Sexta-feira, 29 de Novembro de 2013

ABRIL À SOLTA

Memórias do PREC, da Extrema-Esquerda, da resistência anti-salazarista, da I República e outras crónicas históricas

Segunda-feira, 12 de Novembro de 2012

FOTOGRAFIAS COM HISTÓRIA: O Cerco da Constituinte







Deputados a dormir sentados nas suas cadeiras ou a enganar o tempo e a coçar a barriga, dentro do hemiciclo, em 13 de Novembro de 1974, faz agora 37 anos, no decurso do chamado Cerco da Constituinte, pois ninguém foi autorizado a sair do parlamento, embora corra por aí um sussurro que Mário Soares, posto de sobre aviso por espírito-santo-de-orelha, conseguiu ausentar-se da Assembleia segundos antes de consumado o férreo cerco.

Um deputado social-democrata – bom, na ocasião ainda era tão-só popular-democrático –, João Mota Amaral, dirá anos depois, ao recordar o marcante acontecimento: «Estávamos ali cercados, não podíamos ir jantar – na altura não havia restaurantes dentro da AR. Os víveres eram mesmo só os do bar e esgotaram-se em meia hora. Foi um jejum forçado», horas de larica!

Tudo começou com as negociações do Contrato Colectivo de Trabalho Vertical da Construção Civil, as quais se arrastavam há meses devido às manobras dilatórias usuais, assim e assado. Para pressionar a assinatura do acordo e no âmbito da luta contra os despedimentos, a Federação dos Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil convoca uma greve nacional do sector, durante a qual a manifestação centrada nas questões laborais que decorria junto do Ministério do Trabalho é transferida para o Palácio de São Bento, já no dia 12 de Novembro, devido ao encerramento apressado das instalações ministeriais, congeminado pelo ministro João Tomás Rosa como forma de esvaziar o conteúdo da turba manifestante. Todos para São Bento, foi a palavra de ordem imediata!

José Pinheiro de Azevedo, primeiro-ministro do VI Governo Provisório, avista-se com uma delegação dos operários e sindicalistas, para mais uma ronda negocial, três horas a coçar as cadeiras e sofás das negociatas. Por fim, magnânimo, faz uma breve alocução à varanda da residência oficial para dar conta de diversas promessasdo género de vender água sem caneco, a concretizarem-se para a semana ou para melhores dias ou no dia de São Nunca à Tarde, tudo a ser estudado por uma Comissão Técnica Mista, sendo, por isso, «largamente vaiado» e recebido por chusmas de «fascista», o que leva o alvoroçado almirante a dizer uma das suas mais célebres “bocas” do PREC: «Bardamerda mais o fascista!».

Esta frase foi um fósforo que incendiou a manifestação e levou à mobilização de milhares de operários, trabalhadores, sindicalistas e militantes do PCP, da FUR e daUDP, dando-lhe, assim, um cariz mais político a par da vertente sindicalista. Todos os caminhos iam dar a S. Bento! Uma imensa mole humana, camiões, betoneiras e piquetes organizados, uma onda de solidariedade cerca o Palácio de São Bento e ruas adjacentes impedindo o primeiro-ministro, os governantes e os deputados à Assembleia Constituinte de saírem, porquanto o cordão humano atingia proporções gigantescas, a «maior manifestação operária jamais vista em Lisboa», no dizer da imprensa, acrescentando que «piquetes de trabalhadores controlavam o acesso aos palácios».

Na manhã do dia seguinte, a 13 de Novembro de 1974, decorrem afanosas negociações – a terceira ronda negocial em menos de 24 horas – que envolvem oPresidente da República, o Conselho da Revolução, os partidos políticos e aIntersindical Nacional, que levam a um acordo de princípios para a nova tabela salarial, no seguimento do qual os deputados são autorizados a sair do edifício onde estiveram cercados, retidos ou sequestrados conforme os pontos de vista divergentes. Autorizados a sair um pouco antes da 1 hora da tarde, mas por entre alas de manifestantes acirrados e apupos generalizados aos constituintes do PS,PPD e CDS. “Vitória, Vitória”, um grito de alegria espontânea a vibrar nas gargantas de milhares operários, depois dum cerco que durou dois dias, uma inequívoca demonstração de força dos trabalhadores.

O acontecimento, em si, foi controverso e, como tudo na vida, sujeito a diversas análises e maneiras de ver, conforme a ideologia de cada um, logo na época, mais um factor para incendiar os ânimos e contribuir de sobremaneira para a radicalização mais extrema das forças em presença que se enfrentavam no PREC. A partir deste episódio nada mais ficou igual na vida política, sindical e social do País.

Para a extrema-esquerda o sucedido foi o apogeu do paroxismo revolucionário, mais um degrau na ascensional luta de classes e uma viril manifestação da «força da classe operária» rumo ao Socialismo.

Os comunistas, genericamente, apoiam a luta dos operários da Construção Civil mas, na essência, foram contra o chamado Cerco da Constituinte, conforme o comunicado da Comissão Política do Comité Central do PCP, emitido a 13 de Novembro de 1975: «Apoiando a manifestação e a concentração de S. Bento, o PCP discorda, porém, do sequestro dos deputados da Assembleia Constituinte e do primeiro-ministro», pois «o sequestro não é forma de luta que favoreça os trabalhadores». A direcção da Intersindical Nacional foi lesta a demarcar-se de«quem pensa» que a solução estaria no assalto ao Palácio e na tomada do poder, pois a luta tinha tão-somente cariz laboral.

Outro entendimento tiveram os socialistas, expresso através do comunicado doSecretariado Nacional do PS intitulado “O Sequestro da Constituinte e do Primeiro-Ministro”, no qual afirmava perentório que o «sequestro do primeiro-ministro» e dos «deputados à Assembleia Constituinte» no Palácio de S. Bento, em Lisboa, a «coberto da manifestação dos trabalhadores da construção civil», visava criar «instabilidade política e destruir as liberdades democráticas», sendo«um desafio frontal à autoridade do Estado» e «uma ofensa ao Povo Português».

Francisco de Sá Carneiro deu voz à indignação do PPD, afirmado que «o poder está na rua» e Portugal vive «já, de facto, em estado de sítio», pois o país testemunhou «esta coisa espantosa que é um primeiro-ministro sequestrado sem qualquer intervenção das Forças Armadas para o libertar», aproveitando o ensejo para acusar o PCP, a extrema-esquerda e forças militares a eles ligados de terem instrumentalizado os trabalhadores da construção civil e alerta que toda a situação pode acabar «numa tomada violenta do poder» e na «criação da Comuna de Lisboa».

No rescaldo, a 14 de Novembro de 1975, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Distrito de Lisboa emite um comunicado agradecendo a solidariedade dos soldados revolucionários, operários e camponeses, habitantes de Lisboa, trabalhadores progressistas, Comissões de Trabalhadores e de Moradores, sindicatos e organizações progressistas revolucionárias.

Hoje sabemos que o Cerco da Constituinte foi o apogeu, mas também o princípio do fim da vertigem do PREC e que abriu caminho ao golpe militar social-democrata do Grupo dos Noves que teve lugar 13 dias depois, para tirar «a canalha da rua». Porém, a canalha voltou à rua 37 anos volvidos!

publicado por luzdequeijas às 23:30
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ASSALTO AO PALÁCIO DE INVERNO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Palácio de Inverno visto do rio Neva.
O Palácio de Inverno visto da Praça do Palácio.

 

Desenhado por Bartolomeo Rastrelli, palácio verde-e-branco em estilorococó possui 1.786 portas e 1.945 janelas. Catarina, a Grande, foi a primeira czarina a ocupá-lo.

 

O palácio faz parte, actualmente, de um complexo de edifícios conhecido como Museu Estatal do Hermitage, o qual acollhe uma das maiores colecções de arte no mundo. Como parte do museu, muitas das 1.057 galerias e salas do Palácio de Inverno estão abertas ao público. A Galeria Militar, aberta em 1826, acomoda 332 retratos de líderes militares do exército russo durante a Campanha da Rússia (1812).

Depois da Revolução de Fevereiro na Rússia, o Palácio de Inverno foi quartel-general do Governo Provisório da Rússia 1917.


O assalto ao Palácio de Inverno pelas forças Bolcheviques foi o marco oficial da Revolução de Outubro.

publicado por luzdequeijas às 16:24
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Domingo, 24 de Novembro de 2013

A CRUZ DA ORDEM DE CRISTO

 

          

Cruz da Ordem de Cristo ou Cruz de Portugal é o emblema da histórica Ordem de Cristo, (também chamada Ordem dos Cavaleiros de Cristo) de Portugal. Desde então tornou-se um símbolo intrínseco a Portugal, usado, por exemplo, nas velas das naus do tempo dos Descobrimentos, pela Força Aérea Portuguesa e na bandeira da Região Autónoma da Madeira. É usada também no brasão de Tomar, juntamente com a Cruz Templária, cidade que foi sede da Ordem dos Templários no Reino de Portugal e da Ordem de Cristo, sucessora da anterior.

Já no século XIX, passou a representar a Ordem Militar de Cristo, em Portugal, e aImperial Ordem de Cristo, no Brasil.

Foi também o símbolo do Movimento Nacional-Sindicalista, um grupo nacionalista e tradicionalista, associada ao Integralismo Lusitano, do início dos anos de 1930, em Portugal.

publicado por luzdequeijas às 18:03
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ASCENÇÃO E QUEDA DOS TEMPLÁRIOS


Templários Maçonaria Jacques Demolay Cavaleiros Templários  Os Cavaleiros Templários   parte 1

A valentia e destreza demonstradas em várias batalhas por estes Cavaleiros, transformava a participação na ordem numa forma atractiva de servir a Deus e ganhar a respeitabilidade na sociedade.

A ordem era vista como uma nova cavalaria, cujos membros misturavam actuação guerreira com a salvação espiritual. Uma das principais características da ordem era a sua autonomia em relação à hierarquia da igreja, sendo certo que os seus membros só se sujeitavam ao próprio Papa. Com a consolidação da sua força na Europa, passaram a ser proprietários de inúmeras áreas e de diversas fortalezas. Os Templários foram os precursores do cheque e do sistema financeiro internacional, porque transportar riquezas na Idade Média representava um enorme risco. Com estes sistemas, qualquer viajante poderia depositar determinada quantia numa fortaleza templária e receberia um documento cifrado que poderia ser descontado em qualquer outra fortaleza, pagando-se uma percentagem por tais serviços. Como a função inicial da ordem era proteger os peregrinos que se dirigiam para a Terra Santa, a ordem passou a manter relações diplomáticas com vários infiéis. Para evitar conflitos, tolerava os rituais e as crenças dos muçulmanos e judeus e muitos dos seus membros aprenderam o idioma dos inimigos da cruz para evitar a negociação por meio de intérpretes. Tais factos foram amplamente usados nas acusações feitas mais tarde contra a ordem. De certa forma, a ascensão passageira dos Templários levou à sua própria queda. A ambição de se apoderarem dos vastos recursos pertencentes á Ordem, por parte de outros, motivou a ideia da destruição dos templários. Assim, o rei Filipe IV, com apoio do Papa Clemente V, que devia favores ao rei e foi eleito Papa por causa da pressão das tropas francesas, planeou a destruição da Ordem do Templo. Em todo o território francês, os cavaleiros do Templo foram presos conjuntamente no dia 13 de Outubro de 1307 (sexta-feira dia 13). Este evento deu origem à superstição do azar nas sextas-feiras 13. A sua extinção, foi aprovada pelo Papa, no Concílio de Viena (1311/1312). O rei Filipe tentou tomar posse dos tesouros dos templários, no entanto quando os seus homens chegaram ao porto, a frota templária já tinha partido misteriosamente com todos os tesouros e nunca foram encontrados. Conta-se que como destinos possíveis dessa frota, seriam Portugal, onde os templários seriam protegidos, Inglaterra onde se poderiam refugiar por algum tempo e a Escócia onde também se poderiam refugiar em segurança. Ao fim de quase dois séculos de existência é consumada a sua abolição.

Algures na Europa, onde muitos tamplários escaparam da supressão, a ORDEM ajustou posições.

 

 

publicado por luzdequeijas às 17:24
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INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL

 

Primeira bandeira de Portugal,

a de D. Afonso Henriques

 

 

Entretanto no território que é hoje Portugal e Galiza muita história existe desde tempos imemoráveis.

Depois de muitas civilizações que foram atingindo o seu apogeu para de seguida desaparecerem engolidas na voracidade do tempo, as tribos lusitanas prezando alguma independência entre si, formavam também um só corpo perante ataques de outros povos.

Esta unidade de recurso foi forjando uma certa cultura que tudo indica ser a raiz da actual alma do povo português.

Da memória ficou a traição sobre as tribos lusitanas que levou ao extermínio de quase uma dezena de milhar de lusitanos e à venda para escravatura do dobro nas paragens da Gália.

publicado por luzdequeijas às 17:17
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DESENVOLVIMENTO INVULGAR

 

Temos, assim , como quase impossível descrever, nesta abordagem ao tema, tantos e tantos novos produtos colocados à disposição dos candidatos a consumidores.

Curiosamente dentro de cada produto a evolução tornou-se uma constante em ritmo quase alucinante.

A adaptação a esta realidade exigiu a esta geração nascida nos anos quarenta do século passado um esforço em vários sentidos. Desde logo no domínio profissional e também pelo lado do consumidor.

Como profissional reportemo-nos por exemplo aos relógios, podia ser de técnico de eletrodomésticos, de televisões, na medicina, nos transportes, no ensino, na metalurgia, na saúde etc. Bem poderíamos dizer que todos os dias um profissional adormecia atualizado e acordava a precisar de reciclagem.

No caso dos relógios um profissional teria nascido a ver alguém com um relógio de puro funcionamento mecânico e optava por ser um bom relojoeiro. De monóculo numa das vistas lá ia pacientemente verificando as muitas e delicadas peças como rodas dentadas, molas cordas, eixos etc., em busca de conseguir devolver o relógio ao seu dono, que não podia prescindir de lhe dar corda todos os dias.

Muito rapidamente se via a braços com outra lógica de funcionamento e mais outra e outra ainda até perceber que as pessoas haviam deixado de o procurar para consertar os seus relógio.

Já não precisavam de corda, não avariavam e duravam muito tempo, quando muito precisavam de mudar pilhas, serviço que em qualquer papelaria podiam fazer. Os relógios de pulso tornaram-se praticamente descartáveis para milhões de pessoas!

A conclusão dolorosa passava por uma mudança drástica de ramo ou dentro de instrumentos de precisão virados para outras indústrias e mais reciclagens.

O homem de luneta num dos olhos havia desaparecido e para mexer num relógio era então necessário dominar técnicas não aprendidas na instrução primária. Com grande sentido de abrangência e espirito de sacrifício lá ia aprender muitas outras coisas que nunca lhe teria passado pela cabeça vir a precisar e algumas a exigirem conceitos aprendidos, em cursos secundários ou até em escolas superiores.

Esta geração virou-se e passou de televisões a válvulas e a preto e branco para outras a cores e aparelhagens de alta fidelidade !

Pelo lado do consumidor á maioria das pessoas abriram-se-lhes novas e rasgadas perspetival como consumidor, o que também não foi nada fácil.

Desde a impreparação para lidar com a tentação do consumismo e seus riscos, até do lado social e cultural para os quais era preciso uma nova e desinibida atitude na postura do dia a dia.

publicado por luzdequeijas às 17:07
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REFLEXOS DA EMIGRAÇÃO

          

Diversas consequências podemos assinalar em relação à emigração portuguesa: entre elas, salientamos o processo de crescimento urbano e industrial, sobretudo na faixa centro e norte litoral do território e o aumento dos movimentos da população com destino aos principais centros urbanos agravando, desta forma, o processo de desertificação do interior que se tem vindo a acentuar no decurso das últimas décadas.

Para além destes aspetos, registamos o aumento do comércio, em particular com o exterior, o desenvolvimento do turismo e das atividades terciárias em particular na periferia dos grandes centros urbanos de Lisboa e do Porto. No seu conjunto estas transformações contribuíram para gerar novas oportunidades de emprego, para o aumento do P.N.B. do país e para uma melhoria significativa do nível de vida da sua população. Contudo, não bastaram para estancar o fenómeno emigratório português que registou, durante o terceiro quartel do século XX uma das fases de maior expansão com destino quer à Europa quer mesmo ao continente americano

publicado por luzdequeijas às 17:04
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OS NOSSOS EMIGRANTES

Resultados visíveis da emigração

De um ponto de vista macroscópico, o resultado mais visível da emigração portuguesa é a existência, em numerosos países do mundo, de uma população de imigrantes de origem portuguesa e seus descendentes, constituindo as chamadas Comunidades Portuguesas no estrangeiro.

Uma outra consequência, de montante muito mais substancial do que se imagina e com elevadíssimo valor para a economia nacional, é a massa monetária correspondente às remessas que os emigrantes portugueses fazem entrar em Portugal. No ano de 1994, essas remessas atingiram um valor global superior a 600 milhões de contos. 

O volume das exportações portuguesas (uma das fontes de entrada de dinheiro vindo do exterior) corresponde a 29,2% do PIB. O saldo das transferências unilaterais, que representam o valor monetário efetivamente recebido da União Europeia (diferença entre fundos entrados e pagamentos feitos pelo Estado Português), atinge o valor de 6,1% do PIB.

As remessas dos emigrantes têm um valor não muito afastado deste (4,1% do PIB), facto do qual a maioria dos portugueses não terá, certamente, plena consciência: as remessas dos emigrantes portugueses no estrangeiro são superiores a 2/3 da contribuição líquida dos fundos Comunitários para Portugal.

A aplicação deste gigantesco capital traduziu-se por investimentos em bens duradouros (designadamente, um imenso número de habitações construídas por todo o país, em geral de qualidade muito acima da média) e em iniciativas empresariais de toda a ordem; não menos importante, na melhoria do nível de vida das famílias de emigrantes, residentes em Portugal. 

publicado por luzdequeijas às 16:54
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Sábado, 23 de Novembro de 2013

MENTALIDADES E CONCEITOS

Há já dezoito anos que ingressei na volvo, empresa sueca bem conhecida.

Trabalhar com eles é uma convivência deveras interessante. Qualquer projeto aqui demora dois anos a concretizar-se, mesmo que a ideia seja brilhante e simples. É uma regra.

Os suecos debatem, debatem, realizam “n” reuniões, ponderações, etc.

E trabalham com um esquema muito mais “slowdown”. O melhor é constatar que no fim, isto acaba, sempre, por dar resultados no tempo deles (suecos) já que conjugando a necessidade amadurecida com a tecnologia apropriada, é muito pouco o que se perde aqui na Suécia.

RESUMINDO:

1 – A Suécia é do tamanho do estado de São Paulo (Brasil).

2 – A Suécia tem apenas dez milhões de habitantes.

3 – A sua maior cidade (Estocolmo) tem apenas 500 000 habitantes.

Os suecos podem estar enganados, mas são eles que me pagam o salário.

Devo dizer que não conheço nenhum outro povo com uma cultura coletiva superior à dos suecos. Vou contar-vos uma pequena história, para ficarem com uma ideia:

A primeira vez que fui para a Suécia, em 1990, um dos meus colegas suecos apanhava-me no hotel todas as manhãs. Estávamos em Setembro, já com algum frio e neve. Chegávamos cedo à Volvo e ele estacionava o carro longe da porta de entrada (são dois mil empregados que vão de carro para a empresa). No primeiro dia não fiz qualquer comentário, nem tão pouco no segundo ou no terceiro. Num dos dias seguintes, já com um pouco mais de confiança, uma manhã perguntei-lhe:

“Vocês têm aqui lugar fixo para estacionar? Chegamos sempre cedo e com o parque vazio estacionas o carro mesmo no seu extremo …

E ele respondeu-me com simplicidade:

“É que como chegamos cedo temos tempo para andar, e quem chega mais tarde, já vai entrar atrasado, portanto é melhor para ele encontrar um lugar mais perto da porta. Não te parece?

Imaginem a minha cara! Esta atitude foi o bastante para que eu revisse todos os meus conceitos anteriores.


Nota Final: Compare-se este conceito de um cidadão sueco com permanentes atitudes e conceitos, que podemos analisar no PORTUGAL de hoje!

Por exemplo: Gente com emprego certo, bom salário, que faz manifestações de rua ilegais esquecendo outra gente sem emprego, sujeita a despedimentos sumários ou até; milhares de pessoas que pagaram as suas reformas e tiveram de deixar de comprar medicamentos necessários à sua saúde, por elas terem sido escandalosamente reduzidas, etc. Tudo para salvarem o seu país de uma bancarrota que a "todos" submeteria a uma, ainda mais profunda, “austeridade”. Uns pagam o bem de todos. Outros sentem-se intocáveis! Muito egoismo, tem de ser varrido do nosso país.

 

 

 

 

 

publicado por luzdequeijas às 15:50
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Sexta-feira, 22 de Novembro de 2013

BRINCAR COM O FOGO

 

A mente ocupada esquece facilmente as agruras da vida, mesmo as mais penosas.

O futuro da nossa sociedade preocupa-me de algum modo.

A partir da situação actual, nada boa, a evolução será para a frente ou para trás?

Uma certa angústia parece segredar-me que sobrevoo um «rio sem regresso».

Aparece-nos na cabeça uma imagem antiga, passada dentro de um avião, que em Lisboa descolava para Nova Iorque. Ao meu lado, lívido, um sacerdote tinha descoberto que se havia enganado no voo. O destino que queria era Luanda. Tentei sossegá-lo dizendo-lhe que poderia tomar o mesmo avião de volta. Afinal só tinha perdido algumas horas e ganho, algum incómodo.

Hoje, talvez não tivesse pena dele. O nosso voo, ao que tudo indica não terá transporte disponível para o regresso. É muito pior! Um regresso muito desejado a uma sociedade transparente, mais humana e com predomínio da dignidade pessoal, pode estar em perigo. Brincar com o fogo, com os Bombeiros em greve, não! 

 

 

 

publicado por luzdequeijas às 12:50
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Quinta-feira, 21 de Novembro de 2013

DEFINIÇÃO DE JORNALISTA

 

Diz o artigo 1.º do Estatuto do Jornalista:


“ 1 - São considerados jornalistas aqueles que, como ocupação principal, permanente e remunerada, exercem funções de pesquisa, recolha, seleção e tratamento de factos, notícias ou opiniões, através de texto, imagem ou som, destinados a divulgação informativa pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou por outra forma de difusão eletrónica.

2 – Não constitui atividade jornalística o exercício de funções referidas no número anterior quando desempenhadas ao serviço de publicações de natureza predominantemente promocional, ou cujo objetivo específico consista em divulgar, publicitar ou por qualquer forma dar a conhecer instituições, empresas, produtos ou serviços, segundo critérios de oportunidade comercial ou industrial.”

Sobre a capacitação para a profissão, diz simplesmente este artigo que:

“Podem ser jornalistas os cidadãos maiores de dezoito anos no pleno gozo dos seus direitos civis.”     

publicado por luzdequeijas às 19:31
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O INFERNO EXISTE

Cabral, no Mar Índico, é bem recebido em Melinde


Tocados por sudoeste, perto do Cabo da Boa Esperança súbita tempestade afunda quatro naus. Entre elas, a de Bartolomeu Dias, o descobridor do Cabo deveras Tormentoso. É a segunda maldição. Chegando estão eles às portas do Inferno. Das 13 naus sobram 7.

No Porto de Sofala, a 16 de Julho, agora, das 13 sobram apenas 6. Falta mais uma. Falta a nave de Diogo Dias, o irmão de Bartolomeu . Terceira maldição.

As naus desconjuntadas, os companheiros mortos, o desalento. O Capitão-mor trata de animar a todos. Ninguém arreia, ninguém desiste, ninguém recua, ninguém arreda pé, antes quebrar que torcer, há missão para cumprir. Consertam as naus e outra vez se fazem ao mar.

Sobem a costa oriental da África. Avistam dois navios. Um foge e vara em terra. Outro é abordado e tomado. Fica então Cabral a saber que Foteima, o comandante, é tio do rei de Melinde. Por isso devolve-lhe a nave e presta-lhe honras, o que muito espanta o mouro. Serão depois bem recebidos em Moçambique. Talvez por temor das gentes, talvez por influência de Foteima que até ali os acompanha. Fazem aguada, reparam as naus e partem outra vez.

Recomendara El-rei D. Manuel que estabelecessem feitoria em Quiloa, reino que tem parte activa no comércio do ouro de Sofala. Mas o rei negoceia entendimentos. Quisera o Capitão-mor dar-lhe batalha, mas poucos já são eles para enfrentar os muitos homens do Samorim de Calecute.

 

publicado por luzdequeijas às 19:00
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O CÉU NA TERRA

 

No sábado pela manhã o Capitão-mor manda, Nicolau Coelho, Pero Vaz de Caminha e Bartolomeu Dias levarem a terra os dois mancebos. E muitos homens os cercam e falam e gritam mas tudo sempre em jeito de amizade. Também algumas moças, muito moças e gentis, com cabelos muito pretos e compridos a tombar pelas espáduas e suas vergonhas tão altas e cerradinhas que delas vergonha não pode haver.

 

No domingo de Pascoela determina o Capitão-mor que Frei Henrique cante missa num ilhéu que há na entrada daquele porto, a qual é ouvida com devoção, Cabral empunhava a bandeira de Cristo que trouxera de Belém. E durante a missa muitos nativos aproximam-se nas suas canoas feitas de troncos escavados. Alguns juntam-se aos navegantes tocando trombetas e buzinas. Os restantes saltam e dançam o seu bocado.

                                                          

Carta de Pêro Vaz de Caminha para D. Manuel I com as novas do achamento da Terra de Vera Cruz, Porto Seguro, 1 de Maio de 1500. Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Lisboa.

 

Metem-se depois os navegantes terra adentro e junto a uma ribeira que é de muita água, encontram palmas não muito altas. Colhem e comem bons palmitos. Então Diogo Dias, que é homem gracioso e de prazer, leva consigo um gaiteiro e mete-se a dançar com todo aquele povo, homens e mulheres, tomando-os pelas mãos, com o que eles folgam e riem muito ao som da gaita.

Não há vestígio nem de guerra, nem de traição, nem de perfídia, nem sequer de receio. Já vacila o Capitão-mor na sua desconfiança.

 

Na 6ª. feira opina irem à cruz que colocaram encostada a uma árvore junto ao rio. Manda que todos se ajoelhem e beijem a cruz. Assim o fazem e, para uns doze nativos que mirando estão, acenam que assim façam. Eles ajoelham-se e assim o fazem.

Ao Capitão-mor já lhe parece aquela gente de tal inocência que, se fosse possível entendê-los e fazer-se entender, logo seriam cristãos. Não têm crença alguma, ao que parece. Os degredados que hão-de ali ficar, hão-de aprender a sua fala e não duvida o Capitão-mor que bem conversados logo sejam cristãos, porque esta gente é boa e muito simples. E Nosso Senhor, que lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens, ao trazer cristãos àquela terra, Cabral crê que não foi sem causa.

Ainda nesta mesma 6ª. Feira, dia primeiro de Maio, indo os navegantes pelo rio abaixo, os sacerdotes à frente, cantando em jeito de procissão, setenta ou oitenta daqueles nativos metem-se a ajudá-los a transportar e a colocar a cruz junto à embocadura. E quando, já na praia, Frei Henrique canta a missa, todos eles se ajoelham como os portugueses. E quando vem a pregação do Evangelho, levantam-se os portugueses e com eles levantam-se os nativos. E os cristãos erguem as mãos e os nativos erguem as suas. E quando Frei Henrique levanta a Deus, outra vez se ajoelham os navegantes e com eles os nativos. Já acha o Capitão-mor que a inocência desta gente é tal que a de Adão não seria maior.

 

Esta terra será imensa, dela não se vê o fim. De ponta a ponta é toda praia chã, muito formosa. E os arvoredos, com muitas aves coloridas, correm para dentro a perder de vista. Alguns dos paus são de madeira avermelhada, cor de brasa. Os ares são muito bons e temperados. As fontes são infindas. Querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. Mas o melhor fruto, a principal semente, pensa Cabral, será a de salvar o seu povo que tão gentilmente ali vive em estado natural.

Manda Pero Vaz de Caminha escrever novas da descoberta. Depois manda Gaspar de Lemos levar a carta a El-rei e ele parte, com a sua nau, rumo a Lisboa. Das 13 agora restam 11. Abalam de Vera Cruz a 2 de Maio. Em terra ficam dois degredados para aprender a fala do povo. Mais dois grumetes que, por vontade própria, faltaram ao embarque. Os rapazes são cativos das nativas, seus cabelos muito pretos e compridos a tombar pelas espáduas, suas vergonhas tão altas e cerradinhas que delas vergonhas não pode haver...

Abalando deste Paraíso, corroído de inocência, lá vai o Capitão-mor. Será maleita perigosa a diluir-lhe o ímpeto guerreiro, pois tem agora que enfrentar as guerras e perfídias do Inferno.

publicado por luzdequeijas às 18:46
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O INFANTE, AS CRUZADAS E O IMPÉRIO

 

O Infante D. Henrique era o governador da opulenta Ordem de Cristo, que herdara as riquezas da Ordem dos Templários em Portugal.

Os três grandes motivos dos descobrimentos portugueses foram: Deus, o Rei e o Ouro.

Em D. Henrique, o Navegador, essas motivações são claramente encarnadas.

Perto do promontório de Sagres, o cabo de S. Vicente é um "navio" sempre pronto a entrar mar dentro. O infante D. Henrique, Grão-mestre da Ordem de Cristo, mandou edificar, na orla marítima, uma escola de navegação onde ensinaram os melhores matemáticos e cosmógrafos estrangeiros. Estes, e alguns portugueses versados na arte de navegar estudaram e aprofundaram os conhecimentos através das cartas de marear.

D. Henrique funda um observatório astronómico (para determinar a posição relativa dos astros, o que era fundamental para a navegação). Foram criados estaleiros para a construção de navios e, todos os anos era lançada à água uma caravela (embarcação, relativamente pequena e de velas latinas ou seja, de forma triangular). Era sempre capitaneada por um cavaleiro ou escudeiro ao serviço de D. Henrique.

O Infante D. Henrique foi uma personagem muito intrigante, com uma certa misteriosidade e secretismo, também os seus motivos e objetivos das suas navegações foram discutidas e diferenciadas, mas, sem dúvida foi o condutor da expansão ultramarina.

publicado por luzdequeijas às 18:33
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OS DINOSSAUROS AUTÁRQUICOS

A Voz da Razão

A medida

Os dinossauros autárquicos só serão extintos por exaustão

 

 

Limitar os mandatos autárquicos e ‘renovar’ a política nativa fica sempre bem na lapela demagógica.  Mas como operar esse milagre se os partidos vivem do caciquismo local?

O legislador encontrou uma forma engenhosa para ‘limitar’ os dinossauros sem necessariamente os ‘extinguir’. Como? Cozinhando uma lei propositadamente ambígua para que fossem os tribunais, e não os políticos, a assumir as despesas do veredicto.

Aconteceu: depois dos trambolhões pelos tribunais da província, a coisa chegou ao Palácio Ratton, que sem surpresas fixou doutrina. Os dinossauros só podem ter três mandatos no mesmo território; do quarto ao sexto, terá que ser no território ao lado; do sétimo ao nono, mais ao lado ainda; e assim sucessivamente, até que a única ‘extinção’ possível seja mesmo por exaustão.

A lei foi ‘mal feita’, como dizem os crentes? Errado. A lei foi feita exatamente como tinha de ser.


João Pereira Coutinho

publicado por luzdequeijas às 15:37
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O CONCELHO DE OEIRAS

 

A situação geográfica privilegiada do Concelho, associada às características físicas bastante atractivas foram alguns dos factores que contribuíram para que o território do concelho constituísse, desde a Pré-história, o suporte para as actividades humanas nele posteriormente desenvolvidas.

A existência, no interior, de alguns "cabeços" ou altos, proporcionaram o estabelecimento de alguns núcleos castrenses agro-pastoris. É exemplo deste tipo de ocupação, o Castro Eneolítico de Leceia, classificado como imóvel público (desde de 1963) e constituído por estruturas habitacionais e defensivas típicas de um antigo povoado calcolítico pré-companiforme.

Vestígios de períodos anteriores existem no Concelho, como por exemplo, a Gruta da Ponte da Lage, ocupada pelo homem desde o Paleolítico até à Idade do Ferro, e a Jazida do Ferro de Outurela, também da Idade do Ferro.

A descoberta de materiais originários da Fenícia, indiciam o estabelecimento de relações comerciais com regiões do Mediterrâneo, facto que se prende com a posição privilegiada de Oeiras no estuário do Rio Tejo.

Relativamente ao período da ocupação romana, existem no Concelho poucos vestígios, o mesmo acontecendo à época muçulmana, do qual apenas se conhecem influências na Toponímia: Alcássimas, Algés, Alpendroado, Almocovada, etc.

Os séculos XII e XIII correspondem ao período de fixação de ordens religiosas (conventos) e à construção de alguns fortes ao longo da orla marítima do Concelho. "Oeiras", passou a ser a designação para o primitivo Reguengo limitado a nascente pela Ribeira do Jamor.

As primeiras referências oficiais a Oeiras, surgem em documentos do século XIV - Diploma da Chancelaria do Rei D. Dinis. No século XVI, são construídos o Mosteiro de Frades Arrábidos sobre os rochedos da Cruz Quebrada e o Convento de S. José de Ribamar em Algés, que se tornam locais muito atractivos.

Ainda no século XVI, durante o reinado do rei D. Manuel, deu-se início ao desenvolvimento de uma certa actividade industrial e comercial, nomeadamente com a construção das primeiras oficinas para a manipulação da pólvora, em Barcarena, a exploração das pedreiras e a construção de fornos de cal em Paço de Arcos, bem como o desenvolvimento de actividades agrícolas, principalmente a cultura da vinha e mais tarde dos cereais, praticamente em todo o concelho.

No século XVII, foram instituídas com início em Paço de Arcos, carreiras de barcos, destinadas ao transporte de mercadorias. Com o objectivo de defender e controlar a passagem dos navios na entrada da Barra, construíram-se alguns fortes nomeadamente, o Forte de S. Julião da Barra, Forte das Maias, Forte do Catalazete, Forte da Giribita, Forte de S. Bruno, Forte da Conceição de Algés, Forte de S. José de Ribamar, Forte de S. Pedro, etc.

Durante os séculos XVII e XVIII, começam a ser construídos palácios e grandes quintas de recreio, locais onde se encontravam associados os aspectos agrícola e de recreio. Estas quintas vão localizar-se junto às ribeiras, que constituem locais privilegiados para o desenvolvimento da agricultura muito produtiva e com produtos de qualidade. De facto, as áreas ribeirinhas são áreas com aptidão natural para o regadio, dada a proximidade ao recurso à água e à qualidade dos seus solos, e por esse motivo o Concelho de Oeiras funcionou desde essa altura até há muito pouco tempo atrás, como uma das principais áreas abastecedoras de produtos alimentares para a população da cidade de Lisboa.

 

A partir do século XVIII iniciou-se um período de grandes e profundas transformações. A elevação da povoação a Vila e a formação do Concelho, permitiram uma certa autonomia administrativa do território, proporcionando o seu desenvolvimento económico e social. A partir deste momento, a história do Concelho de Oeiras, fica ligada a uma grande e mítica figura daHistória de Portugal - o Marquês de Pombal.

Como testemunho da riqueza gerada neste período, o Concelho possui hoje um vasto património construído, nomeadamente palácios e quintas, igrejas e capelas, moinhos, pombais, chafarizes, aquedutos, etc.

Entre o século XIX e os anos 40 do século XX, o Concelho assistiu a um período de grande desenvolvimento ao nível das infra-estruturas de transportes (comboio eléctrico, por exemplo) e à construção de moradias de recreio e quintas para a fruição das boas características ambientais do Concelho. Surge a moda das praias, banhos de mar, desportos náuticos, casinos, festas, etc., pelo que esta área começa a ser um ponto de atracção da população sobretudo de Lisboa mas também de outras partes do País.

Como consequência da construção e expansão do caminho de ferro, instalam-se no Concelho um conjunto de unidades industriais nomeadamente a Fábrica de Papel, Fundição de Oeiras, Lusalite e os Fermentos Holandeses. Também se assiste, nesta época, à dinamização social e cultural do Concelho, que se traduziu na fundação de várias sociedades recreativas e desportivas, teatros, etc.

Posteriormente, assiste-se ao início de um período caracterizado pela concentração das actividades económicas, ou seja do mercado de trabalho, na cidade de Lisboa, e consequente abandono da população, da capital para os novos bairros residenciais, com boa acessibilidade à capital, que entretanto foram sendo construídos nos concelhos vizinhos. Esta época, caracterizou-se pela expansão demográfica do concelho que teve como principais repercussões, um aumento na procura e consequentemente um crescimento do ritmo de construção de zonas habitacionais e respectivas áreas para equipamentos e infra-estruturas. Como resposta a este contexto socio-económico, surge o primeiro estudo urbanístico local - o Plano Urbanístico da Costa do Sol - P.U.C.S. (1948).

O ritmo a que se processou toda a expansão demográfica e consequente pressão sobre o espaço ainda disponível para construção, sobretudo  na década de 1960-70, traduziu-se no apelo à construção massiça em detrimento da construção de equipamentos, deficientes infra-estruturas, degradação do património construído, paisagístico e ambiental. Em situações, onde a oferta de habitação não se adequa à procura, assiste-se à implantação de núcleos clandestinos ou bairros de barracas.

publicado por luzdequeijas às 15:31
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QUEIJAS - LUGAR

 

Era um dos planaltos cerealíferos, em especial terrenos de trigo de Oeiras, que alimentaram tanto as legiões romanas, como mouros e cristãos.

Situada a uns cinco quilómetros da entrada da nossa capital, fica localizada em local soalheiro e ventoso, entre Carnaxide, Caxias, Barcarena, Velejas, Serra de Carnaxide, a CREL e A5 e o território do Estádio Nacional.

A toda esta zona de altitude acentuada, se chamou em tempos mais remotos, a Serra de S. Miguel.

Queijas antigamente, pela sua reduzida dimensão, na altura teria trinta e poucos habitantes, não terá tido muitos estragos no ano de 1755 com o terrível terramoto acontecido, ao contrário das localidades vizinhas, principalmente Carnaxide.

Durante muitos anos, mais não existia neste lugar do que uns sessenta fogos, aos quais se conseguia chegar pela estrada das Várzeas e pelas ruas da Quinta do Bonfim, da Fonte, da Telha e do Lameiro.

Queijas como todos os lugares da freguesia, no ano de 1833, foram vítimas de um terrível flagelo que muito prejudicou a vida normal das pessoas. Na verdade, a epidemia de cólera e febre-amarela atingiu duramente a população deste lugar, causando inúmeras vítimas. Mesmo assim, muita gente terá até fugido de Lisboa para Queijas e Linda- a - Pastora, na esperança de que a sua altitude e bons ares os protegessem.

Porém, também elas viram, estranhamente, a morte levar lados inteiros das ruas deixando os outros lados incólumes, mas logo voltava atrás para acabar a sua mórbida missão.

A orfandade e a viuvez foram terríveis, não havendo braços para sepultar tanta gente. Os campos iriam ficar por cultivar, as casas abandonadas, pois o ânimo faltava, os braços para trabalhar também!

A vida aos poucos foi tomando a sua normalidade e em pleno século XIX, toda a freguesia de Carnaxide foi "assaltada" por gente endinheirada, empresários, quadros do funcionalismo público, políticos e nobres dominantes, procurando nesta região, casas de aldeia ou mesmo quintas, para mudança de ares ou simples veraneio.

Em Queijas ficaram desse tempo bonitas quintas como a da "Senhora Alemã", ou a conhecida Quinta da “Fonte da Telha”..

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Quarta-feira, 20 de Novembro de 2013

ABSALÃO

 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

"O Banquete de Absalão". Obra atribuída a Niccolò de Simone.

Absalão (Hebraico: אַבְשָלוֹם, Avshalom, em Tiberiano: ʼAḇšālôm, literalmente "meu Pai é Paz" 1 ) foi o terceiro filho do Rei David, segundo o Antigo Testamento, era rebelde e tentou usurpar o trono de seu pai.

Sendo o terceiro filho de Davi, era o único filho com Maacá, filha de Talmai, rei de Gesur,2 nascido em 1000 a.C..

Absalão era admirado por sua beleza, sem defeito, notável por sua longa cabeleira.

  1. A narrativa de Tamar - Davi teve com Maacá uma filha chamada Tamar, que se tornou uma linda mulher. Tamar foi estuprada pelo filho mais velho de Davi,Amnon,3 em cerca de 1050 a.C. Absalão seu irmão, manteve-a em sua casa e planejou vingar este ato. Esperou dois anos e então convidou todos os filhos de Davi para a festa da tosquia das ovelhas, em Baal-Hazor, perto de Efraim. Embora Davi tenha sido convidado ele não aceitou o convite, embora os demais tivessem aceitado. Enquanto os convidados comiam e bebiam, os servos de Absalão já previamente combinados assassinaram Amon. Os restantes fugiram para Jerusalém e contaram a Davi o sucedido, o que lhe ocasiou uma grande tristeza. Absalão fugiu para Gesur e ali ficou durante três anos com seu avô, o rei Talmai.4
  2. A volta a Jerusalém - Davi continuava amando a Absalão e este deseja voltar. Joabe mediou este retorno e Davi o chamou de volta, mas durante dois anos Absalão não pode comparecer à presença do rei. Posteriormente a reconciliação aconteceu de maneira completa,5 em 1036 A.C.
  3. Ambições de Absalão - Absalão começou a traçar planos para substituir a seu pai no trono. Amon, seu irmão mais velho estava morto. Restava ainda Quileade, mas somente Absalão era de sangue nobre, porque sua mãe era filha de um rei. Aparentemente Quileade morrera cedo, pois após II Sam.3:3 não há mais menção ao seu nome. Mas se Davi quisesse poderia escolher um dos filhos mais jovens e rejeitar a Absalão. Tal direito foi exercido quando Davi escolheu a Salomão e este tornou-se rei, embora não fosse ele o herdeiro presuntivo por questão de idade. Em II Sam. 7:12 havia uma predição de que o rei seria sucedido por um filho que na época da profecia ainda não havia nascido. Muitos tinham conhecimento disso, talvez até mesmo Absalão.Com astúcia, Absalão convenceu a muitos para a sua causa,6 dando a entender que seria melhor juiz que seu pai.7
  4. A revolta - Os planos de Absalão começaram a se concretizar. Após quatro anos de seu retorno de Gesur a Jerusalém, ele já se encontrava preparado para dar o seu golpe. Retirou-se para Hebrom e ali se declarou rei. Contava com o apoio de grande parte da população e Davi teve que deixar Jerusalém e ir para Maanaim, do outro lado do rio Jordão,8 para se proteger e planejar sua resistência.
  5. Triunfo de Davi em Jerusalém - Quando Absalão descobriu que Davi não se encontrava mais em Jerusalém, foi para lá e se apossou do poder sem qualquer resistência. Absalão, seguindo conselhos de Aitofel, (que fora conselheiro de Davi), perseguiu a Davi procurando não lhe dar tempo do golpe sofrido.9 Husai que havia sido enviado por Davi para ajudá-lo junto a Absalão, procurando ganhar tempo, convenceu a Absalão para reunir primeiro um contigente maior de forças que lhe garantisse a vitória. Isso feito, Davi teve tempo para reunir uma força poderosa, três divisões comandadas por Joabe, Abisai e Itai.10
  6. A batalha - Joabe, que era o comandante-em-chefe usou a tática de atrair o adversário para os bosques, para então cercá-lo. Fazendo assim, a maioria dos homens de Absalão foi destruída com facilidade, enquanto o restante fugiu.Isso se passou na floresta de Efraim.11
  7. Morte de Absalão - Quando Absalão fugia em uma mula ligeira, conforme 2samuel 18. 9 sua cabeça ficou presa no carvalho e ele ficou suspenso no ar. Embora Davi tenha dado a ordem para que não o matassem, Joabe o transpassou com três dardos, depois dez jovens que levavam as armas de Joabe feriram a Absalão e o matou. Seu corpo foi jogado em uma cova, com um monte de pedras por cima12 em cerca de 967 A.C.
  8. A tristeza de Davi - O amor de Davi por Absalão sempre permaneceu o mesmo e a notícia de sua morte causou-lhe uma profunda tristeza.13 Davi parece ter sido um pai amoroso, mas fraco, por dar preferências a um em detrimento de outro, o que talvez explicasse o desvio de Absalão.
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A MORTE DO BEZERRO

Significado: Estar distante, pensativo, alheio a tudo. 


Histórico: Esta é bíblica. Como vocês sabem, o bezerro era adorado pelos hebreus quando se afastavam de sua religião e, em outras ocasiões, sacrificados a Deus num altar. Quando Absalão, por não ter mais bezerros, resolveu sacrificar uma bezerra, seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, se opôs. Em vão. A bezerra foi oferecida aos céus e o garoto passou o resto da vida sentado do lado do altar "pensando na morte da bezerra". Consta que meses depois veio a falecer.

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Terça-feira, 19 de Novembro de 2013

HEIN SEMKE

O notável artista alemão Hein Semke, falecido em 1995, viveu em Linda - a - Pastora e trouxe à vida artística portuguesa uma modernidade expressionista.

O que muita gente ignora é que entre 1924 e 1944, em Linda - a - Pastora, houve um fascinante foco cultural, artístico e literário, desenvolvido por alemães lá residentes, no qual Semke se integrou nos anos 30.

A irradiação desse circulo cultural e espiritual atraiu outros estrangeiros e até artistas, jornalistas e intelectuais portugueses que o frequentaram.

Através de Teresa Balté, companheira de Semke desde 1967 e que sobre ele escreveu e organizou o livro Hein Semke - A Coragem de Ser Rosto, editado em 1984 pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda e que procedeu a uma paciente e devotada busca das suas obras dispersas ou esquecidas e ao seu inventário, soube-se dessa "atalaia" de letras e artes, publicada na revista MVSEV, do Museu Nacional Soares dos Reis, Porto, no seu número 15 (II série) em 1972, sob o título Else Althausse , o Génio Famoso de Linda - a - Pastora..

Embora não assinado, as suas trinta e tal sugestivas páginas, que recomendamos, foram escritas pelo marido de Else, o português Henrique Westenfeld .

Else foi uma artista plástica alemã que trouxe para Portugal o então chamado " Estilo Novo" e foi precursora das artes gráficas modernas. Trabalhou como ilustradora da revista ABC e do seu suplemento infantil, o ABCzinho.

O seu espólio encontra-se no Museu Soares dos Reis e nele há uma aguarela da capela de Valejas e um desenho à pena inspirado no cemitério de Carnaxide.

Um dos fulcros dessa actividade cultural situava-se na Casa da Marta, de Marta Ziegler, que viera para Portugal depois da Primeira Grande Guerra, foi enfermeira da Cruz Vermelha, trabalhou com o professor Carlos Santos e era apelidada de "Menina Marta", pelos habitantes de Linda - a - Pastora, aos quais facultava delicadamente serviços de enfermagem gratuitos. 

Os mais idosos lembram-se ainda bem dela. Morava no actual Beco Manuel Pereira Azevedo, n.º 2, para onde Hein Semke se transferiu quando foi viver com ela.

publicado por luzdequeijas às 16:36
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SILVÉRIO MARTINS

Natural de Linda - a - Pastora, Silvério Martins foi discípulo, em Mafra, do estatuário Alexandre Giusti.

Foi apreciável barrista e entalhador, vindo a falecer em 1795. Concebeu alguns presépios que se foram lamentavelmente perdendo mas, na Igreja de Nossa Senhora do Cabo, em Linda - a - Velha, ainda podemos apreciar um estimado baixo-relevo, em barro pintado, de grandes dimensões, representando a caminhada de Cristo para o Calvário, e as imagens de S. Sebastião (datada de 1781) e de Santo Amaro (já danificada). Os casos apresentados são um exemplo que nos permite ajuizar da extensão e do apreço em que era tida a mensagem do presépio, a sua grande arte, a atravessar toda a sociedade, desde o nível palaciano ao conventual, desembocando no popular.

 

publicado por luzdequeijas às 16:33
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A MULHER POETA

AMOR

Amor é a asa suave de uma pomba que rasga o céu, branca, delicada.

Ou a asa rude de um corvo, negra e afiada.

É um girassol, num campo incendiado,

O deserto perverso que esconde a solidão.

É vento que fustiga, areia que doi, sabor de ter mesmo não tendo nada,

É o abraço no momento certo, a mortalha leve que envolve a vida,

Ou uma batalha que antes do começo está perdida,

Pode ser dar, nada receber, pode ser desprezo e permanecer

Só á espera de um dia o dia não nascer.

 NINITA

publicado por luzdequeijas às 16:31
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SABER TUDO À CERCA DE NADA


Formaremos milhares de jovens que saberão «tudo acerca de nada», mas incapazes de usar o português básico”. “ De outro modo seremos cada vez mais um país de licenciados, o que é bom para as estatísticas mas de pouco ou nada serve. Formaremos legiões de especialistas em inúmeras coisas, provavelmente muitas sem interesse prático para as nossas necessidades. Milhares de jovens que saberão tudo acerca de nada, mas as mais das vezes incapazes de usar o português básico ou de calcular, sem recorrer a uma máquina, uma operação aritmética simples, da tabuada elementar. Coisas que os seus pais já sabiam na 4ª classe.”       

 

                                                     Expresso 17 Agosto 2002

 

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ANJOS DA EDUCAÇÃO

 

Um estudo recente da Comissão Europeia, apresenta de forma clara e inequívoca o que há muito se sabia: a qualidade da educação portuguesa é medíocre.

(...) A qualidade da educação é medíocre de duas formas. Em primeiro lugar o produto do processo educativo é insuficiente. Por exemplo em competências como «leitura», «matemática», e «ciência» Portugal tem uma percentagem de estudantes com resultados insuficientes de 27,22 e 27 %.

Nenhum outro país tem resultados tão negativos em todos os indicadores e apenas a Grécia e o Luxemburgo se aproximam de nós. Em segundo lugar, combinando o PIB e os resultados das escalas de PISA, Portugal é o país que pior gasta no ensino. Por exemplo, o Estado português gasta cerca de 5,73% do PIB em educação e este valor está a subir. Na UE os gastos são de 5,03% e estão a descer.

Que razões há para esta situação de ineficiência no uso do dinheiro público na educação? Basicamente, recursos a mais e excessivamente remunerados.

Por exemplo, Portugal paga aos seus professores salários relativos muito superiores a outros países,”                                 

 

 Expresso 06 Julho 2002

publicado por luzdequeijas às 16:21
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EDUCAÇÃO MAIS TRANSPARENTE

                                  

 

“ O novo ministro da educação deu esta semana a sua primeira grande entrevista ao «Diário de Notícias”. David Justino um economista doutorado em sociologia, mostrou saber o que quer e para onde vai mais cedo que os seus pares, talvez por já ser «ministro-sombra» do PSD.E fê-lo de uma forma clara e sem grandes subterfúgios.

Os alunos do ensino básico vão deixar de passar com reprovação a mais de duas disciplinas. (...) David Justino promete reintroduzir os exames do 9º ano até ao fim desta legislatura. Também quer desburocratizar os processos disciplinares e reforçar a autoridade dos professores. Mas, não aceita o abandono escolar, até porque é «legal».

Para o ministro «a educação não é só um direito: é um dever. O país não pode prescindir de valorizar o seu capital humano. É uma obrigação de todos, de cidadania.

Ao longo da entrevista, David Justino afirma que o anterior Governo tratou a Educação como «uma amante caprichosa, daquelas a quem se dá dinheiro para estar calada». Por isso se diz, «a situação está calma, mas o preço que se pagou foi o da desqualificação». (...) Diz que é preciso moralizar a situação, mas não adianta muito em relação à forma como o irá fazer. (...) Porque não submeter todos os alunos, mesmo os do ensino recorrente aos mesmos exames? Por que não obrigar a que, como acontecia antigamente, todos os alunos dos colégios façam os seus exames em escolas oficiais? Afinal, pôr todos em igualdade de circunstâncias, pelo menos nos exames, é fácil e pode ser feito já este ano.”

 

Expresso 27/04/02

publicado por luzdequeijas às 16:18
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GLOBALIZAÇÃO E ÉTICA EM DEBATE

 

“ A ACEGE quer estabelecer a ponte entre o mundo empresarial e a doutrina social-cristã”.

 

“Desenvolvimento, Globalização e Ética é o tema do Congresso Nacional da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), na próxima semana, em que participarão o cardeal-patriarca de Lisboa, José Policarpo, economistas, empresários e catedráticos. Debater os impactos da globalização enquanto motor de desenvolvimento sem esquecer os valores essenciais ao Homem é o desafio lançado. Bruno Bobone, vice-presidente da ACEGE, afirma que actualmente «é fundamental uma cultura de responsabilidade por parte dos empresários, criadores de riqueza, quanto a preocupações de valores e ética na vida corrente das empresas». É neste contexto que a associação, fundada em 1952, pretende de uma forma renovada e dinâmica «mobilizar as consciências das pessoas envolvidas no mundo das empresas, promovendo a doutrina social cristã», adianta.

 

O congresso, que terá lugar nos próximos dias 20 e 21, no Centro Cultural de Belém, conta com a presença de Cavaco Silva, José Roquete, Jardim Gonçalves e Manuela Ferreira Leite, entre outros. O tema escolhido pretende abrir portas à doutrina social-cristã enquadrando o conceito de ética dentro das empresas. Segundo Bruno Bobone, a globalização «tem sido a razão de grande desenvolvimento económico mas também motivo de grandes crises sociais».

Neste contexto, defende uma cultura de responsabilidade empresarial que, por via da doutrina social-cristã, promova e ajude os empresários e gestores a criar riqueza tendo em conta o valor intrínseco de cada indivíduo. Para isso é preciso ter consciência de que as empresas existem para servir o Homem e não para se servirem dele, refere Bruno Bobone, adiantando que o objectivo da associação passa por promover uma maior harmonização entre o mundo empresarial e as necessidades sociais inerentes a cada indivíduo, motivando-o, de forma a melhorar os índices de produtividade e garantindo a criação de riqueza no futuro.

«Acabar com o facilitismo, o proveito imediato e a permissividade» é uma das receitas eficazes para o sucesso de qualquer empresa a longo prazo, afirma Bruno Bobone, acrescentando que «70% do tempo que estamos acordados, são passados dentro das empresas»».

Com mais de 300 associados, a ACEGE reúne empresas e gestores de grandes organizações criadoras de riqueza que têm como fio condutor a doutrina social-cristã. Entre eles encontram-se Ricardo Salgado, Artur Santos Silva, Jardim Gonçalves, Vasco Mello e Ludgero Marques.” 

 

publicado por luzdequeijas às 16:14
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"SEDES DE RENOVAÇÃO"

 

“Naquele quarto andar da Duque de Palmela repetem-se as cabeças grisalhas, parcas em cabelos e certezas de um Portugal melhor. Mesmo assim, ali estão, como noutros tempos, dispostos a estudarem o pântano e sobre ele descobrirem uma réstia de fertilidade. Foi na passada terça-feira à noite que a Sedes – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social – voltou a organizar um debate desta vez sobre “ A situação política e económica nacional após as eleições autárquicas “. Na mesa, António Barreto, Pedro Ferraz da Costa, e Rui Manchete, moderados por Rui Vilar. Entre todos alguns traços comuns: a geração, a participação cívica, e uma certa lucidez que o desencanto, o humor e a inteligência favorecem. Sem grandes descobertas ou ideias luminosas a aflorarem todos se interrogavam: Que resposta para tamanha paralisia? “ Encontrar gente muito mais nova “ alguém, entretanto acrescentou: “ É difícil que os partidos o façam “.

Depois da perda do Ultramar, o País ainda não encontrou uma mística, um rumo, alguma coisa não preenchida com a sucedânea da Integração Europeia. O que fazer? Esgotado o tempo do debate, uma voz firme ouve-se no fim da sala. Uma mulher. De talvez 40 anos, pede para falar. Apresenta-se Sofia Galvão, advogada, ali pela primeira vez porque se inscreveu na Sedes. Entre outras considerações... Prossegue:” Há um problema de captação de elites porque os partidos não querem fazê-lo. Querem manter a mediocridade em que se movem. As elites terão de vir de outras formas de apuramento como seja de organizações que a sociedade civil impõe à política. Como a Sedes “.

 

O INDEPENDENTE 21-12-2001

 

publicado por luzdequeijas às 16:08
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A LÃ PELOS VALADOS

 

Os silvados são de grande importância na proteção das linhas de água e valados, na redução da erosão e na manutenção da segurança e demarcação das propriedades rurais. Também, no fornecimento de alimento e abrigo a numerosas espécies de fauna.

As ovelhas não criam caminhos para andar, elas andam, normalmente, nos caminhos do seu Pastor, mas por vezes, também saltam valados e atravessam os seus silvados. É aqui que cabe ao pastor estar atento e evitar que isto aconteça, porquê? Senda a lã, um produto de bom valor comercial, esta incursão, das ovelhas mais aventureiras para fora do rebanho, origina que as ovelhas ao atravessarem as silvas deixem ficar nelas, quantidades valiosas desta matéria-prima.

Assim, não espanta que se oiça da voz do povo uma expressão muito popular; “ Não deixem a lã ficar pelos valados”. Tristemente, é isso que a maioria dos nossos políticos tem feito aos interesses gerais do Estado!

publicado por luzdequeijas às 13:31
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Segunda-feira, 18 de Novembro de 2013

A ÚLTIMA DÉCADA

 

Analisando os indicadores dos últimos dez anos, o que notamos? A população envelheceu ainda mais, pois a natalidade continuou a níveis muito baixos. Hoje já há mais portugueses com mais de 65 anos do que com menos de 15 anos. Milhares de portugueses foram turistas, aumentando a nossa dívida pública!

Somos um dos países com mais automóveis por habitante, do mundo, terceiros na Europa, apenas ultrapassados pela Itália e pelo pequeno Luxemburgo. Em contrapartida, os portugueses são dos que leem menos jornais diários. Preferem a televisão, em frente da qual passam mais horas do que qualquer outro povo da União Europeia, sendo que à sua frente embrutecem, pois os canais generalistas estão quase reduzidos à transmissão ininterrupta de telenovelas. Por fim, o Governo entrou a fundo nas obras públicas. 

Porque o fez este Governo, que assinou o acordo com a TROIKA? Porque não cortou nos seus gastos, porque gastou à “tripa forra” e depois não conseguiu cumprir o Pacto de Estabilidade. O caminho que seguiu, foi fingir que fazia alugueres e inventar as denominadas "Portagens Virtuais" que são, uma forma de esconder a divida do Estado no balanço das empresas privadas, ocultando-a, assim, do orçamento que foi, neste período governamental, uma peça virtual. O Governo socialista praticamente não pagou nenhuma das estradas que esteve a fazer. Foram as construtoras que as pagaram, ficando o Estado a dever. Essas obras serão pagas durante os próximos 20 ou 30 anos com taxas de juro elevadíssimas face àquilo que são as taxas da dívida pública. Na verdade, o que aconteceu foi um brutal endividamento oculto do país, que as gerações futuras pagarão com língua de palmo. Os futuros governos terão de pagar, com juros altos, as obras deste Governo. O nosso potencial de crescimento económico está, assim, ameaçado de forma muito séria, pois estamos a falar de muitos milhares de milhões de euros.

Julgo que é importantíssimo sensibilizar a opinião pública para o que aconteceu, pois só ela terá força suficiente para travar esta política suicida, se estiver consciencializada. 

Na área da educação, foram construídas dezenas de Mega-Escolas luxuosas! Aqui imperou o truque das Parcerias Público-Privadas, uma outra forma de desorçamentação. 

Se temos escolas melhor equipadas, equipamentos do ensino superior novinhos em folha e se o investimento público em educação é, em percentagem do PIB, dos mais elevados da OCDE, a verdade é que continuamos na cauda da Europa quando olhamos para os resultados obtidos pelos estudantes e quase desanimamos quando percebemos que podemos estar até a retroceder. Dos que entram para o ensino superior, apenas 50 por cento terminam as suas licenciaturas.
Mas o mais preocupante, é que há indicadores que apontam para uma menor crença no valor acrescentado da educação, uma coisa que nunca foi muito elevada entre a maioria dos portugueses, mais predispostos a acreditar na “sorte”, na “cunha” ou nos “esquemas” para progredir na vida do que dados a “queimar as pestanas” a estudar.

Um novo estatuto da carreira docente, revalorizou os salários dos professores, que no topo da carreira são, em paridade de poder de compra, dos mais elevados, senão os mais elevados, da União Europeia. Mesmo assim, as greves são quase uma constante na Educação, enquanto os professores se recusam a fazer provas de avaliação da sua capacidade profissional!

publicado por luzdequeijas às 17:00
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HOJE E NOUTROS TEMPOS

 

Na verdade, noutros tempos, não houve uma onda verde. Naqueles tempos, que vão longe, as pessoas apanhavam o autocarro ou o elétrico e os meninos iam nas suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de “táxi 24 horas”.

Mas é risível que a atual geração fale tanto em "meio ambiente", mas não queira abrir mão de nada e nunca pense em viver um pouco como se viveu noutras épocas? Sim, hoje Portugal tem uma das maiores redes de autoestradas da União Europa a 15, ao nível de quilómetros por habitante e por área. De acordo com dados hoje divulgados pelo gabinete comunitário de estatística, em 1990 existiam no País 258 automóveis por cada mil habitantes, o que colocava Portugal claramente abaixo da média da União Europeia (355). Em 2004, porém, o rácio passou para 572, fazendo saltar o País para o terceiro lugar da tabela europeia, liderada pelo Luxemburgo (659) e pela Itália (581). Será extremamente difícil conseguir saber quanta gasolina, consumiram estes carros e peças suplentes (também importada). Sabemos contudo, que o nosso país, já endividado, pagou tudo isto com dívida. Também com dívida pagou as autoestradas por onde circularam todos estes carros.

Se pudéssemos parar esta mentalidade de gente rica, poderíamos pagar com muito mais facilidade e rapidez uma dívida gigantesca que não nos deixa dinheiro para relançarmos a nossa economia e dar emprego a todos os portugueses. Poderíamos ter um país a viver melhor sem a mentalidade de novo-riquismo que hoje ostenta grande parte da nossa população! E certamente com melhor nível de vida. Urge mudar, a bem de todos!

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Domingo, 17 de Novembro de 2013

RODOPIANTES

OS "SUFISTAS" - ANO MEVLEVI

DERVIXES RODOPIANTES

Enciclopédias e muitos autores definem o sufismo como uma seita mística muçulmana. Esse é o primeiro equívoco controverso que alimenta o mistério em torno dessa Irmandade tão enigmática. Fontes da Tradição afirmam que o sufismo é muitíssimo mais antigo que o Islão. Também afirmam que suas doutrinas e práticas estão infiltradas em muitas religiões, outras Irmandades, diferentes culturas e sua origem está situada milhares de anos no passado. Reivindicam um passado de 70 mil anos! Antes do Dilúvio sumério, do Noé-Gilgamesh.

Os membros da Irmandade Sufi foram ou são conhecidos por nomes como: Amigos da Verdade, os Construtores, os Mestres, [como os maçons], Povo do Caminho [como os Essênios pré-Cristãos] e muitas outras denominações que circularam como sinónimos ─ muito antes da religião muçulmana ser inventada pelas elites árabes de meados do primeiro milénio, necessitadas de uma força de coesão política que fizesse frente aos avanços territoriais e culturais da civilização cristã-ocidental. 

A Irmandade já existia em Medina quando Muhammad, precursor do Islão, apareceu com o seu discurso muito inflamado e mal articulado [no século VII d.C. anos 600]. Todavia, foi na época do alvorecer do Islão que os Irmãos Mestres Construtores adotaram a denominação Sufi, depois de um juramento de fidelidade à causa muçulmana em circunstâncias semelhantes àquelas  que constrangeram o mestre Galileu no Vaticano e se retratar e admitir que o globo é plano! Ou seja:Diga o que Eles querem e salve sua vida.

O significado de Sufi ─ [árabe: تصوف, tasawwuf; persa: صوفی‌گری Sufi gari] É uma questão tem sido discutida pelos lingüistas. A origem do termo é incerta, entre o persa e aramaico, o árabe e o grego.  São vários os significados atribuídos à palavra: uma túnica semelhante à de Jesus; puros; pela corruptela de shopia para significar sábios; contracção de Ain-Soph, da Cabala judaica - a Incognoscível Sabedoria que é compartilhada por todas as religiões. O problema dos filólogos ocidentais é compreender a face oculta escrita dos povos do Oriente Médio e Ásia Menor. Os árabes, assim como os judeus, associam seus fonemas a números permitindo uma complexa riqueza de significados em torno de uma só palavra.  Em O Sobrenatural Através dos Tempos, Keep esclarece:

A linguagem secreta dos antigos  baseava-se numa interessante correlação entre letras e números... No idioma árabe havia mil equivalentes números para diversos conjuntos de letras ou fonemas enquanto no idioma hebraico havia 400 números equivalentes. Sendo assim, os árabes e os hebreus transformavam letras em números e vice-versa, ocultando no texto determinada mensagens... [Em Os Sufis, Idries Shah Apud Keep ─ 1924-1996 indiano, descendente de afegãos, mestre da tradição Sufi, explica]:


[Analisemos] a misteriosa palavra Sufi... Decodificada [segundo a relação letras-números, obtemos]: S=90; W=6 F=80; Y=10, [swfy]. Estas são as consoantes usadas na grafia da palavra. [Os números somados totalizam 186. Decodificando temos centenas, dezenas e unidades: 100, 80, 6. Estes números, são, por sua vez, associados aos seus equivalentes: 100=Q, 80=F, 6=V]. Estas letras podem ser re-arrumadas de modos diversos para formar raízes de três letras [fonemas e monossílabos] em árabe, todas [os] indicativas [os] de algum aspecto doSufismoA principal interpretação é FUQ, que significa: Acima transcendente. Em conseqüência disso, chama-se ao sufismo filosofia transcendente. Os sufis também são chamados dervixes

Tradição Árabe de Origem Desconhecida ─ Porém, os Sufis conseguem ser mais misteriosos que a metafísica Fraternidade Branca, com a qual, dizem, os sufis também mantêm ligações. Como mencionado acima, os Sufis são quase sempre associados ao Islão mas isso decorre do facto de que o encontro da mística árabe mais antiga com a nova religião do pseudo-profeta Maomé ou Muhammad  [570-632 d.C] exigiu dos seus adeptos o supra-sumo da sabedoria diplomática para manter as suas tradições debaixo dos olhos repressivos do fanatismo muçulmano.

Embora a maioria das fontes insistam em datar o Sufismo como contemporâneo ao Islã, a tradição registrada pelos estudiosos sempre negou esta relação. O Sufismojamais foi uma corrente mística do Islã e tanto é assim que os adeptos do sufismoforam, inúmeras vezes e em diferentes países perseguidos [e não raro, presos, castigados ou mortos] pelas autoridades islâmicas. Sobre a sabedoria dos Sufis, Keep escreve: 

A coletânea de contos árabes chamada As Mil e Uma Noites escondem por trás de sua aparência ingênua uma sabedoria milenar. Esta sabedoria é conhecida pelo nome de sufismo, tradição de origem árabe desconhecida, mas que reconhece em Hermes Trimegisto e Zoroastro alguns de seus primeiros mestres. O sufismonão é uma religião, mas é o conhecimento existente em todas as religiões. Por isso, seus praticantes, os Sufis, aceitam ler os textos sagrados de qualquer religião do passado que considerem verdadeira. Os Sufis constituem um grupo de estudiosos, que não têm ritual ou dogma, cuja tradição remonta a uma época bem anterior à de Cristo. [KEEP]

 

Voltando ao mestre Idres Shah, ainda em Os Sufis, chama a atenção para a influência do pensamento e das técnicas sufistas, pouco notadas, no desenvolvimento da civilização Ocidental ao longo dos séculos através de pensadores como Roger Bacon [1204-1294 ─ inglês, frade franciscano] e ocultistas, como Raimundo Lullo [Raymond Lully ─ 1232-1315 ─ espanhol da ilha de Maiorca], São João da Cruz [1542-1591 ─ frade carmelita, místico espanhol].

 

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O APARELHO

 

 

A percentagem dos políticos que prestam é cada vez menor, porque o sistema de seleção é viciado e aparelhistico: onde quase só existem o amiguismo, as compensações e os favores, instala-se a moléstia e retira-se qualidade à política.

 

Medina Carreira

Publico, 31 Julho 2002

 

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O COMBATE À CORRUPÇÃO

“Portugal ocupa a 25ª posição a nível mundial e a 3ª a nível da União Europeia, segundo o índice de percepção de corrupção (IPC).

                                                                                      Expresso 31 Agosto 2002      

 

“ Procurador quer mais meios para o combate à corrupção “

 

“ Souto Moura, em entrevista, contra a ministra sobre alterações ao segredo de justiça. A corrupção é “ um crime praticado por quem tem poder “. “ E o poder não é só o poder político, nem o da força física. É o poder do dinheiro “ realça José Souto Moura. O discreto procurador-geral da República (PGR), José Souto Moura, não hesita em exigir mais meios e não esconde criticas, em relação a mudanças passadas e anunciadas. Souto Moura vê com maus olhos que a polícia Judiciária tenha sido privada do grosso da investigação, em favor da PSP e GNR.

Não podemos ter dúvidas àcerca disto. Este tipo de criminalidade é praticado por quem tem poder. E o poder não é só o poder político nem o da força física. É o poder do dinheiro. E quem tem dinheiro socorre-se de tudo: consultores, peritos em contabilidade, economia e finanças. Se queremos combater essa criminalidade, temos que ter gente com “Know-How” e uma preparação adequadas.”                                    

 

PÚBLICO 26 Junho 2002  

 

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A CORRUPÇÃO

 

“Não vale a pena andarmos a discutir o problema da competitividade da economia portuguesa se não tiverem coragem de enfrentar, de uma vez por todas, o problema da corrupção. Dizem as Nações Unidas que somos o país mais corrupto da União Europeia. Provarei, através de uma diagrama da corrupção, que os mercados e, portanto, os países mais corruptos são necessariamente os mais pobres. A corrupção é um verdadeiro imposto encapotado, onde a economia perde mais do que aquilo que ganham os corruptos. “

 

Semanário, 13-12-2002

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OS NOSSOS PARTIDOS!

“A forma como os partidos têm funcionado tem-se vindo a degradar ao longo dos anos e é perfeitamente castradora da qualidade. A maioria dos portugueses, principalmente os de maior capacidade política e de mais nobres intenções, não tem paciência para uma vida partidária que, ao funcionar nos moldes tradicionais, exige, acima de tudo, vocação para tarefas menores e não para a defesa de convicções.

Milhares de cidadãos que passaram pelos partidos saíram frustrados com o que assistiram. Atropelos à democracia, ausência de regras claras, votos amestrados, decisões políticas de orgãos jurisdicionais, quotas pagais por terceiros, cadernos eleitorais à medida, representatividade política meramente virtual, prioridade à discussão das tricas internas, organização deficiente e longe dos padrões médios actuais.

Esses cidadãos fugiram da vida partidária. São uma maioria e, ao tomarem essa decisão, estão a prescindir da principal riqueza do regime que é, precisamente, a participação. Nos moldes em que tudo tem funcionado, a responsabilidade desse afastamento é de todos aqueles que, tendo consciência de esta situação, nada fazem para a resolverem.

A qualidade da nossa classe política está intimamente ligada a esta problemática. Sem uma alteração do quadro actual, jamais será possível a sociedade poder aspirar a mais qualidade. (...) O mais penoso de esta questão prende-se, no entanto, com o facto de o ritmo de desenvolvimento de qualquer sociedade depender muito directamente do nível da capacidade dos seus dirigentes”.

 

                                                Rui Rio - PORTO EDITORA

 

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Sábado, 16 de Novembro de 2013

NO APRISCO OU NO REBANHO?

Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor. João 10:16


Tudo o que o homem faz tem muros, cercas e fronteiras. Respeitamos esses limites ou não, identificamos as coisas por estarem dentro ou fora. Reconhecemos as pessoas por pertencerem ou não aos limites impostos por esses muros. É a cerca ou o muro o poder que as mantém ali.

Quando Deus deu ao homem o judaísmo, uma religião de formas, leis e rituais, criou todo um sistema que mantivesse o homem dentro de seus muros e reunido por suas cercas. O Senhor se referia aos israelitas como Suas ovelhas reunidas pelas cercas de um aprisco.

Aprisco é o lugar onde mantemos cabras e ovelhas, também chamado de curral quando usado genericamente para gado. Lembro-me de um aprisco que construí em um sítio que tive e a coisa mais difícil era levar as cabras para dentro dele e mantê-las ali. Era preciso vigiar, ou elas acabavam pulando o portão ou se esgueirando por entre os arames da cerca.

As ovelhas eram mais dóceis e descobri que não precisava enxotá-las para dentro do aprisco quando as queria lá. Bastava caminhar na frente e elas me seguiam mansamente.

O Senhor disse aos seus discípulos judeus que tinha outras ovelhas que não pertenciam ao aprisco ou sistema religioso judaico. Um dia Ele as iria chamar, elas ouviriam Sua voz e O seguiriam. Não haveria mais um aprisco, mas um rebanho, que é a simples reunião das ovelhas em torno de seu Pastor.

Enquanto o aprisco precisa de cercas para reunir as ovelhas, o rebanho precisa apenas de um pastor que as atraia e a quem elas sigam. No primeiro caso elas permanecem onde estão pelos limites impostos. No segundo, são atraídas como a um imã, sem necessitar de cercas ou muros. No primeiro, é a cerca ao redor que as reúne. No segundo, é o pastor no centro que as atrai.

O que mantém você onde está, a religião ou o Pastor? Onde está você, no aprisco ou no rebanho?

...aí estou eu no meio deles. Mateus 18:20
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QUERIDOS AMIGOS

TENHO SAUDADES VOSSAS, alguém vai destruindo tudo em nome de QUÊ?

< OS ESCOLHIDOS>

26/06/2004 a 27/06/2004

(Às 21h30 e 17h00)

O GRUPO DE TEATRO FERSUNA apresenta a peça de teatro «Os Escolhidos». 

Teatro Municipal Amélia Rey Colaço 
Dia 26 de Junho às 21h30 e dia 27 às 17h00. 
Reservas: 96 651 57 64.

publicado por luzdequeijas às 12:59
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UMA OPINIÃO

O Homem Medíocre


José Ingenieros (1877-1925) nasceu em Buenos Aires. Foi o que hoje chamaríamos de uma personalidade multidisciplinar. Médico, catedrático, estudioso de psicologia, filosofia e

sociologia. Conferencista, polémico, independente das correntes políticas da sua época, ataca a falta de idealismo de seu tempo.

O Homem Medíocre trata de uma análise do carácter humano em função das suas desigualdades. Além disso, do entorno social que produz o que ele chama de mediocracia, o regime em que somente os medíocres triunfam. Para que a sociedade dê o salto qualitativo, capaz de fazê-la pular a cerca das limitações impostas pela conjuntura, é necessário que apareçam os forjadores de ideais, as lideranças carismáticas que a história produziu em nomes como Lincoln, Gandi, Washington, Sarmiento, etc.

A sua crítica impiedosa aos desvios da sociedade do seu tempo, aponta para a necessidade de superação dos defeitos morais que impedem a formação de ideais, tais como o servilismo, a rotina e a hipocrisia.

"Até hoje, nunca houve uma democracia efectiva” escrevia José Ingenieros em 1913. ”Os regimes que adoptaram esse nome foram uma ficção. As supostas democracias de todos os

tempos foram confabulações de profissionais para se aproveitarem das massas e excluírem os homens eminentes. Sempre foram mediocracias. A premissa da sua mentira foi a existência de um ‘povo’ capaz de assumir a soberania do Estado. Não existe tal coisa: as massas pobres e ignorantes não tiveram até hoje capacidade para governar: apenas trocaram de pastores”.

“Os maiores teóricos do ideal democrático foram, na realidade, individualistas e partidários da selecção natural: perseguiam a aristocracia do mérito contra os privilégios das castas. A igualdade é um equívoco ou um paradoxo, conforme o caso. A democracia foi uma ilusão, como todas as abstracções que povoam a fantasia dos iludidos ou formam o capital dos falsos.

O povo estava distante dela.“

“As matilhas de medíocres novatos, atadas pelo pescoço com a correia de apetites comuns, ousam denominar-se partidos. Ruminam um credo, fingem um ideal, arreiam fantasmas consulares e recrutam um exército de lacaios. Isso basta para disputar abertamente cargos e privilégios governamentais."

 

 

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Quinta-feira, 14 de Novembro de 2013

AS PRÉ-REFORMAS

Nunca será de mais insistir na pergunta: Que país é este? Onde nos últimos vinte anos foram atirados para a pré-reforma, compulsivamente, centenas de milhares de trabalhadores! Homens e mulheres, com grande experiência e detentores, aos cinquenta anos, de muita vitalidade.

Quem se importou com toda esta gente, simples e muito digna, com sonhos por concretizar?

 

Em nome de quê, e de que interesses, se tomou esta decisão? Com base em que segredos e combinações? Com que legalidade?

Os mesmos, que fizeram isto, defendem, agora, reformas aos 68 anos! Fizeram tudo isto, entre outras mais, em nome da produtividade, como já se disse mais atrás. Como é que hoje, ela (produtividade) está mais baixa do que nunca? Também o fizeram em nome da riqueza que era preciso criar para depois distribuir com justiça! Então, o actual primeiro-ministro não diz que o país está de tanga? Onde estão os responsáveis por toda esta situação?

Já sei, em Portugal a culpa morre sempre solteira!

 

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IDADE DA REFORMA

“Reforma aos 68 adia falência do sistema”

“Atraso na idade de reforma «salva» Previdência “

“ A simples subida de três anos na idade de reforma é capaz de atrasar a ruptura da Segurança Social em 18 anos, de 2033 para 2050. A conclusão é do estudo «Reforma das Pensões»: Uma primeira avaliação, de Nuno Santos e Carla Ferreira, economistas do Departamento de Estudos, Prospectiva e Planeamento do Ministério do Trabalho e da Segurança Social. (.....)                                                  

Com o aumento da esperança média de vida dos jovens pensionistas, o alargamento da idade de reforma é uma opção cada vez mais debatida pelos economistas a nível europeu. A própria União Europeia, na recente cimeira de Barcelona, já recomendou a subida progressiva na idade de aposentação em cinco anos, com entrada em vigor até 2010.    

 

Expresso 22 Junho 02

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IDOSOS TRABALHAM

“ Idosos trabalham depois da reforma” 

 

“ Portugal tem a maior percentagem da União Europeia de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos que continuam a trabalhar, segundo o Eurostat. A nível europeu, cerca de sete por cento dos homens com idade entre 65 e 74 anos e três por cento das mulheres trabalham. Apesar de existir uma grande variação entre os Estados-membros, Portugal bate todos os recordes: mais de 30 por cento dos homens e 18 das mulheres nesta faixa etária trabalham, a percentagem, de longe, mais elevada na UE.

A agricultura é o sector mais importante, para os que têm idade igual ou superior a 65 anos, empregando 68 por cento dos homens e 72 por cento das mulheres.”                                                               

 

Correio da Manhã 14 Setembro 2002

 

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AUSTERIDADE

(Há o risco) de nas medidas de emagrecimento, muitas vezes, se ir longe de mais e poder-se cortar a gordura e chegar ao osso, o que faz com que as empresas, no ciclo seguinte de expansão, não tenham músculo para responder aos desafios.”     

 

                                  Pedro Norton de Matos «Público» 09/09/02

 

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Quarta-feira, 13 de Novembro de 2013

O VALOR DAS IDEOLOGIAS

“Cá pelos nossos lados a discussão das ideologias é recorrente. Vai, que não vai, salta para a ordem do dia. Quase sempre para apaziguar as angústias dos socialistas. Mas, agora, é mais sério. O PS vê as barbas do PCP a arder e trata de pôr as suas de molho. Só que a questão para os socialistas é mais complicada. Mário Soares, por ventura o mais “ousado” de todos em questões “ideológicas”, abriu o caminho mantendo cautelosamente o socialismo na gaveta. Guterres fez o resto. Deu no que todos sabemos. Apesar disso, Soares acaba de presentear-nos com mais uma das suas achegas ideológicas. historicamente de fim de percurso e residual na essência (Expresso, 04.08).

Os socialistas são filhos transviados de boas famílias ideológicas. Excelentes pensadores, invulgares humanistas. Mas as modernas gerações já não recordam sequer os nomes dos avós e não sabem onde pára a herança, que agora parece fazer-lhes falta. Venderam as jóias mas querem continuar a exibir os pergaminhos. Dizem-se socialistas com o mesmo despudor e falta de senso com que os renovadores se dizem comunistas. Nada de novo, porém. O socialismo que o “ideólogo” Soares meteu na gaveta era, já então, uma mera ficção. Eram os primórdios, de um pragmatismo oportunista e eleitoralista perfeitamente insultuosos. De fazer dar voltas na cova a todos os ícones socialistas. O PS passou a ser, como todos os seus congéneres, apenas, uma máquina de guerra no assalto ao poder. Para nada, afinal. A discussão ideológica mudou-se para restritos clubes de gente bem, mais dados aos prazeres da discussão e da especulação do que aos destinos da governação, que sabem (hoje) não passar por aí. Perdido o poder, sem ideias, e fustigados por uma prática que quase os destruiu os socialistas andam, agora, à procura de referências e não as encontram. Não admira que andem atarantados. Viram o PCP desfazer-se. Saltaram para a oposição e ninguém tem saudades deles no governo. A sua verdadeira ideologia é a procura do caminho mais curto de regresso ao poder.

Mas para lá chegarem precisa de publicitar uma qualquer banha da cobra. Lembraram-se agora, (alguns) da velha ideologia. Mas estão desacreditados de mais para serem levados a sério e falta-lhes a lata dos renovadores. Talvez por isso a grande maioria evite falar de socialismo e se limite a reclamar-se "“de esquerda"” O que tem, pelo menos, uma vantagem: demarcam-se por simples exclusão de partes. Não precisam de ideais, ou ideologias.”

 

                                                               Correio da Manhã 6 Agosto 2002

 

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IDEOLOGIAS E DESENVOLVIMENTO

 

“Os problemas de Portugal não desaparecem porque se insiste no pensamento automático: para a esquerda,todos os problemas se resolvem com o controlo estatal da economia; para os liberais, basta a lei da oferta e da procura dos mercados livres. Ambos falham em ver a realidade.”

 

 Público 30 Julho 2002

 

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O REGIME EM CAUSA

 

 “ (...) Vivemos num baixo melodrama. O que não teria importância de maior se por detrás não houvesse um autêntico drama. Vitor Constâncio anunciou que o limite do défice está em risco, se não se tomarem medidas de excepção: novos cortes no investimento ou o aumento do preço dos combustíveis. No meio do caos político, ninguém se preocupa com estes pormenores.

O Dr. Jorge Sampaio declara que «a sua pele é dura», enquanto cresce o espirito de facção e a irresponsabilidade universal, e o País seguramente se afunda. Um desespero desgrenhado e patético substituiu a confiança, que Barroso prometeu e de que tanto se esperava. Demitir Paulo Portas, como emocionadamente se pede, já não chega.

Era preciso que eles se demitissem em massa, do último deputado ao Presidente da República.

“O próprio regime perdeu o respeito dos portugueses”.


DN 22 Setembro 2002

Com estas palavras, em jeito de aviso e alerta de Vasco Pulido Valente, nada mais se poderá acrescentar para definir o estado da nossa “Democracia”.

publicado por luzdequeijas às 16:34
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" PEDEM-SE DEMISSÕES"

 

 “ (...) Vivemos num baixo melodrama. O que não teria importância de maior se por detrás não houvesse um autêntico drama. Vitor Constâncio anunciou que o limite do défice está em risco, se não se tomarem medidas de excepção: novos cortes no investimento ou o aumento do preço dos combustíveis. No meio do caos político, ninguém se preocupa com estes pormenores.

O Dr. Jorge Sampaio declara que «a sua pele é dura», enquanto cresce o espirito de facção e a irresponsabilidade universal, e o País seguramente se afunda. Um desespero desgrenhado e patético substituiu a confiança, que Barroso prometeu e de que tanto se esperava. Demitir Paulo Portas, como emocionadamente se pede, já não chega.

Era preciso que eles se demitissem em massa, do último deputado ao Presidente da República.

“O próprio regime perdeu o respeito dos portugueses”.


DN 22 Setembro 2002

Com estas palavras, em jeito de aviso e alerta de Vasco Pulido Valente, nada mais se poderá acrescentar para definir o estado da nossa “Democracia”.

publicado por luzdequeijas às 16:29
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O POÇO DA BROCA

publicado por luzdequeijas às 12:37
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Terça-feira, 12 de Novembro de 2013

EVANGELHO SEGUNDO MARCOS

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

O Evangelho Segundo Marcos (em gregoκατὰ Μᾶρκον εὐαγγέλιον, τὸ εὐαγγέλιον κατὰ Μᾶρκον - transl. euangelion kata Markon) é o segundo livro do Novo Testamento. Sendo o evangelho mais curto da Bíblia cristã, com apenas 16 capítulos, ele conta a historia de Jesus de Nazaré. É considerado pelos eruditos um dos três evangelhos sinópticos. De acordo com a tradição, Marcos foi pensado para ser um epítome, o que representaria sua atual posição na Bíblia, como um resumo de Mateus e Lucas. No entanto, a maioria dos estudiosos contemporâneos considera essa obra como a mais antiga dos evangelhos canônicos - uma posição conhecida como prioridade de Marcos - embora a obra contenha 31 versículosrelativos a outros milagres não relatados nos outros evangelhos.

O Evangelho de Marcos narra o ministério de Jesus, desde Seu batismo por João Batista até Sua Ascensão. A obra concentra-se particularmente na última semanade Sua vida (capítulos 11-16, a viagem até Jerusalém). Sua narrativa rápida retrata Jesus como um homem de ação heróica, um exorcista, um curandeiro e um milagreiro.

Um tema importante de Marcos é o Segredo Messiânico. Jesus pede silêncio sobre sua identidade messiânica aos endemoninhados que Ele cura, além de esconder sua mensagem com parábolas. Os discípulos também não conseguem entender as implicações dos milagres de Cristo.

Todos os quatro evangelhos canônicos são anônimos, mas a tradição cristã primitiva identifica autor deste evangelho como Marcos, o Evangelista, de quem se diz ter baseado este trabalho sobre o testemunho de Pedro. Alguns estudiosos modernos consideram essa tradição essencialmente credível, enquanto outros a põe em cheque. No entanto, mesmo os estudiosos que duvidam da autoria de Marcos reconhecem que muito do material deste Evangelho remonta um longo caminho, representando informações importantes sobre o Jesus histórico. Por isso, o Evangelho de Marcos é muitas vezes considerado a fonte primária de informações sobre o ministério de Jesus.

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LINCOLN E A ESCRAVATURA

A escravidão e a "Casa Dividida"[editar]

Animação mostrando os estados livres (azul) e os estados escravocatas (vermelho), acompanhando a expansão do país de 1789 até o ano de 1861, quando começou a Guerra Civil. A 13ª Emenda à Constituição pôs fim a escravidão em 1865.

Na década de 1850, a escravidão era legalmente aceita no sul dos Estados Unidos, mas tinha sido generalizadamente proibida nos estados do norte.91 Lincoln tinha repúdio dessa prática que se expandia pelos novos territórios à Oeste.92 Ele voltou para a política afim de se opor ao Ato de Kansas-Nebraska (1854) que permitia a expansão da escravidão que havia sido restringida pelo Compromisso do Missouri (1820). Osenador sênior Stephen A. Douglas de Illinois inseriu o conceito de soberania popular numa proposta, a qual Lincoln se opôs, especificava que os colonizadores tinham o direito de determinar localmente se consentiriam com a escravidão no novo território, em vez de restringir a decisão para o Congresso Nacional.93 Eric Foner (2010) diferencia os abolicionistas e radicais republicanos do Nordeste que viam a escravidão como um pecado, enquanto os conservadores republicanos pensavam que era maléfico por ferir as pessoas brancas e impedir o progresso. Foner argumenta que Lincoln era um moderado, opondo-se a escravidão primariamente por violar os princípios republicanos dos Pais Fundadores, especialmente a igualdade de todos os homens e democraticamente o próprio governo como expresso na Declaração de Independência.94

Em 16 de outubro de 1854, em seu discurso de Peoria, Lincoln declarou oposição a escravidão.95 Falando em sotaque deKentucky, com uma voz muito forte,96 disse que o Ato de Kansas tinha "declarado indiferença, mas como eu posso pensar, um verdadeiro zelo secreto para a propagação da escravidão. Eu não posso, mas eu odeio isso. Eu odeio isso por causa de uma injustiça monstruosa da prória escravidão. Eu odeio isso porque priva o nosso exemplo republicano de ser a única influência no mundo ..."97

No final de 1854, Lincoln disputou uma vaga para o Senado federal pelo estado de Illinois pelo Partido Whig. Naquele tempo, os senadores eram eleitos pelo Legislativo estadual.98 Após liderar as seis primeira rodadas de votação na Assembleia de Illinois, a sua força política começou a diminuir, e Lincoln instruiu seus partidários a votarem em Lyman Trumbull, que se elegeu, derrotando o seu oponente Joel Aldrich Matteson.99 Os Whigs tinham sido irreparavelmente divididos pelo Ato de Kansas-Nebraska. Lincoln escreveu, "Eu acredito ser um Whig, mas os outros dizem que não há Whigs, e que eu sou um abolicionista, apesar de eu não fazer mais do que se opor a expansão da escravidão."100 Baseando-se em remanescentes do velho Partido Whig, e em membros desiludidos dos partidos Solo Livre, Liberdade e Democrata, ele foi fundamental para forjar o molde do novoPartido Republicano.101 Na Convenção Nacional Republicana de 1856, Lincoln obteve a segunda colocação para a nomeação do candidato a vice-presidente.102

Em 1857 e 1858, Douglas divergiu com o presidente James Buchanan, levando a uma disputa pelo controle do Partido Democrata. Alguns republicanos da parte Oeste da nação viram-se favoráveis a reeleição de Douglas para o Senado em 1858, desde que ele liderasse a oposição com a relação a segunda proposta de constituição estadual do Kansas (Lecompton Constitution), na qual consentia que o Kansas fosse um estado escravocrata.103 Em março de 1857, a Suprema Corte emitiu a decisão para o Caso Dred Scott, o chefe de justiça Roger B. Taney concluiu que os negros não eram considerados cidadãos, e portanto não estavam protegidos pelos direitos constitucionais. Lincoln atacou a decisão por considerá-la o produto duma conspiração dos democratas.104 Lincoln argumentou que os "autores da Declaração de Independência nunca pretenderam 'dizer que todos eram iguais em cor, tamanho, intelecto, desenvolvimentos morais ou capacidades sociais', mas eles 'consideravam todos os homens criados iguais, iguais em certos direitos intransferíveis, entre os quais estão a vida, a liberdade, e a busca pela felicidade'."105

Após a convenção estadual republicana nomeá-lo candidato ao Senado em 1858, Lincoln pronunciou o seu Discurso da Casa Dividida baseado no evangelho segundo Marcos, capítulo 3, versículo 25: "'Uma casa dividida contra si mesma não pode permanecer.' Eu acredito que este governo não pode suportar, permanentemente, ser metade escravo e metade livre. Eu não espero a dissolução da União, eu não espero ver a casa cair, mas espero que deixe de ser dividida. Terá que se tornar inteiramente algo uno, ou todo de outra forma."106 O discurso invocou a criação de uma imagem do perigo da desunião causada pelo debate, e reagrupou os republicanos no Norte.107 O cenário era de campanha eleitoral pela vaga da legislatura de Illinois, na qual deveria escolher-se entre Lincoln ou Douglas como senador dos Estados Unidos.108

publicado por luzdequeijas às 23:14
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A CLARIVIDÊNCIA DE RUI RIO

 

PREMONIÇÃO EM 2000

 

“Como todos sabemos, a taxa de juro que o Estado paga na sua dívida pública é bem mais baixa do que a que se paga por um leasing ou por um empréstimo bancário. Não tem, pois, qualquer racionalidade económica o Estado recorrer a estas formas de financiamento, QUANDO DISPÕE DE OUTRAS MUITO MAIS BARATAS.

Porque o fez então o nosso Governo? Porque não corta nos seus gastos, porque gasta à “tripa forra” e depois não consegue cumprir o Pacto de Estabilidade. A solução que encontrou é fingir que   faz alugueres e inventar as denominadas portagens virtuais que é, uma forma de esconder a divida do Estado no balanço das empresas privadas, ocultando-a, assim, do orçamento que é, cada vez mais, uma peça virtual. Neste momento o Governo praticamente não paga nenhuma estrada das que está a fazer. São as construtoras que as pagam, ficando o Estado a dever. Essas obras serão pagas durante os próximos 20 ou 30 anos com taxas de juro elevadíssimas face àquilo que são as taxas da dívida pública. É a esta aldrabice que o Executivo chama pomposamente “estradas em portagem virtual”. Na verdade, o que está a acontecer é um brutal endividamento oculto do país, que as gerações futuras pagarão com língua de palmo. Os futuros governos terão de pagar com juros altos as obras deste Governo. O nosso potencial de crescimento económico está, assim, ameaçado de forma muito séria, pois estamos a falar de muitos milhões de contos.

Julgo que é importantíssimo sensibilizar a opinião pública para o que está a acontecer, pois só ela terá força suficiente para travar esta política suicida. Da minha parte não me pouparei a esforços na luta contra uma irresponsabilidade que vai sair caríssima a Portugal.”     

publicado por luzdequeijas às 20:58
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VICTOR LAGES

 

SACRED ART CONTEMPORARY

The sacred and spirituality

Painting murals in churches with large dimensions. Paintings on canvas. Sculptures.
SEXTA-FEIRA, SETEMBRO 15, 2000

PINTURAS na Igreja de S. Miguel em Queijas (Oeiras)

Para as pinturas na Igreja de Queijas, foi-me pedido que fizesse uma pintura global que abrangesse a totalidade das paredes frontais à assembleia e que existisse um tema de acordo com a zona da igreja, (junto à pia baptismal está a pintura referente ao Baptismo de Jesus).Também nesta paróquia, o objectivo das pinturas e da Arte, é o de levar a mensagem cristã a todos os crentes e não crentes juntamente com a obra social conseguem convergir as pessoas para aquilo que a Igreja pretende, evangelizar.

PAINTINGS in the Church of S. Miguel in Queijas (Oeiras)

For painting in the Church of Queijas, they asked me to made a global painting that enclosed the totality of the walls frontals to the assemblage and that the zone of the church existed a subject in accordance, (next to the baptismal sink is the referring painting to the Baptism de Jesus). Also in this parish, the objective of paintings and the Art, is to take the Christian message to all the believers and not believing together with the social workmanship they obtain to converge the people to what the Church intends, evangelize.

Mistério Pascal
pintura mural 1999/2000



Pormenores da pintura mural Mistério Pascal

O Baptismo de Jesus
pintura mural 1999/2000

Pormenor da pintura mural O Baptismo de Jesus

(Cânticos de exaltação à Ressurreição de Cristo)pintura mural 1999/2000

Adoração do Santíssimo
pintura mural 1999/2000

Pormenor da pintura mural Adoração do Santíssimo
publicado por luzdequeijas às 17:51
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O HOMEM E O ARTISTA

O sentimento de gratidão traz-nos bem-estar e alegria. E esse estado de espirito torna-nos mais aptos para a criatividade, enfortece-nos a autoestima e desperta-nos boas ideias para vermos com maior eficácia e clareza. Dito de outro modo, a gratidão ajuda a atrair novas situações pelas quais nos sentiremos ainda mais gratos. Desta vez o sentimento de gratidão vai para o grande artista Victor Lajes e para a obra que nos legou.

 

A obra que realizou em Queijas, na nossa Igreja, é valor artístico assinalável! Tive o prazer de pisar com ele, muitas vezes, os andaimes que o elevaram muito alto, tão alto que nos deixou a singeleza artística de um enorme Cristo e outras obras de enorme classe artística, que ficará para sempre com as gentes de Queijas.

publicado por luzdequeijas às 17:29
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( PPP) – PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS

 

(.) Impõe-se trazer ao conhecimento dos portugueses que o Governo está a criar engenharias financeiras (2000) para, pura e simplesmente, não pagar as obras que faz, transferindo esse encargo para as gerações futuras. É, por exemplo, o caso do leasing do equipamento militar ou as já famosas portagens virtuais. Também o deixar derrapar as despesas com a saúde, ou ainda, as dívidas a fornecedores, que aumentam brutalmente, fazendo do Estado um inveterado caloteiro! Salientando-se, entre outros, os casos das famosas PPP – PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS. Também, quando precisavam de se endividar recorriam à dívida pública, coisa que ninguém pode fazer. Emitiam por exemplo certificados de aforro, esses certificados constituiam uma dívida pública, e as pessoas que poupavam algum dinheiro compravam tais certificados, e assim, o Governo financiava os gastos públicos que iam para além dos impostos que recebia. Tais certificados seriam amortizados, mais além, com o dinheiro de novos impostos ou uma nova emissão de certificados!  

Tais habilidades saloias, estavam a aparecer um pouco por toda a União Europeia, com especial incidência em Portugal. Está aqui, aliás, uma razão para a fraqueza que o euro tem apresentado desde o seu nascimento em 1999, e da vergonha que ele tem constituído para a Europa, desvalorizando-se sistematicamente em relação ao dólar. O que se passa entre nós com ocultação de despesa é um verdadeiro escândalo, para não dizer um crime público contra as gerações futuras. Porque o fazia então o nosso Governo? Porque não cortava nos seus gastos, porque gastava à “tripa-forra” e depois não conseguia cumprir o Pacto de Estabilidade.   

publicado por luzdequeijas às 15:39
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Segunda-feira, 11 de Novembro de 2013

CUSTO POR ALUNO

 

É deveras confuso, saber como o Ministério da Educação, chega aos valores do custo por aluno para cada ano! Percebe-se que num universo tão grande e dispendioso, não será difícil transferir despesas de um para outro centro de custos. Talvez para centros de custos que pertencerão ao funcionamento do ministério mas não´propriamente ao imenso volume´, das despesas com o ensino.

Percorrendo a internet, não é fácil entrar neste mundo, talvez propositadamente, demasiado obscuro. Então, com base no recorte abaixo, façamos algumas perguntas a nós mesmos!

1 – Num momento de entrada em funcionamento de largas dezenas de “Mega Escolas” novas, em que centro de custos foram as despesas de aquisição destas escolas, incluídas? Como foi tratada a despesa de desorçamentação (PPP`s) relativamente ao custo por aluno? O país ficou dezenas de anos endividado! Os portugueses também! Nada disto tem reflexos no "custo por aluno"?

 2 - Todas as novas escolas ficaram a dezenas de quilómetros das casas de muitos alunos. Com esta realidade, surgiram elevados custos de transporte. Esses custos estão incluídos no “custo por aluno”?

3 – Os custos da “Parque Escolar”, afetaram os “custos por aluno”?

4 – Tudo isto cheira a “gato escondido, com o rabo de fora”! Um dos comentários vem a propósito: “Estes valores foram apresentados por Isabel Alçada para justificar a redução de financiamento das escolas privadas, que recebiam até agora, em média, cerca de 114 mil euros por turma.”

5 – “Maria de Lurdes Rodrigues. A antiga titular da Educação defendeu ontem no Parlamento que as obras nas escolas melhoraram o ensino (como?) e incentivaram a economia (como?), atribuindo os desvios apontados ao programa, a más leituras dos dados e a "um erro" nos valores divulgados.

Diário de Notícias, 11/04/2012
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/a-parque-escolar-foi-uma-festa-para-o-pais=f718263#ixzz2kMobtFl2

 

 

“ESCOLAS PÚBLICAS

Governo vai gastar menos 439 euros com cada aluno-

por Lusa - 08 fevereiro 2011   15 comentários

O Governo estima gastar a partir do próximo ano lectivo 3.296 euros por cada aluno nas escolas públicas, enquanto atualmente este valor ronda os 3.735 euros, revelou hoje a ministra da Educação, Isabel Alçada.”

publicado por luzdequeijas às 19:39
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JEAN MONNET

 

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

Jean Omer Marie Gabriel Monnet (Cognac, 9 de novembro de 1888Houjarray, 16 de março de 1979) foi um político francês, visto por muitos como o arquiteto da unidade europeia (CEE). Nunca eleito para cargos públicos, Monnet atuou nos bastidores de governos europeus e americanos como um internacionalista pragmático bem relacionado. Foi o inspirador do Plano Schuman

Jean Monnet nasceu em Cognac, Charente, numa família de comerciantes de conhaque.

Aos seus 16 anos quando terminou o liceu viajou para muitos países como comerciante de conhaque e, mais tarde, virou banqueiro.

Durante a I Guerra Mundial e II Guerra Mundial exerceu alguns cargos importantes na produção industrial na França e no Reino Unido. Como consultor do governo francês, foi um dos principais inspiradores da famosa Declaração Schuman , que ajudou na criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Entre 1952 e 1955, foi o primeiro Presidente do órgão executivo da referida Comunidade.

publicado por luzdequeijas às 15:19
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Domingo, 10 de Novembro de 2013

OS MEDIA, A POLÍTIA E OS VALORES

 

A sociedade portuguesa, tem vindo a degradar-se de forma preocupante e muito acentuada. Escolheram-se três fatores que, de for arbitrária, estão mencionados em título:

- OS MEDIA – Numa sociedade fortemente mediatizada como a nossa, quando ela existe em simultaneo com um Governo fraco, isso quer dizer que o poder acaba por ficar na mão e à mercê dos órgãos de comunicação social. Se pensarmos que tais órgãos têm muito de comunicação e pouco de social e que vivem para vender informação e dar lucro, como é natural, então, a Governação do país corre perigo. O regime político começa a autodestruir-se!

- A POLÍTICA – Em sociedades democráticas, nestas condições de governo enfraquecido, o sentido de Estado vai-se diluindo. Quanto maior for o enfraquecimento do poder político, mais se fortalecem os poderes económico e mediático.

- O VALORES – Nesta perspetiva de enfraquecimento do poder político, vão-se perdendo os tradicionais valores da sociedade, e vão ganhando força os supostos valores dos novos poderes dominantes. O “politicamente correto” transforma-se no “mediaticamente correto”. Cresce o desrespeito pelo interesse coletivo. Perdem-se muitos valores fundamentais e os que não se perdem, deixam de ser uma referência na sociedade! Este é um caminho que prejudica, acima de tudo, os mais fracos.

publicado por luzdequeijas às 15:39
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Sábado, 9 de Novembro de 2013

Assembleia Constituinte

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Fachada principal do Palácio de São Bento,
onde reuniu a Assembleia Constituinte.

Assembleia Constituinte foi a designação dada à assembleia parlamentar com funções constituintes prevista na Lei n.º 3/74, de 14 de Maio, a qual foi eleita por sufrágio universal directo em eleições realizadas a 25 de Abril de 1975, com o objectivo específico de elaborar uma nova constituição para a República Portuguesa após a queda do Estado Novo em resultado da revolução de 25 de Abril de 1974. A Assembleia Constituinte concluiu a discussão da novaConstituição a 31 de Março de 1976, tendo a mesma sido aprovada em votação final global a 2 de Abril do mesmo ano. Promulgada naquele mesmo dia, passou a vigorar como a Constituição da República Portuguesa de 1976. A Assembleia Constituinte, terminados os seus trabalhos, dissolveu-se naquela data, nos termos do n.º 3 do artigo 3.º da Lei que a criou.

publicado por luzdequeijas às 12:12
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Sexta-feira, 8 de Novembro de 2013

O PROCESSO CONSTITUCIONAL E A ESTABILIDADE DO REGIME

"A democracia portuguesa é o único dos regimes políticos ocidentais cujo momento primeiro está num golpe de Estado militar e que é, ao mesmo tempo, um regime pós autoritário e pós revolucionário.

O antigo regime, o Estado Novo da Constituição de 1933, revelou-se incapaz de se reformar e, ainda por cima, falhou ao tentar mudar para preservar a sua própria continuidade, depois da morte do professor Dr. Oliveira Salazar e do advento de Marcello Caetano. A liberalização interrompida criou condições para a deposição do regime autoritário, às mãos de movimento das Forças Armadas – mais tarde denominado Movimento das Forças Armadas (MFA) – em 25 de abril de 1974, bem como para a revolução que se seguiu a esse primeiro passo. Sem mais, a evolução política portuguesa não se teria separado de uma tradição clássica. Porém, a revolução também falhou, para deixar que a liberalização viesse, por fim, a prevalecer, a partir da institucionalização de um regime democrático pluralista, em 1976. O resultado desta sequência estabeleceu a qualidade específica da democracia portuguesa, que se refletiria, com todas as tensões inerentes, na nova Constituição. Além disso trouxe consigo um processo ambíguo e instável, durante o qual a evolução constitucional veio a desempenhar um papel excecionalmente forte.

Em causa estava a função das leis constitucionais e, desde abril de 1976, da própria Constituição, na estabilização post-autoritário. Eis o que pode parecer paradoxal, na medida em que a promulgação da lei fundamental é um momento decisivo para a institucionalização da democracia ou de qualquer outro regime político- e visto que o seu propósito é assegurar às instituições políticas legítimas as necessárias condições de estabilidade. Todavia, o grau de saliência dos problemas constitucionais – antes e depois de entrar em vigor a Constituição de 1976 – e o facto de estes tantas vezes se terem tornado centrais nos conflitos políticos bem como as consequências das sucessivas mudanças constitucionais, fazem com que valha a pena analisar se a qualidade estabilizadora, normalmente atribuída às leis constitucionais, se realizou na política portuguesa de 1974."

Carlos Gaspar  

publicado por luzdequeijas às 18:23
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Quinta-feira, 7 de Novembro de 2013

A CONSTITUIÇÃO E A ECONOMIA

Entre 1970 e 2003, o produto interno bruto per capita, isto é, tudo o que é produzido pelo país dividido por cada habitante, cresceu de pouco mais de 50% para cerca de 70% da média europeia.

Atualmente, a estrutura da economia portuguesa baseia-se principalmente no sector dos serviços, que representa cerca de 67% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A partir de 2002, Portugal tem vindo a enfrentar um problema de estagnação económica, com a economia a crescer menos de 2% ao ano, abaixo da média da União Europeia, que é de 2,5%. A partir de 2009, Portugal tem vivido uma situação de recessão económica, conjugada com um crescimento contínuo da dívida pública, políticas de austeridade, nacionalização de bancos falidos, intervenção externa acompanhada de resgates financeiros à economia nacional, dificuldades no controlo do défice, clima de contestação social e atritos entre diversas instituições, nomeadamente o governo e o tribunal constitucional, provocados pela crise económica.

Toda a Constituição Política terá de ser o retrato fiel do Estado, tendo como alma a Declaração dos Direitos e Deveres dos Cidadãos e como corpo as regras de organização do seu regime, dos seus Poderes, dos Seus Serviços Administrativos. Qualquer nova Constituição nasce, a maioria das vezes, de uma revolução ou de um “golpe de Estado. Seja lá o que for ou qual for a sua origem, traz em si os princípios e os fundamentos que a nortearam. Traz em si, as mudanças, as reformas que serviram de pretexto para a nova etapa social, jurídica e económica.

Pois bem, a nossa foi fruto de uma revolução (25 de Abril) e foi aprovada em 1976. Terá sido desenvolvida e aprovada, em boa opinião, prematuramente. O pretexto da revolução foi, de certeza absoluta, a democratização do país, pôr fim à ditadura e fazer a descolonização.

Tudo isto levou e levaria sempre, um tempo para cima de dois anos, ou mais. Entretanto, Portugal já estava a ser governado por um Governo “pró-soviético” com manifestações de rua, vivendo-se um clima de saneamentos, medo. de grande agitação social, desordem crescente por todo o lado. Sempre sem a vontade do povo. 

Tudo o que fosse aprovado, deveria ser sempre de forma condicional. Das duas formas de Constituição que servem o mundo, temos uma minimalista e outra maximalista. Fomos logo para a de maior complexidade e determinação. Saiu uma Constituição com mais Direitos que Deveres, sem paralelo com a economia real do país e, ainda hoje, quando se fala em rever tal Constituição, se levantam todos os “velhos do Restelo”. Embore ela esteja em desacordo com o Pacto de Estabilidade assinado com a UE!

Hoje, com a complexidade reinante no mundo e com uma globalização que mexe e remexe com todo o tecido económico e social, temos uma Constituição cheia de incongruencias! Para finalizar, o lema do TC parece ser:

“Não é a lei que se ajusta à realidade, é a realidade que se ajusta à lei”.

Puro absurdo; nos tempos que correm, tudo se terá de ajustar à economia de qualquer país. É ela (economia), e só ela, que tudo comanda e determina. E é a ela que a lei terá de se ajustar, sob pena de não mais sairmos desta crise e da sua austeridade! Sempre a empobrecer e a sofrer este clima de austeridade. Entretanto o "bloco soviético" desapareceu do MAPA digo, MUNDO!! 

publicado por luzdequeijas às 18:26
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AS PRESSÕES SOBRE JORNALISTAS

O jornalismo de hoje sofre as consequências da própria transformação dos media no espaço central da sociedade. Com a Internet e as redes sociais, o jornalismo transformou-se num ponto de passagem de toda a vida social e nesse aspeto transformou-se também num objeto a ser controlado e desejado, logo, palco e meio de luta pelo poder. Poder no seu sentido vasto, não apenas político, mas igualmente económico. Proliferam as pressões sobre o jornalismo e jornalistas. Nos anos 50 e 60 as coisas não eram melhores porque havia a censura e uma ditadura. Hoje, temos novas formas de constrangimentos que não são a censura, mas que são pressões de toda a ordem, que tornam muito complicada a missão do jornalista. Complicada, exigente e cheia de curvas perigosas…

Quando evidenciamos a integridade do jornalista, teremos de falar objetivamente da forçosa preservação da sua independência. O jornalista está sujeito no dia-a-dia a pressões de vária ordem, a tentativas de influências vindas do exterior, no sentido de ele publicar isto, ou não publicar aquilo. Temos que encarar como normal a existência desse tipo de pressões. Muitas entidades, individuais e coletivas, lutam por conseguir fazer passar a sua mensagem através dos media, porque isso pode ser parte importante na estratégia para a defesa dos seus interesses. Mas, normal será também os jornalistas saberem contornar essas pressões. Se isso não acontece, a integridade do jornalista está posta em causa, e ameaçada estará também a sua credibilidade.

A maioria das entidades que necessitam pressionar os media recorre, hoje em dia, a agencias de comunicação, às quais pagam valores, normalmente, avultados para fazerem esse trabalho por elas. Estas agências são, na maioria dos casos, formadas por antigos jornalistas e por especialistas de comunicação, conhecedores do circuito mediático por dentro, muito bem, para explorar as suas fragilidades e conseguir servir da melhor forma possível os clientes, que vão desde empresas interessadas em defender os seus interesses comerciais até políticos e partidos empenhados em melhorar a sua influência eleitoral. Numa sociedade cada vez mais dominada pela comunicação, também a existência destas agências deve ser encarada como normal. Os jornalistas devem também saber defender-se de influências vindas das agências, que podem introduzir desequilíbrios no seu trabalho e afetar a sua credibilidade. Tais agências cumprem a sua missão, mas os jornalistas não podem também deixar de cumprir a sua, na qual o interesse do seu público deve ser colocado à frente de qualquer outro.

Na verdade, o jornalista íntegro é aquele que atua seguindo e de acordo com a sua consciência e que assume um compromisso apenas com os seus leitores. Trabalha em ambiente de independência, imparcialidade e equilíbrio, com o máximo de objetividade, e é imune às pressões, deverá neste campo, ser mesmo insubmisso.        

publicado por luzdequeijas às 16:13
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Quarta-feira, 6 de Novembro de 2013

BOLSA DE TERRAS

 

Precisamos de um D. Dinis para repensar a agricultura em Portugal”

“Onze meses depois de ter sido criada, a Bolsa de Terras só foi palco de duas transações| Está previsto que as terras do Estado venham a ser disponibilizadas na Bolsa de Terras mas ainda falta legislação para que isso aconteça.”

É no estado de graça - estado de choque dos adversários e a expectativa dos apoiantes - que se tem de decidir. Romper, avançar, demonstrar firmeza e consistência. Sem exitações.

A demora, por si só, não é hesitação. É demora. E a demora  trava e redobra a inércia. Tudo o que se adia custa mais a fazer - ou não se faz mesmo.

A agricultura deve deixar de ser encarada numa perspetival estritamente económica, mas como uma “questão estratégica de defesa nacional”. De facto, Portugal transformou-se rapidamente num país com uma economia eminentemente terciária, de prestação de serviços, não apostando na produção de bens tangíveis.

Portugal deverá voltar a virar-se para a produção agrícola como aposta na criação de riqueza e valor internos, apoiando a agricultura e os agricultores. O país deve manter uma capacidade de produção que garanta a autonomia perante os mercados internacionais.
A aposta no desenvolvimento da agricultura é, também, necessária na medida em que esta contribuirá para atenuar as disparidades entre interior e litoral. Uma aposta rápida, forte e clara neste sector de atividade teria tido repercussões positivas em todo o território nacional. Mesmo assim, mãos à obra.

publicado por luzdequeijas às 22:45
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Segunda-feira, 4 de Novembro de 2013

OS ARRIVISTAS

 

"Um homem que não seja um socialista aos 20 anos não tem coração. Um homem que ainda seja um socialista aos 40 não tem cabeça."

Winston Churchill, demonstra que haverá, normalmente, uma evolução no pensamento de todas as pessoas. Porém, no campo do pensamento e comportamento, outros fenómenos existem e, até têm, designação. Tomemos três delas, de entre outras: Pária, Possidónio e Arrivista.

 Os Párias - em toda parte andam sós. São os miseráveis que o mundo venceu e lhes tomou as oportunidades de sobrevivência. 

Possidónios – Talvez sejam aqueles políticos tacanhos, que vêm na redução drástica das despesas públicas, o único meio para a salvação do país. Todavia, não confundir com austeridade para colmatar situações de grande endividamento e falta de meios, provavelmente, obra deixada por algum arrivista?

Arrivistas - "Em qualquer sociedade em que a estrutura de classe é muito fechada, cada um tem o seu lugar, defende-o e segura-o. Depois, não há lugar para um arrivista. Os arrivistas são pessoas em busca frenética de identidade. Porque, desde o princípio as definições lhes são negadas. Têm de adaptar o seu gosto, as suas vidas, os seus desejos, a quem é negado o direito de serem eles próprios, em qualquer coisa e em qualquer monumento. Porém, não se pode mudar a própria imagem, não se pode sair da própria pele. Quanto mais fazem para se transformar em algo diferente do que são, mais são aquilo que não querem ser. Nesta luta ficam “animais ferozes” e não olham a meios para atingirem os seus fins! Tornam-se perigosos.

O Papa Francisco alertou hoje no Vaticano para o que denominou como “arrivistas” na Igreja, convidando os católicos a serem “humildes, pobres e mansos”.

“Nas comunidades cristãs há estes arrivistas, não? Procuram o seu lugar e, consciente ou inconscientemente, fingem para poder entrar (na Igreja), mas são “ladrões e salteadores”,

“Estes não entraram pela verdadeira porta: a porta é Jesus e quem não entra por esta porta engana-se”, observou.

 

publicado por luzdequeijas às 15:13
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Sábado, 2 de Novembro de 2013

D. JOSÉ POLICARPO

 

E A SUA INTERVENÇÃO PÚBLICA EM SETUBAL


“D. José Policarpo diz que Estado não consegue satisfazer todas as reivindicações”

“O cardeal José Policarpo afirmou hoje em Setúbal que Portugal só tem dinheiro para mês e meio em caso de incumprimento das metas estabelecidas no pedido de resgate e acusou a oposição de não apresentar soluções.”

O patriarca emérito de Lisboa, D. José Policarpo, criticou este domingo, em Setúbal, aqueles que, apesar da crise, reagem como se o Estado “pudesse satisfazer as suas reivindicações”.
"Parece que ninguém sabe que Portugal está numa crise e dá a ideia que todos reagem como se o estado pudesse satisfazer as suas reivindicações", disse o patriarca emérito de Lisboa, mostrando-se convicto de que o Governo não tem condições para satisfazer as reivindicações dos sindicatos e partidos da oposição. 
D. José Policarpo criticou ainda as oposições: "Não encontrei ninguém das oposições - todas elas - que apresentasse soluções. E se falhasse este mecanismo da economia liberal [apoio financeiro no âmbito do pedido de resgate], Portugal só teria dinheiro para mês e meio", frisou, acrescentando que, nesse cenário, "não haveria dinheiro para pagar salários e pensões". 
"Se todos pusessem em primeiro lugar o bem comum e fizessem qualquer coisa que ajudasse a resolver o problema, estou convencido de que isto nos custava metade do preço e do sofrimento", disse, acrescentando que estamos todos a pagar os erros cometidos com a especulação financeira em prejuízo das economias ocidentais. 
O patriarca emérito de Lisboa falava a cerca de duas centenas de pessoas na Conferência "Caridade é a fé em ação", promovida pelo Secretariado da Acão Social e Caritativa da Diocese de Setúbal, integrada nas celebrações do Ano da Fé.

Diário Digital com Lusa

publicado por luzdequeijas às 16:49
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UMA BOA EXCEÇÃO

Carta a um jornalista (II): o pós-troika é a reforma política

Henrique Raposo
8:00 Sexta feira, 12 de julho de 2013

O Tribunal Constitucional (TC) é mesmo o melhor ponto para iniciarmos uma conversa sobre o défice de institucionalismo da nossa cultura política e, por inerência, do nosso jornalismo. E sabes qual foi o exemplo perfeito desta fraqueza? Rui Pereira. Há uns anos, este indivíduo foi nomeado juiz do TC, mas passado mês e meio já estava no governo de Sócrates. Princípio da separação de poderes? Não interessa. A dignidade institucional da República? Coisa de somenos. Nesta cultura política que nos apascenta, as pessoas estão sempre à frente das regras - sobretudo quando há um crachá a dizer "sou de esquerda, as regras são para os outros". E, atenção, o lado mais triste desta história nem sequer foi o acto em si; o ponto realmente negro foi a ausência de polémica. O jornalismo não reagiu à infracção da primeira regra de qualquer democracia liberal. O assunto devia ter gerado um brando titânico, mas nem um miado se ouviu. 

A inexistência de polémica resultou do desprezo em relação à natureza institucional e política do TC. E, neste ponto, vale a pena seguir a tua deixa  americana. Antes de ser nomeado pelo Presidente americano, o juiz-candidato ao Supremo é submetido pelo gabinete a todo o tipo de perguntas e avaliações; de seguida, é nomeado publicamente pela Casa Branca e avaliado no Congresso. Durante este processo, toda a gente fica a saber o que ele pensa sobre x, y e z. No fundo, aquele juiz é elevado à condição de figura política de primeiro plano. A diferença em relação a Portugal não podia ser maior: em Washington, um organismo (Casa Branca) nomeia o juiz e outro organismo (Congresso) aprova ou reprova o juiz; em Lisboa, o parlamento (PSD e PS) monopoliza a escolha e aprovação de 10 dos 13 juízes do TC. Não há partilha de poder, não há controlo externo, não há transparência. Para aumentar a obscuridade, os restantes 3 juízes são escolhidos pelos próprios juízes. Eis, enfim, uma longa filinha de opacidade institucional e compadrio corporativo. O resultado final é um anonimato inconcebível dos juízes. Repara no absurdo, meu caro amigo: têm poder para bloquear um governo (como se viu no último ano), mas ninguém conhece estas pessoas. 

Quando me falam na reforma do Estado, meu caro David, o meu primeiro instinto é pensar na reforma do Estado de Direito, e não na reforma do Estado Social. Quando me falam em pós-troika, o meu primeiro reflexo é pensar numa mudança das instituições políticas e jurídicas. A nossa falência institucional é mais grave do que a nossa falência económica - até porque a segunda é uma consequência da primeira. Neste sentido, alterar os canais de poder entre juízes e poder político é uma das reformas mais urgentes. Os juízes do TC deviam ser nomeados por Belém e, de seguida, deviam ser avaliados pela Assembleia. Esta é a única forma de dar transparência ao processo. A nomeação de um juiz do TC deve ser um momento-chave na vida política do país, porque é o momento político por excelência. O momento constitucional, caro David, não pode continuar a ser uma obscura nota de rodapé da "agenda", essa ninfa invisível mas omnipresente.  

Um abraço de muito respeito,

Henrique Raposo 


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/carta-a-um-jornalista-ii-o-pos-troika-e-a-reforma-politica=f819466#ixzz2jVJWTaLX

publicado por luzdequeijas às 15:53
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"AS ORELHAS DO BURRO!

A MAIORIA DOS  NOSSOS JORNALISTAS

Uma velha história muito conhecida, pode perfeitamente adaptar-se à grande maioria dos artigos dos  nossos jornalistas de opinião. Quer se dizer, raramente acertam, porque têm “ideias feitas” e não têm a humildade de olhar para as “orelhas do burro”.

Segue-se a história:
“Era uma vez um rei que queria ir pescar.
Ele chamou o seu meteorologista e pediu-lhe a previsão do estado do tempo para as próximas horas.
Este assegurou-lhe que não iria chover.
Como a noiva do monarca vivia perto de onde ele iria, ele colocou o seu fato mais elegante.
No caminho, ele encontrou um camponês montando seu burro que viu o rei e disse:
- "Majestade, é melhor regressar ao palácio porque que vai chover muito."
É claro que o rei ficou pensativo:
- "Eu tenho um meteorologista muito bem pago que me disse o contrário. Vou seguir em frente."
E assim fez... E, claro, choveu torrencialmente.
O rei ficou encharcado e a namorada riu-se dele ao vê-lo naquele estado.
Furioso voltou para o palácio e despediu o seu empregado.
Ele convocou o camponês e ofereceu-lhe o trabalho de meteorologista, mas este disse-lhe:
- "Senhor, eu não entendo nada disso, mas se as orelhas do meu burro estão caídas, significa que vai chover."
O rei achou por bem contratar o burro.” - Os portugueses também o deviam fazer!

publicado por luzdequeijas às 15:36
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Sexta-feira, 1 de Novembro de 2013

HALLOWEEN

 

Origem cristã

 

 Desde o século IV que a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Séculos mais tarde, o Papa Bonifácio IV († 615) transformou o Panteão romano num templo cristão e dedicou-o a "Todos os Santos". Inicialmente, a festa em honra de Todos os Santos era celebrada no dia 13 de Maio, mas o Papa Gregório III († 741) mudou a data para o dia 1 de Novembro, correspondendo ao dia da dedicação da Capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, em 840, o Papa Gregório IV ordenou que este Dia de Todos os Santos fosse celebrado em todo o mundo cristão. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina (31 de Outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow's Eve (vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e All Hallow Een, até chegar à palavra actual Halloween.

A. Santos

publicado por luzdequeijas às 15:00
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UMA SITUAÇÃO PREOCUPANTE

 

A situação que se vive em Portugal é para os portugueses, altamente preocupante e profundamente delicada. É surrealista acrescentarem-lhe, greves atrás de greves e manifestações de gente bem empregada! Discursos ocos no parlamento. Decerto, que há responsáveis para esta desgraça que nos bateu à porta! Mas, por favor, aos políticos que o povo paga com o seu suor e altos sacrifícios, para o servirem, não se pode admitir que estejam a descredibilizar, ainda mais, o nosso país, no mundo inteiro. Se fosse importante a vossa mensagem (de esquerda, sempre aos berros), então, deveriam tê-la apresentado ao país, entre 2008 e 2010. Agora, calem-se e estejam quietos. Sabe-se que não têm qualquer solução válida para apresentar ao país, então, não acrescentem mais ruído, o mundo desconhece qualquer modelo marxista ou perto disso, que seja exemplo a copiar!

A situação social e económica é dramática, como todos reconhecem. A crise financeira do Estado fez desabrochar uma crise económica e social de proporções inesperadas, até pelos mais pessimistas. As suas causas, estarão nas políticas adotadas nos últimos dez anos, muito agravadas pela incompetência política levada a cabo nos últimos anos.

A falta de visão, levou a uma crise financeira do Estado só comparável à de 1892; a resposta dada foi, no mínimo, desastrada e sem qualquer sentido lógico.   

As políticas seguidas, particularmente entre 2008 e 2010, conduziram o Estado, quase, ao ponto de falhar pagamentos inadiáveis. O acordo com a Troica, evitou o pior, mas foi um mau negócio! A ideia de que o Estado estava falido e, como tal tudo é aceitável, foi um erro grave, o que se fez, fez-se exatamente para evitar a falência do país.

Entretanto, por erros de comunicação, erros políticas e extemporâneos, criou-se uma convicção trágica da situação, desnecessária e incompatível com a recuperação da economia, do investimento e do emprego. A agitação de rua, empola tudo, ainda mais!

Quase toda a gente, em lugar de apoiar o Governo nas enormes dificuldades que está enfrentar, desincentiva-o, critica por criticar, e desconfia de tudo o que seja prometido por ele: fazer oposição, não pode ser isto, o povo paga, para ter na procura de soluções, uma saudável convivência democrática. De mãos dadas e democrática. O que temos tido é folclore e incompetência!   

publicado por luzdequeijas às 14:33
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