AMBIÇÃO E PRUDÊNCIA
O anúncio pelo Governo do aumento da escolaridade obrigatória para 12 anos ou até aos 18 anos de idade é, infelizmente, mais fonte de preocupaçãodo que de regozijo.
Doze anos de escolaridade não é, nem deve ser, sinónimo de "obrigação de passar 12 anos na escola".
Tempo de escolaridade é período de aprendizagem, de aquisição de conhecimentos e de hábitos de trabalho, com vista a alcançar uma formação específica.
Escolaridade de 12 anos implica adquirir aptidões reconhecidas pela sociedade porque os jovens, ao sairem do sistema educativo, já atingiram a idade de ingresso no mercado de trabalho e já acalentam expectativas de vida que têm de ser acauteladas.
Se o mercado não reconhecer as suas competências, abre-se caminho à frustação.
Os responsáveis políticos têm de estar conscientes quanto à preparação prévia que esta decisão implica e quanto aos meios de que dispõem para atingir esse objectivo com sucesso.
Ora, tanto quanto se sabe, essas condições estão longe de estar garantidas, se é que foram equacionadas.
No actual contexto, presente-se que o anúncio não passa de uma intenção e que, a concretizar-se, em más condições, só poderá agravar o sentimento de fracasso para os jovens e para a sociedade.
Ambição e prudência têm de andar juntas.
Expresso- Manuela Ferreira Leite - 01-05-2009
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