Para o chefe do Governo, "tanto o BPN como o BPP são dois casos de polícia" que "fizeram muito mal à economia portuguesa", afectando a estabilidade do sistema financeiro do País.
Reportando-se à situação do BPP, José Sócrates afirmou que a anterior gestão do banco, liderada por João Rendeiro, realizou práticas que "apontam para indícios de ilegalidade grave": criou "veículos e títulos fictícios", imputou "à carteira de clientes os prejuízos do próprio banco" e enganou os clientes, "vendendo produtos de retorno absoluto como depósitos". "As notícias são arrepiantes", desabafou à saída do Plenário, acrescentando: "Espero que as entidades judiciais persigam os responsáveis."
Sobre o futuro do banco, o primeiro-ministro foi parco em palavras. À saída do debate apenas confirmou que o Ministério das Finanças recebeu ontem o plano do Banco de Portugal. "Vamos estudar esse relatório", explicou o governante, sublinhando que o Executivo decidirá "em função do interesse geral e em função dos depositantes". Questionado sobre a hipótese de o Estado não salvar as aplicações dos clientes com produtos de retorno absoluto, José Sócrates assegurou que "não excluirá ninguém".
ESTADO QUER COMPRAR COSEC
José Sócrates revelou ontem que o Estado está a negociar a compra da companhia de seguros de risco Cosec. O objectivo do Governo é poder intervir de forma "mais directa" nesta área, garantindo "às empresas exportadoras nacionais um acesso aos seguros de crédito".
"Fizemos uma proposta de aquisição e os principais accionistas estão dispostos a vender", explicou o primeiro-ministro, sem contudo avançar com o valor do negócio.
José Sócrates anunciou ainda a criação de mais duas linhas de crédito. A primeira, a PME Invest IV que terá uma taxa de juro de 1,05%, "com prazo de três anos e com o Estado a cobrir 75% do risco". A segunda, dedicada ao sector da exportação, terá um valor de 200 milhões de euros, uma taxa de juro de 1% e o Estado a cobrir 50% do risco.
DE VIVA VOZ
"Não considero o desemprego como justificação para actos de violência. Os desempregados portugueses são pessoas de bem." (José Sócrates, Primeiro-ministro)
"Neste momento em Portugal não há política educativa, há a política do louva-Magalhães." (Paulo Rangel, PSD)
"Se o sr. primeiro--ministro tivesse respeito pela agricultura já tinha substituído a calamidade que é o ministro Jaime Silva" (Paulo Portas, CDS-P)
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