A evolução social do homem confunde-se com as tecnologias desenvolvidas e empregadas em cada época. Diferentes épocas da história da humanidade são historicamente reconhecidas, pelo avanço tecnológico correspondente. As idades da pedra, do ferro e do ouro, por exemplo, correspondem ao momento histórico-social em que foram criadas “novas tecnologias” para o aproveitamento desses recursos da natureza de forma a garantir melhor qualidade de vida. O avanço científico da humanidade amplia o conhecimento sobre esses recursos e cria permanentemente “novas tecnologias”, cada vez mais sofisticadas. (Kenski, 2003, p. 20)
Até chegar ao computador o homem sempre, desde os primórdios, procurou meios de substituir a rotina dos seus trabalhos por um instrumento que pudesse fazer isso por ele. Das armadilhas para a captura dos animais até aos mais sofisticados computadores da actualidade o homem sempre se apoiou no automatismo.
Os artistas plásticos, apaixonando-se pelas suas estátuas, procuravam dar-lhes movimentos, e mesmo vida. A história da Antiguidade está recheada de aspirações, imaginações, fantasias, muitas vezes transformadas em mitologia.
Os “relógios d’água” (os clepsidras), depois os relógios mecânicos, foram os primeiros dispositivos inventados pelo homem para dominar o “tempo” e o “movimento”, base fundamental para o automatismo das épocas remotas. Daí muitas concepções surgiram como, por exemplo, a da “realimentação” (feedback) e, mais tarde, a da programação dos movimentos. Ao passar dos séculos, os homens, por muitas formas, tentaram criar e imaginar até seres artificiais. Não só o passado recente, mas também a antiguidade, estão povoados de seres artificiais, mostra do historiador francês Breton (1998), inspiração para a criação dos seres artificiais que hoje, poderão ser, os computadores.
O reconhecido avanço da Revolução Industrial durante o século XIX, assim como a grande complexidade da organização social, apresentou um novo problema: o tratamento de grandes massas de informação.
Muitas vezes, passavam-se séculos sem que nada fosse inovado, ao contrario de hoje, em que se leva em média 18 meses para que se invente uma máquina mais rápida e evoluída que a anterior.
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