A maldição - Conta João Pinto de Figueiredo que a profanação do espaço sagrado da capela gerou a crença de que, como castigo, uma terrível maldição marcaria a propriedade dos Verdes em Linda - a - Pastora. Assim, ao longo dos anos, têm-se assinalado " desgraças múltiplas e sucessivas - incêndios devastadores, doenças inesperadas, mortes repentinas". Mas, agora, normalizadas as relações com a igreja, a paz deve ter regressado ao sítio.
Já muito debilitado pela doença que o atormentava, Cesário Verde procurou no campo as forças e a vitalidade perdidas, identificando-se com os trabalhadores da quinta, realçando a majestade do esforço físico que já não tinha. Na Primavera de 1886 muda-se para Caneças, a conselho médico.
A tosse começa a atormentá-lo. A dor no peito é uma constante. A doença apanha-o, e trava com ele uma luta que acaba por vencer quando o poeta tinha 31 anos. Estávamos no ano de 1886.
As suas últimas palavras recolhidas pelo único filho sobrevivente do Sr. Anastácio Verde foram: " Não quero nada, deixa-me dormir".
No Verão, tinha-se transferido para o Paço do Lumiar, onde veio a falecer, vítima dessa tuberculose. Uma vida curta que deixará marcas profundas em muitos, que depois dele o chamaram de mestre, tal como o fez Fernando Pessoa.
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