Para além da apreciação de Silva Pinto estar completamente errada, pois Cesário sempre cantou o que existe, nunca foi um pensador na verdadeira acepção da palavra e, muito menos, um sofredor, o jornalista e amigo apresentava o autor de "Num bairro moderno" como anticlerical e republicano.
O poeta de Linda – a - Pastora passou assim de "crente" e de cumpridor de "tudo o que deve respeitar-se", a mata - frades e anti-monárquico.
Na realidade, Cesário assumia-se publicamente como republicano, frequentando "clubes" com os seus amigos Silva Pinto, Bettencourt Rodrigues e Fernando Leal, onde respeitosamente lhe atribuíam o epíteto de "cidadão".
Houve até uma noite que o grupo acima citado, esteve presente numa festa de beneficência do jornal "O Rebate", realizada no Príncipe Real, onde no final se recitou Gomes Leal e Bettencourt Rodrigues, respectivamente, "O Mundo Velho" e "Ao Combate", e se cantou "A Marselhesa".
Estas noitadas que começaram a interferir na saúde de Cesário, não durariam muito tempo, pois Silva Pinto estava de partida para o Porto, onde iria trabalhar como redactor num jornal, emprego que lhe fora arranjado por Teófilo Braga.
O sonho de frequentar a Universidade esfumara-se também. Que ficava, pois, ao nosso poeta?
O café "Martinho", este sim uma verdadeira instituição académica com os seus professores - escritores e jornalistas - que davam verdadeiras aulas práticas, desde a mais sublime literatura até à polémica mais rude. A loja do pai, onde observava os tipos dos diversos grupos sociais que as suas poesias tratariam. E, a quinta de Linda – a - Pastora, onde na paz do ambiente bucólico alinhava os seus versos imortais.
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