Sexta-feira, 8 de Agosto de 2014

A CULTURA UNIVESAL

A globalização da economia e a rápida massificação das telecomunicações produziram um terceiro fenómeno, cada vez mais evidente – a aculturação do planeta pelas potências pioneiras nestas tecnologias e que dominam a produção/emissão destas novas formas de comunicação de massas, exatamente os países mais desenvolvidos e mais ricos como os EUA, CE, Japão …

É um facto por todo o lado verificável o quanto a cultura ocidental, anglo-saxónica sobretudo, se vai impondo como cultura universal, nos hábitos do vestir, do habitar, do lazer.   

Nos anos sessenta o mundo ainda se dividia em dois grandes blocos político-económicos, o do capitalismo liberal liderado pelos EUA e o comunismo soviético, cuja falência nos anos 80 (recorde-se a perestroika e a glasnost de Mikhail Gorbatchev) haveria de alterar o equilíbrio geoestratégico, deixando os EUA isolados na hegemonia política e económica do mundo, contrabalançada todavia, pela ascensão de novas “potências”, tais como a comunidade Europeia (1992) e o bloco de países da Àsia-Pacífico, liderado pelo japão.

Em termos de ciência História, o tempo sobre o qual incide este módulo didático é já o presente, de tal modo os seus acontecimentos se encontram na memória recente dos contemporâneos- Contudo, se analisarmos bem mais pormenorizadamente o mundo da década de 60 e o de hoje, são muitas as diferenças.

 

publicado por luzdequeijas às 00:17
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OS TRANSPORTES NA GLOBALIZAÇÃO

 

Iniciado pela economia, o fenómeno da globalização só se tornou possível com o progressivo desenvolvimento dos transportes de pessoas e mercadorias – o que nos permite hoje, em algumas horas, viajar de um lado ao outro do planeta com custos cada vez mais reduzidos -, mas principalmente com a verdadeira revolução que, no século XX os progressos da eletrónica, da informática, e da cibernética operam nos meios de Informação e comunicação à distância.

Com efeito, hoje em dia, o telefone móvel, as comunicações por cabo ou satélite e principalmente os computadores e a internet permitem, em espaços de minutos/segundos, contatos áudio e vídeo entre pessoas em qualquer ponto do mundo. Estes novos meios de informação/comunicação, estabelecidos à escala mundial, criaram-nos a noção de um novo espaço, um espaço virtual, que já não se mede pelas usuais dimensões do espaço físico, e onde em muito pouco tempo qualquer um pode consultar informação, aceder à sua conta bancária, realizar reuniões online, gerir os seus negócios, conversar com amigos ou família, procurar distração …. Sem sequer sair da cadeira da secretária do seu computador pessoal, esteja onde estiver.       

 

publicado por luzdequeijas às 00:12
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A GLOBALIZAÇÃO

 

A questão da globalização do planeta – isto é, de pouco a pouco nos estarmos a tornar uma aldeia global onde a variedade de culturas e costumes seria substituída por uma monótona e enfadonha padronização – é um problema que remonta ao início da idade Moderna (com o começo de uma economia à escala mundial), sujeito a uma evolução histórica cumulativa e, há quem afirme, irreversível. Todavia, esta questão impôs-se de modo mais evidente na segunda metade do século XX, sobretudo após os anos 80, quando, com a afirmação do neoliberalismo, a Humanidade tomou consciência de quanto a economia se havia realmente mundializado.

De facto hoje em dia não há economias estanques. Expressões como “a indústria italiana” (ou outra) já não se referem, como antes, à indústria feita naquele país pelos seus nacionais, mas pode significar a indústria dominada pelo capital italiano produzido em várias partes do mundo, envolvendo técnicos e operários de várias nacionalidades. Nestes termos, uma crise na sede financeira afeta toda a empresa e as pessoas e economias a ela ligadas. 

publicado por luzdequeijas às 00:09
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Quinta-feira, 7 de Agosto de 2014

CULTURA COLETIVA DE UM POVO

 

Há já dezoito anos que ingressei na volvo, empresa sueca bem conhecida.

Trabalhar com eles é uma convivência deveras interessante. Qualquer projeto aqui demora dois anos a concretizar-se, mesmo que a ideia seja brilhante e simples. É uma regra.

Os suecos debatem, debatem, realizam “n” reuniões, ponderações, etc.

E trabalham com um esquema muito mais “slowdown”. O melhor é constatar que no fim, isto acaba, sempre, por dar resultados no tempo deles (suecos) já que conjugando a necessidade amadurecida com a tecnologia apropriada, é muito pouco o que se perde aqui na Suécia.

RESUMINDO:

1 – A Suécia é do tamanho do estado de São Paulo (Brasil).

2 – A Suécia tem apenas dez milhões de habitantes.

3 – A sua maior cidade (Estocolmo) tem apenas 500 000 habitantes.

Os suecos podem estar enganados, mas são eles que me pagam o salário. Devo dizer que não conheço nenhum outro povo com uma cultura coletiva superior à dos suecos. Vou contar-vos uma pequena história, para ficarem com uma ideia:

A primeira vez que fui para a Suécia, em 1990, um dos meus colegas suecos apanhava-me no hotel todas as manhãs. Estávamos em Setembro, já com algum frio e neve. Chegávamos cedo à Volvo e ele estacionava o carro longe da porta de entrada (são dois mil empregados que vão de carro para a empresa). No primeiro dia não fiz qualquer comentário, nem tão pouco no segundo ou no terceiro. Num dos dias seguintes, já com um pouco mais de confiança, uma manhã perguntei-lhe:

“Vocês têm aqui lugar fixo para estacionar? Chegamos sempre cedo e com o parque vazio estacionas o carro mesmo no se extremo …

E ele respondeu-me com simplicidade:

“É que como chegamos cedo temos tempo para andar, e quem chega mais tarde, já vai entrar atrasado, portanto é melhor para ele encontrar um lugar mais perto da porta. Não te parece?

Imaginem a minha cara! Esta atitude foi o bastante para que eu revisse todos os meus conceitos anteriores.

Nota Final: Compare-se este conceito de um cidadão sueco com permanentes atitudes e conceitos, que podemos analisar no PORTUGAL de hoje!

Por exemplo: Gente com emprego certo, bom salário, que faz manifestações de rua ilegais esquecendo outra gente sem emprego, sujeita a despedimentos sumários ou até; milhares de pessoas que pagaram as suas reformas e tiveram de deixar de comprar medicamentos necessários à sua saúde, por terem sido escandalosamente reduzidas etc. Tudo para salvarem o seu país de uma bancarrota que a todos submete a uma profunda “austeridade”.

 

publicado por luzdequeijas às 18:49
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O SOCIALISMO E A POBREZA

No que toca à austeridade, não adianta muito estar contra ou a favor: ela impõe-se se o dinheiro escasseia. E ninguém em rigor pode negar esta pertinência quando de fato foi a imprudência em tempos de vacas gordas […] que nos trouxe até aqui.

Há dois modos de subjugar e escravizar uma nação: um é pela força, o outro é pelas dívidas. 

 

(em 1939 e agora em 2013) - John Adams, 1735 - 1828

 

Boa parte da nossa esquerda (do arco do poder) ainda acredita que o verdadeiro líder político é aquele que consegue dobrar a matemática, a economia e a contabilidade orçamental, com a “força” da sua vontade, digamos mesmo com a sua prestidigitação infernal! Eles sabem a quem a dirigem, exatamente para aqueles que ingenuamente acreditam que o socialismo é um sistema político com algo de justiça ou credibilidade na ajuda aos mais desfavorecidos!

Os outros que se danem, pois a maioria que vota é exatamente esta gente simples, boa e crédula.

Infelizmente, esta é uma característica geral lusitana, entre outras coisas responsável por termos assinado um acordo de empréstimo, que nos colocou na miséria por muitos e bons anos!

As pessoas dominadas pelos socialistas precisam saber que não têm que ser pobres. O destaque da entrevista é a discussão sobre a pobreza. A entrevista começou quando o jornalista, tentando embaraçar o Cardeal, lhe perguntou o que ele pensava sobre a pobreza no mundo.
O Cardeal respondeu: 
" - Primeiro na Europa e agora nas Américas, alguns políticos têm -se dedicado a endividar as pessoas, fazendo com que fiquem dependentes.
 - E para quê? Para aumentar o seu poder. Eles são grandes especialistas em criação de pobreza e isso ninguém questiona. Eu me esforço para lutar contra esta pobreza.
 - A pobreza tornou-se algo natural e isso é ruim. Minha tarefa é evitar o agravamento de tal condição. As ideologias que produzem a pobreza devem ser denunciadas. A educação é a grande solução para o problema.
 - Devemos ensinar as pessoas como salvar a sua alma, mas ensinar-lhes também a evitar a pobreza e a não permitir que o governo os conduza a esse estado lastimável "
Mathews pergunta: - O senhor culpa o governo?
" - Eu culpo os políticos que buscam os seus próprios interesses. Você e os seus amigos são socialistas. Vocês (socialistas) e suas políticas, são a causa de 70 anos de miséria, e são culpados de levar muitos países à beira do colapso. Vocês acreditam na redistribuição, que é uma das razões para a pobreza. Vocês querem nacionalizar o universo para poder controlar todas as atividades humanas. Vocês destroem o incentivo do homem, até mesmo para cuidar de sua família, o que é um crime contra a natureza e contra Deus. Esta vossa ideologia cria mais pobres do que todas as empresas que vocês classificam de diabólicas”.
Replica Mathews: - Eu nunca tinha ouvido nada parecido de um cardeal.
 " - As pessoas dominadas pelos socialistas precisam saber que não têm que ser pobres". (…)
Cardeal  Bergoglio,

publicado por luzdequeijas às 18:02
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DISCURSO PRESIDENCIAL

 

No discurso de tomada de posse como Presidente da República, Cavaco Silva, em Lisboa, 9.3.2006, afirmou: Todos sabemos que a situação que se vive em Portugal não é fácil. Podemos estar condenados a ser uma das regiões mais pobres da União Europeia. Pior do que isso, ainda não estamos fora do perigoso caminho do retrocesso, de acabar pior do que começámos nesta legislatura. Não tenho dúvidas de que os tempos são difíceis. Mas temos à nossa frente um enorme espaço para o otimismo, que é o espaço da vontade, da coragem e do querer. Tenho orgulho no meu País e na sua História. Por tudo passámos, como Povo. Momentos altos, e até de glória, e momentos de dificuldade e mesmo de angústia. Mas estamos aqui. Quando fez falta – e tantas vezes fez falta – mobilizámos o melhor de nós próprios e conseguimos. Estou certo de que vamos conseguir mais uma vez. Hoje, como ontem, vamos provar que somos capazes de vencer a tirania da resignação e o espartilho do pessimismo. Pela minha parte, estou profundamente convicto de que a nossa determinação é maior do que qualquer melancolia, de que a nossa esperança é mais forte do que qualquer resignação, de que a nossa ambição supera qualquer desânimo. Sei que os Portugueses, tal como eu, não se resignarão a um destino menor. Na história dos povos nunca é demasiado tarde para realizar o sonho e cumprir a esperança. Nunca é tarde desde que saibamos ser fortes e unidos, desde que tenhamos orgulho no que somos e desde que saibamos o que queremos ser.

O que os momentos altos da nossa História nos ensinam é que somos um povo marcado pela insatisfação. Que nos marca a ambição de fazer mais e melhor. Marca-nos a ideia de que somos agentes da História, senhores do nosso destino. Somos um povo capaz de superar as dificuldades nas horas de prova.

O discurso do Presidente – ainda foi entendido dentro dos limites da “concertação estratégica” que ele nunca teve, enquanto 1.º ministro, contudo, um reputado crítico classificou-o como: um pedido elegante do Presidente ao Governo para abandonar o “ Power Point ” e a propaganda e começar a apresentar resultados. O Monstro – está instalado entre nós, vai para trinta anos. Veio para ficar? Uma coisa é certa ele apareceu depois do 25 de Abril, antes havia problemas mas eram de outro teor.

Como matar este monstro? Se quisermos escutar o «País Profundo» todo o tempo será pouco. De resto, ele é uma imensa multidão que paga os esbanjamentos daqueles que nunca são julgados pela sua desonestidade e incompetência.

O povo sente quem o serve e sabe agradecer. Todas as instituições civis: as famílias, a vizinhança, as igrejas e as associações voluntárias em geral, desde que não estejam “ contaminadas “ pelo “ sistema apodrecido “, são pequenos pelotões nos quais a população participa e confia, e de onde podem emanar os “alertas” tão necessários para que os poderes instituídos não se desviem do sentir, que é sabedoria, do povo que os elegeu. Para que a sociedade civil atinja os altos níveis de confiança, tão necessários, temos que nela acreditar. Como?

Ouvindo-a e desenvolvendo mecanismos de captação da opinião geral da população. Nunca lançar ruído sobre ela. Nada de “Power Point”.Um político tem de ter esse dom. 

publicado por luzdequeijas às 17:51
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O AUTOMÓVEL

 

O individualismo falou mais alto. A instalação de um sistema de trânsito que respondesse ao primado do carro , acabou por sacrificar o espaço público carregado de identidade e vida social, num espaço de arrumo e passagem de centenas e centenas de carros, diariamente. O princípio de movimento e parqueamento impôs-se ao de jardim e lazer. Formou-se a “cultura do automóvel”, que absorveu muitos recursos, sonegados ao atendimento de outras necessidades mais importantes. Paralelamente, os sistemas de transporte público permaneceram insuficientes para atender à procura sempre crescente. 

 

De bem imprescindível, o transporte público transformou-se num mal necessário para as pessoas que não podem dispor de um automóvel. Mesmo para as que podem, os dias estão chegando ao fim. O automóvel também parece ter os dias contados, na frequência e facilidade com que tem entrado nas cidades. No seu uso também.

 

O petróleo vai acabar! As alternativas de carros elétricos, são falácias de políticos. Os tempos vão mudar e o mundo continua de olhos fechados! Passando de solução a problema, os sistemas urbanos de transporte viram declinar a sua eficiência, a sua credibilidade e, sobretudo, o utente vê o preço do transporte a subir constantemente e a sua qualidade a descer. Os tempos perdidos de espera nas paragens e dentro dos autocarros, são geradores de cansaço e perda de saúde! Revolta também! Principalmente para os moradores dos subúrbios. As greves plenas de sentido anárquico, logo irresponsável. Os enormes prejuízos acumulados pelo Estado patrão e incapaz de praticar uma boa gestão na conciliação de vencimentos, equipamentos e tentações populistas com o dinheiro dos outros.

Então a solução vai ser o carro? Nem pouco mais ou menos. A divida externa de Portugal é asfixiante para as contas públicas! Os impostos sobre a compra de carro e produtos petrolíferos são elevadíssimos. As suas receitas para os cofres públicos são gigantescas! Mas tudo tem um fim. É imperioso reduzir estes montantes para se conseguir algum equilíbrio na nossa balança de pagamentos. O Estado precisa de receitas sim, mas provindas de produtos que criem riqueza directa. Mesmo sem ter acabado, o petróleo está proibitivo. O preço dos carros igualmente. A solução está nos transportes públicos, sem dúvida. Senhores políticos, as próximas eleições estão a chegar. Os vossos programas eleitorais não podem fugir à abordagem desta realidade. Fazem favor, haverá um momento em que o silêncio não é mais possível! Para todos.

Só entre Maio e Julho 2008, a fatura dos combustíveis foi de 2,381 milhões de euros, mais 853 milhões que no mesmo período do ano passado! Depois tentem encontrar na informação disponível (talvez a PORDATA) quanto gasta Portugal por ano em pagamentos com a importação de carros e de peças! Nos custos dos acidentes e conservação de autoestradas.

Meditem na nossa dívida externa e assumam ser um crime, um país pobre como o nosso verem-se milhares de carros, todos os dias, só com um passageiro, que é em simultâneo o motorista. Pensem, como esse dinheiro poderia erguer uma economia que equilibrasse os pagamentos ao exterior e desse emprego a toda a gente!

 

publicado por luzdequeijas às 17:35
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TRIGONOMETRIA AMOROSA

Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos romboides, boca trapezoide,
Corpo ortogonal, seios esferoides.

Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.

"Quem és tu?" Indagou ele
Com ânsia radical.

"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."


E falando descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A almas irmãs
Primos-entre-si.

E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Retas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.

Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar,
Uma Perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.

E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até aquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos
Viciosos.
Ofereceu, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo,
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
Chamado amoroso.
E desse problema, ela era a fração
Mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade.
Como aliás, em qualquer
Sociedade.

Autor desconhecido, mas admirável.

 

 

publicado por luzdequeijas às 17:22
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UM ESTADO GIGANTE

 

Foi apanágio dos regimes comunistas ou ditatoriais! Em liberdade o poder está na iniciativa privada com o controlo dos órgãos escolhidos, democraticamente, pelo povo.

Tudo o que temíamos acerca do comunismo: - que perdíamos as nossas casas (IMI insustentável), as nossas poupanças, o dinheiro descontado para as nossas reformas, e que nos obrigariam a trabalhar eternamente por escassos salários, sem voz ativa no sistema político e sem qualquer capacidade de decisão nos destinos do país - corremos o risco de acontecer neste entediante passar de anos numa política sem futuro, nem esperança. O sistema que queremos e precisamos é outro, é o sistema dos nossos parceiros do norte da europa. E, sem uma completa reforma do Estado, não vamos lá! O nosso sistema atual está bloqueado no pior sentido, porque não temos uma sociedade civil criadora de riqueza, mas temos um autêntico Estado Socialista. Qual é o Estado que temos? Pouco produz e consome excessivamente, como ninguém ou nenhuma organização o poderia fazer!

  Aquele que é o país mais antigo da EUROPA, está moribundo, tudo nele cheira a bafio! Quem detém os cordelinhos da sua atual vivência, não está interessado que o mínimo ou o essencial mude, para nos começarmos a aproximar do norte da Europa, do seu nível de vida e da sua cidadania.

 Há medo de se ouvir dizer, por exemplo, de que na Holanda as escolas são na ordem dos 70%, “escolas com contrato de associação” ou seja privadas! 

publicado por luzdequeijas às 14:41
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HISTÓRIAS MAL CONTADAS

 

CLARA VIANA 

 

26/10/2012 - 00:18

 

 O relatório na íntegra (PDF)

O custo médio por aluno nas escolas públicas estava, em 2009/2010, nos 4415 euros. Nos colégios com contratos de associação situava-se nos 4522 euros. Os cálculos foram efetuados pelo Tribunal de Contas (TC) e os valores divulgados na quinta-feira, mas a utilidade, como reconhece o próprio tribunal, é praticamente nula.

No relatório explica-se que, quando o processo se iniciou, em Setembro de 2011, o último ano lectivo para o qual “existiam dados estatísticos e financeiros definitivos” era o de 2009/2010. De então para cá, tanto os sucessivos pacotes de austeridade, como medidas do Ministério da Educação e Ciência (MEC), resultaram numa diminuição significativa das despesas na educação. Em resultado desta contração, o TC concluiu no relatório que o custo médio apurado para o ano lectivo de 2009/2010 “não deve ser considerado para anos subsequentes”.

O TC calculou o custo médio por aluno considerando também os cerca de 200 mil adultos que então se encontravam em atividades de educação e formação – uma oferta que foi agora drasticamente reduzida. Segundo o TC, a inclusão dos adultos neste cálculo deve-se ao facto de os dados financeiro disponíveis no ministério não se encontrarem desagregados por tipo de ofertas, também “não se encontrando definido qualquer critério que permita essa desagregação”.

No final de 2011, quando já decorria a auditoria, o MEC constituiu um novo grupo de trabalho a quem foi atribuída a missão de apurar qual “o custo real dos alunos do ensino público por ano de escolaridade”. Até agora não são conhecidos resultados. O PÚBLICO questionou o MEC, mas não obteve respostas. 

A auditoria do TC foi decidida depois de uma resolução aprovada em Abril de 2011 pela Assembleia da República, na qual se solicitava que o tribunal aferisse qual o custo médio por aluno nas escolas públicas no ano létivo 2010/2011.

A resolução foi aprovada na sequência de uma iniciativa do grupo parlamentar do PSD em resposta aos cortes no financiamento dos colégios particulares com contratos de associação com o Estado. Como foi referido, o cálculo do TC não diz respeito ao ano lectivo indicado na resolução do parlamento, mas sim ao anterior.

Em Fevereiro de 2011, durante uma audição no parlamento, a então ministra da Educação, Isabel Alçada, justificou a redução de financiamento dos colégios com contratos de associação de 114 mil euros por turma para 85 mil com a contenção da despesa nas escolas públicas. Segundo Alçada, o custo por aluno nas escolas pública era, naquele ano lectivo, de 3735 euros, prevendo-se uma redução para 3330 euros em 2011/2012. 

No relatório do TC recomenda-se ao MEC que pondere “a necessidade de manutenção dos contratos de associação no âmbito da reorganização escolar”. Este ano lectivo o ministério vai continuar a pagar 85 mil euros por turma aos 93 colégios com contratos de associação para garantirem ensino gratuito a mais de 2000 turmas. Estes protocolos com o Estado iniciaram-se na década de 1980, numa altura em que a oferta de escolas públicas era inexistente em diversas zonas do país.

publicado por luzdequeijas às 14:33
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UM PAÍS DESINFORMADO

 

 

Não existe informação na nossa comunicação social, e muito menos existem estudos profundos e credíveis! Passa-se a vida a discutir palavras adulteradas no seu exato sentido, por descontextualização. Os nossos telejornais abrem, correm e fecham com polémicas estéreis repetidas dezenas de vezes, fazendo por esquecer os factos reais e as  causas profundas. Ideologias mais que ultrapassadas no mundo de hoje, têm os seus representantes, em contínuo, nas nossas casas, descaradamente sentados à nossa mesa, do pequeno-almoço ao jantar!  

- Isabel Jonet afirmou há meses que algumas famílias não poderão comer bife todos os dias, como faziam antes, e que outras terão de poupar mais.

- Fernando Ulrich disse que se os sem-abrigo aguentam, pessoas que vivem com muito menos dificuldades também podem aguentar

- O Presidente da República declarou que as suas reformas, depois dos cortes, não lhe deveriam chegar para pagar as despesas, tendo de recorrer às suas poupanças e às da mulher.

 

Que passamos a vida a discutir palavras, é uma realidade indesmentível. Outra realidade é que todas estas coisas foram ditas, por quem as disse, com mágoa e triste constatação e os órgãos de informação puseram-nas a correr com o seu real sentido desvirtuado.

Não teria sido muito mais profissional que os senhores jornalistas tivessem aprofundado cada um dos casos que põem a correr, de modo a explicar à população coisas como:

 

As causas da nossa triste situação, ou como pode alguém que representa o governo mais responsável neste caos, vir falar de “retoques”? Porque aumentam os desempregados? Quais as reformas que temos de fazer e porquê? Como se pode crescer sem dinheiro nem credibilidade externa, agravada pela instabilidade de rua e greves contínuas? Por que motivo toda a gente pode acumular empregos, menos a maioria dos reformados? Que governos compraram tais  automóveis? Causas do desemprego? Descontos feitos param as reformas no sector público e privado? etc. 

Tenham pena e respeito por este povo, e ajudem quem quer acabar com toda esta triste realidade para onde PORTUGAL foi atirada com um estranho silêncio da maioria da nossa comunicação social!

publicado por luzdequeijas às 14:18
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Segunda-feira, 4 de Agosto de 2014

AS ALDEIAS DO INTERIOR

Mais do que subsídios de nascimento ou isenções fiscais, o combate á desertificação do interior deverá ser feito instalando, nesse interior, serviços prestados pelo Estado, não criados propositadamente, mas sim deslocalizando, na medida possível, do litoral para o interior escolas, universidades, laboratórios e institutos etc., combatendo a fuga para o litoral. Tanta gente competente tem fugido das cidades do interior! Naturalmente que para tal, seria necessária coragem, e vontade política, de contrário, daqui a uns anos, sem qualquer invasão, ouviremos falar castelhano na maior parte do território nacional, e nem venham falar em regionalização para combater o problema. Primeiro fixem-se populações, antes que o interior seja efectivamente um deserto, ou que a fronteira se aproxime cada vez mais do litoral. Não se fale de equilíbrio demográfico, ou mesmo de robustecer as cidades do interior, esquecendo as suas aldeias. A fixação demográfica passa por elas.

publicado por luzdequeijas às 18:58
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Domingo, 3 de Agosto de 2014

O CÓDIGO DEONTOLÓGICO DO JORNALISTA

 

Um dos mais recentes instrumentos na luta pela integridade jornalística, consiste no Código Deontológico do jornalista, um código aprovado por consulta aos jornalistas sindicalizados em Maio de 1993 e supostamente regulador da atividade no que respeita à ética profissional. Para muitos, este código, visto como um espécime de 10 mandamentos do jornalista, é uma bíblia da atividade, e o seu cumprimento deveria resolver todos os problemas relativos à credibilidade e integridade da profissão. Só que a questão não é assim tão simples. Não só a maior parte destes princípios é de natureza genérica e em alguns casos irrealizável funcionando apenas como declaração de boas intenções, como há entre eles aspetos sujeitos a contestação, pelo que é natural que, nem todos os jornalistas se revejam necessariamente neste documento ou regulem por ele a sua atividade.

Vejamos como exemplo, um dos pontos do código:

“ O jornalista deve relatar os factos com rigor e exatidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.”

Quanto ao primeiro período, é realmente um dever básico do jornalista, embora a falta de rigor quando cometida de boa-fé, apesar de nunca desejável, seja um direito existente ao abrigo da liberdade de informação. Também o período seguinte não oferece contestação: fazer o chamado contraditório, ou seja, ouvir todas as partes com interesses conflituantes numa determinada notícia ou informação, é uma obrigação sagrada do jornalista isento. Em particular, não pode deixar de se ouvir os visados por informações que ponham em causa a sua imagem pública, a sua reputação a todos os níveis. E, se alguma parte não puder ser ouvida por incontatável, o jornalista deve apresentar uma justificação razoável, ou até, em muitas circunstâncias, adiar a publicação da notícia até recolher essa reação, propiciando, inclusive o direito de resposta nos termos legais.

Quanto à distinção entre “notícia” e “informação” , já não é uma regra aplicável em todos os casos. Sabemos que órgãos de informação que assumam determinado pendor ideológico, político, corporativo ou de outra natureza, todo o conteúdo tende a ser orientado de forma a encaixar a opinião da corrente em que estão filiados.  

publicado por luzdequeijas às 19:31
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