“ …. As qualidades morais dos governantes – a dignidade, a honestidade, o desprendimento, a coragem – e as suas qualidades culturais, ou seja, a sua capacidade de ter uma visão global da sociedade e da economia do seu país, bem como da sua inserção no sistema capitalista – tecnoburotrático contemporâneo, são qualidades fundamentais, indispensáveis.
Homens públicos com essas qualidades são capazes de enfrentar e superar muitas limitações políticas e económicas que possam aparecer-lhes no seu dia-a-dia. Os estadistas são exatamente os governantes que, graças à sua visão e à sua coragem, conseguem enfrentar as limitações e superar as crises; são os políticos que em determinado momento de grave crise são capazes de interpretar os interesses nacionais e realizá-los, ainda que para alcançar esse objetivo sejam obrigados a contrariar interesses particulares poderosos e a enfrentar convicções ideológicas dominantes na sociedade.
De qualquer forma se não é possível esperar de cada mulher ou de cada homem o desempenho de um estadista – inclusive porque para isso é necessário ocupar no governo um posto com poder formal compatível – certamente é razoável exigir deles aquele mínimo de qualidades morais e culturais que lhes permitam enfrentar as limitações económicas e políticas, de toda a ordem, com alguma possibilidade de êxito.
Essas limitações podem explicar o êxito parcial e até o fracasso de certas políticas económicas, mas jamais justificam a conivência ou a rendição a essas limitações.”
Luiz Bresser Pereira
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