A soberania Popular na Grécia antiga.
A tribuna da Pnix e o hemiciclo da comédia eram duas manifestações diferentes da soberania popular.
Os comediógrafos sobrelevavam em importância os próprios oradores. Deste modo a comédia de intuitos políticos e de sátira pessoal tinha um poder aluidor tão considerável que fazia vacilar as mais sólidas reputações e entibiava os ânimos mais fortes. A perspectiva de ser visado numa comédia pública era motivo para sérias apreensões.
Começa então a formar-se uma surda conspiração contra a comédia, procurando torná-la impotente, quer interdizendo-lhe a individuação de pessoas vivas (decreto de Antímaco), como já eram proibidas alusões aos mortos, quer negando-lhe o direito de crítica aos magistrados. Todavia, estas proibições não se mantinham por muito tempo: a audácia dos poetas tornava-as ineficazes e os aplausos públicos faziam-nas cair sob o jugo opressivo do Governo dos Trinta, após o desastre de Aegos-Pótamos, a comédia política sucumbe ante a rigorosa proibição de se representarem personagens reais (404 a. J. C.) e a ameaça constante que pesa sobre os comediógrafos de serem vítimas da perseguição e da violência. A sátira política, a crítica dos magistrados, a apreciação dos actos governativos e de administração não pode mais fazer-se livremente; e o Governo dos Trinta foi tão depressivo das energias morais de Atenas, corrompeu a tal ponto as virtudes democráticas, que, depois da sua queda, o Estado ateniense, anémico e dessorado, não teve alentos para restituir à comédia os seus antigos privilégios.
Aristófanes – Cadernos Culturais
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