O Pie Francisco dos Santos Costa elegeu como os maiores nomes deste Santuário da Rocha, três nomes que a seguir vão indicados, porém, certamente por natural modéstia, omitiu o seu próprio nome.
De tudo aquilo que li e investiguei, o Padre Santos Costa foi certamente das pessoas que mais lutou pelo progresso deste Santuário, só que não o terá feito de uma forma restrita, mas sim com uma visão global do concelho, da freguesia e por fim, também, de um Santuário da Rocha inserido num tecido social pobre que o fez erguer a voz e afastar as muitas tentativas de apagamento que foram tentadas pelas forças radicais e agnósticas que então despontavam de uma forma absolutamente explosiva.
Tomas Ribeiro
De seu nome completo Tomás António Ribeiro Ferreira, natural de Parada de GONTA, concelho de Tondela, nasceu a 1 de Julho de 1831, filho de pais lavradores. Licenciado em Direito com distinção, aos vinte e quatro anos de idade inicia, na sua própria terra, a carreira de advogado. Não tarda em ser Administrador do concelho e em 1862 é eleito deputado pelo círculo de Tondela.
Seguem - se outras nomeações como governador civil de Bragança e Porto, presidente da Junta de Crédito Publico, vogal do Tribunal de Contas, ministro de Estado para a Marinha e interinamente para a Justiça e ainda sobraçou a pasta do Ministério do Reino, hoje Ministério do Interior, bem como Par do Reino e Ministro das Obras Publicas, numa época bastante difícil.
Serviu também a Pátria como secretário - geral da Índia e como ministro plenipotenciário no Brasil.
No campo da cultura foi dos homens de letras mais notáveis do seu tempo em Portugal.
Fundador de vários jornais e autor de várias peças teatrais foi ainda historiador e critico com trabalhos de mérito firmado.
Foi, todavia, no campo da poesia que deu largas ao seu temperamento artístico, escrevendo; o excelente poema D. Jaime em (1862), com nove edições, Delfina do Mal (poema), Mensageiro de Fez (poema sobre a Rocha), A Mãe do Enjeitado (drama), Sons que passam (versos), Do Tejo ao MANDOVY (prosa), Entre Palmeiras (prosa), Jornadas (prosa), A Indiana (peça em verso), Vésperas (versos), História da Legislação Liberal Portuguesa, Dissonâncias (versos), A Patrícia, A Carta d' Alforria, Sr. Não (sátiras), D. Miguel, a sua Realeza e o seu Empréstimo OUTREGUIN JANGE (história).
Tomás Ribeiro habitou a conhecida "Casa Branca", em Carnaxide, desde 1882, onde recebia a visita dos seus amigos, incluindo do próprio Rei D. Luís.
Foi um amante de tudo o que se relaciona com a Rocha, sendo ele próprio que nos diz no prólogo do seu prometo A Rocha (em 1898), três anos antes de morrer:
" A Rocha vive entre os meus amores. Esta devoção que se esconde aqui no fundo desta concha florida e esmaltada, na sua ermida singela e carinhosa com a sua fonte cristalina, a sua gruta misteriosa, o seu rio murmuro e transparente, o seu jardim que ajudei a cultivar, onde tantas vezes passeei, longe do bulício das multidões, conversando com o jardineiro e com as flores, sondando os segredos daquele morto guardado pela Imagem da Virgem - Mãe, longe d' olhos que me não espreitassem rindo, levo eu no coração. À Senhora da Rocha consagro estes versos. (.....)
Durante dezassete anos (desde 1884), esteve empossado como 2.º Juiz da Irmandade da Rocha, exercendo o seu cargo com profunda paixão e competência, conseguindo resolver muitos problemas ligados ao Sítio da Rocha, fazendo deste período o mais esplendoroso da história da Aparição da Imagem de Nossa Senhora, até que aos setenta anos de idade morreu aquela que foi a figura mais influente na vida do Santuário da Rocha.
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