Depois da renovação dos conceitos e valores perdidos, ou feitos desaparecer, a “Sociedade Civil” desabrochou. Acabou por perceber, que tem liberdade de escolher entre quem a serve melhor e mais barato. Acabou por entender que uma boa parte do “Poder”, lhe pertence por direito próprio. Como por encanto, desapareceram as lutas que se levantavam sem esta nova forma de fazer política. Manifestações de rua, greves, boicotes, paralisações, etc. Caíram no esquecimento. Não faziam sentido. Como diriam os antigos donos do Estado, aquilo era servir o capital. Sempre o velho papão!
Diziam isto, todos aqueles que geriam o dinheiro do povo de forma incompetente e irresponsável.
Diziam isto, todos aqueles que queriam representar o povo, sem sequer o ouvir.
Afinal, somente representavam mesquinhas ideologias, muito afastadas do verdadeiro povo. E muitos interesses obscuros!
Por último, que se faça a pergunta: que peso tinha a Sociedade Civil, daqueles tempos que levaram ao caos? Não é possível descortinar nenhum, para além de meterem o voto na urna e votarem num candidato “amestrado”. Gratuitamente! Ou seja, sem qualquer proveito, nem consciência política.
Os cidadãos e a sociedade civil estavam esmagados pelas estruturas que lhes eram impostas, por aqueles em quem eles votaram!
Chamavam a isto, democracia? Hoje, temos de ter ainda, a consciência de que é prematuro querer uma democracia, totalmente participativa. Mas tornou-se necessário equilibrar os pratos da balança. Tornou-se necessários fazer aproximações mais que justas e realistas nesse sentido. Naturalmente que ainda é cedo para a dita Democracia Participativa. Mas ir indo ao seu encontro, não faz mal a ninguém. Não podemos adiar este sonho eternamente adiado.
O mundo tem pressa. Há largos passos a dar neste sentido.
Que o povo tenha os seus representantes e os eleja com convicção é indispensável, mas é muito pouco. E, tais representantes têm mesmo que sê-lo.
Os Partidos tiveram de mudar. Não podiam legislar a sua própria existência, desviarem-se da democracia e dela desviarem o país, sem que ninguém tivesse poder de corrigir tais desvios. Era preciso inventar qualquer “Entidade Reguladora”, ou princípios morais, para controlarem os procedimentos praticados dentro dos partidos! Também, com gente acima de qualquer suspeita.
Era fundamental que os eleitos soubessem e pudessem erguer uma Sociedade Civil, organizada para que os cidadãos, no seu dia-a-dia, pudessem dizer o que queriam, e o que não queriam. Como não podiam escolher, por inexistência de verdadeiras opções, então, não eram livres.
Não sendo livres, ninguém tinha o direito de lhes pedir fosse o que fosse.
Desta forma, o seu subconsciente, por instinto de defesa, atirava-os para a apatia. Comodamente deixavam andar, mas não acreditavam em nada. Aparentemente estavam adormecidos. Os apelos passavam-lhes ao lado. As nações e o mundo iam definhando.
O «Homem Novo» das ideologias socialistas nunca virá, porque é um ser contranatura. Temos que viver com aquele “Homem” que existe, que está a dar continuidade aos seus avós e outros antepassados. O Homem de sempre, foi resistindo a tudo, até à perda daquilo que mais sagrado existia para ele:
Os valores e a família.
Tudo isto não é pessimismo, é ir ao fundo do poço e sem essa viagem, as coisas não se alteravam. Foi o povo mais desprotegido, que se habituou a resistir e a desconfiar de um Estado professoral e intrometido.
De facto e como se pode ver o mundo subsistiu. Felizmente, também subsistiram aqueles que pagaram o esbanjamento dos políticos incompetentes. A sua incompetência e os custos materiais e morais da corrupção! É este o povo autêntico. É este povo anónimo que os políticos deviam ter sabido saber ouvir, entender e respeitar. A razão e a verdade estão com ele. Mas foi sobre ele, que o travão da despesa pública, arrasou o poder de compra das famílias! E a derrapagem das contas públicas lá foi, de despiste em despiste, até ao desastre que o mundo sofreu. Os exemplos da possibilidade de entrega das decisões à “Sociedade Civil” podiam-se desdobrar até à exaustão. Com o seu aumento viria a confiança dessa “Sociedade Civil”. Mas o poder autocrático, disfarçado de democrata, sempre se recusou a vê-los.
Se tivesse visto, e mudado o rumo das coisas, viria a auto-estima das populações, e com ela, viria também um enorme capital social. Viria a inovação. Até viria a produtividade necessária à economia. Os valores desaparecidos no gigantismo das instituições públicas e de um Estado irrealista e esbanjador, ressurgiriam indubitavelmente também, tanto a nível dos serviços prestados, como no desempenho de cada cidadão servidor da comunidade. Estaríamos, como viemos a estar, de regresso aos verdadeiros valores e ao mérito reconhecido, com a possibilidade constante do seu aproveitamento a favor do crescimento económico e do bem-estar das populações.
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