerealíferas. De facto, esta última actividade manteve-se até aos inícios do século XX, sendo, ainda hoje, visíveis cerca de uma dezena de moinhos dispersos pelo lugar de Queijas.
Para além destes aspectos, foram ainda encontrados em Queijas alguns vestígios de antigas civilizações, nomeadamente, da Idade do Bronze e do Ferro.
Chegados ao ano de 1865 a população de Queijas apresenta apenas 148 habitantes, enquanto Linda- a - Pastora já tinha 403.
Em Queijas a maioria da população masculina dedicava-se à lavoura e à pastorícia. As mulheres desempenhavam actividades tipicamente femininas, sendo a grande maioria lavadeiras.
Os homens ocupavam-se do comércio, agricultura e de alguma indústria, desempenhando ocupações de lavradores, trabalhadores rurais, pastores, taberneiros, moleiros etc.
A maior parte dos homens dedicavam-se à actividade agrícola.
Para além das ruas já referidas, havia caminhos, ruelas, calçadas, escadinhas, largos e pátios.
A par disso, havia neste lugar, vastos campos de sementeiras, por entre os quais haviam sido rasgados estreitas veredas que davam acesso aos moinhos, que em terra de vento eram reis.
Currais, abegoarias, pequenos armazéns de alfaias, terreiros e principalmente muitas eiras, eram coisas fáceis de encontrar em Queijas.
O abastecimento de água era assegurado por várias minas, a partir das quais se tinha acesso ao vasto lençol de água existente por baixo de todo este planalto.
Na Rua da Mina ainda se pode ver hoje o tanque das lavadeiras de Queijas, ou outro onde os animais matavam a sede.
De entre as profissões menos exercidas encontrava-se a pecuária. Contudo esta actividade depressa se desenvolveu e Queijas passou, não só a produzir queijo de alta qualidade, mas também a fazer o abastecimento de leite em algumas localidades circundantes, como, por exemplo, na Cruz Quebrada, e no Dafundo.
De qualquer forma, Queijas chegou a meados do século XX, como um lugar com duas dezenas de modestas casas em redor da Casa de D. Miguel.
Quanto à Saúde Pública, tanto em Queijas como Linda-a - Pastora, não vivia um único médico
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