Madre Maria Clara do Menino Jesus - SERVA DE DEUS (1843-1899)
A 1 de Dezembro de 1899 falecia em Lisboa a "Mãe dos Pobres", Madre Maria Clara do Menino Jesus, Fundadora da Congregação hoje chamada das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.
Tinha nascido 56 anos antes, a 15 de Junho de 1843, descendente de uma família de antiga nobreza e aparentada com as casas mais ilustres de Portugal.
Tendo ficado órfã nas epidemias de 1856-1857, foi educada no Asilo Real da Ajuda, em Lisboa, de onde passou, mal completados os 19 anos, para o palácio dos Marqueses de Valada.
Após cinco anos de uma vida faustosa, decidiu renunciar a tudo e ingressar no pobre Convento de S. Patrício, onde iniciou uma caminhada de entrega definitiva a Deus, consagrando-se, primeiro na Ordem Terceira Secular de S. Francisco, sob a orientação espiritual de Frei Raimundo dos Anjos Beirão.
Como vigorasse em Portugal a proibição de Congregações religiosas e se tornasse urgente a fundação de um Instituto genuinamente português, a Irmã Maria Clara foi a Calais, - França, para fazer o seu Noviciado, entre as Irmãs Hospitaleiras e Mestras e aí emitir votos públicos.
Regressada ao seu país, deu início à Congregação das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres pelo Amor de Deus, aprovada pelo Governo português como Associação de Beneficência, a 22 de Maio de 1874 e pela Santa Sé como Congregação Religiosa, a 27 de Março de 1876. Dotada de um coração repleto de bondade e de ternura pelos mais pobres e abandonados, a Serva de Deus dedicou a vida inteira a minorar os sofrimentos e dores, enchendo Portugal de centros de assistência, atendimento e educação, onde todos os desvalidos pudessem encontrar carinho, agasalho e amparo, fosse qual fosse a sua condição ou estado social.
Sede da CONFIC em Linda- a - Pastora
Sempre impelida pela mesma ânsia de a todos socorrer, enviou as suas Irmãs a Angola, em 1883, à Índia, em 1886, à Guiné e a Cabo Verde, em 1893.
Durante o tempo de seu governo como Superiora Geral e Fundadora abriu mais de cem obras e recebeu mais de 1.000 Irmãs, tendo constantemente em vista a urgência de a todos socorrer.
Através dos seus membros, a Congregação devia estar presente e actuante em todo o lugar, onde houvesse o bem a fazer, onde fosse necessário dar uma resposta aos clamores dos desamparados.
No meio de sofrimentos de toda a espécie, na solidão, na doença, na perseguição, na incompreensão e na calúnia, a Irmã Maria Clara soube manter-se sempre fiel ao seu Deus e à missão que Ele lhe confiara, num serviço permanente, alegre e generoso a todas as pessoas, sem qualquer excepção, a todos perdoando e desculpando com fé e caridade heróicas.
Convicta de que " nada acontece no mundo sem permissão divina, acolhia tudo como vindo das mãos de Deus, pessoas e acontecimentos, dores e alegrias, saúde e doença.
A sua doação deveria ser levada até ao limite das forças, pois a única razão de ser da Congregação, por ela fundada sob " o olhar providencial de Deus" era servir, animar, acolher e aconchegar a todos " com sacrifício próprio", até a efusão do sangue, se tanto fosse necessário.
Por isso, vemos a sua vida toda permeada de um optimismo invencível e de uma esperança e confiança inabaláveis, mesmo que à sua volta tudo pareça escuro e adverso.
Nada possuindo, além do amor de Deus em Cristo sofredor e em todos aqueles que ela escolhera como " sua gente", podia encerrar em paz os seus dias terrenos, segura de lhe ter sido reservada uma numerosa descendência que levaria ao longe e ao largo o lema de " fazer o bem, onde houver o bem a fazer", protegida sempre pelo olhar providencial de Deus e pela Virgem Imaculada, modelo e mestra de vida em Hospitalidade.
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