Sexta-feira, 31 de Outubro de 2014

EMPRESÁRIO EM PORTUGAL

Ser empresário, ser empreendedor, criar o seu próprio emprego e outras coisas conexas está na moda em Portugal e faz parte do discurso politicamente correcto.

É normal a apresentação na comunicação social dos casos de sucesso e da procura por parte dos governantes e dos políticos em geral de empresas/ instituições que possam ser apelidada de sucesso para inclusão nos seus roteiros e nas fotografias da praxe, em especial se existirem jornalistas e televisões por perto.

Estes condimentos são ainda mais apetecíveis se os protagonistas forem jovens empresários.

Em contraponto desta “bondade” no discurso, o Estado actua com total arrogância e desconfiança de todos os empresários, mantendo um discurso irresponsável de lançar suspeitas generalizadas sobre todos, quando este não é muitas vezes um exemplo para a sociedade.

Ao Estado compete fiscalizar e ter “mão pesada” quando se verificarem infracções, mas também criar condições para o desenvolvimento desta actividade em condições de competição a nível internacional. Não basta a “empresa na hora”, a “marca na hora”, nem os outros expedientes de pequeno impacto na actividade real das empresas. A reforma da justiça, uma aposta na formação das pessoas, acelerar a reforma das finanças e da segurança social, posicionar o país no contexto internacional (em termos da logística, da especialização/ diferenciação da nossa oferta de serviços e produtos, da nossa competitividade fiscal de modo a atrair capital externo, …) e de criar infra-estruturas que permitam melhorar as condições de funcionamento do país, em suma assumir uma visão de longo prazo para Portugal.

Não considero que o Estado deva intervir na actividade empresarial, nem quero um Estado galinha mantendo uma infindável clientela, interna e externa, com todos os inconvenientes que são por demais conhecidos.

Este país para ser competitivos tem que assumir as suas dificuldades e com muito esforço e sacrifício iniciar uma nova etapa de afirmação empresarial. Sem empresas geradoras de riqueza não haverá emprego, poder de compra e uma aproximação aos padrões de vida europeus.

Ser Empresário não é um emprego, mas uma forma de vida de alto risco. Risco pela degradação da vida pessoal, risco de nunca ganhar nada, risco de perder tudo o que ganhou ao longo de anos de sacrifício, risco de ser considerado “arguido” em n situações e mais n riscos.

Se tiver o azar de cair em desgraça, ou seja, arriscar e perder, terá que enfrentar a exclusão social. Os amigos deixam de aparecer, os bancários que lhe ligavam todos os dias, mudam de passeio para não passar por si, o fisco não o larga e trata-o como ladrão e incumpridor das suas obrigações (com sorte ainda é capa de jornal ou notícia de abertura nos telejornais), os funcionários acusam-no de incompetência e podem fazer algumas barricadas à porta da empresa, se não fugir para o Brasil, terá ainda de enfrentar outras muitas consequências.

Ouvi o Sr. Presidente da República, julgo que durante a visita à Índia, a desafiar os empresários a arriscar e a lamentar a falta de cultura de risco empresarial. Alguém me sabe apontar quais as razões para Ser Empresário em Portugal e para arriscar em Portugal?

Quando vir os casos de insucesso serem tratados como processos normais de aprendizagem empresarial (o que não impede “mão pesada” por parte do Estado nos casos de prevaricação dos empresários), quando deixarem de idolatrar supostos casos de sucesso e a sociedade e o Estado entenderem que só irá crescer com um tecido empresarial competitivo (com tudo o que isso significa), teremos condições para arriscar.

Apesar destas palavras ainda considero que vale a pena Ser Empresário.

 

Publicado por Alípio Oliveira © às 22:25

 

publicado por luzdequeijas às 13:20
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PARA QUANDO O CASAMENTO?

Veredicto das Nações Unidas não deve ser conhecido "antes de 2013 ou 2014"

Portugal oficializa proposta de extensão da plataforma continental

Portugal submeteu hoje à apreciação das Nações Unidas (ONU) a sua proposta de extensão da plataforma continental que, caso seja aceite, irá estender a área sob jurisdição portuguesa até aos 3,6 milhões de quilómetros quadrados.

Portugal poderá iniciar o "armazenamento no fundo do mar de dióxido de carbono da atmosfera"

O projecto português entregue hoje em Nova Iorque, e que foi acompanhado por projectos do Brasil, Guiné-Bissau e Cabo Verde, propõe a extensão da plataforma continental para o dobro.

"A energia é um dos aspectos essenciais, não só as energias fósseis como o petróleo ou o gás, mas também os minérios e moléculas que podem ser utilizadas na indústria farmacêutica. Tudo isto são áreas que existem [no espaço marítimo nacional] embora não saibamos ainda toda a sua dimensão e todo o seu valor, apesar de sabermos que nos dias de hoje estes são sectores muito importantes"

Para nós, este processo é tão importante como foram os descobrimentos, são os descobrimentos do século XXI. Em termos ambientais, Portugal poderá iniciar o "armazenamento no fundo do mar de dióxido de carbono da atmosfera". Dado ser um "país de referência no âmbito do mar", Portugal tem "mais trabalho a fazer" depois da entrega da proposta de extensão da plataforma continental. "Temos outras vertentes a trabalhar, temos de nos organizar para fazer o aproveitamento das novas riquezas, há uma segunda etapa deste trabalho que vai requerer organização, parcerias com outros países, com empresas e com instituições. Conseguir potenciar as vantagens e os recursos deste desdobramento da Plataforma continental portuguesa seria um activo enorme para a economia nacional, desde que fosse económica e ambientalmente sustentável. A criação de riqueza, de emprego através da nova economia do mar representaria para Portugal uma espécie de 2ª plataforma de turismo que precisamos para sair da crise económica em que vegetamos. Ainda que se saiba que os investimentos na economia do mar são, pela sua natureza, caros e exigem um know-how específico nem sempre disponível. Este é um sector de que muito se fala, mas que, em rigor, pouco investimento tem beneficiado. Talvez agora, a "toque de caixa" da nova filosofia da importância das energias renováveis receba o impulso (governamental e privado) decisivo para se por alguns projectos em prática. Veremos como nascem essas parcerias em busca do novo ouro negro...

publicado por luzdequeijas às 12:54
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O NOSSO AMBIENTE

Pai

Diz-me o que fizeram ao rio,

Que já não canta.

Resvala como um barbo morto,

Sob um palmo, de espuma branca.

Pai

Que o rio já não é o rio.

Pai

Antes que chegue o verão escondei.

Tudo o que estiver vivo.

Diz-me o que fizeram ao bosque,

Que já não há árvores.

No inverno não teremos fogo,

Nem no verão lugar,

Onde resguardarmo-nos.

Pai,

Que o bosque já não é o bosque.

Pai,

Antes que tudo escureça,

Enchei de vida a despensa.

Sem lenha e sem peixes, pai,

Teremos que queimar a barca,

Lavrar o trigo entre as ruínas, pai,

E pôr a tranca na casa, e dizia você ……..

Pai,

Se não há pinheiros,

Não haverá pinhões,

Nem vermes, nem pássaros.

Pai,

Onde não há flores,

Não se dão as abelhas, nem a cera,

Nem o mel.

Pai,

Que o campo já não é o campo.

Pai,

Amanhã do céu choverá sangue,

O vento o canta chorando.

Pai

Já estão aqui ….

Monstros de carne,

Com vermes de ferro.

Pai,

Não, não tenhais medo,

E dizei que não, Que eu vos espero.

Pai,

Deixai de chorar,

Que nos declararam a GUERRA.

publicado por luzdequeijas às 12:33
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Quinta-feira, 30 de Outubro de 2014

REINVENTAR O ESTADO

 

     O Estado existe para servir os cidadãos e estes têm que se rever na capacidade positiva deste de legitimar uma relação de confiança essencial. Quando David Osborne nos fala da crescente oportunidade e necessidade de recolocar na agenda o “reinventing the government”, está claramente a colocar a tónica num dos elementos centrais da modernidade competitiva das nações.  Importa mais do que nunca reposicionar o Estado como “pivot” central da organização, monitorização e funcionamento adequado das nações e aproveitar as dimensões qualificadoras do conhecimento, inovação e competitividade como atributos capazes de fazer reganhar a  confiança estratégica do cidadão naqueles que o representam e  têm uma responsabilidade superior na garantia de patamares adequados de qualidade de vida e desenvolvimento social.

A reinvenção estratégica do Estado, enquanto “plataforma de centralidade” onde convergem as dinâmicas de qualificação dos diferentes actores sociais, ganhou hoje um paradigma que não se pode cingir às especificações operativas de mecanismos mais ou menos necessários de Governo Electrónico ou de ajustamentos organizacionais adequados a determinados posicionamentos conjunturais de orgânica  interna. Como muito bem nos elucida Samuel Hungtinton, a propósito do eventual choque de civilizações, o que está em causa é a capacidade endógena do Estado se autorreferenciar como o primeiro antes de mais e último antes de tudo centro de racionalidade  dos processos sustentados de evolução da sociedade civil. Se é importante, como Francis Fukuyama não para de reiterar, a evidência da capacidade da sociedade civil protagonizar dinâmicas de liderança nos processos de mudança, não menos verdade é que compete ao Estado modelar a dimensão estratégica dessa mudança.

    No quadro da Sociedade do Conhecimento e da Economia Global, cabe ao Estado o saber assumir de forma inequívoca uma atitude de mobilização activa e empreendedora da revolução do tecido social. Ou seja, independentemente da dinâmica de mudança assentar nos actores da sociedade civil e da sua riqueza em grande parte depender a estabilidade estratégica das acções, cabe ao Estado, no quadro duma nova coerência estratégica e duma nova base de intervenção política, monitorizar, acompanhar.   Esta cumplicidade estratégica é essencial para a garantia de padrões coerentes de desenvolvimento e equilíbrio social. Nas sábias palavras de António Paim, emérito politólogo brasileiro, só assim se garante a verdadeira dimensão  de confiança entre todos os que acreditam no futuro. 
É neste sentido que a legitimidade de actuação e sustentação estratégica se torna central. Processos de compromisso e convergência entre uma base central forte e pontos de descentralização territorial autónomos e indutores de riqueza e bem-estar social a partir da inovação e conhecimento têm que ter por base uma forte relação de cumplicidade estratégica entre todos os actores do tecido social. Um compromisso sério entre uma capacidade natural de mobilizar e empreender e ao mesmo tempo uma vontade de tornar os processos estáveis nos resultados que potenciam. A modernização do Estado assenta em larga medida na capacidade de protagonizar esse desafio de mudança de paradigma.·
Há que fazer por isso opções. Opções claras em termos operacionais no sentido de agilizar a máquina processual e através dos mecanismos da eficiência e produtividade garantirem estabilidade e confiança em todos os que sustentam o tecido social. Opções claras em torno dum modelo objectivo de compromisso entre governação qualificada central, geradora de dimensão estabilizadora e indução de riqueza territorial através da participação inovadora dos actores sociais. Opções assumidas na capacidade de projectar no futuro uma lógica de intervenção do Estado que não se cinja ao papel clássico, déjà-vu, de correção in extremis das deficiências endémicas do sistema mas saiba com inteligência criativa fazer emergir, com articulação e cooperação, mecanismos autosustentados de correcção dos desequilíbrios que vão surgindo.  
David Osborne tem razão em insistir na actualidade e pertinência da chama da reinvenção do Estado. É essencial na Sociedade moderna do Conhecimento consolidar mecanismos estratégicos que façam acreditar. Cabe ao Estado esse papel. Encerra em si uma missão única de fazer da sociedade civil uma fonte permanente de mobilização de criatividade e inovação e de estabilização de participações cívicas adequadas. A governação é hoje um  acto de promoção e qualificação da cidadania  activa. Importa ao Estado ser relevante. Importa ao Estado constituir-se como um operador de modernidade. Por isso, nunca como agora a sua reinvenção é um desafio de e para todos. A Reinvenção do Estado é em grande medida a reinvenção da Nação.

Por Francisco Jaime Quesado

publicado por luzdequeijas às 19:22
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Quarta-feira, 29 de Outubro de 2014

OS ÁRABES DOS PÂNTANOS

É preciso salvar o jardim do Paraíso

Aparece na lista de crimes ecológicos de Saddam Hussein e é tido como um dos grandes atentados ambientais de sempre, mas para Umm Ali, Abu Ali e Abu Mohammed o que o antigo ditador fez foi tentar matá-los. Arrancou-os pela raiz e fez deles estrangeiros. Porque os madan não são iraquianos. São árabes dos pântanos.

Muitos pescadores tiveram de sair, poucos puderam ficar.

 

Sai-se de Bassorá para norte, pela estrada que cruzará Nasiriyah e Amara antes de chegar a Bagdad. Atravessa-se os subúrbios extensos da segunda maior cidade do país, pobreza a perder de vista, e depois ainda Kezayzeh, no fim da estrada, um bairro com um parque infantil sem brinquedos, só terra e umas escadas que terminam no ar.

Deixa-se a estrada para Bagdad e é logo depois que o cenário muda e passa a fazer-se de palha, de terra seca deste Verão ou já do ano passado e o chão a abrir-se como a querer sugar o ar. A seguir há pedaços de água e a terra a ficar castanha e a palha que de repente é erva muito, muito verde. Canais naturais, com pequenos barcos de madeira, os mashhof, que os cruzam conduzidos por um homem com o seu remo que é um tronco. Os mashhof encontram o caminho por entre a erva alta e espessa. Palmeiras e depois já não. Quando há água, ouvem-se sapos e vêem-se búfalos e miúdos a pescar e a entrelaçar palha e outros só a tomar banho. Também há peixe, mas é pouco e é pequeno.

Estamos em Qorna, início de pântanos que há 20 anos eram sem fim. Uma das zonas húmidas com um dos ecossistemas mais ricos do planeta. Peixes, plantas, aves, insectos. Pessoas como não há iguais. Os árabes dos pântanos.

 

publicado por luzdequeijas às 21:10
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O POVO NO PODER

 

Fernando Madrinha (www.expresso.pt)

0:00 Sexta-feira, 9 de Abril de 2010

A vitória esmagadora de Pedro Passos Coelho é a última e definitiva prova do fracasso de Manuela Ferreira Leite, que andou dois anos a governar o PSD contra dois terços do mesmo PSD. A tal ponto que, por vendita pessoal e política, impediu deliberadamente o partido de ter hoje no Parlamento o seu líder eleito. Mas a vitória de Passos Coelho é a derrota de muito mais gente - baronato e inteligentsia, notáveis e influentes que agora se aproximarão certamente e alguns dos quais o próprio líder terá interesse em conquistar, mas que se armaram de candidatos contra Passos e perderam em toda a linha. Paulo Rangel antes de todos, com os seus mais destacados apoiantes, de Jardim a Pacheco Pereira - pelas expectativas geradas e porque a sua candidatura foi uma espécie de trunfo escondido da anterior direcção e das elites para abater Passos Coelho. Aguiar Branco em seguida, o candidato que melhor representava o segmento genuinamente social-democrata dos tempos da fundação e que, de uma maneira ou de outra, manteve poder e influência com todas as lideranças, talvez com excepção das de Santana Lopes e Luís Filipe Menezes. A ala cavaquista, por último, que apostou nos dois candidatos perdedores.

Não se sabe o que terá o novo líder para oferecer ao país, embora um livro de campanha apresente algumas ideias que têm, pelo menos, a vantagem de estabelecer diferenças programáticas e de concepção do Estado relativamente ao PS. Mas as promessas eleitorais, nos partidos e no país, há muito que se tornaram promessas vãs, e por isso é melhor esperar para ver. Tanto quanto é possível avaliar, o PSD limitou-se a escolher o anti-Sócrates mais parecido com Sócrates na imagem, na arte da comunicação e na obediência ao pragmatismo, por lhe parecer que esse é o caminho mais rápido para o poder. Em cada lei para a aplicação do PEC se perceberá o que, de facto, distingue a nova oposição.

Mas a eleição de Passos Coelho com tão peremptória votação representa uma mudança de perfil do próprio PSD. Na sequência de um processo iniciado por Santana e continuado por Menezes, assistimos à definitiva vitória do 'aparelho' sobre a velha 'classe dominante'. No plano dos equilíbrios sociais, tornou-se mais PPD, isto é, mais popular, ao mesmo tempo que deu uma guinada à direita, com as propostas liberais que aí estão, tornando-se menos social-democrata. Dir-se-ia que a 'luta de classes' em que o partido viveu desde a fundação se resolveu em desfavor daquela que quase sempre o orientou. Santana e Menezes tentaram, mas foi Passos Coelho quem levou ao poder o povo do PPD/PSD.

 

publicado por luzdequeijas às 20:56
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PRINCÍPIO DA CONFIANÇA

princípio da confiança funda-se na premissa de que todos devem esperar que as outras pessoas sejam responsáveis e atuem de acordo com as normas da sociedade, visando evitar danos a terceiros. Mas, no MUNDO ATUAL há danos imprevisíveis aos montes, ninguém tem a garantia de nada! A competitividade é arrasadora.

Porém, como e quando aplicar este PRINCÍPIO num processo longo e cheio de traições já feitas, como as reformas?

E não é quebra de confiança que os que estão hoje a trabalhar nunca venham a ter uma pensão como os que já a têm, para que estes possam manter os seus privilégios intocados? E não é injusto que quem se reforma hoje tenha mais do que quem se reforma amanhã nas mesmas circunstâncias? Justo era cada um descontar para si próprio e receber em função disso. Já que os nossos brilhantes ex-governantes escolheram outro modelo (assente certamente na ideia de que Portugal teria, naturalmente, uns 40 milhões de habitantes por esta altura), em que quem trabalha paga as pensões de quem está reformado, então recalculem-se todos os anos as pensões a pagar de acordo com a riqueza existente no nosso país, ou seja, umas vezes para mais e outras para menos. Isto é enfrentar a realidade e não abuso de confiança. Ou os “Funcionários Públicos” têm tratamento diferente dos outros trabalhadores. Regalias já eles têm demais: Férias, horários, não despedimentos, cuidados de saúde e ritmos de trabalho sem sujeição à produção. O país e a nossa economia não suportam mais despesa pública! CHEGA MEUS SENHORES JUÍZES. A haver qualquer princípio na nossa Constituição, então, que seja para todos os portugueses. O PRINCÍPIO DA CONFIANÇA não se pode transformar em “DISCRIMINAÇÃO”,

publicado por luzdequeijas às 16:50
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A BICHARADA E OS POLEIROS

Qualidade do habitat, movimento e recursos alimentares melhorados

 Os animais podem ser atraídos pelas estradas por uma variedade de razões, mas a maioria está relacionada com o habitat, facilidade de movimento e recursos alimentares (Forman é al., 2003). Um exemplo de melhoria do habitat nestes corredores de transporte é a quantidade de poleiros existentes para as aves que se alimentam na berma da estrada. Num estudo realizado

por Meunier et al. (2000), as aves de rapina utilizaram mais as bermas das estradas do que o habitat adjacente, não pela abundância de presas mas pela maior disponibilidade de poleiros e bermas de estrada largas. Outro estudo demonstrou que os corvos (Corvus corax) eram mais numerosos ao longo das estradas pavimentadas do que longe destas, pela mesma razão (Knight e

Kawashima, 1993).

publicado por luzdequeijas às 16:44
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TRIGONOMETRIA AMOROSA


Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos romboides, boca trapezoide,
Corpo ortogonal, seios esferoides.

Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.

"Quem és tu?" Indagou ele
Com ânsia radical.

"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."


E falando descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A almas irmãs
Primos-entre-si.

E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.

Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar,
Uma Perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.

E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos
Viciosos.
Ofereceu, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo,
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
Chamado amoroso.
E desse problema, ela era a fração
Mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade.
Como aliás, em qualquer
Sociedade.
Autor desconhecido, mas admirável.

publicado por luzdequeijas às 16:37
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Terça-feira, 28 de Outubro de 2014

CREDIBILIDADE DO SISTEMA

 

OS PARTIDOS políticos e a Assembleia da República são as instituições em que os portugueses menos confiam, ainda menos do que nas seguradoras, revela um estudo sobre a imagem dos serviços públicos encomendado pelo Ministério da Reforma do Estado.

Dados que o Ministério de Alberto Martins interpreta como “ preocupante do ponto de vista da qualidade da democracia”. E novos “ motivos de preocupação com a saúde do sistema político “ são encontrados quando se avalia o nível de identificação com os partidos: “ Para 53,7 % dos inquiridos não há nenhum partido político do qual cada um se sinta próximo “ . Nesta sondagem realizada pelo Centro de Sondagens da Católica ainda se conclui que as Forças Armadas, a comunicação social e a banca são, em contra partida, as instituições que mais merecem a confiança dos inquiridos “ .                      

Expresso 05 Outubro 2001

publicado por luzdequeijas às 23:14
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SEDUTOR SEDUZIDO

Um terçolho no olho

Um dia, o diabo acordou com um enorme terçolho - pela primeira vez, desde há muitos anos, uma bela jovem ia casar virgem.

Inquieto, despachou para a Terra o maior sedutor que pelo inferno ardia. D.Juan, com o seu fiel criado, com a missão urgente de seduzir a donzela, sem o que não conseguiria curar a mazela.

Começa assim a brilhante comédia que Ingmar Bergman filmou sobre a Suécia um tanto libertina dos anos setenta e a que deu o título em epígrafe.

E a história prossegue com D. Juan utilizando mil ardis, a que a casta jovem vai resistindo, cada vez menos.

Sentindo o perigo, os Céus enviam um sábio que convence D. Juan de que a noiva terá um belo dote, na condição de se manter casta até à noite de núpcias.

A história termina com o sedutor seduzido, a vencer o noivo no coração da jovem, a qual acaba por casar donzela, e o terçolho transforma-se em incómodo, permanente, no olho do Diabo.

 

publicado por luzdequeijas às 18:57
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TERÇOLHO, TERÇOLHO …

Não resisti em partilhar algumas mezinhas,é hilariante!

Muitas são as mezinhas antigas que, às vezes, podem funcionar:

- Aquecer azeite virgem numa colher de sopa sobre uma vela, untar uma aliança de casamento no azeite quente e esfregar sobre o terçolho. (isto é capaz de funcionar mas é por causa do calor)
- Esfregar o dedo muitas vezes na palma da outra mão e quando estiver bem quente, passar o braço por de trás da cabeça e colocar o dedo no olho doente (esta é à contorcionista). (e espetar o dedo no olho ajuda a passar o terçolho, como exatamente...?)
- "Terçolho,terçolho vai para aquele olho." (ah eu fazia isto quando era pequeno, mas sem o anel e a água benta)
- Por último invocar Santa Luzia, a santa protetora dos olhos, com poderes para preservá-los e curá-los de todas as moléstias, inclusive a pior delas, que é a cegueira. Então inclui também o terçolho reza-se uma oração e espera-se que passe. (tb se pode esperar que passe naturalmente, que o resultado é o mesmo)
Muito elucidativas estas mezinhas... Não faltava criatividade nestes tempos...

Causas do terçolho:

Também pode ser um germe chamado bactéria a causar um terçolho.

Sinais e sintomas:

  1. O topo ou a base da pálpebra pode estar quente, vermelho, inchado e magoado.
  2. Pode ter uma sensação arenosa no olho. Ou, os seus olhos podem produzir mais lágrimas que o normal.
  3. Pode aparecer uma cabeça de pus branca ou amarela na pálpebra, alguns dias após o terçolho se formar

Espero ter ajudado. Não sou da área de saúde, mas quero ajudar, com algum humor!

publicado por luzdequeijas às 17:40
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QUE PAÍS TEMOS HOJE?

4 Anos de promessas não cumpridas

11 de Março de 2009

 Oportunidades perdidas

Começo por uma brevíssima revisão ao desempenho económico do Governo fazendo uma análise a 2 tempos, que não podem nunca ser confundidos. O desempenho do Governo antes e após a crise.

Com este Governo Portugal, perdeu duas oportunidades ímpares:

Primeiro e até 2008 pelas más opções políticas;

Agora, após a crise, governando sem rumo ao sabor das pressões mediáticas e desprezando sistematicamente os contributos bem-intencionados de muitos.

Em nome da verdade, relembro hoje, aqui, as promessas do então candidato a Primeiro-Ministro, José Sócrates.

  • 3% De crescimento para a Economia Portuguesa……
  • E a criação de 150 mil novos empregos…

E quanto à Política Fiscal basta-nos recordar aquelas frases perentórias do Primeiro-Ministro: “

Não vamos aumentar os impostos”.

Foi assim, foi com estas promessas que José Sócrates ganhou as Eleições!

Só que a política começa por ser um exercício de compromisso público e por isso, não é indiferente o que se promete quando se quer ganhar e o uso que se faz do poder depois ele ser confiado.

…A Realidade Nua e Crua é esta:

O crescimento médio da Economia Portuguesa neste período, foi de 0,68 % o que equivale a Um Quinto dos prometidos 3%;

E se compararmos com a média europeia, no período sem crise, verificamos um crescimento que é duas vezes superior ao de Portugal (2,63 contra 1,4).

É inequívoco que antes da crise, e como provam os números, o Governo não soube concretizar uma política económica adequada à realidade do tecido empresarial.

A atitude e obsessão foram sempre as mesmas:

A sobranceria com que menosprezou as propostas do PSD;

E a megalomania dos anúncios acompanhado por um discurso totalmente irrealista, chegando ao ponto de decretar o fim da crise!

Estes erros; esta forma de governar, representa enormes custos para o País:

  • As muitas falências, quiçá, evitáveis, algumas decorrentes do incumprimento do próprio Estado;
  • E a oportunidade desperdiçada de mudar Portugal;

… E quanto a postos de trabalho a evidência Dói!

Em vez de 150 mil novos empregos há hoje mais 78 mil desempregados.

São 53 novos desempregados em cada dia que passa!

E de 2004 para cá os desempregados licenciados não param de aumentar, são hoje cerca de 70.000!

Será este o resultado do Choque Tecnológico?

Que palavra? Que esperança? Tem o Primeiro-Ministro a dar a estes Portugueses …?

Este Governo custou caro ao País:

Custou-nos um acréscimo de 700 euros só em impostos;

Custou-nos uma redução drástica do poder de compra aumentando a nossa divergência com os países europeus.

E custou-nos um agravamento do endividamento externo que equivale hoje a 100% do PIB.

Este número é especialmente preocupante porque está ainda longe de refletir a totalidade dos encargos assumidos pelo Estado, seja por via da postecipação da despesa seja por antecipação de receitas.

Este Governo desequilibrou o DEVE e HAVER inter-geracional e com isso comprometeu as opções futuras daqueles que nos sucederem.

Chega de desculpas. Que não se alegue a crise Financeira Internacional, que não se iludam mais os Portugueses com bodes expiatórios, porque a crise económica é Socialista antes de ser conjuntural.

Os Portugueses questionam-se:

É possível fazer melhor?

Nós dizemos sim, É possível!

No que à economia diz respeito bastava o Governo seguir algumas das propostas do PSD dirigidas ao Primeiro-Ministro, com impacto económico, evidente, como por exemplo:

  • O pagamento das dívidas aos Fornecedores;
  • A justíssima conta corrente entre o Estado e as Empresas;
  • E a reabilitação urbana.

Mas o Governo insiste em Mega Investimentos de racionalidade incompreensível.

É um Governo que confunde gastos, com investimento:

Investe na 3 ª ligação, em auto-estrada, Lisboa Porto e ao mesmo tempo, abdica de investimentos que podiam contribuir para um País mais competitivo, mais equilibrado e mais justo.

Este Governo criou um equívoco económico que importa desfazer porque confunde crescimento e emprego passageiro, com desenvolvimento sustentável.

Que País temos hoje?

Um País desertificado e mal cuidado!

O Governo; ignorou o valor da agricultura em termos sociais e ambientais; permitiu a ruína do nosso Património histórico e cultural. 

3) Que assiste impassível à destruição diária de valor económico nas cidades, sem nada fazer.

Isto significa que o Governo ignora o valor intrínseco do território, esse sim, verdadeira fonte de competitividade e desenvolvimento.

Este Governo prejudicou o País porque perdeu oportunidades, pediu sacrifícios aos cidadãos em nome de políticas que não produziram qualquer efeito.

O Primeiro-Ministro ilude-se e ilude os portugueses. Enquanto isso as oportunidades passam e o tempo não se recupera, Nunca.

Obrigada.

Maria do Rosário Águas

 

 

publicado por luzdequeijas às 16:44
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EU, ROBÔ

Asimov, na sua ficção "I, Robot" (Eu, Robô), de 1950. Neste mesmo livro, Asimov criou leis, que segundo ele, regeriam os robôs no futuro: Leis da robótica:

  1. Um robô não pode fazer mal a um ser humano e nem, por omissão, permitir que algum mal lhe aconteça.
  2. Um robô deve obedecer às ordens dos seres humanos, exceto quando estas contrariarem a Primeira lei.
  3. Um robô deve proteger a sua integridade física, desde que,com isto, não contrarie a Primeira e a Segunda leis.

A ideia de se construir robôs começou a tomar força no início do século XX com a necessidade de aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos produtos. É nesta época que o robô industrial encontrou suas primeiras aplicações, o pai da robótica industrial foi George Devol. Devido aos inúmeros recursos que os sistemas de microcomputadores nos oferecem, a robótica atravessa uma época de contínuo crescimento que permitirá, em um curto espaço de tempo, o desenvolvimento de robôs inteligentes fazendo assim a ficção do homem antigo se tornar a realidade do homem atual.

publicado por luzdequeijas às 16:29
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LIBERDADE DE PENSAMENTO

A característica essêncial da Revolução Industrial é que antes dela o progresso económico era sempre lento (levavam séculos para que a renda per capita aumentasse sensivelmente), e depois a renda per capita e a população começaram a crescer de forma acelerada nunca antes vista na história da humanidade. A partir do aparecimento da máquina, fala-se numa primeira, numa segunda e até terceira e quarta Revoluções Industriais. Porém, se concebermos a industrialização como um processo, seria mais coerente falar-se num primeiro momento (energia a vapor no século XVIII), num segundo momento (energia eléctrica no século XIX) e num terceiro e quarto momentos, representados prospectivamente pela energia nuclear e pelo avanço da informática, da robótica e do sector de comunicações ao longo dos séculos XX e XXI.

Até ao avanço da informática, os homens já se reuniam e discutiam as suas ideias em grupos fechados. Com o avanço da informática foi-se dando um aumento considerável do número de internautas e, na década de 90 surge a Web idealizada por Tim Bernerse-Lee, para troca de arquivos, entre amigos. Tudo principiado pela troca de e-mails ou seja, o correio eletrónico servido por endereços eletrónicos.

Hoje, a internet faz parte da maioria da população mundial ou seja, por virtude das redes sociais na internet! Esta evolução continua a prosseguir de diversas formas, agora já não de grupos de amigos mas entre gente que navega por prazer da descoberta e do conhecimento, sem se conhecer. Por exemplo, no mundo da blogosfera. A imprensa escrita começa a correr perigo, devido às transferências de leitores para este vastíssimo campo de informação de qualidade e diversidade. O mundo dos internautas pode recorrer a informações de muitíssimas fontes e a fazer o seu próprio julgamento. Este mundo pode propiciar avanços muito importantes na política e na economia social, também na democracia se, entretanto, as “redes politicas” não atrofiarem, com pressões ilegítimas, sobre a vida privada ou profissional desses internautas, que trabalham por amor à cultura e à investigação social. Queira Deus, que não forcem as “redes sociais” a temer seja o que for, utilizando a Lei da Rolha de modo a refrear os pensamentos legítimos e tão úteis na descoberta das soluções necessárias, para que a humanidade ultrapasse as grandes dificuldades que são de esperar no século em que vivemos. Só a liberdade de pensamento pode trazer à humanidade descobertas úteis para uma vivência digna de toda a gente tão amedrontada com este início de século.

publicado por luzdequeijas às 16:23
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Segunda-feira, 27 de Outubro de 2014

OS FUNDOS QREN

OS DADOS NÃO MENTEM, AFIRMA ANTÓNIO COSTA

Outubro 25, 2014

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa provou hoje, 25 de outubro, em conferência de imprensa, o atraso do Governo na execução dos fundos comunitários, apresentando diversos quadros de documentos oficiais que corroboram o que afirma. Sobretudo o relatório do Orçamento do Estado para 2015 demonstra que há uma redução superior a 30 por cento nas previsões do executivo e “uma contração muito significativa na nossa economia”, salientou. 

NOTA: Os dados de facto não mentem, podem é estar a ser politizados no mau sentido!

“É dinheiro que vamos injetar na economia e no país, ao longo dos meses que permanecem até ao final de 2015 sendo a nossa convicção de que o país não irá devolver um único euro a Bruxelas”, afirmou Miguel Poiares Maduro no final do Conselho de Ministros onde foram aprovados os regulamentos dos programas do novo quadro de fundos comunitários (Portugal 2020)”.

A Europa começou tímida a alimentar o seu "bom aluno", sendo o primeiro Quadro Comunitário de Apoio (QCA I, que decorreu entre 1989 e 1993) aquele em que Portugal menos recebeu dinheiro por ano: "apenas" 2,9 mil milhões. Por oposição, foi no QCA III (entre 2000 e 2006) que o País recebeu mais fundos estruturais (4,27 mil milhões/ano).

Sobre o anterior quadro (QREN), que continua em funcionamento até ao final de 2015, adiantou que tem uma taxa de execução de 82%, “a melhor taxa de execução da União Europeia”, o que dá mais razões “para estar confortáveis” com a convicção de que será possível “executar plenamente todos os fundos”.

Os fundos foram bem aproveitados?" Para os especialistas não há uma resposta de "sim" ou "não". Se não têm dúvidas de que Portugal evoluiu, também são imediatos a admitir erros na gestão dos fundos.

Há que reconhecer alguns erros cometidos, nomeadamente na aposta excessiva em infraestruturas, principalmente as rodoviárias". Ao nível de aproveitamento dos fundos "nem sempre foram definidas as melhores prioridades, houve um investimento não reprodutivo, muitas vezes porque era preciso cumprir prazos ou, pior: ir ao encontro de expectativas eleitorais."Parece ter havido "desperdício e falta de controlo na aplicação dos fundos". Devia-se ter investido mais nos sectores reprodutivos e não na política do betão. Temos uma rede rodoviária excessiva."

O dinheiro europeu ajudou a construir mais de três mil quilómetros de estrada. Não houve uma visão global de aproveitamento dos fundos. Portugal melhorou, nos primeiros 25 anos de integração europeia, em quase todos os indicadores sociais, com uma nuance: nem sempre se aproximou do nível europeu e em alguns casos até se afastou

Portugal falhou assim, de certa forma, o objetivo de convergir com a média europeia e também não conseguiu deixar de ser um país de assimetrias. Entre ricos e pobres. Entre o litoral e o interior. Entre os centros urbanos e o resto do País. Mas a partir de 1999, os fundos fizeram o caminho contrário da população: começaram a afastar-se da região de Lisboa e Vale do Tejo.

Chegámos ao atual quadro de apoio, o QREN, e a cada três euros que a Europa envia para Portugal, dois vão para o Norte e Centro do País. E, se por um lado, isto significa que os fundos estão a ser direcionados para as regiões mais necessitadas, também é sinal de que estas continuam a ser mais pobres do que a média da UE.

A região de Lisboa altamente beneficiada, ainda agora, se considera incapaz de resolver o problema das cheias! A Grande Lisboa e a Península de Setúbal, “não conseguiram deixar de ser um país de assimetrias. Entre ricos e pobres. Entre o litoral e o interior. Entre os centros urbanos e o resto do País.

A capital permanece cheia de prédios demolidos, muitos outros a precisarem de o ser e na generalidade, temos o mau estado dos edifícios e limpeza, em nada esta realidade, aconselha o voto num Presidente de Câmara tão contestatário.

 

 

publicado por luzdequeijas às 16:01
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Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014

JÁ CHEGA

Já chega: PSD não pode aceitar novo aumento de impostos

 
 

O Governo já começou a acenar com novo pacote de austeridade, com um novo PEC. É normal: olhando para a execução de janeiro, descobrimos que a despesa subiu. Subiu, meus amigos. Subiu. A receita fiscal aumentou 15% (com o nosso dinheiro), mas a despesa do Estado não começou a cair. É o costume nesta terra de Deus: a sociedade, as famílias, as empresas apertam o cinto, enquanto o Estado continua na sua vidinha de Paxá. A diminuição de um défice através de 15% de aumento de impostos e sem diminuição de despesa não é consolidação orçamental: é saque fiscal. E eu, se não se importam, estou um bocadinho farto de ser escravo fiscal. Isto, meus amigos, está mesmo a pedir um Spartacus.

Bom, eu sei que este PSD não é Spartacus. Não é Sá Carneiro quem quer. Mas, apesar disso, eu sei outra coisa: o PSD não pode aceitar novo aumento de impostos. A consolidação orçamental tem de ser feita pelo lado da despesa do Estado e não pelo lado da receita. O PSD tem de fazer as perguntas que interessam ( é verdade que muitos ministros nem sequer controlam entidades que estão dentro da sua tutela? ; Teixeira dos Santos tem ou não vontade política para berrar no ouvido de toda a burocracia estatal? ), e, no final, deve dizer que não aprova mais impostos. Acabou. Já chega. Isto não é da Joana. O Governo deve atacar de frente as centenas e centenas de entidades que estão a mais no Orçamento do Estado . O Governo tem de separar o trigo do joio: por amor de deus, nós alimentamos 600 fundações de caráter duvidoso, e depois não temos dinheiro para pagar aos inspetores da PJ.

Se o Governo não fizer isto, se o Governo continuar no caminho do saque fiscal, então deve cair. E os teóricos da estabilidade podem meter a viola no saco, porque essa conversa já não colhe. A argumentação da estabilidade tinha algum cabimento em novembro, mas, agora, já não tem fundamento. Porquê? Porque os juros continuaram a aumentar. Paul Rawkins (director sénior da Fitch; "Diário Económico", 27 de dezembro, 2010) explica porquê: a realização de eleições é secundário; o que interessa é a execução orçamental.

Moral da estória: este Governo deve cair se voltar a pedir mais impostos. Este Governo deve ficar no sítio se cumprir as metas orçamentais através da despesa, mesmo que isso implique o pedido de ajuda externa. Ou seja, o fator que determina o sucesso deste Governo não é a forma (com ou sem ajuda externa?) mas a substância (reduzir a despesa do Estado; reestruturar o Estado). Mas isso já é outra conversa.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ja-chega-psd-nao-pode-aceitar-novo-aumento-de-impostos=f635080#ixzz3H4SjBrYO

publicado por luzdequeijas às 15:02
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PRIORADO DO SIÃO

De acordo com as divulgações de Pierre Plantard, recolhidas pelos autores anglo-saxónicos Henry Lincoln, Michael Baigent e Richard Leigh e publicadas na sua obra “O Sangue de Cristo e o Santo Graal (Londres, 1982), o Priorado de Sião teria sido uma sociedade secreta fundada em 1099 que jurara proteger um segredo acerca do Santo Graal, entendido por estes autores como uma hipotética descendência humana de Jesus Cristo.

A sua história

O Priorado de Sião foi declarado legalmente como uma associação francesa a 20 de Julho de 1956. O pedido de autorização de constituição foi efectuado a 7 de Maio de 1956, na Sub-Prefeitura de Polícia de Saint-Julien-en-Genevois (Alta Sabóia), mediante uma carta assinada pelos quatro fundadores: Pierre Plantard, André Bonhomme, Jean Deleaval e Armand Defago. A sede social estava estabelecida na casa de Plantard, em Sous-Cassan, Annemasse, na Alta Sabóia. O texto de constituição, conforme consta no Journal Officiel, número 167, segundo Pierre Jarnac, é o seguinte: "25 juin 1956. Déclaration à la sous-préfecture de Saint-Julien-en-Genevois. Prieuré de Sion. But: études et entr'aide des membres. Siège social: Sous-Cassan, Annemasse (Haute-Savoie) ".

O objeto da sociedade era:ou seja, "A constituição de uma ordem católica, destinada a restituir numa forma moderna, conservando o seu carácter tradicionalista, o antigo cavaleiro, que foi, pela sua ação, a promotora de um ideal altamente moralizante e elemento de um melhoramento constante das regras de vida da personalidade humana".

publicado por luzdequeijas às 14:50
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REFORMAS PROFUNDAS

O presidente da Câmara do Porto defendeu hoje a necessidade de reformas profundas no atual regime político, considerando que a situação "é de tal forma grave" que uma mudança de Governo já não basta.

"Se houvesse eleições antecipadas, não haveria uma mudança de regime, mas uma mudança no Governo. Isto é de tal forma grave que uma simples troca de Governo é insuficiente", defendeu Rui Rio.

O autarca respondia aos jornalistas na apresentação dos "Grandes Debates do Regime", que o município organiza a partir de dia 31.

A iniciativa pretende ser "uma reflexão sobre o estado do regime nos últimos 40 anos" e não sobre "o estado do país por causa da atuação do Governo", pelo que terá um impacto menor "se tudo se precipitar no curto prazo" e se realizarem eleições antecipadas.

"Se não se precipitarem, acredito que estes debates possam influenciar os diversos partidos para se entenderem quanto à necessidade de fazer reformas profundas", explicou.

Sem "reformas profundas, o regime irá à falência de uma forma que ninguém consegue adivinhar", avisou.

RUI RIO

publicado por luzdequeijas às 13:00
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OS PARTIDOS E OS INTERESSES

Os partidos são pressionados por dois tipos de interesses perfeitamente distintos. De um lado, os pequenos interesses, representados por aqueles que dominam as suas estruturas locais e as fecham à sociedade e, do outro, os grandes interesses representados pelos que dependem dos seus negócios com o poder, seja ele central, regional ou local.

Os primeiros são os principais responsáveis pela degradação da qualidade da classe política. Os segundos, por decisões, cujo principal pressuposto não é o interesse público, mas sim um outro, normalmente antagónico.

Um e outro degradam o regime, retiram-lhe eficácia e prejudicam sobremaneira o país.

Rui Rio

publicado por luzdequeijas às 12:51
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CANDIDATOS A NÍVEL LOCAL

EXMA. SENHORA

PRESIDENTE DA

COMISSÃO POLÍTICA DISTRITAL

3 De Setembro de 2001

NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS

Mais, as próprias escolhais dos candidatos às Freguesias de … e de … foram cirúrgicas: trata-se em ambos os casos, de pessoas que nos últimos anos mais não têm feito do que hostilizar o Presidente da Câmara Municipal.

Não posso, por isso, deixar de tecer as seguintes considerações e afirmar a minha posição sobre o assunto.

Já quanto às freguesias de … e de … as razões são diferentes Em meu parecer, os dois Presidentes devem continuar, porque deram sobejas provas de realização de um bom trabalho de defesa, dos interesses dos cidadãos, de dignificação do partido e de um excelente relacionamento com a Câmara.

Tive oportunidade de expressar a minha opinião quanto ao primeiro candidato escolhido, o Sr. … e que já foi afastado. Mas também ao segundo, o Sr. … não tem perfil adequado, nem sequer reside na freguesia Ora, tratando-se de uma Freguesia onde toda a gente se conhece, é imperioso que o candidato resida na Freguesia.

Estou seguro que, todos os candidatos avançados para esta Freguesia têm a chancela da D. Mariagrossa: que mais não pretende que colocar em Presidentes de Junta candidatos virtuais, ausentes da Freguesia, e que lhe deixarão o campo aberto para a sua actividade manipuladora, actividade que, obviamente, rejeito.

O Presidente da Câmara

 

publicado por luzdequeijas às 12:45
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Quinta-feira, 23 de Outubro de 2014

OS TESOUROS DO IRAQUE

Infelizmente, poucos turistas ficam a conhecer os tesouros arqueológicos do Iraque, como o antigo reino de Hatra, também conhecido por “Cidade do Sol”. Esse lugar feito de pedra cor-de-mel, está localizado no deserto a noroeste do Iraque. Foi governado por reis árabes cristãos durante a vigência da rota da seda, antiga ligação entre o Ocidente e o Oriente. Hoje, as muralhas carregam lembranças do ainda governante do país, o presidente Saddam Hussein. As suas iniciais estão marcadas em milhares de pedras usadas na reconstrução da cidade. O Iraque está repleto de tesouros históricos da era mesopotâmica até ao nascimento do islamismo. Entre eles, há as mesquitas douradas da Najaf e Karbala e os palácios de Bagdad e Samarra. O início de Hatra é obscuro. Segundo o governo iraquiano, a cidade foi fundada em meados do século 2 a.C. Os iranianos afirmam que ela nasceu no século 3 d.C. Hatra era a ligação entre cidades árabes como, Palmyra na Síria, Petra na Jordânia e Baalbek no Líbano. Esta cidadela fica a 354 quilómetros de Bagdad e apresenta uma miscelânea das culturas orientais e ocidentais. A arquitectura possui influências gregas, romanas e persas. Há inscrições nas paredes em aramaico, língua usada por Jesus. No centro da cidade, há uma complexa estrutura onde estão os principais templos. Os maiores são os de Shamash (o Deus do Sol), construído por Sanatruq 1.º, e o de Shahiro (Estrela da Manhã ou Vénus), um dos Deuses de Hatra. O complexo é rodeado por um muro interno de três quilómetros, defendido por outro muro maior com 171 torres de vigília. Os altos portões arqueados dos templos, possuem imagens de cabeças humanas. O mármore branco ainda é visível. A cidade possui quatro entradas, as quais correspondem aos pontos cardeais. Algumas paredes são decoradas com desenhos de águias, camelos e peixes. As antigas caravanas que cruzavam a Mesopotâmia buscavam em Hatra água, diversão e negócios. Casas de banho e armazéns ladeiam a parede sul, onde comerciantes trocavam informações, temperos, tapetes e seda. No templo de al-Saqaya (purificação), acontecia o banho dos mortos.

publicado por luzdequeijas às 20:04
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OS NOSSOS LEGÍTIMOS REPRESENTANTES

Confesso que tenho uma relação esquisita com a democracia. De um lado, não admito nenhum outro tipo de regime. Sou um democrata radical. De outro lado olho para os políticos eleitos por nós, empoleirados em Lisboa, ou esparramados nos prédios públicos do país, e sinto-me constrangido e mal representado. Eis o esquisito dessa relação: sou um cidadão e aquelas figuras públicas são os meus legítimos representantes. E, no entanto, nutro por eles, quase sempre, um sentimento que intercala desprezo e repúdio, raiva e indiferença, asco e desconfiança.

Vivemos longos anos sob os coturnos de uma ditadura. Naquela época, olhávamos para Lisboa, e tínhamos vontade de chorar. Mas tínhamos um alibi: a maioria daquelas figuras estava lá contra a nossa vontade. Às portas de novas eleições legislativas, após a redemocratização, boa parte da sociedade portuguesa contínua com um gosto azedo na boca ao olhar para os políticos. Só que agora não temos mais consolo: fomos nós que os pusemos lá. Somos corresponsáveis pelas bandalheiras pela falta de caráter e de vergonha, pelas patetices e mesquinharias que eles, perpetram. Vários desses elementos, que na época da ditadura deplorávamos por nos terem sido impostos, agora estão lá porque nós votámos neles!

Todavia, a angústia de nunca ter em quem votar  reforça em muitos de nós a ideia, de que a democracia é de facto o pior dos regimes – mesmo com a exceção de todos os outros.

publicado por luzdequeijas às 18:45
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DESERTO DO SAARA

História 

Vídeo mostrando o deserto do Saara e o Medio Oriente a partir da Estação Espacial Internacional (ISS)

Os seres humanos vivem na extremidade do deserto há quase 500 mil anos. Durante a última glaciação, o deserto do Saara foi mais húmido (como o Leste africano) do que é agora, e já possuiu densas florestas tropicais. Seu clima era tão diferente que recentes estudos revelaram que o Rio Nilo corria antigamente para o Oceano Atlântico em vez de desaguar no mar mediterrâneo de poucos graus no eixo de rotação terrestre causou, há cerca de 10 mil anos, uma grande transformação climática gerando o Saara. Essa alteração, segundo alguns cientistas, gerou as condições necessárias à formação da civilização egípcia quando obrigou pessoas que já haviam desenvolvido formas de vida sedentárias (agricultura e pastoreio) e tradições históricas (civilização) a se deslocarem para o leito atual do Rio Nilo.

O deserto é rico em história, e diversos fósseis de dinossauros e outros animais bem como resquícios de diversas civilizações já foram encontrados ali. O Saara moderno geralmente é isento de vegetação, exceto no vale do Nilo, em poucos oásis, e em algumas montanhas nelas dispersas. O nome Saara é uma transliteração da palavra árabe, que por sua vez é a tradução da palavra tuaregue  (deserto).O deserto do Saara compreende parte dos seguintes países e territórios:

Argelia,Chade, Egito, Mali, Mauritânia, Marrocos, Níger, Saara Ocidental, Sudão e Tunísia.

 

publicado por luzdequeijas às 14:24
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NINGUÉM ACREDITA EM BRUXAS …. MAS

 

O professor que tinha ficado colocado em 75 escolas desta vez arrebatou 95 horários

GRAÇA BARBOSA RIBEIRO 

21/10/2014 - 02:33

Rui, que foi notícia por ter ficado colocado simultaneamente em 75 escolas, bateu esta segunda-feira o recorde. Até ao fim do dia recebeu 95 mensagens do Ministério da Educação a oferecer-lhe horários. Até que consiga recusá-los, ninguém entra para o seu lugar e os alunos continuam sem professor.

NOUTRO JORNAL

22.10.2014  00:30

Professor colocado em 95 escolas

Só este engano deixa mais de dois mil alunos à espera. Diretores desesperam.

Por Bernardo Esteves

NOUTRO JORNAL …

O professor que tinha ficado colocado em 75 escolas desta ...

www.publico.pt/.../o-professor-que-tinha-ficado-em-colocado-em-75-escolas...há 2 dias - Até ao fim do dia recebeu 95 mensagens do Ministério da Educação a oferecer-lhe horários. ... Rui, que foi notícia por ter ficado colocado simultaneamente em 75 escolas, bateu... Para sensacionalismos já nos basta o CM.

NOTA: Qualquer pessoa que compra o jornal, diariamente, tem o direito de ficar absolutamente indignado com este tipo de informação que se repete há anos ….

Principalmente quando lê nos mesmos ou noutros jornais notícias deste outro teor:

MARQUÊS DE POMBAL _ O “diploma de 6 de maio de 1772, do Marquês de Pombal, mandou abrir e pôr em funcionamento cerca de 500 escolas, em cidades e vilas, entregues a professores que seriam devidamente examinados”. Tudo isto sem qualquer (BCE)!

Seria de loucura pensar que esta Bolsa de Contratação de Escolas (BCE) utilizada pelo Ministério da Educação, consegue há muitos anos fazer erros deste e doutros tipos, lamentáveis! Se até o Marquês de Pombal em 1772, conseguiu colocar atempadamente professores em 500 escolas, mesmo sem qualquer (BCE) ou sistema informático

Mais parece que o Ministério tem um plano que nada tem que ver com a Educação! Os alunos, os pais e todos os portugueses que pagam impostos exorbitantes, são as vítimas de tudo isto!

Agora, é de ter uma certeza, quem nada tem a ver com isto é o Ministro Nuno Crato, antes pelo contrário, a nossa comunicação social faz dele o “Bombo da Festa”, ao invés, de pedir a cabeça dos responsáveis do Ministério da Educação e Ciência!

Importante será mesmo, devolver as escolas aos professores que o merecerem, ninguém melhor que eles fará a sua gestão, num conceito de proximidade.

 

publicado por luzdequeijas às 09:42
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Quarta-feira, 22 de Outubro de 2014

BOMBO DA FESTA E BOBO DA FESTA

Ambas as expressões existem, mas com sentido um tanto diferente. [O] «bombo da festa»: aquele que sofre a descarga da ira dos circunstantes; pessoa muito falada, criticada e de quem se faz troça, que é obje(c)to de chacota; aquele que apanha muita pancada; que é sistematicamente responsabilizada pelo que de mau acontece (Ser o) «bobo1da festa  (ou da corte)»: «pessoa que faz rir toda a gente com brincadeiras e graças (por vezes tolas).» [in Novos Dicionários de Expressões Idiomáticas, de António Nogueira Santos + Dicionário de Expressões Correntes, de Guilherme Augusto Simões + Dicionário de Expressões Populares Portuguesa + Dicionário Prático da Língua Portuguesa, de A. Martins Barata]. 1 Do castelhano "bobo", derivado do latim 'balbus, a, um', «gago». «'Balbu-' significava gago e originou o verbo 'balbutiare' (gaguejar, falar obscuramente). Em português 'balbutiare' deu balbuciar e 'balbu' virou bobo, porque uma das gracinhas que os bobos da corte faziam era imitar gago.(...)», conta Reinaldo Pimenta, no livro A Casa da Mãe Joana (Editora Campus, Rio de Janeiro).

  1. M. C./C. R.::28/11/2006

 

publicado por luzdequeijas às 17:02
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Segunda-feira, 20 de Outubro de 2014

OS RATOS E OS POLÍTICOS

 

Nos tempos atuais esta lição é muito bem-vinda! 

Aproveitemos a lição do rato

 Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e a sua esposa a abrir um pacote.

Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo todos:
- Há ratoeira na casa, ratoeira na casa !

A galinha:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até ao porco e:
- Há ratoeira na casa, ratoeira !- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. será lembrado nas minhas orações.
O rato dirigiu-se à vaca e:
- Há ratoeira na casa!-

- O que? Ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.
Naquela noite, ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando a sua vítima.. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia peg
ado. No escuro, ela não percebeu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital.
Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.
Muita gente veio para o funeral.

O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todos aqueles amigos.

Moral da História:

Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.
O problema de um é problema de todos!

PS.: excelente fábula para ser divulgada principalmente na família e em grupos de trabalho!

"Nós aprendemos
a voar como os pássaros,
a nadar como os peixes,
mas ainda não aprendemos
a conviver como irmãos. "

 

 

publicado por luzdequeijas às 17:45
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OS POLÍTICOS E OS POMBOS

 Uma bela frase de sabedoria popular. De facto não anda muito longe disto, por outras palavras, depois do voto na urna, é encher os bolsos até ficarem cheios e depois, se sobrar tempo e ainda algum dinheiro, é dar a ganhar aos amigos, e no fim, mesmo no fim de tudo, faz-se qualquer coisinha pelo idosos. Como nunca há dinheiro no fim da linha, pediu-se emprestado até não poder mais! Ainda no fim da linha, voltam a ser os idosos a pagar a "BANCARROTA" do peculato nacional!.


Pantomineiro Mor

 

publicado por luzdequeijas às 17:25
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ESTA GERAÇÃO NÃO MERECIA

A ideologia punitiva sobre os mais velhos prossegue entre um muro de indiferença, um biombo de manipulação, uma ausência de reflexão coletiva e uma tecnocracia gélida. Neste momento, comparo o fácies da ministra das Finanças a anunciar estes agravamentos e as lágrimas incontidas da ministra dos Assuntos Sociais do Governo Monti em Itália quando se viu forçada a anunciar cortes sociais. A política, mesmo que dolorosa, também precisa de ter uma perspetival afetiva para os atingidos. Já agora, onde pára o ministro das pensões? 

 

publicado por luzdequeijas às 17:23
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UM CANDIDATO INDEPENDENTE

25 de Agosto de 2010 por Tiago Mota Saraiva

O desdém pelos partidos e a hipervalorização das “candidaturas independentes” (ainda que, tradicionalmente, decorram de zangas dentro dos partidos) a partir da exacerbação da “máxima “ eu não voto em partidos mas em pessoas”  ou, como o Miguel Marujo, sugere, defendendo a suspensão dos partidos nalguns atos eleitorais é um péssimo serviço à democracia. Em primeiro lugar porque se vota na imagem que se cria de alguém (quem encabeça) e não no projeto político que preconiza. Em segundo lugar porque valoriza, nos atos eleitorais, o papel das agências de imagem em detrimento da discussão e confronto político.

- See more at: http://5dias.net/2010/08/25/o-candidato-independente/#sthash.jNgGQjPR.dpuf

publicado por luzdequeijas às 17:10
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A NATUREZA FINITA

A natureza finita dos recursos, saltou à vista quando os recursos desenvolvidos pelos Estados Unidos para dar uma vida melhor ao seu povo, se propagaram internacionalmente.

O mundo começou a entender as ligações entre o excessivo consumo, o prejuízo ambiental e a degradação da qualidade de vida.

Urge fazer as pessoas entenderem que teremos de adotar uma nova atitude ambiental, a caminho de uma nova moralidade de grupo. Deveria estar ao alcance de cada consumidor individual perceber que tem de renunciar a certas formas de consumo de energia agora, para garantir a sua disponibilidade para os seus filhos, ou mesmo para a sua própria geração no futuro. A riqueza é criada pelo cérebro humano, não meramente desenterrada do solo. Mas existem limites, e estamo-nos a aproximar bastante de muitos deles. É difícil prever, quando um determinado limite será atingido.  

Se um recurso como o estanho, se torna escasso e caro, como se poderá dizer? Se certos veios do metal serão descobertos, ou se certos progressos tecnológicos não tornarão o estanho menos essencial Quando a população mundial era relativamente pequena, não tínhamos de nos preocupar com o sistema ecológico total, em que ainda eramos uma parte menor e sem influência! Entretanto, a população mundial vai disparando.Tal como o corpo humano adquire finalmente uma condição de crescimento zero, o mesmo deve acontecer à população como um todo. Para uma boa gestão dos recursos naturais é forçoso estabelecer, de forma consistente, políticas e ferramentas públicas ambientais. Também, diagnósticos sistemáticos sobre o estado do meio ambiente. Conhecer por exemplo dados sobre o número de espécies e composição da biodiversidade; o estado dos solos; a situação das águas superficiais e subterrâneas; atmosfera; ambientes marinhos e costeiros; recursos pesqueiros; ocorrência de desastres ambientais e análises da qualidade ambiental urbana. Tudo isto num quadro focado nos indicadores do Desenvolvimento Sustentável. Todo este trabalho deve ter como objetivo obter dados ambientais sustentáveis concretos, mostrando que os nossos recursos naturais são mensuráveis. Ou seja, que podem ser contados, pesados, medidos ou mesmo estimados. Não deve esmorecer a esperança de derrubar o mito, ainda muito arreigado, na cultura popular da inesgotabilidade!

publicado por luzdequeijas às 17:00
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UM DIREITO UNIVERSAL

Estamos perante a universalidade do direito à liberdade de expressão e de informação (artigo 37.º da nossa Constituição): “ Todos têm direito à liberdade de opinião e de expressão; “este direito abrange a liberdade de emitir opiniões sem interferência externa, porque de contrário estaríamos no âmbito da censura, e tentar receber e partilhar informações e ideias através de qualquer órgão de informação, sem qualquer tipo de limitação”.

Na mesma linha de orientação, o jornalismo deve ser uma profissão aberta, sem formação especial, nem da necessidade de ter qualquer curso de jornalismo, embora, haja uma lei que protege a atividade de jornalista, que é o Estatuto do Jornalista. Todavia, a nossa constituição estipula que qualquer cidadão tem o direito de informar. Este é um conceito que radica na filosofia subjacente ao artigo 37.º, e não é exclusivamente português, pois, é um conceito que existem em todas as sociedades abertas e democráticas. Todas as constituições e mesmo em Inglaterra, sem ela, garantem este direito como direito universal. No mesmo sentido vai a Declaração Universal dos Direitos do Homem, que garante os direitos e garantias básicos do cidadão, desde 1948. Aliás, um ponto desta Declaração diz, na sua essência, o mesmo que o artigo 37.º da nossa Constituição!

A liberdade de expressão e informação são sempre referenciadas universalmente, e é delas que deriva a profissão de jornalista.

publicado por luzdequeijas às 15:41
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LÓBI À ANTIGA

Segundo a lenda, um homem terá sido mordido por um lobo, em noite de lua-cheia. Em consequência disto, esse homem passou a transformar-se em lobisomem todas as noites que esta lua aparece. No caso de este homem morder uma pessoa, esta passará a possuir o mesmo feitiço!

A lenda do lobisomem tem, provavelmente, origem na Europa do século XVI, embora traços da mesma apareçam em alguns mitos da Grécia Antiga. Neste, como em muitos outros casos, permanecemos agarrados ao lóbi à antiga portuguesa. Certamente por este facto, a palavra lóbi tem para nós um sentido pejorativo!

Na europa mais desenvolvida, a palavra lóbi assume a forma de um contrapoder indispensável ao exercício de uma plena democracia. É de resto, um recurso de pressionar aqueles que elegemos a prestarem atenção aos interesses de quem os elegeu. É uma profissão regulamentada, com um código de ético claro, publicado aliás no site do Parlamento Europeu.

Por cá, dentro ou fora do parlamento, a palavra «interesses» também está injustamente mal cotada. E isso é injusto, porque ainda falamos de «interesses económicos» como se não fossem legítimos, quando o são. Os lobistas são o braço armado da sociedade civil. Até o Vaticano tem um lobista. Quantos lobistas estão acreditados no Parlamento Europeu neste momento? Mais de 4800 aproximadamente, sendo que o limite é 5 mil. Mas não é só no PE, existem em todas as outras organizações europeias.

Em Portugal, infelizmente, ao fim de quase 40 anos de democracia, ainda não entendemos nada disto! Ou melhor, não quisemos entender. Preferimos o pedido, a cunha, ou o tráfico de influências que não tem nada de transparente. Nisto, como no resto, temos medo da transparência, e esta é uma das razões do lodaçal onde nos encontramos!

publicado por luzdequeijas às 15:37
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A TRÍADE DA CORRUPÇÃO

Uma coisa é a suspeita geral, mas imprecisa e não comprovada, de que a corrupção existe e prospera em múltiplas áreas da vida pública, incluindo o financiamento dos partidos políticos. Outra coisa muito diferente é ver descrito e explicado, pelo próprio punho de quem demonstra conhecer esse mundo por dentro, um dos processos expeditos – outros haverá certamente – de angariação ilegítima de fundos para duas formações partidárias que são, por sinal, as que têm alternado no poder praticamente desde a instituição da nossa democracia. Daí a carta de um ex-vereador socialista da Câmara Municipal da Amadora, divulgada na edição do Expresso, seja um documento esclarecedor e precioso, a todos os títulos, para se avaliar de que forma e até que ponto se apresenta contaminada a política, nomeadamente no tão célebre poder local. Daí que seja importante aprofundar o caso para se perceber a teia de interesses oportunistas e parasitários que se movem nos bastidores. O percurso do cidadão em causa, de que se dá conta nesta edição, vem comprovar uma vez mais o que há muito se diz à boca pequena e de vez em quando aflora – como no próprio caso de Felgueiras – em processos judiciais com o envolvimento de autarcas: uma das tríades da corrupção, possivelmente a mais estruturada a nível nacional, assenta no poder local mancomunado com a construção civil e o futebol, projetando-se daqui para níveis mais elevados, nos partidos e no Estado. “

publicado por luzdequeijas às 15:34
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O PARTIDO DA CÂMARA

Partido da Câmara será constituído por aqueles funcionários, dirigentes ou assessores que estão agarrados ao lugar como lapas, que se mantêm independentemente de mudarem ou não o presidente e os vereadores. Nomeiam-se uns aos outros. Constituem os júris dos simulacros de concursos para dirigentes. São os verdadeiros donos da Câmara.

Com base na lei orgânica dos partidos políticos, tomemos nota do seguinte:

Lei Orgânica n.º 2/2003, de 22 de Agosto,

Art.10º Direitos dos Partidos Políticos

1 – Os partidos políticos, têm direito, nos termos da lei:  

  1. b) Acompanhar, fiscalizar e criticar a atividade dos órgãos do Estado, das regiões autónomas, das autarquias locais e das organizações internacionais de que Portugal seja parte.

Artigo 19.º

Liberdade de filiação

 Ninguém pode ser obrigado a filiarse ou a deixar de se filiar em algum partido político nem por qualquer meio ser coagido a nele permanecer.

 Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito, ou isento de qualquer dever em razão da sua filiação partidária.

Artigo 20.º

Filiação

  A qualidade de filiado num partido político é pessoal e intransmissível, não podendo conferir quaisquer direitos de natureza patrimonial.

Artigo 21.º

Restrições

 Não podem requerer a inscrição nem estar filiada em partidos políticos:

  1. a) Os militares ou agentes militarizados dos quadros permanentes em serviço efetivo;
  2. b) Os agentes dos serviços ou das forças de segurança em serviço efetivo.

Alguns comentários:

As ilegalidades, adiante referidas, podem acontecer com partidos, coligações ou grupos de Independentes. Na atualidade são mais gritantes nos INDEPENDENTES por terem origem em Presidentes de Câmara ou de Junta de há muito instalados e conhecedores do ambiente de uma autarquia, mas a quem o partido não nomeou como candidato. São estes casos que dão origem a candidatos Independentes. São eles que irão recolher assinaturas e apoios vários de entre os funcionários e dirigentes, instalar amigos e coniventes dentro das autarquias! A função de fiscalização fica comprometida originando uma promiscuidade gritante que vai corroer o estipulado nos artigos atrás referidos e a “equidade” entre toda a família dos órgãos autárquicos. Tudo isto se torna mais grave nas candidaturas de Grupos de Independentes! Urge uma rápida tomada de posição por parte do Tribunal Constitucional. Porque não se excluem os funcionários camarários de pertencerem ou apoiarem as candidaturas nos termos do art. 21.º?

publicado por luzdequeijas às 15:26
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CONCEITO DE GRUPO DE CIDADÃOS ELEITORES

Expressão legal usada para designar o conjunto de cidadãos a quem é concedida a possibilidade de candidatura direta e independente (sem intervenção dos partidos Políticos) à eleição para os órgãos das autarquias locais. Os cidadãos têm o direito de tomar parte na vida política e na direção dos assuntos públicos, elegendo para o efeito representantes seus nos órgãos do poder político, exprimindo-se, associando-se livremente e contribuindo para a tomada de decisões e a resolução dos problemas sociais.

Prazos e procedimentos

  • - Apresentação das candidaturas é feita perante o juiz do tribunal de comarca

competente em matéria cível, com jurisdição na sede do município respetivo, até ao 55.º dia anterior ao dia da eleição.

Nota:

1 - As autarquias têm os seus Órgãos Autárquicos de natureza política.–

  • - Têm também o seu quadro de pessoal, comportando todo o tipo de profissionais e quadros técnicos necessários ao desempenho das competências expressas na lei, mais as decisões tomadas pelos órgãos políticos, nomeadamente, o Executivo e a Assembleia Geral.

RESTA agora, perguntar como pode um movimento (dito) Independente (IOMAF) preencher a sua lista de candidatos políticos, maioritariamente, com funcionários da própria autarquia?

Sem mais pormenores, basta lembrar que o IOMAF apostou nas últimas eleições, em 9 quadros da CMO para o lugar de Presidente de Junta (eram dez freguesias). A lei pode não proibir, mas misturar promiscuidade política entre órgãos independentes é tudo menos ético, demais, considerando a existência das chamadas “DELEGAÇÕES DE COMPETÊNCIAS!).

Parece óbvio que um profissional de uma câmara se deve abster de ser autarca na sua própria autarquia. Ser Independente tem de ter uma valência ética mais profunda quando se é funcionário da autarquia onde se trabalha!

publicado por luzdequeijas às 15:15
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Domingo, 19 de Outubro de 2014

PECULATO

Diário da República nº 63 Série I Parte A de 15/03/1995

 

 

 

Decreto-Lei nº 48/95 de 15-03-1995

CÓDIGO PENAL

LIVRO II - Parte especial

TÍTULO V - Dos crimes contra o Estado

CAPÍTULO IV - Dos crimes cometidos no exercício de funções públicas

SECÇÃO II - Do peculato

----------

Artigo 376.º - Peculato de uso

1 - O funcionário que fizer uso ou permitir que outra pessoa faça uso, para fins alheios àqueles a que se destinem, de veículos ou de outras coisas móveis de valor apreciável, públicos ou particulares, que lhe forem entregues, estiverem na sua posse ou lhe forem acessíveis em razão das suas funções, é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias.
       2 - Se o funcionário, sem que especiais razões de interesse público o justifiquem, der a dinheiro público destino para uso público diferente daquele a que está legalmente afectado, é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias.

Início de Vigência: 01-10-1995

publicado por luzdequeijas às 16:18
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ALTAMENTE PERIGOSO

ALTAMENTE PERIGOSO FAZER REFORMAS NO ESTADO!

Sábado, 7 de Agosto de 2010

A REFORMA DA SEGURANÇA SOCIAL 

Recebemos por invalidez, porque estudamos, porque não trabalhamos, porque trabalhamos, porque não queremos trabalhar. Recebemos por filho, por dependente e por pai, Por curiosidade fui ver: contei 31 apoios, subsídios e pensões. Trinta e um apoios subsídios e pensões. Trinta e um formulários, trinta e um sistemas, trinta e um departamentos, trinta e uma funções. Preenchemos papel para dizer que alguém morreu. Preenchemos outro para o enterro. Trinta e um tipos de prestação social. Sistemas dentro de sistemas, formulários dentro de documentos, domentos, dentro de sistemas, e ainda outros sistemas. E, milhares de funcionários para tratar da papelada dos sistemas todos. Algo assim não pode ser eficiente.

Publicado por Rodrigo Moita de Deus às 04:53

 

publicado por luzdequeijas às 16:09
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EXPREMER. EXPREMER E EXPREMER!

 

O art.º. 119º do Código do IRS, alterado pelo Dec. Lei... (2010) Passou a ter a seguinte redação: "Sem prejuízo do disposto no nº 1 e 2, as entidades devedoras ou as que pagam... rendimentos a que se refere o art. 71º... são obrigadas a... entregar à DGCI... uma declaração de modelo oficial referente àqueles rendimentos e respetivas retenções..."

Em linguagem corrente, esta norma significa que o Governo impôs ao sistema bancário a obrigatoriedade de enviar à DGCI informação detalhada sobre qualquer aplicação financeira dos seus clientes incluindo os simples depósitos a prazo, com a indicação dos juros recebidos e do montante do imposto retido.

Depois da polémica causada pela tentativa do levantamento do sigilo bancário, aprovar um princípio desta gravidade, sob a forma de "charada", sem aviso e sem discussão, encoberta sob a capa de uma norma aparentemente burocrática e indecifrável é um atentado à confiança dos contribuintes.

Quando a confiança no sistema bancário sofreu um rude golpe e a taxa de poupança precisa de ser incentivada, eis o que de pior se podia imaginar contra este objectivo.

De que servem os discursos optimistas se, às claras ou à "socapa", se vai conseguindo abalar as esperanças dos mais resistentes?

 Texto publicado na edição do Expresso de 10 de Julho de 2010

 Manuela Ferreira Leite 

 

publicado por luzdequeijas às 16:02
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HOTEL PARA CANINOS

 

Não fosse para felicidade dos caninos, e nunca teriam acabado com o lago no início do jardim!

Até aqui tudo bem (ou tudo mal). Os cães pensam, logo todos os dias,  não esquecem das suas necessidades. E muitos cães dão origem a muitas necessidades. Agora pergunta-se, e quem limpa? Com que periodicidade?

Mesmo sem resposta, presume-se que, com optimismo, haverá sempre um pouco de odor no ar. Moscas,  melgas e mosquitos também. Com prédios e moradias, escolas e centros comerciais por perto etc. Quer isto dizer que todo o cuidado é pouco com este hotel para cães. Com a saúde pública não se brinca!

É bem capaz de haver algum espaço mais apropriado do que este que se apregoa. Ou seja, um jardim. Veja-se, com lago e tudo! Também já teve bonitas flores. Também do jardim mais antigo de Queijas, dito de Cesário Verde, tiraram-nas todas e meteram nele relva num chão com ondas. Já que não temos praia, nem passeio marítimo, ficamos com as ondas! De jardim, " nicles". Assim é muito mais barato tratar dele. Quanto a flores, até estão sempre a murchar!

 

 

publicado por luzdequeijas às 15:55
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REINVENTAR O ESTADO

 

     O Estado existe para servir os cidadãos e estes têm que se rever na capacidade positiva deste de legitimar uma relação de confiança essencial. Quando David Osborne nos fala da crescente oportunidade e necessidade de recolocar na agenda o “reinventing the government”, está claramente a colocar a tónica num dos elementos centrais da modernidade competitiva das nações.  Importa mais do que nunca reposicionar o Estado como “pivot” central da organização, monitorização e funcionamento adequado das nações e aproveitar as dimensões qualificadoras do conhecimento, inovação e competitividade como atributos capazes de fazer reganhar a  confiança estratégica do cidadão naqueles que o representam e  têm uma responsabilidade superior na garantia de patamares adequados de qualidade de vida e desenvolvimento social.

A reinvenção estratégica do Estado, enquanto “plataforma de centralidade” onde convergem as dinâmicas de qualificação dos diferentes actores sociais, ganhou hoje um paradigma que não se pode cingir às especificações operativas de mecanismos mais ou menos necessários de Governo Electrónico ou de ajustamentos organizacionais adequados a determinados posicionamentos conjunturais de orgânica  interna. Como muito bem nos elucida Samuel Hungtinton, a propósito do eventual choque de civilizações, o que está em causa é a capacidade endógena do Estado se autorreferenciar como o primeiro antes de mais e último antes de tudo centro de racionalidade  dos processos sustentados de evolução da sociedade civil. Se é importante, como Francis Fukuyama não pára de reiterar, a evidência da capacidade da sociedade civil protagonizar dinâmicas de liderança nos processos de mudança, não menos verdade é que compete ao Estado modelar a dimensão estratégica dessa mudança.

    No quadro da Sociedade do Conhecimento e da Economia Global, cabe ao Estado o saber assumir de forma inequívoca uma atitude de mobilização activa e empreendedora da revolução do tecido social. Ou seja, independentemente da dinâmica de mudança assentar nos actores da sociedade civil e da sua riqueza em grande parte depender a estabilidade estratégica das acções, cabe ao Estado, no quadro duma nova coerência estratégica e duma nova base de intervenção política, monitorizar, acompanhar.   Esta cumplicidade estratégica é essencial para a garantia de padrões coerentes de desenvolvimento e equilíbrio social. Nas sábias palavras de António Paim, emérito politólogo brasileiro, só assim se garante a verdadeira dimensão  de confiança entre todos os que acreditam no futuro. 
É neste sentido que a legitimidade de actuação e sustentação estratégica se torna central. Processos de compromisso e convergência entre uma base central forte e pontos de descentralização territorial autónomos e indutores de riqueza e bem-estar social a partir da inovação e conhecimento têm que ter por base uma forte relação de cumplicidade estratégica entre todos os actores do tecido social. Um compromisso sério entre uma capacidade natural de mobilizar e empreender e ao mesmo tempo uma vontade de tornar os processos estáveis nos resultados que potenciam. A modernização do Estado assenta em larga medida na capacidade de protagonizar esse desafio de mudança de paradigma.·
Há que fazer por isso opções. Opções claras em termos operacionais no sentido de agilizar a máquina processual e através dos mecanismos da eficiência e produtividade garantirem estabilidade e confiança em todos os que sustentam o tecido social. Opções claras em torno dum modelo objectivo de compromisso entre governação qualificada central, geradora de dimensão estabilizadora e indução de riqueza territorial através da participação inovadora dos actores sociais. Opções assumidas na capacidade de projectar no futuro uma lógica de intervenção do Estado que não se cinja ao papel clássico, dejá-vu, de correção in extremis das deficiências endémicas do sistema mas saiba com inteligência criativa fazer emergir, com articulação e cooperação, mecanismos autosustentados de correcção dos desequilíbrios que vão surgindo.  
David Osborne tem razão em insistir na actualidade e pertinência da chama da reinvenção do Estado. É essencial na Sociedade moderna do Conhecimento consolidar mecanismos estratégicos que façam acreditar. Cabe ao Estado esse papel. Encerra em si uma missão única de fazer da sociedade civil uma fonte permanente de mobilização de criatividade e inovação e de estabilização de participações cívicas adequadas. A governação é hoje um  acto de promoção e qualificação da cidadania  activa. Importa ao Estado ser relevante. Importa ao Estado constituir-se como um operador de modernidade. Por isso, nunca como agora a sua reinvenção é um desafio de e para todos. A Reinvenção do Estado é em grande medida a reinvenção da Nação.

Por Francisco Jaime Quesado

publicado por luzdequeijas às 15:39
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Tempos de sofrimento

 

Daniel Bessa (www.expresso.pt)

 A Grécia vive tempos de grande sofrimento. Poucos meses atrás, confrontados com qualquer sacrifício, por menor que fosse, os gregos teriam recusado: teriam invocado direitos adquiridos, promessas eleitorais e coisas do género. Hoje, preparam-se para perder dois dos catorze meses de salário anual; congelaram os salários da função pública e as pensões de toda a gente até 2012; aumentaram a idade de reforma de 53 para 65 anos; vão subir o IVA para 23%; vão extinguir 800 entidades públicas e privatizar várias empresas públicas. De forma menos planeada, o caos em que caiu a situação financeira do país, com as taxas de juro

a subirem e com o crédito cortado, farão fechar muitas empresas, destruirão muitos postos de trabalho, obrigarão à falência de bancos e reduzirão a pó muitos depósitos bancários, porão muita gente na miséria. A Bolsa de Valores de Atenas não pára de descer. Podem protestar o que quiserem na certeza de que, quanto mais protestarem, pior.

O inacreditável é que tudo isto poderia ter sido evitado, com um pouco de responsabilidade e de bom senso. Tem responsáveis, sim, aos olhos de toda a gente, por mais que a auto-estima os reconforte.

E não venham dizer que a culpa é dos credores, das agências de rating ou da senhora Merkel. Para males destes, não pode haver perdão.

 

 

publicado por luzdequeijas às 15:31
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MAUS-TRATOS A CRIANÇAS

45 Crianças por mês alvo de maus tratos 

Publicado 14 Novembro 2008

Fonte: JN Online

Mais de 800 crianças e adolescentes foram vítimas de crimes no último ano e meio, uma média de 45 por mês, a avaliar pelas queixas apresentadas na Associação de Apoio à Vítima. Mas a dimensão do drama será maior.
Maus-tratos físicos e psíquicos, ameaças e coacção, abuso sexual e violação foram alguns dos crimes reportados à APAV entre Janeiro de 2007 e Junho de 2008, uma estatística reveladora do perigo a que muitas crianças estão sujeitas diariamente, principalmente na faixa etária entre os 11 e os 17 anos.
Considera-se que a criança ou jovem está em perigo numa das seguintes situações: está abandonada, sofre maus-tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais, não recebe os cuidados ou afeição adequados à sua idade, é obrigada a actividades ou trabalhos excessivos ou está sujeita, de forma directa ou indirecta, a comportamentos que afectem gravemente a sua segurança ou o seu equilíbrio emocional.

De acordo com os dados da APAV, durante o ano passado, 222 crianças foram vítimas de maus-tratos físicos e outras 294 de maus-tratos psicológicos, dez de violação e 36 de abuso sexual. Tudo em contexto doméstico.
Uma estatística mais alargada realizada pela associação e que abrange dados de 2000 a 2007 revela que em sete anos 4900 crianças foram vítimas de 7000 crimes ao longo desses anos. Nesse período, 13 crianças foram mortas, 45 raptadas ou sequestradas, 152 violadas, 63 vítimas de abuso sexual e 20 vítimas de tráfico.

Aos números da APAV poderão somar-se muitos outros, ou talvez os mesmos reportados a várias entidades e organizações portuguesas.
Na Provedoria de Justiça, por exemplo, onde existe uma linha de recados da criança, desde o início do ano já foram recebidas 335 chamadas. Dezoito queixas diziam respeito a abuso sexual, 26 a maus-tratos, 33 a negligência e 29 a problemas escolares.
Estes números, segundo Joana Marques Vidal, procuradora-geral adjunta e especialista na área de menores, revelam também que a sociedade portuguesa está cada vez mais intolerante para com os crimes contra crianças. “Não podemos dizer que haja mais casos. A leitura que faço é que há mais sensibilidade para o assunto e que as instituições têm hoje maior capacidade de resposta”, disse à Lusa.
A última estatística da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa revelou que de Janeiro a Setembro foram registados 390 casos de violência contra crianças nos 42 círculos judiciais.

Também o Instituto de Apoio à Criança, junto da sua linha SOS criança, recebeu em 20 anos, milhares de pedidos de ajuda. Desde 22 de Novembro de 1988 mais de 80 mil crianças em risco foram ajudadas pela equipa deste serviço.
“O SOS criança tornou-se um serviço de primeira necessidade, à disposição das famílias, crianças, e jovens”, disse à Lusa o coordenador do serviço, o psicólogo clínico Manuel Coutinho. Desde 1988 até hoje, a média de chamadas recebidas por esta linha de ajuda ronda as 3.500 e as quatro mil situações com problemáticas diversas, desde maus tratos físicos, maus tratos nas instituições, negligência, abuso sexual e violação. Ao longo de 20 anos de existência, o SOS Criança ajudou mais de 80 mil crianças em risco. “Muitas destas 80 mil crianças cresceram com os nossos técnicos e hoje são adultos realizados e felizes”, afirmou o coordenador da Linha SOS.

 

publicado por luzdequeijas às 15:17
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SÃO BENTO

São Bento

Sócrates contrata 12 motoristas

Governo requisitou ao sector privado condutores para o gabinete do primeiro-ministro. Um deles trabalha numa multinacional de consultadoria

  • 19 Maio 2010

Por: Paula Serra

O gabinete de José Sócrates, contratou 12 motoristas, todos eles recrutados para exercer funções na Presidência do Conselho de Ministros.

As nomeações, publicadas ontem em Diário da República, são claras quanto aos anteriores cargos dos condutores, tendo três deles sido contratados fora da Função Pública. Um deles foi requisitado à multinacional Deloitte & Touche, uma empresa internacional de auditoria e consultadoria, um segundo a um sindicato de escritórios e hotelaria e um terceiro a uma associação de bombeiros voluntários.

Dos restantes nove, seis são oriundos da Polícia de Segurança Pública (PSP) – a generalidade dos motoristas dos titulares de cargos governativos é normalmente proveniente do quadro do Corpo de Segurança Pessoal da PSP –, um foi requisitado à Carris, outro ao Ministério da Cultura e um terceiro vem do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social.

Sobre as três contratações fora da Função Pública, fonte oficial do gabinete de José Sócrates não quis entrar em detalhes, afirmando ao CM que 'o preenchimento do quadro de pessoal do gabinete do primeiro-ministro compete à secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros'.

A mesma fonte adianta que 'todas as nomeações são, na realidade, renomeações'.

Não nos é explicado, contudo, quem são os elementos do gabinete que usufruem dos serviços dos motoristas requisitados. A mesma fonte esclarece ainda que 'todos eles trabalham há pelo menos uma década no gabinete' e que o primeiro-ministro apenas tem dois motoristas ao seu serviço.

CM

 

publicado por luzdequeijas às 15:12
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COMENTÁRIO SENTIDO

 

De:

N S

Enviada:

Sexta-feira, 21 de maio de 2010 21:37:12

Para:

António Reis Luz (antonioreisluz@hotmail.com)

Reis Luz

É mais do que claro que eu não sabia quem o Hélder era. Pois na verdade, não foi um ataque a ele, mas a um sistema de corrupção onde os corruptos são os espertos e nós, os carneirinhos, incultos. Neste País a corrupção é sinónimo de bem-estar social e isso irrita-me. Mas pode ter a certeza que remamos para o mesmo lado e conte comigo “para o que der e vier”. Basta dar-me directrizes e eu estou presente, se puder ser de alguma utilidade. Fraco préstimo poderá ser o meu, mas será verdadeiro e NUNCA traio, posso ripostar, posso alterar-me, posso usar de uma franqueza que dói, mas não traio. No entanto sou um monstro quando sou utilizada e depois achincalhada. Aí salta-me a tampa e  sou vingativa. Tenho pena, mas sou. Agora estou a tentar pôr a minha neta na cama, mas já volto, para lhe contar como sou um monstro.

 

publicado por luzdequeijas às 15:07
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FÉRIAS PAGAS

 

Wiquipédia

Leo Bum (Paris, 9 de abril 30 de março de 1950) foi um líder político socialista francês. Ocupou o cargo de primeiro-ministro -da-França.

Dirigente da Secção Francesa da Internacional Operária (SFIO, partido socialista), presidente do Conselho de Ministros francês por 3 vezes: em 1936-1937, em 1938 e em 1946. Marcou a história política francesa por ter recusado a adesão à III Comunista em 1920 e por ter presidido ao governo da Frente Popular 1936. Em virtude de compromissos internacionais, recusou ajudar os combatentes republicanos espanhóis durante a Guerra Civil de Espanha As reformas levadas a cabo no seu segundo-primeiro governo marcaram socialmente a Europa, nomeadamente a atribuição do direito a férias pagas, as primeiras mulheres a exercerem funções governamentais, fixação da jornada de trabalho, etc. Foi o primeiro judeu e o primeiro socialista em França a ocupar o cargo de primeiro-ministro.

 

publicado por luzdequeijas às 14:52
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EMPRESÁRIOS PORTUGUESES

 

Metade dos empresários portugueses concluiu no máximo o ensino secundário.

Metade dos empresários portugueses concluiu no máximo o ensino secundário. Destes, a maioria tem apenas a escolaridade obrigatória. As mulheres apresentam mais habilitações.
Este retrato dos novos empresários foi traçado pelo IAPMEI, através do Observatório da Criação de Empresas 2006. As conclusões resultam de um inquérito que envolveu 1748 empresários, sócios de 1048 empresas - maior parte está no sector dos serviços.
De acordo com este estudo, a maioria dos empreendedores portugueses é jovem, mais de metade tem 35 anos ou menos. Contudo, há excepções, 1,6% já ultrapassou os 65 anos, dois terços destes já são mesmo reformados.
Por género, apenas um terço são mulheres, mas estão a aumentar. E, apesar de estarem em minoria, são elas que apresentam mais habilitações.
Nesta área, o retrato não sai bem para os empresários em geral. Metade não passou do ensino secundário, e destes, não chegam a 20% os que concluíram o 12º ano. Cerca de 20% tem apenas a escolaridade obrigatória e quase 10% a quarta classe. Apenas 22% concluíram uma licenciatura e cerca de 6% conseguiram ir um pouco mais longe.
As mulheres optam normalmente pela criação de uma empresa, para melhorarem a respectiva situação económica ou para saírem do desemprego. Uma pequena parte quer deixar de ser doméstica.
Já os homens procuram novos negócios e normalmente mantêm os antigos. No total, dois terços dos inquiridos dizem que não pensam abandonar a actividade anterior.
Cerca de 63% dizem que querem trabalhar a tempo inteiro na nova empresa, mas apenas 48%, menos de metade, o fazem.
Aumentar o rendimento familiar e aproveitar uma oportunidade, são os motivos mais apontados, para a criação de um negócio. Já as vantagens fiscais ou a criação do próprio emprego por ausência de opções no mercado, são razões avançadas apenas pontualmente.
Quanto às empresas criadas, a maioria é de pequena dimensão: no primeiro ano, 20% opera sem trabalhadores; a maior parte não conta facturar mais de 50 mil euros, ainda assim mais do dobro do investimento inicial realizado; a grande maioria utiliza capital social, apenas 31% recorre à banca.
Segundo este retrato empresarial, cerca de 75% tem apenas ambições locais. Já um quarto pensa na internacionalização, mas num prazo de três anos.
Este estudo revela ainda que 30% das novas empresas não conta ter sequer um site na Internet.

publicado por luzdequeijas às 14:32
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PROPINQUIDADES

Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sinónimo de propinquidade: esfericidade, imediação, proximidade, redondeza e vizinhança. Atração interpessoal é a atração que uma pessoa tem por outra, resultando na amizade ou relacionamento amoroso. O processo de atração interpessoal é diferente da atração física porque também relaciona o que não é considerado bonito ou atraente.

O estudo da atração interpessoal é uma importante área de pesquisa em psicologia social. A atração interpessoal está relacionada com o quanto gostamos, antipatizamos ou odiamos alguém. Ela pode ser vista como uma força que age entre duas pessoas, os mantem juntos e impede a sua separação. Ao medir a atração interpessoal, deve-se classificar as qualidades do atraído bem como as do atrator para chegar a uma precisão preditiva. Sugere-se que para determinar atração, personalidade e situação devem ser levadas em conta. A repulsão também é outro fator da atração interpessoal, uma certa concepção de "atração" pode variar de atração extrema para repulsa extrema para outrem.

publicado por luzdequeijas às 12:59
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Sábado, 18 de Outubro de 2014

TRABALHAR EM CASA

Desde a antiguidade até aos nossos dias nenhuma civilização reconhecida pelo seu poder militar, cultural ou tamanho dos territórios conquistados, sobreviveu à erosão dos tempos. A história comprova-nos esta realidade inevitável.

ORGANIZAR O MUNDO, A FAMÍLIA, AS EMPRESAS NO MUNDO DO TRABALHO.

Atenção Municípios – Acrescentem ao estádio, ao pavilhão, ao mercado, um novo centro de trabalho, bem dotado e equipado, onde muitas pessoas possam sem sair de casa desempenhar funções em lugar de se deslocarem ao seu emprego (quem sabe se não serão até lucrativos! Para as empresas e Estado serão certamente, reduzindo despesas de transportes, refeitórios, licenças de parto etc.

Para outros, porque não um outro local de trabalho?

“ A divisão da "tralha"

Um de milhares de exemplos:

"Às nove horas tenho de levar o André à escola; às 9:30 acabar o projeto e enviá-lo; às 13 horas buscar o André e dar-lhe o almoço, brincar com ele e preparar a reunião; às..." e podíamos continuar. Julga que trabalhar em casa é fácil?

Parece tudo fácil! Um trabalho de sonho para muitos! Estar em casa, próximo da família, e ter uma carreira. Mas não se deixe iludir, porque essa facilidade não passa disso mesmo: uma ilusão!
Não quer ser uma mãe "ausente" e quer ter um emprego. Mas a sociedade dificulta bastante a vida e, nos nossos dias, conciliar família com uma carreira é complicado. A competitividade no mercado de trabalho é assustadora e, quando se tem filhos, é quase impossível aceitar a velocidade a que se muda de emprego. 
Agora vamos imaginar que resolveu trabalhar em casa, ou seja, ao "emprego" de mãe quis ter um outro emprego, mas com o mesmo local de trabalho: o lugar onde vive.

Lembra-se daquela divisão da casa que faz muita falta porque costuma lá guardar a «tralha» dos miúdos? Pois é, está na hora de lhe dar outra utilidade. Tire de lá a dita «tralha» e comece a pensar em fazer lá o seu espaço de trabalho: o escritório. 
É importante que este fique organizado e equipado de acordo com as suas necessidades e exigências. Acima de tudo, faça do seu local de trabalho um lugar onde se possa concentrar (longe de ruídos da cozinha, do quarto dos miúdos ou do barulho da televisão da sala) e que seja confortável. Opte por:

- uma secretária com as dimensões certas para si;
- uma cadeira ergonómica e que se ajuste à sua postura corporal;
- um sofá;
- uma mesa de reuniões (se for preciso e tiver espaço).

Posicione o computador numa zona que lhe permita receber a luz pela esquerda e procure ter na secretária um candeeiro com uma lâmpada amarelada. Escolha outra zona para ter uma estante onde possa colocar os seus livros e o material de apoio. Finalmente, utilize lâmpadas fluorescentes de cor branca porque não fazem tanto calor e não se esqueça de coisas simples como um telefone, um computador e um fax.

 

 

publicado por luzdequeijas às 12:02
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Sexta-feira, 17 de Outubro de 2014

OS SETE ANÕES

 

Os Sete Anões é um grupo de personagens que aparece no no conto de fadas escrito pelos irmãos Grimm chamado Branca de Neve, celebrados na animação da Disney do final da década de 1930 como Branca de Neve e os Sete Anões. São eles Soneca, Dengoso, Feliz, Atchim, Mestre, Zangado e Dunga, o único dos anões que não possuía barba. 

WIQUIPÉDIA

publicado por luzdequeijas às 18:16
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OS GRUPOS DE PRESSÃO

 Os grupos de pressão, os interesses instalados e os muitos lóbis, são um fenómeno típico das democracias modernas. Pressionam o executivo, pressionam o legislativo, pressionam o judiciário. Usam de todos os meios, legais e ilegais, para alcançarem os seus objetivos – geralmente reivindicações específicas dirigidas a um dos três poderes. É em grande parte através desse expediente, que a classe dominante – e aos poucos também sectores das classes dominantes – fazem valer os seus direitos junto do aparelho de Estado. Por outro lado existe o debate e a hegemonia ideológica da classe dominante que se exerce através dos aparelhos ideológicos que ela tende a dominar – a imprensa, a universidade, as escolas, as igrejas, algumas associações de classe mais dominantes (na maioria, meros grupos de pressão).

Tanto os grupos de pressão quanto as condicionantes ideológicas estabelecem limitações para a política económica. Essas limitações, entretanto, podem ser parcialmente superadas pelo governo, dependendo de três variáveis: 1) da legitimidade do próprio governo 2) das alianças que logre realizar 3) da qualidade moral – entendida esta expressão no seu sentido amplo – dos seus líderes.

A palavra “legitimidade” tem muitos sentidos. Uso-a aqui com um sentido muito preciso: um governo é legítimo quando tem o apoio da sociedade civil.

Luiz Bresser Pereira

publicado por luzdequeijas às 18:05
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ESTADO SOCIAL EM RISCO

O ex-ministro das Finanças, Medina Carreira, alertou ontem para a "falência do Estado Social", garantindo ser impossível manter o actual nível de despesa. Em 1990, o Estado Social consumia 67% dos impostos e, em 2010, 88%. Segundo Medina, em 2020, os sistemas de saúde, de educação e outros irão gastar "120 por cento dos impostos arrecadados". E, sublinha, "não há ninguém que tenha uma visão global do problema".

publicado por luzdequeijas às 17:54
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O SONHO DE SÁ CARNEIRO I (?)

Dívida supera 432% a riqueza gerada no País

Por cada euro produzido há 4,3 euros de dívida total no país.

Por: Diana Ramos

Por cada euro gerado no País, há uma dívida de 4,3 euros nas mãos dos credores. Entre empresas públicas e privadas, Estado e famílias, Portugal deve um total de 726 mil milhões de euros, um montante que representa 432% da riqueza produzida. Em números redondos, a dívida do País é equivalente ao valor de quase dez empréstimos da troica a Portugal.

Segundo dados do Banco de Portugal, no final de Junho a dívida oficial das administrações públicas de Portugal – o montante oficialmente contabilizado por Bruxelas – ascendia a 198,1 mil milhões de euros, um valor que corresponde a 117,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Sem ter em conta os parâmetros exclusivamente utilizados pelas entidades europeias, a percentagem sobe já para os 137% da riqueza produzida. Mais: quando adicionados os encargos financeiros das empresas públicas cujas contas não entram no défice, a dívida das administrações públicas dispara para 148,2%.

Olhando também para o sector privado, as dívidas das empresas atingiram os 182,6% no final do semestre, enquanto as dos particulares valem 101,2% do PIB.

Recorde-se que Portugal está obrigado pelo Tratado de Maastricht a não ultrapassar os 60% do PIB no que toca à dívida que pode contrair junto de terceiros, mas desde meados de 2004 que tem vindo a ultrapassar essa fasquia. Nos últimos anos, o agravamento tornou-se ainda mais visível.

Segundo o boletim do Banco de Portugal, a subida da dívida das administrações públicas em Portugal é justificada pelos empréstimos recebidos no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) a que o País está sujeito – já recebeu 54,5 mil milhões dos 78 mil milhões cedidos pela troika. Só no segundo trimestre, aquela dívida cresceu 7,7 mil milhões, à conta da subida dos encargos do Estado Central.

No final de Agosto, os montantes em dívida continuavam a crescer: a dívida pública contabilizada por Bruxelas situava-se já nos 198,8 mil milhões, enquanto a dívida consolidada atingia os 221,5 mil milhões

publicado por luzdequeijas às 17:50
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MENSAGEM DO ESTUDO DA OCDE (1)

Os desafios imediatos de Portugal: restaurar a confiança

O desafio mais imediato é o fomento da confiança dos investidores, já que spreads elevados não só põem em perigo a sustentabilidade orçamental, mas também colocam em risco a retoma da atividade, ao aumentarem os custos de financiamento em toda a economia. A chave para recuperar a confiança dos investidores é uma rápida consolidação das finanças públicas.

O vasto esforço de consolidação orçamental levado a cabo pelo Governo, inclusive no que toca ao seu ritmo, é corajoso e adequado. Assinala o compromisso durante os próximos anos de conduzir as finanças públicas para uma trajetória mais sustentável.  É essencial que as medidas de consolidação continuem a ser prontamente implementadas. E é igualmente importantes, que sejam bem comunicadas aos mercados.

A adoção de um quadro plurianual de despesa abrangente, baseado numa regra para a despesa pública, melhoraria a sustentabilidade e a credibilidade do ajustamento orçamental.

Deveriam igualmente ser exploradas as oportunidades de tornar o sistema fiscal menos destorcedor e mais favorável ao crescimento. O Estudo Económico consagra um capítulo a este desafio fundamental. A nossa análise defende um maior esforço de redução dos impostos sobre o trabalho, por contrapartida a um aumento dos impostos sobre o consumo e a propriedade. 

Esta transferência da carga fiscal proporcionaria uma forma prática de recuperar competitividade e de conseguir ganhos em matéria de emprego, sobretudo se a redução da carga fiscal sobre o trabalho incidir em especial nos impostos relativos a trabalhadores com baixos salários. Isto ajudaria igualmente a reequilibrar a economia e a reduzir o actual défice da balança corrente.

Há ainda margem para alargar a base de tributação, o que contribuiria igualmente para apoiar a consolidação orçamental e para reduzir as distorções económicas.

Política para impulsionar o crescimento a longo prazo

Mas para que a recuperação seja duradoura, os problemas estruturais de Portugal devem ser abordados no âmbito de uma estratégia mais ampla.

Uma das prioridades de políticas essenciais para o futuro é evitar que o aumento cíclico do desemprego se torne estrutural, o que reduziria ainda mais o produto potencial a médio prazo. O Estudo reconhece que o recente Código do Trabalho e o novo Código Contributivo da Segurança Social representam passos importantes nas reformas do mercado de trabalho. Mas afirma que se pode ir mais longe.

Especificamente, Portugal deve preocupar-se com o carácter dual do seu mercado de trabalho, em que a flexibilidade se consegue, no essencial, com recurso à utilização em larga escala de contratos temporários. Para reduzir a segmentação do mercado de trabalho, é necessária, alguma convergência entre, por um lado, a legislação de proteção do emprego que rege os contratos temporários e, por outro, a que rege os contratos por tempo indeterminado.

E para dinamizar a oferta de trabalho, proporcionando ao mesmo tempo um apoio adequado ao rendimento em caso de desemprego, Portugal deveria também rever a arquitetura dos subsídios de desemprego. Para todos os trabalhadores, o grau de generosidade do subsídio deveria depender inversamente da duração do período de desemprego, e não da idade do trabalhador.

Além do mercado de trabalho, outras reformas estruturais podem ajudar a restaurar o crescimento da produtividade.

Portugal precisa de se desembaraçar do excesso de burocracia e rigidez regulamentar. Os estrangulamentos existentes estão a impedir a entrada  de empresas eficientes e a saída das ineficientes, o que trava a produtividade, em particular nos serviços. A simplificação do sistema fiscal é uma prioridade para melhorar o ambiente de negócios.

Portugal necessita também uma estratégia para ascender na cadeia de valor global, o que implica uma dinamização da capacidade de inovação no conjunto do país. Muito pode ser feito a este nível,  desde a construção de infraestruturas até ao acesso melhorado à banda larga. Mas nada será suficiente sem um esforço permanente de melhoria dos níveis de educação.

O capital humano é fundamental para o crescimento económico. E o investimento na educação pode reduzir as desigualdades existentes na sociedade, e como tal, melhorar a coesão social.

Portugal progrediu muito neste campo. As reformas para a integração da educação profissional evoluem bem. As Novas Oportunidades são um programa prometedor. A focalização do Governo na oferta de formação profissional é positiva. Mas, à medida que os programas se alargam, deverá ser prestada uma atenção cada vez maior aos instrumentos de avaliação, nomeadamente num contexto de fortes constrangimentos a nível orçamental.

É igualmente necessário mais trabalho para reduzir as taxas de retenção e para continuar a reforçar os mecanismos de acompanhamento dos estudantes em risco de abandonar a escola. O recente alargamento da escolaridade obrigatória, dos 15 para os 18 anos de idade e’ uma excelente medida, mas deve ser avaliado com especial atenção, em particular no que diz respeito ao desempenho escolar. Esse alargamento não deve ser feito às custas da qualidade do ensino.

Em Portugal, as taxas de retorno sobre a educação estão entre as mais elevadas entre os países europeus da OCDE. Ao mesmo tempo, as despesas por estudante estão abaixo da média da OCDE. Existe um enorme potencial não aproveitado e Portugal tem razão em insistir na educação como meio de impulsionar a produtividade.

Senhor Primeiro Ministro, Senhoras e Senhores Ministros, minhas Senhoras e meus Senhores,

Portugal viveu duas décadas de crescimento e de convergência dos níveis de vida em relação à média da UE. Havia um sentimento generalizado de confiança num futuro melhor, baseado nas expectativas de aderir à União Europeia em 1986 e depois ao euro, em 1999. Esta dinâmica parece haver-se perdido na última década. Agora que estamos em tempo de crise, não devemos nos deixar dominar pelo pessimismo. O pessimismo provoca paralisias.

Portugal pode contar com diversos pontos fortes: uma forte cultura empresarial, redes de contacto efetivas no mundo dos negócios apoiadas em afinidades históricas e culturais, uma mão-de-obra séria e trabalhadora, amplos recursos humanos qualificados em ciências e engenharia, e uma cultura florescente e acolhedora. E vejam que eu nem mencionei o excelente clima e a boa culinária Portuguesa!

São estes os alicerces sólidos sobre os quais erigir o modelo de crescimento de amanhã. Um modelo no qual os países mais criativos e abertos, como Portugal, terão vantagens claras. Mas temos que assegurar-nos que estes pontos fortes se transformam em oportunidades de se prosperar. 

Com a inteligência política para retirar o máximo de lições desta crise, podemos entrar numa nova era de aumento gradual e sustentado dos níveis de vida da população portuguesa.

E nisso, podem contar com a OCDE para vos acompanhar ao longo de todo esse caminho.

Muito obrigado.

 

publicado por luzdequeijas às 17:39
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MENSAGEM DO ESTUDO DA OCDE (2)



Os desafios imediatos de Portugal: restaurar a confiança

O desafio mais imediato é o fomento da confiança dos investidores, já que spreads elevados não só põem em perigo a sustentabilidade orçamental, mas também colocam em risco a retoma da atividade, ao aumentarem os custos de financiamento em toda a economia. A chave para recuperar a confiança dos investidores é uma rápida consolidação das finanças públicas.

O vasto esforço de consolidação orçamental levado a cabo pelo Governo, inclusive no que toca ao seu ritmo, é corajoso e adequado. Assinala o compromisso durante os próximos anos de conduzir as finanças públicas para uma trajetória mais sustentável.  É essencial que as medidas de consolidação continuem a ser prontamente implementadas. E é igualmente importantes, que sejam bem comunicadas aos mercados.

A adoção de um quadro plurianual de despesa abrangente, baseado numa regra para a despesa pública, melhoraria a sustentabilidade e a credibilidade do ajustamento orçamental.

Deveriam igualmente ser exploradas as oportunidades de tornar o sistema fiscal menos destorcedor e mais favorável ao crescimento. O Estudo Económico consagra um capítulo a este desafio fundamental. A nossa análise defende um maior esforço de redução dos impostos sobre o trabalho, por contrapartida a um aumento dos impostos sobre o consumo e a propriedade. 

Esta transferência da carga fiscal proporcionaria uma forma prática de recuperar competitividade e de conseguir ganhos em matéria de emprego, sobretudo se a redução da carga fiscal sobre o trabalho incidir em especial nos impostos relativos a trabalhadores com baixos salários. Isto ajudaria igualmente a reequilibrar a economia e a reduzir o actual défice da balança corrente.

Há ainda margem para alargar a base de tributação, o que contribuiria igualmente para apoiar a consolidação orçamental e para reduzir as distorções económicas.

Política para impulsionar o crescimento a longo prazo

Mas para que a recuperação seja duradoura, os problemas estruturais de Portugal devem ser abordados no âmbito de uma estratégia mais ampla.

Uma das prioridades de políticas essenciais para o futuro é evitar que o aumento cíclico do desemprego se torne estrutural, o que reduziria ainda mais o produto potencial a médio prazo. O Estudo reconhece que o recente Código do Trabalho e o novo Código Contributivo da Segurança Social representam passos importantes nas reformas do mercado de trabalho. Mas afirma que se pode ir mais longe.

Especificamente, Portugal deve preocupar-se com o carácter dual do seu mercado de trabalho, em que a flexibilidade se consegue, no essencial, com recurso à utilização em larga escala de contratos temporários. Para reduzir a segmentação do mercado de trabalho, é necessária, alguma convergência entre, por um lado, a legislação de proteção do emprego que rege os contratos temporários e, por outro, a que rege os contratos por tempo indeterminado.

E para dinamizar a oferta de trabalho, proporcionando ao mesmo tempo um apoio adequado ao rendimento em caso de desemprego, Portugal deveria também rever a arquitetura dos subsídios de desemprego. Para todos os trabalhadores, o grau de generosidade do subsídio deveria depender inversamente da duração do período de desemprego, e não da idade do trabalhador.

Além do mercado de trabalho, outras reformas estruturais podem ajudar a restaurar o crescimento da produtividade.

Portugal precisa de se desembaraçar do excesso de burocracia e rigidez regulamentar. Os estrangulamentos existentes estão a impedir a entrada  de empresas eficientes e a saída das ineficientes, o que trava a produtividade, em particular nos serviços. A simplificação do sistema fiscal é uma prioridade para melhorar o ambiente de negócios.

Portugal necessita também uma estratégia para ascender na cadeia de valor global, o que implica uma dinamização da capacidade de inovação no conjunto do país. Muito pode ser feito a este nível,  desde a construção de infraestruturas até ao acesso melhorado à banda larga. Mas nada será suficiente sem um esforço permanente de melhoria dos níveis de educação.

O capital humano é fundamental para o crescimento económico. E o investimento na educação pode reduzir as desigualdades existentes na sociedade, e como tal, melhorar a coesão social.

Portugal progrediu muito neste campo. As reformas para a integração da educação profissional evoluem bem. As Novas Oportunidades são um programa prometedor. A focalização do Governo na oferta de formação profissional é positiva. Mas, à medida que os programas se alargam, deverá ser prestada uma atenção cada vez maior aos instrumentos de avaliação, nomeadamente num contexto de fortes constrangimentos a nível orçamental.

É igualmente necessário mais trabalho para reduzir as taxas de retenção e para continuar a reforçar os mecanismos de acompanhamento dos estudantes em risco de abandonar a escola. O recente alargamento da escolaridade obrigatória, dos 15 para os 18 anos de idade e’ uma excelente medida, mas deve ser avaliado com especial atenção, em particular no que diz respeito ao desempenho escolar. Esse alargamento não deve ser feito às custas da qualidade do ensino.

Em Portugal, as taxas de retorno sobre a educação estão entre as mais elevadas entre os países europeus da OCDE. Ao mesmo tempo, as despesas por estudante estão abaixo da média da OCDE. Existe um enorme potencial não aproveitado e Portugal tem razão em insistir na educação como meio de impulsionar a produtividade.

Senhor Primeiro Ministro, Senhoras e Senhores Ministros, minhas Senhoras e meus Senhores,

Portugal viveu duas décadas de crescimento e de convergência dos níveis de vida em relação à média da UE. Havia um sentimento generalizado de confiança num futuro melhor, baseado nas expectativas de aderir à União Europeia em 1986 e depois ao euro, em 1999. Esta dinâmica parece haver-se perdido na última década. Agora que estamos em tempo de crise, não devemos nos deixar dominar pelo pessimismo. O pessimismo provoca paralisias.

Portugal pode contar com diversos pontos fortes: uma forte cultura empresarial, redes de contacto efetivas no mundo dos negócios apoiadas em afinidades históricas e culturais, uma mão-de-obra séria e trabalhadora, amplos recursos humanos qualificados em ciências e engenharia, e uma cultura florescente e acolhedora. E vejam que eu nem mencionei o excelente clima e a boa culinária Portuguesa!

São estes os alicerces sólidos sobre os quais erigir o modelo de crescimento de amanhã. Um modelo no qual os países mais criativos e abertos, como Portugal, terão vantagens claras. Mas temos que assegurar-nos que estes pontos fortes se transformam em oportunidades de se prosperar. 

Com a inteligência política para retirar o máximo de lições desta crise, podemos entrar numa nova era de aumento gradual e sustentado dos níveis de vida da população portuguesa.

E nisso, podem contar com a OCDE para vos acompanhar ao longo de todo esse caminho.

Muito obrigado.

 

 

publicado por luzdequeijas às 17:30
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NO CAMINHO DA PERDIÇÃO

 

Temos sido nos últimos três séculos: sem vida, sem liberdade, sem riqueza, sem ciência, sem invenção, sem costumes. Erguemo-nos hoje a custo, Espanhóis e Portugueses, desse túmulo onde os nossos grandes erros nos tiveram sepultado: erguemo-nos, mas os restos da mortalha ainda nos embaraçam os passos, e pela palidez dos nossos rostos pode bem ver o mundo de que regiões lúgubres e mortais chegámos ressuscitados! Quais as causas dessa decadência, tão visível, tão universal, e geralmente tão pouco explicada? Examinemos os fenómenos que se deram na Península durante o decurso do século XVI, período de transição entre a Idade Média e os tempos modernos, e em que aparecem os gérmenes, bons e maus, que mais tarde, desenvolvendo-se nas sociedades modernas, deram a cada qual o seu verdadeiro carácter. Se esses fenómenos forem novos, universais, se abrangerem todas as esferas da actividade nacional, desde a religião até à indústria, ligando-se assim intimamente ao que há de mais vital nos povos estarei autorizado a empregar o argumento (neste caso, rigorosamente lógico) post hoc, ergo propter hoc, e a concluir que é nesses novos fenómenos que se devem buscar e encontrar as causas da decadência da Península.

Deste mundo brilhante, criado pelo génio peninsular na sua livre expansão, passamos quase sem transição para um mundo escuro, inerte, pobre, ininteligente e meio desconhecido. Dir-se-á que entre um e outro se meteram dez séculos de decadência: pois bastaram para essa total transformação 50 ou 60 anos! Em tão curto período era impossível caminhar mais rapidamente no caminho da perdição.

Antero de QuentaL

 

 

publicado por luzdequeijas às 15:21
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ACABOU-SE A COMÉDIA

A soberania Popular na Grécia antiga.

A tribuna da Pnix e o hemiciclo da comédia eram duas manifestações diferentes da soberania popular.

Os comediógrafos sobrelevavam em importância os próprios oradores. Deste modo a comédia de intuitos políticos e de sátira pessoal tinha um poder aluidor tão considerável que fazia vacilar as mais sólidas reputações e entibiava os ânimos mais fortes. A perspectiva de ser visado numa comédia pública era motivo para sérias apreensões.

Começa então a formar-se uma surda conspiração contra a comédia, procurando torná-la impotente, quer interdizendo-lhe a individuação de pessoas vivas (decreto de Antímaco), como já eram proibidas alusões aos mortos, quer negando-lhe o direito de crítica aos magistrados. Todavia, estas proibições não se mantinham por muito tempo: a audácia dos poetas tornava-as ineficazes e os aplausos públicos faziam-nas cair sob o jugo opressivo do Governo dos Trinta, após o desastre de Aegos-Pótamos, a comédia política sucumbe ante a rigorosa proibição de se representarem personagens reais (404 a. J. C.) e a ameaça constante que pesa sobre os comediógrafos de serem vítimas da perseguição e da violência. A sátira política, a crítica dos magistrados, a apreciação dos actos governativos e de administração não pode mais fazer-se livremente; e o Governo dos Trinta foi tão depressivo das energias morais de Atenas, corrompeu a tal ponto as virtudes democráticas, que, depois da sua queda, o Estado ateniense, anémico e dessorado, não teve alentos para restituir à comédia os seus antigos privilégios.

Aristófanes – Cadernos Culturais

publicado por luzdequeijas às 15:16
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AFINAL O QUE COMPETE AO GOVERNO!

O QUE É A TROIKA? E O GOVERNO QUE A CHAMOU?

A Tróica é formada por três elementos, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). É a Troika que irá avaliar as contas reais de Portugal para definir as necessidades de financiamento do país.

Conclusão, não é só o FMI que irá financiar Portugal, nem é só o Banco Central Europeu que negociará com o Governo. A troika será responsável por toda a ação de reestruturação económica do país.

 

publicado por luzdequeijas às 15:12
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AO POVO COMPETE PAGAR

A DEMOCRACIA TEMPOS ATRÁS 

Obras públicas acendem o rastilho entre Cavaco Silva e governo Sócrates

Publicado em 05 de Maio de 2010 - ionline

Presidente da República recebe opositores das grandes obras. "É ao governo que compete governar", responde o ministro Vieira da Silva. O epicentro da oposição ao TGV e às grandes obra públicas passa por Belém. Depois da longa audiência a Paulo Portas, ontem ao fim do dia, o Presidente da República recebe segunda-feira o grupo de antigos ministros das Finanças contestatários, em que se incluem Medina Carreira, Bagão Félix e Manuela Ferreira Leite, entre outros. Todos com a mesma opinião, pelo adiamento das grandes obras, a começarmos pelo comboio de alta velocidade. Ontem o ministro das Obras Públicas,António Mendonça, respondia que os ex-ministros “tiveram o seu tempo”. Deste modo: “Quero salientar que se trata de ex-ministros, que tiveram o seu tempo e as suas responsabilidades próprias, o tempo presente e as responsabilidades pertencem, neste momento, ao governo e aos ministros.” 

O TGV conseguiu reacender o rastilho do confronto entre governo e Presidência, com o PS ao fundo. Depois de Cavaco Silva pedir a reavaliação dos grandes investimentos públicos e de ser conhecido o encontro de segunda-feira com os ex-ministros das Finanças, Vieira da Silva, o ministro da Economia que faz parte do chamado núcleo duro do primeiro-ministro, afirmou ontem: “As opiniões são livres no nosso país e têm sido expressas de forma muito intensa por muitos economistas e responsáveis”, mas “é ao governo que cabe governar”. ( … )

publicado por luzdequeijas às 15:03
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OS CRITÉRIOS DE DEUS NOSSO SENHOR

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu dar-lhes apenas duas virtudes. Assim:


- Aos Suíços os fez estudiosos e respeitadores da lei(?)

- Aos Ingleses, organizados e pontuais.

- Aos Argentinos, chatos e arrogantes (?)

- Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.

- Aos Italianos, alegres e românticos.

- Aos Franceses, cultos e finos (?)

- Aos Portugueses, inteligentes, honestos e políticos.

O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:

- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém, aos portugueses foram dados três! Isto não os fará soberbos em relação aos demais povos da terra?

- Muito bem observado, bom anjo! exclamou o Senhor.
- Isto é verdade!
- Façamos então uma correção! De agora em diante, os portugueses, povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente, como os demais povos!

- Assim, o que for político e honesto, não pode ser inteligente.
- O que for político e inteligente, não pode ser honesto.
- E o que for inteligente e honesto, não pode ser político.

Palavras do Senhor !!!.


publicado por luzdequeijas às 14:55
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Quinta-feira, 16 de Outubro de 2014

BURACO NEGRO

O que é um buraco negro?

Buracos negros são invisíveis, mas a matéria capturada por ele acaba formando uma espécie de espiral chamado disco de acreção

Foto: Reprodução

Simplificadamente, um buraco negro é um corpo celeste de massa muito grande para o espaço que ocupa, resultando um campo gravitacional tão forte do qual nem sequer a luz pode escapar.

"A matéria atraída pelo buraco negro em geral tem movimento angular, por isso é capturada por um disco, no qual fica girando até se precipitar no centro", explica a astrónoma da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Thaisa Storchi Bergmann.

O buraco negro ocorre, por exemplo, quando uma estrela não possui mais pressão suficiente para produzir uma força para fora que contrabalance o peso de suas camadas externas. "Essas camadas caem sobre as internas produzindo uma implosão que dá origem ao fenómeno", diz a astrónoma.

Os buracos negros são invisíveis por não emitirem radiação, por isso é impossível visualizá-los. No entanto, ele exerce força gravitacional sobre os corpos ao seu redor. Segundo Thaísa, só assim os astrónomos conseguem detetá-los.

"Devido à sua atração gravitacional, os buracos negros produzem movimento em corpos ao seu redor. Por meio desse movimento que é feita a sua deteção", finaliza.

publicado por luzdequeijas às 19:55
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OS ERROS PAGAM-SE CAROS

Baixa Produtividade e Competitividade

O país vinha de vários anos de desmantelamento das estruturas produtivas que tinha, e considerando toda a falta de autoridade, a nível geral, e a desregrada atuação dos sindicatos e organizações políticas, com constantes reivindicações e greves, mais as contínuas manifestações políticas, a produtividade teria que ser necessariamente muito baixa, com estas e outras causas.

O mérito era um conceito fascista e, assim, o melhor era alinhar pela produtividade mais baixa.

Na análise crítica da produtividade em Portugal, que deveria ter sido equacionada logo a seguir ao ato revolucionário, é de salientar que a mesma não depende essencialmente só do comportamento dos trabalhadores, embora também seja condicionada pela sua capacidade técnica e profissional e o seu nível de instrução e educação, mas, as causas mais relevantes baseiam-se na natureza das estruturas económicas (tecnologia, produtos e serviços, organização, estratégia, gestão geral e dos recursos humanos, etc.). Se em vez de militares a revolução (mudança) tivesse sido conduzida por civis abalizados identificados e enquadrados na política e na estratégia nacionais, definidas em tal contexto. Dessa forma tudo teria sido diferente, bem diferente, e baseado em concertação estratégica contratualizada, na qual a formação técnica e profissional, desde os empresários aos operários, fossem inspiradas por uma correta e esclarecida  visão cultural das nossas capacidades competitivas e das medidas necessárias ao seu aproveitamento.

Muito teria que ser mudado, pois, em muitos aspetos retrocedemos, e muito, sendo o mais importante naquele momento a saúde das nossas finanças públicas.

publicado por luzdequeijas às 19:39
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CÍRCULOS UNINOMINAIS

Não há hoje ninguém que não diga que é preciso alterar a nossa lei eleitoral. É algo que está na moda e, portanto, chega mesmo a ser politicamente incorreto pedir alguma contenção nesta matéria. Pois bem, apesar da onda ir em sentido contrário, decidi prestar-me em parte, a um papel provocador. Começo por declarar que, em minha opinião, o nosso sistema político não está nada bem está mal! Por isso necessita de reformas que lhe devolvam a credibilidade perdida ao longo dos anos, facto que, em minha opinião, deriva, fundamentalmente, das profundas mutações que o mundo civilizado tem vindo a sofrer.

A complexidade da crise das democracias ocidentais é de tal ordem que aconselha muita moderação muita reflexão e muita ponderação. Temos de evitar as fugas para a frente, ditadas por histerias coletivas em torno do que está na moda. A própria canção já dizia muito a propósito que “para melhor está bem está bem, para pior já basta assim.”

Diretamente ligada à reforma do sistema político está, pois, na ordem do dia, a possibilidade da revisão da nossa lei eleitoral. Nesta matéria, tem-se vindo a endeusar os famosos, círculos uninominais tentando fazer o cidadão eleitor acreditar que tal solução resolveria em larga medida a atual crise de credibilidade da instituição parlamentar. Ser-se publicamente contra tal solução é, hoje, quase uma loucura. Como não estou louco, não vou ser contra, mas vou tentar elencar a esse propósito alguns prós e alguns contras. A criação de círculos uninominais implica a divisão do país em 230 círculos eleitorais, elegendo cada um apenas um único deputado. Tal solução tem a vantagem de obrigar esse deputado a conquistar os seus votos, não podendo, portanto, ir exclusivamente à boleia do seu partido. Tem, no entanto, a enorme desvantagem de acabar com a proporcionalidade, o que quer dizer que, um partido pode ter menos votos que outro, mas, apesar disso, ganhar as eleições e formar governo.

Tem a vantagem de o eleitorado conhecer melhor o seu deputado, pois, sendo os círculos eleitorais mais pequenos - em Portugal seriam de cerca de 43 500 habitantes cada um – o deputado tem um contacto mais direto com o seu eleitorado  

 Rui Rio

publicado por luzdequeijas às 18:15
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UM MUNDO NOVO

O mundo está a começar a entender as ligações entre o excessivo consumo, e o prejuízo ambiental mais a degradação da nossa qualidade de vida. Estamos começando a enxergar a necessidade de um ato mais adaptativo da espécie humana, à necessidade de uma nova moralidade de grupo.

Deveria estar ao alcance de cada consumidor individual, perceber que tem de renunciar a certas formas de consumo de energia e outras, agora, para garantir a sua disponibilidade para os seus filhos ou até para a sua própria geração em futuro não longínquo! Tal como nós próprios, os humanos, atingimos finalmente uma condição de crescimento zero, o mesmo deve acontecer à população como um todo.

Daí que os problemas que nos afligem e os políticos nos dizem que só serão resolvidos com crescimento económico, daí, nos competir a nós próprios concluir que atingido o citado grau zero, só nos resta mudar a nossa mentalidade

O desemprego, a escassez de bens de toda a ordem, também dos défices orçamentais etc., etc., e todos os outros que sentirmos na pele, não serão resolvidos pelos políticos, mas sim por todos nós com uma nova mentalidade e novos hábitos de vida. Os políticos não são mágicos, não fazem milagres, são humanos como nós somos.

Só um querer coletivo, com muita convicção, resolverá os problemas da humanidade, que passam por um novo mundo.

publicado por luzdequeijas às 14:37
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O PS E OS ORÇAMENTOS

Jornais, partidos e comentadores falam de “cátedra”, e sempre a deitar abaixo quem assume a responsabilidade de executar um orçamento governamental, esquecendo-se das inúmeras variáveis em causa e da imprevisibilidade da sua maioria. Um orçamento é uma previsão e como tal está sujeito às correções que o tempo indicar como necessárias e corretas.

Conceito, origem e funções do Orçamento do Estado (OE)

É um quadro, geral e básico, de toda a Atividade Financeira, já que por seu intermédio se procura fixar a utilização a dar aos dinheiros públicos, previstos como receita.

O Orçamento é simultaneamente uma previsão económica ou plano financeiro das receitas e despesas do Estado para o período de um ano; e uma autorização política deste plano que visa garantir quer direitos fundamentais dos cidadãos, quer o equilíbrio e a separação de poderes e ainda a limitação dos poderes financeiros da Administração para o período orçamental.

À margem do Orçamento do Estado ficam, pelo menos três importantes segmentos financeiros: o das Regiões Autónomas, o das Autarquias e o das Empresas Públicas (art. 3º/2 Lei 6/91).

É proposto pelo Governo, ouvidos os parceiros sociais; aprovado pela Assembleia da República; executado pelo Governo e fiscalizado quanto à execução pelo próprio Governo, pelo Tribunal de Contas e pela Assembleia da República.

O Orçamento do Estado (lei de valor reforçado), é uma previsão autorizada, em regra anual, da realização quantitativa das despesas e qualitativa das receitas públicas estaduais, tendo em vista a satisfação das necessidades coletivas´

A desorçamentação traduz-se, quer na saída do Orçamento do Estado, quer no afastamento da disciplina orçamental de importantes massas de dinheiros públicos. A existência de grandes volumes de fundos públicos que se colocam integralmente à margem da previsão e das regras de execução orçamental do Orçamento do Estado.

Não é nada de espantar, nem é nada que esteja a ser dito pela primeira vez.

Aumentos da carga fiscal. Recurso a endividamento oculto. Redução do investimento público. Desorçamentações mais ou menos habilidosas. Receitas empoladas. Défice público escondido.

Tudo isto faz parte do menu de quem não teve nem tem coragem para agarrar frontalmente os problemas reais da governação, e era disto que os jornais, Tvs, comentadores e partidos da oposição, deveriam escrever e falar. Afinal nada dizem! Ou melhor só dizem mal, sem terem a ombridade de apontar uma única solução com viabilidade executiva! 

publicado por luzdequeijas às 13:18
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O PS E A MEMÓRIA CURTA

Por Lusa21 abril 2009

“O CDS-PP considerou hoje que os dados da execução orçamental relativos ao primeiro trimestre de 2009 provam que as previsões do Governo "estão erradas" e que "mais tarde ou mais cedo" vai ter de aparecer um Orçamento Rectificativo. Mais tarde lia-se nos jornais: (As receitas fiscais baixaram 12,3 por cento no primeiro trimestre de 2009 relativamente ao mesmo período do ano passado, penalizadas pelo recuo de 20,3 por cento na cobrança de IVA.)”

“Dando uma volta pelo passado continuamos a ler: (CDS-PP acusa Governo de falhar todas as previsões orçamentais).”

17/08/2006 - 21:32

publicado por luzdequeijas às 12:54
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Quarta-feira, 15 de Outubro de 2014

PRESIDENTE DE JUNTA SOFRE !

 

Não há dúvida de que Presidente de Junta sofre! Até pela pouca civilidade dos canídeos ou dos donos.

                    Ex, mo Senhor

                    Presidente da Junta

                    99-08-13

Em primeiro lugar quero pedir-lhe desculpa pela apresentação da encomenda anexa a este envelope, e peço-a porque o considero uma excelente pessoa, mas não deixei de a enviar porque todos temos de assumir as nossas responsabilidades, não apenas o senhor Presidente da Junta, mas também o Senhor presidente da Câmara do nosso Concelho.

A referida encomenda contém para além de papel higiénico que foi estritamente necessário, dejetos de cão, que ficaram agarrados ao meu sapato há 20 minutos atrás. Suponho que a “amostra” foi recolhida na Rua Soares de Passos, a rua onde se situa a Junta.

Espero que compreenda a minha posição e que tome as medidas necessárias QUANTO A ESTE ASSUNTO.

      Com os melhores cumprimentos

Nota: haja um pouco de paciência da parte de todos, mas senhores donos de tão simpáticos bichinhos, por favor mantenham as nossas ruas limpas, pois isso até para os cãezinhos é bom, de outro modo eles também são obrigados a pisar os dejetos dos outros animais.

 

publicado por luzdequeijas às 17:45
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DEFEITOS ODIÁVEIS, NOS PORTUGUESES

Este tema é importante para percebermos o modo errado como os portugueses, normalmente, votam! Também para percebermos como depois de errarem, se prestam sem cerimónia, a destruir quem está no poder para criarem um novo herói de vida curta!

Sobre as qualidades basta consultar um qualquer “guia de viagem”. Quanto aos defeitos fia mais fino.

Dos maiores e mais visíveis, aos mais pequenos e insignificantes, mas que não deixam de ser incomodativos, temos de tudo, graças a Deus.

E não há medicação que chegue para dez milhões de casos psiquiátricos.

1 Tanto somos os maiores do mundo, como logo a seguir, a maior escória do planeta.

2-Os portugueses orgulham-se de terem dado novos mundos ao mundo durante a era dos descobrimentos. No entanto, tarda em atingir-se a noção revolucionária de que coisas como urinar na rua, cuspir para o chão ou adubar o passeio com dejetos canídeos são profundamente desagradáveis.

3- Somos um povo corrupto e afetuoso, que não enjeitamos. Uma só oportunidade basta, para votar em alguém useiro e vezeiro desse crime. E por força da afetividade, logo afirmamos, que ele é corrupto mas “faz obra”.

4-Portugal faz parte da União Europeia desde 1986. Depois de duas décadas de subsídios dos estados ricos da Europa, estávamos no fundo de todas as tabelas estatísticas Hoje, corremos sérios riscos de ser ainda ultrapassados, em breve, por todos os estados do leste europeu, recém-chegados. Se a União Europeia fosse uma escola, já tínhamos chumbado, depois de já termos sido “bons alunos” .

5-O astrolábio náutico foi inventado pelos portugueses. O povo português é capaz do melhor e do pior.

6- Passam a vida a “fazer heróis e destruir heróis. Sem dó nem piedade

7- Oscar Wilde disse que a única coisa pior do que ser falado é não ser falado. Os nossos media, ouvem “cão e gato”, menos os membros do Governo.

 8-Qualquer referência a Portugal feita pela comunicação social de um outro país, sobretudo se for um país mais rico do que Portugal, é passível de ser noticiada Mas as referências aa nosso Governo por parte da nossa comunicação social, são sempre a” deitar abaixo”.

9- Por muitos “heróis” que este povo invente, jamais deixará de pensar num “D. Sebastião”. Que nunca virá!

PS; Anda no ar outro herói, feito pelos média! Coitado, se a chuva não parar, nem chegará a ser empossado.

publicado por luzdequeijas às 16:32
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Segunda-feira, 13 de Outubro de 2014

UM E OUTRO CONTAM

Um e outro contam os motivos da sua partida para a França, o pai que insiste mais nas circunstâncias práticas da viagem e a mãe, que confessa as razões desta emigração. Cada um, no entanto, comunica a angústia da partida. A ideia de Portugal é sinónima de dor. A mãe de Maria, paradoxalmente, afirma "detestar" Portugal, mas explica que odeia por certas circunstâncias que a obrigaram a deixar o país onde nascera. Ambos acabam por ser prisioneiros das vidas que construíram.

A grande emigração para França é algo relativamente recente, data do final dos anos 50 do século XX, quando cerca de 1,5 milhão de portugueses emigraram. Duas pequenas aldeias despovoadas, estão à venda, situações que ainda não são muito comuns em Portugal, mas que tendem a aumentar devido ao envelhecimento e abandono destas povoações rurais.

Fazendo o balanço de 40 anos de democracia, ficámos com dívidas para outros 40, como o País com mais autoestradas por Km2 na Europa, recebemos milhares de emigrantes, mas temos um interior completamente desértico. Temos, por último, aldeias em ruínas e milhares de portugueses a emigrar!

Alguém terá terá de dar um grito de revolta e levar à recuperação das nossas aldeias. Escolhido o local mais favorável, com bons acessos e unidades de saúde próximas e se possível um rio bem despoluído, é lançar mãos à obra a caminho do reerguer uma aldeia piloto, dos anos trinta. Bonita atrativa e com clima saudável e temperado.

Muita gente de bons recursos, por todo o mundo, não hesitariam no investimento da sua casinha para um inverno feito verão.

Pedralva era uma aldeia deserta, com quase todas as casas em ruínas. Mesmo assim Pedralva não perdeu o encanto natural que acabou por apaixonar um grupo de lisboetas. Após descobrirem um “outro Algarve”, já não havia volta a dar, e decidiram devolver a vida e a cultura à aldeia e aos seus habitantes. Mais do que um projeto, passou a ser uma missão. Hoje a aldeia de Pedralva, passou a ser o maior projeto de turismo de aldeia a nível nacional, procurado por portugueses e estrangeiros que aqui encontram a autenticidade e a tranquilidade há muito perdidas na cidade. Apesar das mega escolas e do bulício citadino.  

publicado por luzdequeijas às 21:24
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A IGUALDADE É MUITO BONITA

Propositadamente, não referimos a igualdade de sexo, mas sim de Género, por ser um conceito social que remete para as diferenças existentes entre trabalhadores, diferenças essas, não de carácter biológico, mas resultantes de um processo de socialização e político.

O conceito de género descreve assim o conjunto de qualidades e de comportamentos que as sociedades esperam dos homens e das mulheres, formando a sua identidade social.

Também em termos puramente “Constitucionais”, o conceito de igualdade é reforçado pelo conceito de universalidade: art.º 12, n.º 1 Todos os cidadãos gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres compatíveis com a sua natureza.

Voltando à “igualdade” e ao art.º 13 n.º 1: Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei. Ou o n.º 2 Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer deverem razão da ascendência, sexo, raça, língua, território de origem religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução situação económica ou condição social.

Cabe agora perguntar quais os motivos que levam a no mundo do trabalho haja uma total e gritante diferenciação entre a legislação para um ou para outro. A Função Pública cheia de privilégios e completamente bloqueada, constitucionalmente, na defesa dos mesmos?

Tais privilégios são inúmeros, mas alguns absolutamente gritantes, tais como: Igualdade, férias, descontos, vencimentos médios, jornada de trabalho, despedimento, estabilidade laboral etc.

Como se tal não chegasse, temos para a função pública uma panóplia de cortinas defensivas como sejam: media, sindicatos liberdade laboral, bloqueios ideológicos, liberdades grevistas, assistência médica etc.

Em boa verdade os trabalhadores do sistema privado estão em total perda de igualdade e com a mesma lassidão produtiva e grevista levariam à falência do tecido produtivo nacional, já de si tão empobrecido por altos impostos, fortíssima competitividade, política de financiamentos (juros) etc.

Toda esta desigualdade, nomeadamente nos despedimentos, é puramente escandalosa! De facto, a igualdade de sexo ou de género (todos iguais, todos trabalhadores), entre muitas outras, é uma desigualdade brutal e inaceitável.

Portugal precisa, urgentemente, de uma SOCIEDADE CIVIL, revitalizada, produtiva e criadora de riqueza, sem ela, este ESTADO esbanjador não vai longe!

 

publicado por luzdequeijas às 16:37
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IGUALDADE DE SEXOS

AS MULHERES DINAMARQUESAS

As artistas femininas dominam atualmente a cena musical internacional. Pela primeira vez na história do pop, elas têm mais sucesso que os seus colegas masculinos. Aqui na Dinamarca está a acontecer o mesmo fenómeno com o aparecimento de um punhado de compositoras intérpretes femininas de talento, que neste momento controlam as charts dinamarquesas dos singles e dos álbuns, começando igualmente a ter sucesso no estrangeiro.

Será conveniente saber-se mais alguma coisa, sobre as “Normas de Conduta Social” neste País e se você estiver indo para a Dinamarca, estude um pouco sobre a cultura local e como são os lares e ambientes de trabalho, para estar preparado para se comportar adequadamente e tratar as mulheres de maneira culturalmente apropriada.

Quando você entrar numa sala, certifique-se de tratar as mulheres com respeito, olhando-as nos olhos.

Chamar uma mulher pela sua qualificação profissional(se souber) ou pelo seu sobrenome quando interagindo num ambiente de trabalho. Quanto ao dinamarquês, fazê-lo pelo primeiro nome. Uma vez que você conheça alguém, não aborde uma mulher pelo seu primeiro nome, a menos que ela lho peça. Se você não sabe o título profissional, ou o sobrenome, de uma mulher ou ela não o tiver, substitua-o por " Fru " se ela é casada ou " Froken " se ela for solteira.

Lembre-se que as mulheres dinamarquesas são altamente qualificadas. Os dinamarqueses são conhecidos pela sua busca na aprendizagem, ao longo da vida toda e em expandir os seus horizontes.

Reconhecer a igualdade das mulheres em todas as situações sociais, assim como no local de trabalho. As mulheres dinamarquesas são altamente respeitadas no trabalho, recebendo o mesmo salário e oportunidades de promoção que os homens. Depois de alcançarem esse status de igualdade, estão à espera de serem tratadas com alta consideração em todas as circunstâncias.

Cumprimentar uma dinamarquesa sempre com um aperto-de-mão. É considerado socialmente aceitável na Dinamarca, tanto a homens como a mulheres, decidirem começar uma vida familiar, sem legalizar a parceria.

Não assuma que as mulheres são as principais responsáveis pela puericultura, ou tratá-las como tal. Os homens dinamarqueses são responsabilizados para participar mais ativamente dos filhos do que os homens de muitos outros países europeus, muitas vezes beneficiando de longos períodos de ausência no trabalho para ajudar a cuidar dos recém-nascidos. Cada par tem 52 semanas de licença de maternidade/paternidade para dividir entre eles depois de um bebé ter nascido. Além disso, os locais de trabalho são respeitadores dos compromissos familiares, permitindo que homens e mulheres tenham horários flexíveis, a fim de cuidarem da família e melhorarem a sua carreira.

publicado por luzdequeijas às 15:14
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Domingo, 12 de Outubro de 2014

NA MIRAGEM DAS NACIONALIZAÇÔES

O pessoal da esquerda, militante e sindicalista, não desistem. É vê-los a cavalgar ruas, e avenidas, sempre a pedir a “Queda do Governo”, a fim de voltarem aos tempos das nacionalizações e dos camaradas bem colocados! De voltarem, a uma nova sociedade, ou a uma outra sociedade que eles, ainda não sabem bem como será! Uma coisa, eles sabem: No dia seguinte acabavam com o pesadelo dos patrões e tudo que foi privatizado voltaria a ser nacionalizado

Nesta senda não podemos ignorar o grito de revolta, lançado em termos jocosos, pelo nosso novel “Prémio Nobel da Literatura” José Saramago:

«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E, finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... E, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos»". 
José Saramago

publicado por luzdequeijas às 20:10
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PORTUGAL; ANTES E DEPOIS DE 2000

RELATÓRIO OFICIAL

Os Vinte anos de Adesão não foram iguais

Tiveram Balanço Positivo mas……não podem ser analisados como um bloco, pois nele existiram factos importantes para que hoje, apesar dos avanços, estejamos classificados como um mau aluno da UE. Digamos que até ao ano 2000 tudo foi indo (1), mas a partir desta data, começaram os problemas!

Comentário

Portugal neste relatório foi classificado como (mau aluno) não pelo desempenho do ano 2001, mas sim, pelos fatos importantes ocorridos nos 20 anos de adesão, sendo que tais fatos se fizeram projetar negativamente, muito para além do termo de 2000.

 

Relatório (parcial) Elucidativo sobre 2001

 

( … )“Em suma, o que tudo isto significa é que necessitamos de um outro padrão de crescimento, menos assente na procura interna e mais baseado em aumentos de produtividade que deem maior solidez à nossa competitividade externa. O que nos remete para o terceiro problema que enunciei acima. Precisamos de um profundo choque estrutural do lado da oferta, que depende de algumas políticas públicas mas que terá que resultar, sobretudo, de mais iniciativa empresarial. Infelizmente, nem a generalidade dos agentes privados nem o Estado parecem ter interiorizado suficientemente as novas regras de funcionamento da economia de um país membro de uma união monetária. São regras que requerem a alteração de comportamentos, algumas reformas estruturais e um novo regime de regulação macroeconómica.

A questão mais séria e imediata é a situação das Finanças Públicas. No ano passado recordei a necessidade de cumprir o Pacto de Estabilidade e afirmei então que: "Esta exigência significa que, mais do que com uma crise económica, o país está confrontado com uma crise orçamental." O que está em causa são os compromissos que assumimos sobre a evolução a médio prazo do défice orçamental. Não existe, como é conhecido, um problema técnico de sustentabilidade das finanças públicas portuguesas. Temos um rácio da dívida em relação ao PIB de 55%, inferior à média europeia e as regras do Pacto de Estabilidade quanto aos défices asseguram que terá que continuar a diminuir.

O respeito pelas grandes orientações contidas no Programa de Estabilidade é essencial à credibilidade internacional da nossa política económica. O agravamento do défice orçamental em 2001 torna a tarefa mais difícil, sendo indispensável um elevado nível de consenso nacional quanto aos objetivos a atingir, sem dramatismos mas de acordo com um sentido de responsabilidade geralmente partilhada relativamente aos interesses do país. Nomeadamente, a referida credibilidade externa requer a manutenção do objetivo de um défice próximo do equilíbrio em 2004 dada a necessidade de darmos visibilidade a um esforço sério de consolidação orçamental. Para reduzir o défice terão que ser tomadas algumas decisões difíceis no sentido da contenção das despesas e evitar quaisquer medidas que possam reduzir as receitas do Sector Público Administrativo. A situação poderá mesmo justificar um aumento de alguns impostos indiretos com efeitos mais imediatos na recuperação das receitas do Estado. 

Todas estas medidas têm, no curto prazo, consequências restritivas que se torna imperioso compensar com um maior dinamismo das exportações, impulsionado pela recuperação económica internacional e pelo redireccionamento da produção para mercados externos. Para possibilitar essa evolução torna-se necessário inverter a tendência dos últimos anos de aumentos salariais superiores ao crescimento da produtividade. Não se justifica propriamente um congelamento salarial, mas precisamos de uma maior moderação dos aumentos salariais. Todos devem ter consciência que, na situação atual, isso é uma condição para manter níveis elevados de emprego e evitar, assim, o agravamento de fatores de exclusão e maior desigualdade na sociedade portuguesa.

  • Entretanto todo o funcionalismo público havia sido contemplado (2000) com o ganho de um nível na tabela salarial reportado a um ano de retroatividade, ficando com ganhos salariais superiores aos dos trabalhadores da atividade privada, que, com os seus trabalhadores, pagam os impostos para a manutenção da Administração Pública! “
publicado por luzdequeijas às 17:53
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HOJE SÃO CASTIGADOS

PASSOS COELHO E PSD, EM LUGAR DO PS E DO NOSSO SISTEMA FINANCEIRO

(. ) A confiança que agora é pedida aos consumidores e investidores é a mesma que lhes foi oferecida a pataco, quando lhe venderam casas com pagamentos a perder de vista, quando tudo podia ser adquirido com divida, desde um micro-ondas, a férias em porto Galinhas. Em 2009/10/11, os portugueses confiaram, aproveitando para concretizar muitos dos seus sonhos, legítimos ou não. A tal ponto o fizeram, que o endividamento externo do país atingiu 87% da riqueza nacional, uma astronómica verba de 146,2 mil milhões de euros. Estima-se que a este ritmo no final do ano possa chegar perto da totalidade do PIB, uma bomba ao retardador.

Não há razão para suspeitar que mudaram de comportamento. O mesmo não se pode dizer da confiança entre instituições. Na verdade, a crise de confiança teve início no seio do sistema financeiro. Os bancos começaram a desconfiar uns dos outros e deixaram de emprestar dinheiro entre si. A crise provou que tinham boas razões para isso, tal a incerteza na respetiva solidez dos balanços.

Apesar de todas as profissões de fé na solidez do sistema, o Governo acabou por quantificar a dimensão do problema. Não existindo outros dados rigorosos, podemos afirmar que o sistema para funcionar precisa de 20 mil milhões de euros, ou seja, o montante total de garantias que o Estado está disposto a dar aos bancos. Cerca de 12% do PIB. Para quem não tinha problemas, é obra. É esse o preço da confiança. Ou da falta dela.

Luís Marques 

publicado por luzdequeijas às 16:16
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POLÍTICOS DESPRESTIGIADOS

(.) Percebe-se assim melhor a ideia de Soares quando se assume como político profissional, bem como de Cavaco que se assume como não o sendo (na verdade ele encaixa na primeira definição, precisamente quando os políticos não eram profissionais). E como ambos percebem bem que a classe política está desprestigiada, Soares, que se assume como profissional, ataca Cavaco que prefere dela afastar-se. No entanto, quem desprestigiou a política não foi nenhum dos candidatos presidenciais. Foi, sim, aquela geração de políticos que não tendo herdado nem o sentido de serviço público nem a largueza de ideais, dá, sem qualquer grandeza, a impressão de apenas pretender fama, poder e dinheiro.

É uma geração de políticos que gosta, acima de tudo, de ser amada e compreendida e é incapaz de tomar medidas necessárias, ainda que dolorosas; que tem relações promíscuas com a comunicação social e aceita, muitas vezes, as suas regras, expondo-se a si mesmo, à família, ao cão e ao gato, vendendo-se como produtos; que privilegia as formas em relação aos conteúdos, aceitando agir, e falar segundo modelos publicitários, surgindo como oca, vazia.

Felizmente, ainda muitos no Governo e na oposição, resistem a este estereótipo. Mas é fácil reconhecer em diversos gestos e opções, o germe de uma, ou mais, destas maleitas. E se é impossível colocar Soares e Cavaco entre eles, há que dizer que tanto um como o outro contribuíram substancialmente para a sua existência.

Henrique Monteiro         

publicado por luzdequeijas às 16:08
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O GRILO FALANTE E OS PARTIDOS!

ÀQUELES QUE SÓ DESTROEM, ACONSELHA-SE QUE SONHEM UM POUCO, MAS QUE O FAÇAM NO TEMPO CERTO NUNCA DEPOIS DO DESASTRE CONSUMADO....
 

O Grilo FaVer imagem em tamanho reallante é um personagem fictício que apareceu pela primeira vez em 1940 no desenho animado Pinóquio. Ele é um companheiro sábio e bem humorado de Pinóquio nas suas aventuras. Foi criado para ser um tipo de consciência do Pinóquio.

O seu nome original Jiminy Cricket era inicialmente apenas um eufemismo para a expressão Jesus Cristo! (Jesus Christ) e devido ao sucesso da mesma, e das suas variantes, veio a tornar-se o nome do personagem.

O Grilo Falante apareceu em diversos filmes e especiais da Disney, como em Como é Bom se Divertir e Mickey Mouse Club. Também apareceu em diversos jogos da série Kingdom Hearts.

Outras versões deste GRILO correm mundo e dominam países, por mim em dia de MOÇÃO DE CENSURA na AR apetece-me recordar o que disse aquele grilo que fez furor em Itália, ei-lo:

Temos então o famoso Beppe Grillo. Quem? Pois. Este grilo despontou nos anos 80, em sátiras televisivas nas quais gozava com os mamutes da política italiana. Não ficava pedra sobre pedra. Uma coisa é ser rei dos palhaços, outra, o palhaço dos reis. Beppe foi proscrito na TV pública italiana por ridicularizar o primeiro-ministro italiano Bettino Craxi, com a carreira arruinada por corrupção (um entre tantos). Depois disto até os canais privados passaram a boicotar Grillo, borrados de medo da sua verve! Todavia, é mais fácil amedrontar as pessoas do que fazê-las rir. Assim, Grillo continuou com espectáculos ao vivo, em salas onde não cabia nem mais um alfinete. Em 2005 a “Time” elegeu-o um dos “heróis”, por causa das suas caneladas na corrupção.

 Em Setembro último, reuniu 70 mil pessoas no centro de Bolonha, no “Vafffanculo Day” (o dia do vão-se ...). Ali mesmo, propôs um projecto de 3 pontos: a inelegibilidade de qualquer um que tenha sido condenado por algum crime; a proibição da candidatura dos que já cumpriram dois mandatos; e o voto nos nomes dos candidatos, e não na lista partidária. Há uma semana atrás , o abaixo-assinado já tinha 330 mil assinaturas (para que uma proposta de referendo vá ao Parlamento são precisas 500 mil). Para Grillo os “ partidos são o cancro da democracia”. Acusaram-no de demagogia. De ser um fascista comunista. Mas a ministra da Família, Rosey Blindi, admitiu que “a sociedade considera-nos privilegiados e inúteis”. Na verdade, o esgotamento do sistema político-partidário em Itália aconteceu! Em Portugal está a fazer falta um “Vafffanculo Day” o “Dia do Vão-se …. “.   

 

publicado por luzdequeijas às 15:54
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AS RUAS DA CIDADE

As ruas das grandes cidades foram transformadas num espaço de conceito alargado e indefinido , onde centenas de pessoas de todas as classes e situações, passam correndo ou lentamente, umas pelas outras, sem ao menos se olharem. As ruas das grandes cidades deixaram de ser espaço de passeio e lazer para se converterem em espaço de indiferença.

Sendo assim, poderíamos ressaltar que a trajetória passa a ter valor e significado quando há o despertar do passante, e ele se abre ao desconhecido, quando ele observa a cidade utilizando o seu aparelho emotivo e racional.

A importância do caminhar na rua  está, principalmente, no facto de se poder escolher por e para onde ir.

Ao falar-se  da importância da imagem, esclarecemo-nos de que não somente as partes físicas da cidade (as formas) são importantes, mas também os elementos móveis (as pessoas) e as suas atividades, pois estão todos inseridos na dinâmica da cidade. Nesse sentido, as pessoas são mais do que meros observadores do espetáculo são parte dele.A cidade apresenta enfoques diferentes e pode ser “lida” e interpretada de acordo com os olhares que se lançam sobre ela.

Dependendo da percepção do espectador, pode ocorrer uma comunicação entre um edifício e a sensibilidade de um cidadão que elabora percursos absolutamente subjetivos e imprevisíveis. Ou seja, cada pessoa pode escolher o seu caminho, de acordo com o horário que lhe for conveniente e até mesmo pelo fluxo diário, enfim, cada pessoa pode elaborar e apropriar-se do seu itinerário urbano.

Tal escolha pode estar relacionada com a forma ou até com o conteúdo. Uma arquitetura mais antiga ou contemporânea, assim como o seu uso pode atrair a circulação de pedestres que para lá se dirigem, de acordo com seus interesses e sensibilidade .

Com a modernidade, mudanças comportamentais chegaram à cidade. Tais mudanças interferiram de forma negativa na relação da sociedade com a rua, principalmente a partir de 1960, quando ocorreu o retorno da intimidade para os interiores, priorizando-se mais os salões, os clubes e centros desportivos em detrimento da rua como espaço público.

 

 

publicado por luzdequeijas às 13:01
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Sábado, 11 de Outubro de 2014

COMPROMETENDO O FUTURO

ESTADO DO PAÍS

RELATIVAMENTE A COMPROMISSOS ASSUMIDOS FORA DOS ORÇAMENTOS ANUAIS; MAS COM PROJECÇÃO PARA O MUITO LONGO PRAZO

QUADRO DOS CUSTOS COM AS PPP

Não inclui custos adicionais, nomeadamente por modificação unilateral do contrato, atrasos nas expropriações e atrasos nas aprovações ambientais

         PPP´s

Custo Médio Anual

(milhões)

Custo total (milhões)

Até ......

SCUT´s  (portagem virtual)

597,1

14.332,3

2032

Auto-Estrada - portagem real

12,5

138,3

2019

Concessões rodoviárias

377,9

11.337.4

2038

Concessões ferroviárias

52,5

157,7

2011

Saúde – ( ** )

285,6

8.567,2

2039

SIRESP

42,8

557,3

2012

TGV

 ( *** )

9.400,0 (****)

2030

Novo Aeroporto de Lisboa                                ( *** )

 

4.900.0 (**** )

2030

 

SEGUNDO O PM E O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TAMBÉM O MINISTRO DAS FINANÇAS E ECONOMIA, AS CONTAS ESTÃO EM ORDEM!

publicado por luzdequeijas às 16:22
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DISCURSO DIRECTO - CM (2009)

SERIA UM SUICÍDIO PARA O PS MANTER A MINISTRA

CM – O que espera do novo ano letivo?

António Avelãs – Vai ser marcado pela enorme confusão que é o novo modelo de avaliação de desempenho dos professores, muito burocratizado, que vai prejudicar o trabalho com os alunos e criar grandes tensões.

- O que fará a FENPROF?

Vamos apresentar um projeto alternativo de avaliação a 8 de outubro. Será um projeto aberto à discussão. O atual modelo será objeto de renegociação entre Maio e Junho e nessa altura queremos apresentar o nosso modelo.

- Como encara o facto de 190 professores se terem queixado de violência no último ano?

- Com preocupação. Na raiz disto está a degradação da situação económica. Mas a campanha de agressão dos professores com que a ministra começou o mandato agravou a situação.

- Este Governo não fez nada de positivo?

Não acho que tudo esteja errado. Foi positiva a melhoria das condições físicas das escolas. O erro foi pensar que se podia melhorar agredindo os professores, que estão muito desmotivados.

- 2009 é o ano de eleições. É um elemento a ter em conta?

- O Governo vai tentar dar a ideia de apaziguamento mas os professores não se deixarão enganar.

- Acha que a ministra Maria de Lurdes Rodrigues terá vontade de repetir o mandato?

-Esperemos que não. Seria suicídio para o PS, se ganhar as eleições, manter a ministra.

Nota- Que dizer a isto? Certamente que o “chamado” ensino público, está permanentemente em guerra, seja qual for o Governo que detenha o poder! Quanto à degradação da situação económica parece estranho fazer tal afirmação. Isto, por que nos anos em que muitos países baixaramm os vencimentos à Função Pública, este Governo, neste ano (2009), aumentou toda a gente em 2,9%! Fez imensas escolas e beneficiou  muitas outras, com dinheiro que o povo vai pagar por largos anos (PPP)! Também com a atual austeridade!

Quanto ao novo modelo de desempenho dos professores, e à contestação dos professores, já é habitual também.Contestam tudo, sempre e nas ruas. Será que este procedimento não prejudica os alunos? Só as decisões governamentais é que prejudicam?

Qual será o motivo pelo qual os professores nunca falam da “qualidade de ensino público" levado à prática em Portugal? Não prejudicará essa qualidade os alunos? A desmotivação dos professores também não prejudicará os alunos?

publicado por luzdequeijas às 16:04
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Sexta-feira, 10 de Outubro de 2014

PESQUISAS DE OPINIÃO SOBRE OS CANDIDATOS

Existem países e povos que, amargurados de muitas décadas de empobrecimento, deram as mãos e mudaram tudo, inclusive, o próprio povo. Desistiram de dizer mal de tudo e assumiram serem eles mesmos, a mudar do País!

Tiveram justamente a consciência de que só teriam êxito se desistissem de copiar o passado. Decidiram, ao contrário, criar o futuro, guiados pelos seus sonhos.

Não se fala de utopia, fala-se de acordar e seguir em frente. 

O recado seria claro. Só iria sobreviver politicamente quem estivesse à altura dos novos tempos, quem tivesse coragem para mudar e abandonar formas ultrapassadas de governar.

Mas não, os nossos eleitores parecem apostados em continuar na mentira de castigar quem governa há três anos! De castigar quem recebeu um país totalmente endividado e sem credibilidade externa. 

O nosso País precisa mesmo, é de saber com antecedência quem são os candidatos apresentados pelos Partidos e Movimentos Independentes. Tudo isto, porque nunca saberá a razão da escolha dos candidatos que lhe põem nas listas eleitorais para ele (povo), votar! Deles próprios (candidatos) também não, nunca saberá nada!

Já na década de 50 as pesquisas de opinião se tinham espalhado pela maioria das democracias”. Nos dias de hoje, tal prática, atingiu praticamente todos os países, embora sociedades mais autocráticas, tendam a evitar questões políticas sensíveis.

Uma pesquisa de opinião, sondagem de opinião  (vulgarmente designado apenas por sondagem) ou estudo de opinião é um levaqntamento estatístico de uma amostra particular da opinião pública. 

Existem candidatos que, muitas vezes, são desconhecidos nos círculos onde são candidatos. Assim, tais sondagens incidiriam, também, nos locais mais vividos por cada candidato.  

No momento em que um partido recorreu a eleitores não filiados nesse partido, e muita gente quis considerar tudo isto um avanço, porque não entregar a uma Agência Noticiosa” tal função? Assim, antes de iniciada a campanha eleitoral, muito mais se saberia dos candidatos: experiência, cargos desempenhados, soluções postas em prática, conduta moral,casos de polícia,etc.

A prória Agência Noticiosa mandatada superiormente, publicaria o resultado das opiniões recolhidas (bem identificadas). Isto, evitaria que qualquer denúncia anónima irrelevante, fosse pretexto para, 17 anos depois, destruir publicamente a imagem de um político ou encobrir outros, esses sim, com culpas graves. No mundo da suposição, tudo é possível!

Quem faz as nomeações, sentiria sobre si alguma suspeita, o que iria exigir um maior cuidado. em tais decisões. Se não for assim, os portugueses vão continuar a pagar os maus candidatos e o peso das más decisões que tomam. Uma boa Agência Noticiosa, até de capital público, poderia ajudar a moralizar a atual situação, e os portugueses a votarem melhor.

publicado por luzdequeijas às 20:35
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AGÊNCIA LUSA

Agência Lusa – Passou de cooperativa de interesse público, a sociedade anónima.

Pelos seus novos estatutos, a Lusa tem por objecto a actividade de agência noticiosa, competindo-lhe assegurar uma informação factual, isenta, rigorosa e digna de confiança, prestando os seguintes serviços: recolha de material noticioso ou de interesse informativo e seu tratamento para difusão; divulgação do material recolhido, mediante remuneração livremente convencionada, para utilização de órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros ou de quaisquer outros utentes individuais ou coletivos, institucionais ou empresariais que o desejem; prestação ao Estado português, ao abrigo de um contrato específico, plurianual, de serviços da sua especialidade que assegurem o cumprimento das obrigações do Estado no âmbito do serviço de interesse público relativo à informação dos cidadãos.

Para resolver a questão da sua falência técnica em 1997, o Governo decidiu sanear financeiramente a empresa, aumentando o seu capital, e transformar a cooperativa de interesse público numa sociedade anónima detida maioritariamente por capitais públicos. Com o advento da Internet, a LUSA passou a acumular o estatuto de principal produtor de notícias para jornais, rádios e televisões de língua portuguesa, com a valência de maior fornecedor de conteúdos informativos atualizados para a NET portuguesa.

 

publicado por luzdequeijas às 15:21
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Quinta-feira, 9 de Outubro de 2014

ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO

Dentro das 10 "Estratégias de Manipulação" referidas nas “Armas silenciosas para guerras tranquilas”, referimos abaixo uma, embora outras coubessem no panorama a comentar:

- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.·
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entoação particularmente infantis, muitas vezes próximas à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente procurar  enganar o leitor, mais se tende a adotar um tom infantil. Por quê? "Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade

Nos últimos tempos os media têm sido pródigos no uso e abuso de “martelar”, vezes sem conta, em certos factos políticos e agora passaram a usar uma famigerada palavra, “trapalhadas”, que muito utilizaram para denegrir governos e políticos. 

Acabo de ler na Visão de hoje, um lamento indignado, da atual Ministra Paula Teixeira da Cruz:

“ ACABEM COM A TRAPALHADA”

"Já não se aguenta tanta … trapalhada. Não nos referimos à confusão, à barafunda ou embrulhada-sinónimos que desde já oferecemos como alternativa, mas da própria palavra. Não há político ou comentador que não a utilize para lançar “farpas” sobre, por exemplo, e mais recentemente, a colocação de professores ou a novela do Citius, mas o seu uso e abuso já vem de longe. E já enjoa. Qualquer coisa é...uma trapalhada. A janela quer ajudar na divulgação da língua portuguesa, que é rica, e propõe mais duas soluções para refrear a sua utilização: situação complicada, problemática".

publicado por luzdequeijas às 17:45
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ESTOU CANSADO

 

 Bill Cosby "I'm 74 and Tired" (Born July 12th. 1937) 

 

Tenho 74 anos e estou cansado. Exceto um breve período na década de 50, quando fiz o meu serviço militar, tenho trabalhado duro desde que eu tinha 17 anos. Trabalhava 50 horas por semana, e não caí doente em quase 40 anos. Tinha um salário razoável, mas não herdei o meu trabalho ou o meu rendimento. Eu trabalhei para chegar onde estou, e cheguei economizando muito, mas estou cansado, muito cansado.

Estou cansado
 de que me digam que eu tenho que "distribuir a riqueza" para as pessoas que não querem trabalhar e não têm a ética de trabalho. Estou cansado de ver que o governo fica com o dinheiro que eu ganho, pela força, se necessário, e o dá a vagabundos com preguiça para ganhá-lo.

Estou cansado
 de ler e ouvir que o Islamismo é uma "religião da paz", quando todos os dias eu leio dezenas de histórias de homens muçulmanos a matar suas irmãs, esposas e filhas pela "honra" da sua família; de tumultos de muçulmanos sobre alguma ligeira infração; de muçulmanos a assassinar cristãos e judeus porque não são "crentes"; de muçulmanos queimando escolas para meninas; de muçulmanos apedrejando adolescentes, vítimas de estupro, até a morte, por "adultério"; de muçulmanos a mutilar o genital das meninas, tudo em nome de Alá, porque o Alcorão e a lei Sharia diz para eles o fazerem. 

Estou cansado
 de que me digam que por "tolerância para com outras culturas" devemos deixar que Arábia Saudita e outros países árabes usem o dinheiro do petróleo para financiar mesquitas e escolas madrassas islâmicas, para pregar o ódio na Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, enquanto que ninguém desses países está autorizado a fundar uma sinagoga, igreja ou escola religiosa na Arábia Saudita ou qualquer outro país árabe, para ensinar amor,tolerância e paz.

Estou cansado
 de que me digam para eu baixar o meu padrão de vida para lutar contra o aquecimento global, o qual não me é permitido debater.

Estou cansado
 de que me digam que os toxicodependentes têm uma doença, e eu tenho que ajudar no seu tratamento e pagar pelos danos que fazem. Eles procuraram sua desgraça. Nenhum germe gigante os agarrou e encheu de pó branco seus narizes nojentos, ou à força injetou porcaria em suas veias asquerosas.

Estou cansado
 de ouvir ricos atletas, artistas e políticos de todas os partidos falarem sobre erros inocentes, erros estúpidos ou erros da juventude, quando todos sabemos que eles pensam que seus únicos erros foi serem apanhados. Estou cansado de pessoas sem senso do direito, sejam elas ricas ou pobres. 

Estou realmente
 cansado de pessoas que não assumem a responsabilidade por suas vidas e ações. Estou cansado de ouvi-las culpar o governo e a sociedade de discriminação pelos "seus problemas." 

Também estou cansado
 e farto de ver homens e mulheres serem repositório de pregos, pinos e tatuagens de mau gosto, tornando-se assim pessoas não-empregáveis e, por isso, reivindicando dinheiro do governo (Dos impostos pagos por quem trabalha e produz).

Sim, estou muito cansado.
 Mas também estou feliz por ter 74, porque não vou ter de ver o Mundo que essas pessoas estão CRIANDO.

Mas estou triste
 por minha neta e os seus filhos. Graças a Deus estou no caminho de saída e não no caminho de entrada.

Não há maneira de isto ser amplamente divulgado... A menos que cada um de nós colabore, enviando e ganhando força para contrariar esse (mau) caminho que o Mundo, por força de (péssimos) governantes, nos está proporcionando
.

publicado por luzdequeijas às 15:21
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OS REFORMADOS E A CONSTITUIÇÃO

Segundo Marco Aurélio Weissheimer o governo espanhol anunciou (2009) a redução de 5% dos salários dos funcionários públicos, o congelamento de salários e o corte de investimentos públicos para enfrentar a crise económica que afeta o país.

Enquanto isto em Espanha, em Portugal havia aumentos de 2,9%, em ano de eleições! Ainda em Portugal, o Banco de Portugal devolve pensões com juro de 4%! A decisão do Tribunal foi fundamentada no facto de os “Bancos Centrais” estarem proibidos de realizar operações de financiamento do Estado, invocando o princípio da independência. O regulador concordou e não vai recorrer.

CM 05~02-2014

Miguel Cadilhe diz o seguinte sobre os Pensionistas:

 Porque é que as televisões, nada dizem sobre isto?
Têm medo dos seus 'patrões'?
Recebem 'ordens específicas' para nada dizerem que contrarie a 'versão oficial' do Governo?
Então, onde estão a 'ética jornalística e a liberdade de imprensa' que tanto dizem defender?

Há uma “injustiça de bradar aos céus” para com os pensionistas – disse Cadilhe. O antigo ministra das Finanças Miguel Cadilhe afirmou, terça-feira, que está a ser cometida uma injustiça de bradar aos céus  sobre os pensionistas portugueses, que têm um direito equiparado a um título de dívida sobre o Estado. Porque os pensionistas que estão no regime contributivo, isto é, que passaram a sua vida ativa a contribuir, têm um verdadeiro direito sobre a República, são titulares de uma espécie de divida pública da República- disse Miguel Cadilhe durante um debate com o conselheiro de Estado Vítor Bento, no Palácio da Bolsa, no Porto.

O antigo ministro das Finanças do atual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva (PSD), questionou como pode o Estado cumprir “toda a dívida pública perante os credores externos e internos, mas perante os pensionistas não cumprir essa outra espécie de dívida pública que advém de eles terem contribuído toda a vida”.

“Contribuíram não para pagar despesas públicas, mas para assegurar a sua previdência”, disse Miguel Cadilhe,

 “Um dia num ano futuro, quando os salários tiverem descido a níveis terceiro-mundistas; quando o trabalho for tão barato que deixe de ser o fator determinante do produto; quando tiverem ajoelhado todas as profissões para que os seus saberes caibam numa folha de pagamento miserável; quando tiverem amestrado a juventude na arte de trabalhar quase de graça; quando dispuserem de uma reserva de uns milhões de pessoas desempregadas dispostas a ser polivalentes, descartáveis e maleáveis para fugir ao inferno do desespero, ENTÃO A CRISE TERÁ TERMINADO.

 

publicado por luzdequeijas às 15:06
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O POVO ESCOLHE O LADRÃO!

Cruzei-me há pouco com um colega na rua e parámos a comentar os recentes acontecimentos.

Dizia-me ele que já não acreditava em qualquer solução democrática.
Perante essa desilusão, perguntei-lhe porquê e a resposta deixou-me a meditar:
- Porque a primeira consulta democrática de que há memória foi a de Pôncio Pilatos ao povo: "quem quereis que solte, Cristo ou Barrabás?" E o povo escolheu o ladrão...E nunca acerta!

publicado por luzdequeijas às 14:19
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FINAL DA DÉCADA DE 90

Nos últimos anos, Bruxelas tem vindo a reduzir progressivamente as avaliações do Produto interno bruto (PIB) potencial português. Entre 2002 e 2006, os técnicos da Comissão Europeia cortaram para cerca de metade as estimativas para este indicador – que mede a capacidade de crescer, dados os fatores produtivos e a tecnologia sem criar pressões inflacionistas. O produto potencial é importante para os Governos fazerem a gestão macroeconómica, mas também para calcular o défice orçamental estrutural que serve para analisar a saúde das contas públicas no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Este erro na estimativa do produto potencial poderá ter estado por trás de alguns erros na política orçamental portuguesa no final da década de 90. Isto porque o Governo terá nessa altura atuado com base em números que mais tarde se vieram a revelar exagerados.

Em 2001, por exemplo, o último ano da governação socialista que terminou com a demissão de António Guterres, são bem visíveis as discrepâncias estatísticas. Nos dados apresentados no final de 2002, o défice corrigido do ciclo do ano anterior era de 4,3% do produto. Quatro anos mais tarde foi revisto para 5,5%. O mesmo acontece em relação aos últimos anos da década de 90, quando o então ministro das Finanças, Pina Moura, é acusado de não ter aproveitado a conjuntura favorável para consolidar as contas públicas.

Para o ano de 1998, por exemplo, as estimativas do crescimento potencial foram revistas de 3,2% para 2,8%.

Estes erros estatísticos e as eventuais decisões

<ad hoc> pouco acertadas ajudaram a encaminhar a economia portuguesa para uma situação difícil de resolver. Contas públicas desequilibradas, endividamento excessivo, das famílias e empresas e um elevado défice da balança corrente foram as consequências para as quais o documento da União Europeia pretende alertar. A economia portuguesa é mesmo apresentada por Orlando Abreu como um exemplo a não seguir pelos novos países que adotem a moeda única. Nos anos que antecederam a entrada na zona euro, Portugal conseguiu afinar os indicadores para ser aceite no pelotão da frente. Os juros e a inflação caíram em flecha, mas a política orçamental não só não deu os sinais necessários ao travão da despesa privada como ainda agravou a situação. Com isto, a procura cresceu mais rapidamente que a oferta e agravou seriamente a competitividade.

Expresso 30 de Dezembro de 2006

João Silvestre         

publicado por luzdequeijas às 14:05
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Quarta-feira, 8 de Outubro de 2014

NINGUÉM AVANÇA A SOLUÇÃO

 

“Mesmo com os grandes cortes nas despesas com o pessoal (redução de salários e subsídios). "Há uma dificuldade enormíssima em ir ao fundo, ao detalhe, ao pormenor. O Governo centra-se nos grandes números, pois é muito mais fácil aumentar IVA, IRS, etc. Sempre foi assim, mas não pode continuar a ser. Tem de se poupar nos detalhes, um milhão aqui, outro ali", insiste Cantiga Esteves, que avança uma explicação para a inação governamental: "Tudo isto mexe com muitos interesses instalados, que vão do pequeno ao médio e ao grande. Há uma resistência fortíssima à mudança e ninguém quer sair da sua zona de conforto." A presença da tróica em Portugal, considera o economista, não dá garantias de que se altere este estado de coisas.”


VISÃO

publicado por luzdequeijas às 19:53
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O NASCIMENTO DO TURISMO SOCIAL

 

Até meados do século XIX o tempo de trabalho podia atingir 14 horas diárias e muitas vezes não havia descanso mesmo aos domingos. Por isso uma das principais conquistas sindicais foi a diminuição dos horários e do tempo de trabalho, movimento que continuou durante mais de um século: em 1848, a duração semanal legal do trabalho era, em França, de 84 horas tendo passado para 60 em 1906 e para 48 horas em 1936.

Com a redução do tempo de trabalho, os trabalhadores passaram a dispor de tempo livre para descanso ou prática de actividades de laser descobrindo formas baratas de ocupação dos seus tempos livres e de alojamento menos onerosos para se deslocarem para fora dos grandes centros urbanos.

As primeiras formas de turismo social organizaram-se sob o impulso de associações de carácter socioeducativo que recrutavam contudo os seus membros mais no seio das classes médias do que entre os operários. A primeira dessas associações foi o British Alpine Club criado em 1857 seguindo-se-lhe idênticas associações na Áustria e em França. Alguns anos mais tarde, em 1875 foi criado o Camping Club, em Londres, e as primeiras colónias de férias na Suiça.

Este movimento estendeu-se aos jovens com a criação em 1900, pela primeira vez, de albergues da juventude na Alemanha e de associações ligadas ao automóvel.

No Reino Unido em consequência do empobrecimento da aristocracia, muitas propriedades senhoriais foram vendidas a baixo preço e uma associação, Associação Cooperativa de Férias, e os sindicatos adquiriram-nas transformando-as em casas familiares de férias.

Até ao fim da I Guerra Mundial, as questões turísticas eram essencialmente privadas, mas pouco a pouco o Estado passou a desempenhar importante e variável segundo o país, o regime político e as mentalidades da população. Mas a primeira grande iniciativa ocorreu no domínio das férias pagas que foi um dos importantes factores do desenvolvimento posterior do turismo.

O costume de conceder férias aos funcionários e empregados do sector público já era corrente em muitos países europeus do século XIX mas só no princípio do século XX, começou a ser alargado a alguns empregados privados embora em escala limitada. Este movimento levou, inicialmente, à adopção de legislação sobre férias aplicável a certas categorias de trabalhadores tais como aprendizes, mulheres e empregados de armazéns mas só em 1920 surgiram os primeiros textos legais dando direito aos trabalhadores, em geral, sem distinção de categorias e profissões, de ter férias pagas.

Contudo, sob o impulso dos sindicatos, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou em 1936 uma convenção que viria a servir de suporte aos movimentos sociais a favor das férias pagas e do turismo social. Esta Convenção - nº52 - sobre as férias pagas foi um instrumento inovador no plano internacional por estabelecer normas avançadas para a época.

Ratificada inicialmente por 40 países previa férias de uma duração mínima de apenas 6 dias úteis mas teve como efeito o de criar nos trabalhadores e na população em geral uma mentalidade favorável às férias e ao turismo.

A França foi o primeiro país a dar sequência à Convenção da OIT aprovando, alguns meses depois, uma lei que instituiu as férias pagas e na qual se estabelecia que «todo o operário, empregado ou aprendiz tem direito, após um ano de serviço contínuo no estabelecimento, a férias anuais contínuas pagas de uma duração mínima de 15 dias, comportando pelo menos doze dias úteis».

Posteriormente, em 1970, a OIT aprovou uma nova convenção aplicável a todas as pessoas empregadas, incluindo os trabalhadores agrícolas, pela qual se estabeleceu que as férias mínimas passavam a ser fixadas em 3 semanas de trabalho por um ano de serviço.

Em Portugal a primeira iniciativa oficial no domínio do turismo social surgiu com a criação, em 1935, da FNAT - Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho financiada pelo Estado «com a finalidade de assegurar no tempo livre dos trabalhadores um desenvolvimento físico e a elevação do seu nível intelectual e moral» mediante a criação de colónias de férias e excursões. A sua primeira intervenção consistiu na criação, em 1938, de uma Colónia de Férias na Costa de Caparica e posteriormente em Albufeira e Foz do Arelho. Além disso, tomou outras iniciativas, destacando-se o estabelecimento de Convénios, em 1960, com organizações similares de Espanha, França, Alemanha e Itália com o fim de permitir aos seus associados deslocarem-se para estes países para aí passarem férias em regime de contrapartida.

Em 1974, a FNAT, deu origem ao actual INATEL, Instituto Nacional para Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores.

 

publicado por luzdequeijas às 19:15
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REGRESSAR AOS ANOS 30

UMA EXPERIÊNCIA INÉDITA

Sábado, 14.04.12

Uma multinacional lançou o desafio que agora chega a Portugal.

Durante uma semana, algumas famílias portuguesas, aceitaram o desafio para regressar a 1930.

Imagine-se em sua casa, sem aquilo a que habitualmente está habituado a ter! Uma semana inteira, sem televisão, detergentes para limpeza, shampoo, máquina de lavar, micro-ondas, telemóvel e até sem as fraldas descartáveis para o seu filho. Acha que sobrevivia a isto?

(A única tecnologia aprovada é uma máquina de filmar para registar a semana da família)

Vi uma reportagem sobre isto hoje, na SIC, não entendi o contexto, sei que é um estudo que uma multinacional está a fazer, mas não sei os objetivos nem o que as famílias ganham com isso, foi algo pouco explorado na reportagem. Fiz pesquisa sobre o tema e não encontrei rigorosamente nada.

 

No meu ponto de vista, é uma oportunidade excelente de verificar como os nossos pais ou avós viviam na sua época, sem acesso às tecnologias. E por outro lado algo muito bom, porque com o que estamos a viver hoje em dia e com os baixos rendimentos, estamos, mesmo, a voltar atrás no tempo.

Num país em que somos mal pagos, onde não valorizamos o papel da mãe/dona de casa ou pai a (quase) tempo inteiro, onde trabalhar deixou de ser a emancipação das mulheres e passou a ser uma necessidade obrigatória, irão estas famílias conseguir resistir às tentações do mundo moderno, fazendo de conta que voltaram a 1930?

Quem conseguia?

 http://conversas-de-sofa.blogs.sapo.pt/3058.html

 

publicado por luzdequeijas às 17:46
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TEMPO DE "NOVA EVANGELIZAÇÃO"

«Como acreditarão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem o anuncie?» (Rm. 10, 14)5.

“Nova Evangelização”: o significado de uma definição

Embora esteja certamente generalizada e suficientemente assimilada, o termo “nova evangelização” continua a ser recente no universo da reflexão eclesial e pastoral, e por isso com um significado nem sempre claro e consensual.

 Introduzido pelo Papa João Paulo II, durante o seu ,Magistério o termo “nova evangelização” – inicialmente usado sem qualquer ênfase e quase não deixando pressagiar o papel que depois assumiria – foi por ele retomado posteriormente e relançado, sobretudo, no seu Magistério dirigido às Igrejas da América Latina. A este termo o Papa João Paulo II recorre para fazer dele uma rampa de lançamento; apresenta-o como um meio de comunicação de forças com vista a um novo ardor missionário e evangelizador.

publicado por luzdequeijas às 17:29
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COMUNICAÇÃO SOCIAL INDUSTRIALIZADA

Com o aumento das transformações no mundo, aparecem as primeiras agências noticiosas, e surge a ideia de constituir uma imprensa barata, destinada a um grande público, em que os jornais, já não se limitam à abordagem dos assuntos políticos, económicos e sociais relevantes, vejamos:

“Espelho meu, espelho meu …”

“CASOU-SE CONSIGO PRÓPRIA”

Cerimónia quase tradicional, a que só faltou … o noivo.

Há quem não goste mesmo nada de esperar. É o caso de Grace Gelder, que, farta de esperar em vão pelo amor, decidiu casar com quem mais ama no mundo: ela própria!

Depois de passar quase seis anos solteira, a britânica sentiu que consolidou um relacionamento tão forte com ela própria que quis reconhecer essa relação através do casamento. A boda teve mesmo direito ao pedido formal, à aliança, espaço para dúvidas e no final, até houve o tradicional beijo – a feliz noiva beijou o seu reflexo num espelho.”

Imprensa diário 07-10-2014

publicado por luzdequeijas às 11:48
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Terça-feira, 7 de Outubro de 2014

AGÊNCIAS NOTICIOSAS

O nascimento das agências noticiosas

O século XIX, por meio dos grandes progressos técnicos e científicos ao nível das técnicas de impressão - com a invenção da máquina rotativa e do linótipo - e dos meios de transporte de informação - com a invenção do telégrafo - a que se assiste tanto na Europa como nos Estados Unidos da América, marca o advento da comunicação social como uma indústria. A ``imprensa [transforma-se] em meio de comunicação social de grande alcance3 destinada a um público de massa, ao mesmo tempo que a noção de distância se esbate progressivamente, e a rapidez e a urgência se torna - para sempre - condições essenciais e indissociáveis da circulação de informação. De facto, conforme elucida Nuno Crato, ``a melhoria dos transportes, o alargamento da vida escolar e as grandes tiragens possibilitadas pelas rotativas dão nesse período enormes saltos. Aparecem as primeiras agências noticiosas, e surge a ideia de constituir uma imprensa barata, destinada a um grande público4, em que os jornais, já não se limitando à abordagem dos assuntos políticos, económicos e sociais relevantes, construíam as notícias ``de maneira a satisfazer os gostos, os interesses e a capacidade de compreensão das camadas menos instruídas da sociedade; nas palavras de Émile de Girardin, um dos pioneiros deste novo jornalismo e fundador do Jornal La Presse (1836), uma imprensa que faz publicité des faits et non pas polémique des  faits et non pas polémique des idées.

publicado por luzdequeijas às 23:12
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UMA SITUAÇÃO PREOCUPANTE

UMA SITUAÇÃO PREOCUPANTE

A situação que se vive em Portugal é para os portugueses altamente preocupante e profundamente delicada. É surrealista acrescentarem-lhe, greves atrás de greves e manifestações de gente bem empregada! Discursos ocos e vazios no parlamento. Decerto, que há responsáveis para esta desgraça que nos bateu à porta! Mas, por favor, aos políticos que o povo tem pago com o seu suor e altos sacrifícios, não se pode admitir que estejam a descredibilizar ainda mais o nosso país, no mundo inteiro. Se fosse importante a vossa mensagem, sempre aos berros, então, deveriam tê-la dito entre 1908 e 1910. Agora, calem-se e estejam quietos. Sabe-se que não têm qualquer solução, válida, para apresentar, então, não acrescentem mais ruído, o mundo desconhece qualquer modelo marxista, que seja exemplo a copiar!

A situação social e económica é dramática, como todos reconhecem. A crise financeira do Estado fez desabrochar uma crise económica e social de proporções inesperadas, até pelos mais pessimistas. As suas causas estarão nas políticas adotadas nos últimos dez anos, muito agravadas pela incompetência política levada a cabo nos últimos anos.

A falta de visão a uma crise financeira do Estado só comparável à de 1892; a resposta foi, no mínimo, desastrada e sem rumo lógico.   

As políticas seguidas, particularmente entre 1908 e 1910, conduziram o Estado, quase ao ponto, de falhar pagamentos inadiáveis. O acordo com a Troica, evitou o pior, mas foi um mau negócio! A ideia de que o Estado está falido e, como tal, tudo é aceitável, foi um erro grave e fez-se, exatamente, para evitar a falência do país.

Entretanto, por erros de comunicação, erros políticas e extemporâneos, decisões fora de tempo, criou-se uma convicção trágica, desnecessária e incompatível com a recuperação da economia, do investimento e do emprego.

Quase toda a gente, em lugar de apoiar o Governo nas enormes dificuldades que está a enfrentar, desincentiva-o, crítica por criticar, e desconfia de tudo o que seja prometido pelo Governo: fazer oposição, não pode ser isto, o povo paga, isso sim, para ter na procura de soluções uma saudável convivência democrática. De mãos dadas. O que temos é folclore e incompetência!   

publicado por luzdequeijas às 20:22
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PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL

Toda e qualquer pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuramento de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualqer outra natureza.

“Todos irmãos, todos iguais”, é um princípio humanista, certamente do agrado geral. Seria pouco crível, que houvesse exceções, A notícia de que uma família muito endinheirada, não tinha um único bem em seu nome elucidou-nos sobre o tipo de sociedade em que vivemos, e aonde chegámos. Juristas conceituados, garantiram que é perfeitamente legal um cidadão, ou cidadã, ou uma família não ter qualquer bem em nome próprio. Nunca se tinha colocado a questão da ausência de bens no quadro da legalidade, mas no da necessidade.

Assim, outros casos que pareciam existir e eram gritantes, começam a ser corrigidos, vejamos: “O princípio de não ter onde cair morto”, da tal família endinheirada, acima referida, acabou para toda a gente.Para ela também!

Os "Donos Disto Tudo" não têm onde cair mortos! O capitalismo em Portugal não tem onde cair morto! Mas cumpre o humano princípio da igualdade!

 

publicado por luzdequeijas às 16:49
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Segunda-feira, 6 de Outubro de 2014

A EMOÇÃO

 

Criámos um mundo que promete tudo ao Homem: televisão, desporto, cinema, viagens, internet, férias etc. contudo tal Homem continua longe da felicidade!

Por que razão terá aumentado o índice de doenças psíquicas na atualidade? Nunca nos devemos esquecer que podemos controlar e gerir as ideias que nos perturbam silenciosamente. Se não as controlarmos, elas aprisionam a sua emoção. Não é saudável viver fechado dentro de si mesmo. Aqueles que se deixam isolar dentro do seu próprio mundo e não procuram partilhar as suas emoções, estarão a deteriorar a sua autoestima. Transformam os seus pequenos problemas em obstáculos intransponíveis.

 

publicado por luzdequeijas às 20:17
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PORTUGAL E O FUTURO

Portugal e os portugueses só se podem impor à consideração e respeito mundiais, pela via de uma sociedade transparente. Com ela virá a nossa verdadeira identidade e o bem-estar para todos, sem distinção. A democracia é isto e não aquilo que nos estão a dar. O segredo pode ir amortecendo a queda deste medonho edifício, mas não vai consegui-lo manter de pé durante muito mais tempo. As torres do “World Trade Center “ eram de facto imponentes e, em minutos, caíram de forma inesperada e brutal. Ainda há gente de bom senso e gente de bom carácter que chegará para mudar as coisas. Aliada àqueles que ainda não despertaram, mas que irão fazê-lo.

Aos outros, mesmo empossados em altos cargos, desejo que compreendam que os caminhos de sentido único não interessam a ninguém. São autênticos atentados à dignidade humana, na qual tem de haver lugar para todos.     

 

publicado por luzdequeijas às 19:49
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AS GRANDES OPÇÕES NO INVESTIMENTO

Continuo a não perceber bem o que é a democracia representativa (2009). Serão os deputados nacionais mandatados para os cargos por via da vontade popular expressa nas urnas ou mandatados por vontade expressa dos partidos? Faz confusão o facto de os deputados serem instruídos previamente para votar de acordo com as intenções das fações que lideram os partidos. Quem é que os deputados representam? A vontade popular ou os interesses político-partidários? Se o Governo (eleito) pertence à vontade popular e comanda os destinos da vontade popular, porque é que os homens fortes da Nação continuam a agir segundo interesses político-partidários?

Este é um grave problema, mas existe outro que em nada é melhor ou pior: analisemos um caso recente que nos lançou na maior austeridade, talvez, de sempre (exemplo escolhido para evitar as tendências partidárias):

Cravinho alerta para os grandes investimentos”
Cravinho defendeu que “o Governo deve refletir muito profundamente sobre quais são os grandes projetos que deve seguir nos próximos quatro anos”. Tudo porque, disse, “não é altura de comprometer definitivamente o país por dois ou três meses de pura ânsia e sofreguidão (eleições) num caminho que depois pode ser muito difícil para o País”.
Em causa estão obras públicas como autoestradas, TGV e o novo aeroporto etc.

“Um Governo num país democrático, não pode faze or quero, posso e mando. Dizer «eu tenho a minha vontade e porque tenho maioria e dentro de duas semanas posso já não as ter, vou usá-la hoje para criar obrigações contratualizadas» que, no fundo, se o futuro Governo ou se o país quiser desfazê-las, então paga um balúrdio tal que, aí sim, coloca o país de tanga”.

publicado por luzdequeijas às 19:33
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URGENTE DERRUBAR O GOVERNO!

 “Milhares de manifestantes exigem a demissão do Governo”

Por - Lusa15 março 2013

“Milhares de funcionários públicos de todo o país e de vários setores estão a descer a avenida da Liberdade gritando palavras de ordem a exigir o fim da política de austeridade e a demissão do Governo.”

Os lóbis e os mais variados grupos de interesses, recorrem à estratégia da extrema-esquerda para derrubar o Governo, em plena legitimidade de ação. Querem derrubar o Governo com um mandato de quatro anos a decorrer, no intuito de pararem as reformas essenciais à recuperação de Portugal! Há anos que isto vem a ser feito com êxito e cavando mais a destruição deste país. Qual a legitimidade destas ações, ninguém sabe. É preciso, é destruir o país e garantir votos ao PC e BE!

O Presidente da República em exercício, que detém esse poder, é pressionado da forma mais baixa! Na comunicação social aparecem sempre os mesmos ou seja Líderes Sindicais e deputados de esquerda! Chega a incomodar ver sempre as mesmas caras a dizerem o mesmo que não é nada. Agora, até pedem a proibição do “piropo”! Seria bom ouvir aquilo que os empresários e gestores têm para dizer mas, como diriam verdades amargas, o melhor é mantê-los à distância! Pobre país, retomou a calamidade do Pós 25 de Abril 74.

 

publicado por luzdequeijas às 13:06
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A LADAINHA HABITUAL

Todos os anos os nossos media, dramatizam à volta do elevado número de professores (?) que não foram colocados. Nunca se passa disso. Nunca se fala em recorrer mais ao ensino educativo privado (isso cheira a crime). A atual qualidade do ensino, por mais que queiram defendê-la, não serve os alunos, a economia, nem o país no seu todo!

Nada melhor do que recuarmos até ao ano de 2008, e relermos uma notícia publicada no DN:

“ Não chegaram a oito mil – foram 7856 – os candidatos que encontraram uma vaga no último concurso das escolas. De fora ficaram, segundo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), mais de 47 mil professores. Já a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) chegou a contas bem maiores: acima de 70 mil candidatos. Nestes concursos ficaram também sem colocação cerca de 1050 professores dos quadros de zona pedagógica (QZP) que concorreram por não terem serviço distribuído nas escolas onde estiveram em 2007/2008. “

Cabe-nos então perguntar: as nossas universidades formam professores ou formam licenciados? Se formam licenciados, é a nossa economia que não os absorve, talvez por estar afogada em impostos de toda a ordem e deles (licenciados), não esperar retorno que compense o vencimento que lhes paga!

A solução só pode estar num alargamento do ensino privado, tanto tendo em vista a qualidade como o dispêndio monetário público, ou seja, o custo por aluno.

publicado por luzdequeijas às 12:52
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Domingo, 5 de Outubro de 2014

NA HORA DAS APRESENTAÇÕES

Um líder partidário pediu autenticidade e contas certas aos candidatos autárquicos do seu partido, até porque os tempos não estão para campanhas à antiga, com muitos custos e promessas. De facto no nosso país muita gente sofre por erros, incompetência e desonestidade de candidatos que não estiveram à altura deste povo e da sua nomeação. A vida contínua! Temos novamente eleições à porta! Como de costume; “muitos foram os chamados mas poucos os escolhidos”. De um café fechado para o efeito se fez local de apresentação de candidatos. Os tempos não vão para gastos! A pequena sala estava cheia e pudemos ver nela dois candidatos, líderes partidários de grupos, militantes de longa data e ainda autarcas em final de mandato, ou um ex-Presidente de Junta! Também responsáveis locais do partido.

Falou o candidato à Câmara Municipal, com segurança, sem alardes de vaidade e comedido nas suas afirmações. Vem de seguida o candidato à Freguesia. Refere várias moradas que teve até chegar a esta terra. Diz-se idealista, não sendo contudo, militante do partido. Fala da Freguesia o suficiente para convencer os militantes resignados, mas longe de satisfazer os autarcas ou ex-autarca presentes! Mostra-se vago nas afirmações, mas demasiado convencido nas suas capacidades! Como candidato escolhido é natural que sinta o seu ego preenchido, mas deveria ter a habilidade de o disfarçar, a favor de uma certa modéstia que se impunha, e porquê? Se está convencido que vai arrasar, vai por mau caminho. Um candidato, quer queira ou não queira, vai dar seguimento ao trabalho daqueles que o antecederam! Melhor ou pior ….. Nunca deverá, após a tomada de posse, partir para desfazer tudo aquilo que outros fizeram. Desfazer só por desfazer! NÃO DÁ.

Se é independente, por que foi escolhido? Se haveria tantos pretendentes dentro do partido que o escolheu! Demais, o seu maior opositor será um MOVIMENTO DE INDEPENDENTES!

Depois, hoje um partido é um autêntico “vespeiro”, é dentro do partido que estão os nossos verdadeiros inimigos!

O ex-presidente de Junta presente, só soube desta tomada de posse por gentileza de um amigo! Embora, esse amigo, tivesse tido na sua caixa de correio um convite formal, mesmo não sendo militante! Os dois autarcas do partido, presentes e ainda em exercício, também não tiveram convite oficial. Todos teremos que ter uma “Nova Ambição” para mudar o estado podre que temos na política nacional! Há quatro anos, este partido viu muitos dos seus militantes, venderem-se a um Movimento Independente, como fariam os verdadeiros espiões!

publicado por luzdequeijas às 18:36
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