Quinta-feira, 27 de Junho de 2013

ESTÁTUA DA MADRE MARIA CLARA

Monumento em honra de Madre Maria Clara do Menino Jesus

Decorreu no dia 8 de Dezembro de 1999, a inauguração do monumento em honra a Madre Maria Clara, uma obra que ficou erigida na encosta de Linda a-Pastora, com projecto do Arq. Luís Serpa e escultura de José Núncio . Esta religiosa, mais conhecida por Madre Maria Clara do Menino Jesus, a irmã dos pobres - nasceu na Amadora em 1843, tendo sido a fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da lmaculada Conceição. De origem nobre, a sua preocupação pelos mais pobres desde cedo se manifestou, tendo dedicado toda a sua vida a tentar minorar os problemas dos mais desfavorecidos. Depois da implantação da República, a Congregação deixou de ter sede, o que a levou a procurar outro sitio para se instalar. Anos decorridos, o lugar de Linda-a-Pastora acolheu-a, tendo a sua sede sido inaugurada em 1989, na antiga quinta de Cessário Verde.

A Câmara Municipal de Oeiras, atendendo à importância do trabalho desenvolvido por esta Congregação no concelho, decidiu homenageá-la com a edificação duma estátua da sua fundadora, Madre Maria Clara. No âmbito da inauguração de monumentos importantes não podemos deixar de salientar este que foi edificado em honra de Madre Maria Clara, situado em Linda-a-Pastora. A sua inauguração, veio evidenciar a necessidade de preservação do património religioso da freguesia, e de dar destaque para os seus maiores símbolos.

 

publicado por luzdequeijas às 18:33
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A LUZ DA VIDA

 

 

Quantas cores tem o arco-íris?

 

A luz do sol é uma onda luminosa branca. Sabemos que o branco, na verdade, é formado de várias cores. Ao passar por uma gota d’água – ou até mesmo um objeto transparente sólido, maciço –, o feixe branco se refrata num multicolorido. Dentro da gota, o feixe é refletido sobre sua superfície interna e novamente sofre refração, separando as cores, agora visíveis a olho nu. Como a dispersão acontece, durante ou após a chuva, em todas as gotas que recebem o feixe solar, é como se uma grande lente líquida se formasse na atmosfera, causando o arco que vemos.

Diante da pergunta, parece óbvio que a única resposta possível é sete.

De fato, aprendemos na escola que as sete cores do arco-íris são vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Isso parece óbvio para todos os povos. Por exemplo, o sábio inglês Isaac Newton descobriu que a luz branca é composta de sete cores ao fazer passar um raio de sol por um prisma de vidro.

A seguir, pintou um disco de papelão com as sete cores do arco-íris e, ao girá-lo bem depressa, o disco se tornava branco. Assim sendo, não nos parece apenas óbvio mas sobretudo parece ser uma lei da natureza que o espectro da luz visível possua sete cores. Essas cores recebem diferentes nomes em cada língua, mas são sempre sete.

publicado por luzdequeijas às 18:04
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A FALÁCIA DO CRESCIMENTO

FINANCIAR O CRESCIMENTO DAS PME

A primeira década dos anos 2000 foi para Portugal tempo perdido no que se refere ao financiamento das PME! Com o mundo em crise, por cá a opção foi betão e mais betão financiado pelas catastróficas PPP a serem pagas nos próximos 20 ou 30 anos! Portanto, sem capital disponível e uma grande dívida para pagar nos próximos 30 anos, foi este o legado deixado. Agora, os responsáveis por esta situação clamam por mais crescimento, como se o crescimento económico se fizesse por “obra e graça do Espirito Santo”. Sem investidores ou dinheiro próprio não há crescimento.

Dada a crise internacional, melhorar o acesso das PME às fontes de financiamento, especialmente no que diz respeito à entrada inicial e à injeção constante de fundos, é indispensável para que estas empresas possam explorar o seu potencial de crescimento, emprego e inovação. Ora, há inúmeras PME da União Europeia (UE) que se confrontam com um défice de fundos próprios. Este, é ainda mais, o caso de Portugal.

É essencial garantir às pequenas e médias empresas (PME) melhor acesso aos capitais próprios e aos financiamentos através de empréstimos, permitindo-lhes assim explorar plenamente o seu potencial. Para a União Europeia (UE) e os Estados-Membros, o objetivo é criar condições que permitam, até 2013, triplicar os investimentos em capital na fase de arranque. A UE terá de incentivar o financiamento bancário tradicional da inovação. Organizar-se-á uma reflexão conjunta dos bancos e das PME, a fim de melhorar as perspetivas em matéria de relações bancárias a longo prazo, promover os microcréditos (empréstimos inferiores a 25 000 euros) e os financiamentos «mezzanine» (que combinam empréstimos e fundos próprios), assim como avaliar o interesse de sistemas de redução de impostos para jovens empresas inovadoras.

Tudo isto foi preconizado em 2007 pela UE, cabendo-nos em 2013 perguntar aos responsáveis do partido que estava no Governo de então, qual foi o balanço desta medida relativamente às nossas PME e quantas terão sido estimuladas a iniciar uma atividade económica de que Portugal precisa como pão para a boca? É pura demagogia falar de crescimento sem se assumir as graves responsabilidades de quem fez de Portugal o campeão europeu de mais autoestradas por km2!

publicado por luzdequeijas às 12:51
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Quarta-feira, 26 de Junho de 2013

RESPONSIVIDADE POLÍTICA

"Mas o que é afinal, a responsividade? “Responsividade democrática” é o que acontece quando os procedimentos democráticos levam a que o governo forme e implemente políticas que exprimem as preferências dos cidadãos. É, por isso, uma justificação central do próprio regime democrático. A democracia distingue-se porque a responsabilidade política se traduz num complexo sistema de elos e ligações, estruturas e processos em que a “vontade” dos cidadãos dá origem a “implementação de políticas públicas”.

O quadro mostra que a larga maioria dos portugueses não considera que o nosso sistema político dá resposta às preferências dos cidadãos. Mais importante do que isso, mostra que houve uma quebra muito grande nas percepções positivas no decorrer da última década."

 
publicado por luzdequeijas às 19:11
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MELHORAR O REGIME POLÍTICO

A DEMOCRACIA CAPTURADA

 

URGENTE REFORMULAR OS PARTIDOS

 

Se os partidos não são capazes nem de basear os seus mecanismos de poder interno no cumprimento da lei, nem de torná-los verdadeiramente pluralistas, não há razão para acreditarmos que, uma vez no governo, serão capazes de o fazer no Estado.

Sabe-se também que, desde o início deste século, Portugal é um dos países da Europa Ocidental cujos cidadãos se sentem mais insatisfeitos com o funcionamento do seu regime democrático.

As avaliações, recolhidas em inquéritos, são muito mais negativas relativamente à justiça e ao Estado de Direito o que parece constituir, para os cidadãos, um dos pontos mais críticos do funcionamento da democracia em Portugal. Maiorias muito expressivas (mais de dois em cada três eleitores) consideram que diferentes classes de cidadãos recebem tratamento desigual em face da lei e da justiça, e a maioria sente-se desincentivada de recorrer aos tribunais para defender os seus direitos. Em contraste, a independência do poder judicial em relação ao poder politico não é tomada como certa por uma maioria dos eleitores.

O outro domínio que suscita uma muito má avaliação dos portugueses diz respeito à “responsividade” do sistema politica, ou seja, a de saber até que ponto a classe politica em geral e os governantes em particular atendem às expectativas, preferências e exigências dos cidadãos. Mais de dois em cada três eleitores partilham a perceção de não terem qualquer influência nas decisões políticas, de que os políticos se preocupam exclusivamente com interesses pessoais, de que a sua opinião não é tomada em conta nas opções dos governantes e de que não há sintonia entre aquilo que consideram ser prioritário para o país e aquilo a que os governos dão prioridade.

A maior parte dos inquiridos vê o governo como estando condicionado por fatores externos (situação económica internacional, poderes económicos e prioridades de outros governos) em relação aos quais a responsabilização politica democrática é impotente.

Quais destas diferentes dimensões de avaliação da qualidade do sistema democrático em Portugal estão mais relacionadas com a satisfação geral dos cidadãos com o sistema? A análise dos dados revela que as dimensões diretamente ligadas ao exercício das liberdades cívicas e políticas e ao processo eleitoral não ajudam a explicar o (baixo) grau de satisfação genérico dos portugueses com a democracia. Isto inclui não apenas as dimensões avaliadas mais positivamente pelos indivíduos (“liberdades” e “responsabilização politica”) mas também uma dimensão avaliada negativamente, a ligada à representação proporcionada pelo sistema eleitoral.

Pelo contrário, a dimensão mais relacionada com a (in) satisfação geral com o funcionamento da democracia parece ser a (baixa) “responsividade” (apercebida) da classe politica. Prevalece claramente a ideia de que os eleitos não atendem às expectativas e interesses dos eleitores, e é essa ideia que mais está relacionada com a perceção de uma baixa qualidade geral do regime. Os “Movimentos de Cidadãos Independentes”, em nada melhoraram o regime, antes pelo contrário!

 

publicado por luzdequeijas às 19:04
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O CRISTÃO E A POLÍTICA

Domingo, 9 de Junho de 2013

Papa Francisco: «Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão»

Resposta do Papa Francisco a um fiel sobre o compromisso político dos cristãos, em audiência a alunos de escolas jesuítas, em 7-6-2013, na Aula Paulo VI, no Vaticano: 
«Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão. Nós, cristãos, não podemos fazer de Pilatos, lavar as mãos. Não podemos! Temos de nos meter na política porque a política é uma das formas mais altas de caridade. Porque procura o bem comum. Os cristãos leigos devem trabalhar na política. (...)
A política é demasiado suja. Mas eu pergunto-me: "é suja porquê?". É suja porque os cristãos não se meteram nela com espírito evangélico?... É uma pergunta que te deixo. É fácil dizer que a culpa é daquele... Mas eu, o que faço?... É um dever! Trabalhar para o bem comum é um dever de um cristão.»(Tradução minha).
Habemus Papam! Um com um discurso novo e duro, como nesta outra resposta de improviso, na mesma audiência: 
«A crise que nós, neste momento, estamos vivendo (...) é uma crise humana. Diz-se: "é uma crise económica, uma crise do trabalho"... Sim, é verdade. Mas porquê? Porque este problema no trabalho, este problema na economia (...) são consequências do grande problema humano. Aquilo que está em crise é o valor da pessoa humana. E nós devemos devemos defender a pessoa humana. (...) É a crise da pessoa. Hoje, a pessoa não conta. (...) Conta o dinheiro. E Jesus deu o mundo, tudo o que criou, à pessoa, ao homem e à mulher, para que o desenvolvessem, não ao dinheiro. (...) A pessoa está em crise porque a pessoa hoje (...) é escrava. E nós devemos libertá-la destas estruturas económicas e sociais que a escravizam. (...) É essa a vossa tarefa.»(Tradução minha).
publicado por luzdequeijas às 18:09
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DESIGUALDADES CONSTITUCIONAIS

Capítulo III

Direitos e deveres sociais

Art.º 63.º (versão 76)

(Segurança Social)

  1. 1.      Todos têm direito à segurança social
  2. 2.      Incumbe ao Estado organizar, coordenar e subsidiar um sistema de segurança social unificado e descentralizado, de acordo e com a participação das associações sindicais e outras organizações das classes trabalhadoras.
  3. 3.      A organização do sistema de segurança social não prejudicará a existência de instituições privadas de solidariedade social não lucrativas, que serão permitidas por lei e sujeitas à fiscalização do Estado.
  4. 4.      O sistema de segurança social protegerá os cidadãos na doença, velhice, invalidez, viuvez e orfandade, bem como no desemprego e em todas as outras situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho.

Dúvidas a esclarecer:

Ponto 1- De acordo, mas de onde são retirados os fundos para tal? Quem faz os investimentos necessários de instalações e equipamentos/manutenção?   

Ponto 2- De acordo.

Ponto 3-Por que não lucrativas? Quem faz os investimentos necessários de instalações e equipamentos/manutenção? Quem garante a igualdade de tratamento e de custos nos dois sistemas?

Ponto 4- Onde param os fundos pagos por patrões/empregados arrecadados pelas extintas Caixas de Previdência? Quem pagou as reformas a milhares de pessoas não contributivas? Se houve apropriações das verbas pagas mensalmente por patrões e trabalhadores para fins distintos da sua cobrança, como foi essa apropriação, de vultuosos fundos, defendida pelas associações sindicais e da classe de trabalhadores? Tiveram os contribuintes conhecimento desse facto?

publicado por luzdequeijas às 17:42
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DERRUBAR O GOVERNO

 “Milhares de manifestantes exigem a demissão do Governo”

 

 

Por - Lusa<input ... >15 março 2013

“Milhares de funcionários públicos de todo o país e de vários setores estão a descer a avenida da Liberdade gritando palavras de ordem a exigir o fim da política de austeridade e a demissão do Governo.”

Os lóbis e os mais variados grupos de interesses, recorrem à estratégia da extrema-esquerda para derrubar o Governo em plena legitimidade de ação. Querem derrubar o Governo com um mandato de quatro anos a decorrer, no intuito de pararem as reformas essenciais à recuperação de Portugal! Há anos que isto vem a ser feito com êxito e cavando mais a destruição deste país. Qual a legitimidade destas ações ninguém sabe, é preciso é destruir o país e garantir votos ao PC e BE! (Um ex-presidente da República também ajuda!)

O Presidente da República em exercício, que detém esse poder, é pressionado da forma mais baixa! Na comunicação social aparecem sempre os mesmos ou seja Líderes Sindicais e deputados de esquerda! Chega a incomodar ver sempre as mesmas caras a dizerem o mesmo que não é nada. Seria bom ouvir aquilo que os empresários e gestores têm para dizer mas, como diriam verdades amargas, o melhor é mantê-los à distância! Pobre país retomou a calamidade do Pós 25 de Abril 74.

publicado por luzdequeijas às 17:35
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DIZIA-SE NO FINAL DOS ANOS NOVENTA

O Governo foi incapaz de consolidar a redução do défice. Não podia, aliás, ser de outra maneira, pois deixou-se passar o tempo ideal para se proceder às reformas de que o Estado carece. Não é, portanto, de admirar que a despesa resvale perigosamente e que o Governo tenha de andar de calças na mão a inventar o possível e o imaginário para iludir as suas próprias insuficiências. Não é nada de espantar, nem é nada que esteja a ser dito pela primeira vez.

Aumentos da carga fiscal. Recurso a endividamento oculto. Redução do investimento público. Desorçamentações mais ou menos habilidosas. Receitas empoladas. Défice público escondido.

Tudo isto faz parte do menu de quem não teve nem tem coragem para agarrar frontalmente os problemas reais da governação. 

publicado por luzdequeijas às 17:27
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MANIPULAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Certamente, que a maioria dos leitores sabe, sente ou pressente haver informação manipulada ao jeito de uma fábrica de "verdades" e de acordo com interesses, inconfessáveis!

Já George Orwell afirmava; “A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa"”

Quando ouvimos falar que a mídia representa "o Quarto Poder" numa nação, é preciso avaliar como isso é verdade e o quanto estamos sujeitos a ela e a todas as suas variáveis. A mídia influencia as pessoas no modo de agir, de pensar e até no modo de se vestir. Ela cria as demandas, orienta os costumes e hábitos da sociedade, além de definir estilos e discussões sociais. A mídia dita as regras, as tendências, os padrões de beleza, os ídolos a serem adorados e seguidos. Segundo Marilena Chauí : “A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as ideias”.

     Contudo, além de não podermos subestimar o poder da influência da mídia na vida das pessoas, também não podemos ignorar a importância desta caso seja utilizada de forma mais ética e consciente. Quero dizer que o poder que os veículos de comunicação têm para mobilizar as pessoas é muito grande e pode ser usado para o bem ou para o mal.  Campanhas de doação de sangue, de vacinação, de incentivo à reciclagem, para economizar água, pela paz, para ajudar pessoas, e muitas outras, quando divulgadas e incentivadas pela mídia ganham proporções enormes e trazem resultados muito além do esperado. O elemento primordial do controle social é a “estratégia da distração” que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público  de se interessar pelos conhecimentos essenciais, cativando-o por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais!

publicado por luzdequeijas às 17:05
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O POVO QUE SE LIXE!

UM SIMPLES COVEIRO 

Mandato 2009-2013

QUEIJAS DO PASSADO E DO FUTURO

No que concerne ao nosso local de habitação, venha ele do nascimento ou tenha sido eleito outro por nós mais tarde, tudo se passa da mesma forma.

No caso concreto que escolhi, a Freguesia de Queijas, ela ganhou identidade própria há uma dúzia de anos, logo, necessário se tornou ir mais longe em busca da verdadeira identidade das suas raízes.

Porque, de longa data, sempre pertencemos à antiga Freguesia de Carnaxide, velhinha de muitos séculos e se quisermos cavar bem fundo, vamos encontrar as raízes que procuramos no nascimento da nossa própria nacionalidade. Pois é, não há exagero algum. Depois, relativamente ao nosso concelho, as referências são mais tardias, mas andam quase sempre pelo concelho de Oeiras.

Por todas estas fases passou este antiquíssimo "Lugar de Queijas", e teve que ser assim, até chegarmos a Queijas Paróquia, Freguesia e Vila!

Não há muita informação disponível sobre este passado de muitos séculos, no qual foi vivendo o território da nossa Freguesia, mas é de absoluta justiça falar daquele que nesta matéria nos deu uma enorme ajuda. Deixar de tecer um grande elogio àquela figura que, na minha opinião, mais pugnou por conhecer as nossas referências e em simultâneo mais se bateu pela solução dos enormes problemas que sempre foram afligindo as gentes da antiga Freguesia de Carnaxide, seria de todo injusto.

Foi essa grande figura humana e eclesiástica, o Pie Francisco dos Santos Costa, que nos legou uma publicação de grande dimensão, "O Santuário da Rocha" - Coração de Carnaxide. Legou-a a todos aqueles que amam a velha freguesia de Carnaxide, que hoje se espalha pelas freguesias de Carnaxide, Queijas, Linda - a - Velha, Algés e Cruz - Quebrada - Dafundo.

Como habitante de Queijas, vai para 50 anos, é desta maneira agradecida que sinto todo o trabalho que ele nos deixou, não esquecendo também todos aqueles que a ele acrescentaram qualquer contributo, para nós tão importante.

Todavia a realidade surgida com o aparecimento da Freguesia de Queijas, da sua Paróquia e Vila, veio trazer uma nova identidade e um novo sentimento aos habitantes desta circunscrição, para tal, não devemos esquecer que muitos até já nela nasceram.

Tentei, pois, atualizar factos com uma história riquíssima, desta vez circunscritos à Freguesia de Queijas, que como um filho nasceu da velhinha Freguesia de Carnaxide.

Servi-me do trabalho que outros primorosamente fizeram, mas também vos digo que esteja onde estiver, muito feliz ficaria se este trabalho por mim assinado, puder ajudar alguém a dar-lhe continuidade na história desta terra que já tantos amam como sua.  

A vida ensina-nos que factos escritos como atuais, com o tempo decorrido, logo perdem atualidade, e por isso, carecem de ser enriquecidos com outros mais marcantes, por comportarem uma vivência mais vasta e próxima de nós, seres ainda vivos.

Foi pois esse trabalho que escrevi em livro, para os amigos, e para deixar como legado a toda a população da Freguesia de Queijas. Na vida tudo muda, e o amanhã pode voltar a colocar tudo, ou quase tudo, como estava anteriormente! Existem factos de uma tal relevância a condicionar o futuro, que teremos de os aceitar para não travarmos esse futuro, desde que ele seja do interesse geral dos cidadãos. Se, por acaso,tivermos de perder a condição de Freguesia, haverá culpados, mas o nosso lugar é onde sempre foi, ao lado de Carnaxide e da Senhora da Rocha. Pugnar por uma ligação a Caxias é remar contra a maré, é esquecer a ligação do milagre da Rocha a Linda-a-Pastora, é ignorar o valor  e a história do nosso Santuário, é não ter vergonha por não ter conseguido para nós um Centro de Saúde,é desconhecer a vivência desta vila no seio da Freguesia de Carnaxide e quem esquecer tudo isto e pugnar por uma ligação a Caxias, é esquecer que estamos separados por duas fronteiras naturais a A5 e a CREL e que entre nós e Carnaxide nada nos separa. Neste momento, só nos separa alguém quase a fazer 4 anos de mandato, deixando-nos nada,pois, nada fez por Queijas. Foi um simples  coveiro! Em vez de unir, desuniu! ACABOU COM AQUILO QUE TANTO CUSTOU AOS OUTROS!

publicado por luzdequeijas às 12:57
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Terça-feira, 25 de Junho de 2013

O NOSSO ANJO DA PAZ

Esta obra foi um passo, modelado pelas mãos e criatividade do escultor Francisco Simões e no respeito estrito pela história religiosa e simbólica, vertida nas peças agora instaladas na rotunda de Queijas. Ouçamos a sua descrição da forma como ele interpretou esta obra na pele de escultor:

São Miguel Arcanjo é, por qualquer razão que eu desconheço, o meu anjo da Guarda.

São Miguel Arcanjo é o padroeiro de Queijas, mas é também, ao que consta, o anjo de Isabel e, de acordo com alguns testemunhos, o anjo da paz e de Portugal.

Parece também que era o anjo da devoção de D. Afonso Henriques, da Rainha Santa Isabel, de D. João II e do Papa Leão XI. 

Seguramente, é a partir de agora, o anjo protector de Queijas.

Arcanjo Mica-el: o seu nome significa " que é como Deus". São Miguel e São Gabriel são os únicos mencionados no Antigo Testamento, com excepção de São Rafael que surge no livro de TOBIT, católico. Segundo a Bíblia, no livro de Daniel, Deus disse-lhe: " O príncipe do reino da Pérsia resistiu-me durante vinte e um dias, mas Miguel, um dos principais príncipes veio em meu socorro. Deixei - o a bater-se com os reis da Pérsia e aqui estou eu para te fazer compreender o que deve acontecer nos últimos dias ao teu povo. (....) Devo regressar à luta contra o príncipe da Pérsia, depois surgirá o príncipe da Grécia. Ninguém me ajuda neste trabalho a não ser Miguel. Só Miguel tem estado a meu lado como um baluarte e uma fortaleza para mim. "

 

E no Apocalipse diz-se: " Travou-se, então, uma batalha no céu: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão e este pelejava também juntamente com os seus anjos. Mas não prevaleceram e não houve mais lugar no céu para eles. O grande dragão foi precipitado, a antiga serpente, o diabo, ou o SATANÁS, como lhe chama, o sedutor do mundo inteiro, foi precipitado na terra, juntamente com os seus anjos. "

São Miguel, vulgarmente representado de espada ou lança é o grande campeão de Deus, o grande comandante das hostes do céu. No livro de Daniel conta-se que quando o mundo voltar a estar em perigo real, Miguel reaparecerá para o defender.

Por todo o mundo, em colinas e montes foram erguidas capelas dedicadas a São Miguel. Muitos destes locais eram em tempos antigos considerados como pontos das forças terrenas do poder do dragão.

 

Ao longo dos tempos, tiveram os artistas plásticos grande responsabilidade na construção de uma imagística cristã, sendo eles os criadores das representações de muitas das formas angélicas conhecidas. No Renascimento foi a exploração bastante literal do mundo sob uma nova perspectiva que marcou a arte. Os pintores e escultores desta época singular estiveram na vanguarda, desafiando os mais respeitáveis conceitos sobre a vida, o tempo e o espaço, mesmo antes dos filósofos e teólogos se terem sobre eles debruçado.

Também a mim me coube o privilégio de recriar uma destas representações e ao iniciar este trabalho sobre São Miguel Arcanjo fui assaltado por várias dúvidas do ponto de vista formal. Uma delas se seria São Miguel um anjo feminino. Tinha lido algures que assim era, até pelo facto de, ao que parece ele se sentar à direita de Deus. Pela primeira vez consciencializei que era muito pouco importante reflectir sobre o sexo dos anjos. Importante era, sem dúvida, transmitir através de uma forma escultórica, o sentido de toda a carga espiritual contida na entidade sagrada de São Miguel Arcanjo, facto que constitui para mim um desafio invulgar, pois se tratava de materializar no mármore uma força transcendente e essencial que se resume numa ideia de extrema simplicidade : a prevalência do bem sobre o mal.

Assim, concebi um monumento para ser implantado na rotunda de Queijas, uma das suas entradas, onde duas colunas em mármore de lioz, com sete metros de altura, representam, por um lado, os marcos de entrada, as portas da vila e, por outro, pretendem transmitir o simbolismo cósmico e espiritual a elas associado. Simbolicamente, as colunas sustentam o céu e, portanto, ligam-no à terra. Elas manifestam o poder de Deus no homem e o poder do homem sob a influência de Deus, o poder que assegura a vitória e a imortalidade dos seus eleitos. Nestas colunas foram encastradas a seis metros de altura duas asas em Bronze. A colocação das asas nas colunas teve como intenção uma dupla simbologia: enquanto integradas nas colunas elas relacionam-se com a terra e com os homens e simbolizam, assim, a marca da presença da divindade transfigurada em anjo, isto é, o símbolo da espiritualidade. À frente das colunas, com cinco metros de altura, surge, em mármore branco, a figura de São Miguel, com a sua lança em bronze. A estátua representa-o como comandante das hostes divinas, enfrentando o dragão que surge da água, simbolizando o mal e, combatendo-o, assumindo o arcanjo, a atitude de protector de Queijas.  

 

publicado por luzdequeijas às 20:18
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MESMO INDEPENDENTE

OS TALUDES DE QUEIJAS 

Mandato 1998-2001

As pessoas que viviam nos Taludes de Queijas nunca conseguiram integrar-se na população desta vila, o que também se passou com os moradores do Alto dos AGUDINHOS que, embora não pertencendo a esta freguesia, era aqui que trabalhavam e faziam a sua vida, dada a proximidade desta vila.

Os taludes são elevações que acompanham a Estrada Militar dos dois lados e que, naturalmente, procuravam proteger os movimentos militares nesta via.

 

As barracas aqui surgidas situavam-se na parte final desta estrada e do seu lado direito, para quem caminha no sentido da A5 (em tempos mais recuados auto-estrada do Estádio).

 

Em boa verdade os taludes não eram só a parte mais elevada que ladeia a estrada militar, mas também uma faixa de mais ou menos dez/doze metros de terreno que, já na parte final de acesso à A5 se alargava muito mais.

 

Era exactamente nesta zona que estavam as barracas e que no seu conjunto atingiriam muitas dezenas.

 

Os taludes eram propriedade do Exército e, por essa razão, ainda hoje é possível falar com pessoas que lá viveram e ouvi-las contar histórias algo insólitas: por exemplo narrarem que era nesta faixa final e muito larga dos taludes que nos anos sessenta e princípios dos anos setenta, os serviços militares vinham depositar as urnas, desmanchadas, nas quais os mortos das guerras coloniais eram trazidos para a metrópole para serem entregues às famílias.

 

Grande número de vezes era com estas tábuas que as pessoas faziam as suas barracas.

 

Em Linda – a – Pastora, com as pessoas que viviam nos vários bairros de barracas tudo foi diferente. Houve integração conseguida, que passava pela sua participação diária na vida daquela localidade, como bombeiros, clube da terra, cafés, namoros, casamentos etc.

 

Um dia viria em que tudo teria de ser mudado. A existência da realidade desta pobre gente, teria que ter um fim para melhor.

publicado por luzdequeijas às 20:05
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ACUSAÇÕES VERGONHOSAS

GALARDOADOS UM CAMPEÃO DO JOGO DOS BONECOS E OUTRO DA "SUECA" ? 

PREGAR O EVANGELHO A ESTÔMAGOS VAZIOS

Acho importante transcrever as palavras utilizadas pelo Pie Francisco dos Santos Costa, quando foi recebido em audiência pelo novo Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, na descrição deste facto:

 

(  ) "Até agora apenas referimos as nossas principais preocupações de carácter religioso. Não que não estejamos seriamente apreensivos também socialmente falando, até porque seria utópico pregar o Evangelho a estômagos vazios. Feriu-nos especialmente a atenção o que nos revelou a nossa última campanha de Natal, levada a efeito em todo o âmbito paroquial!

Parece-nos que os seguintes dados o justificam plenamente: na zona da Regueira de Queijas e Taludes encontrámos 35 barracas com 160 pessoas. No Alto dos AGUDINHOS e frente do Forte de Caxias estão quinze barracas e 64 pessoas. Nos Pombais ( terra do Faria ) vivem 260 habitantes em 77 barracas.

Em Atrás - dos - Verdes e Eira Velha pudemos localizar 38 barracas com 163 pobres viventes. Na Senhora da Rocha e proximidades temos 120 habitantes em 34 barracas. Na Gandarela 50 viventes em 17 abarracados. Na estrada da Rocha, BISCOITEIRAS e Olivais 123 barracas com 1330 pessoas. Na zona do Posto RADIOMÉTRICO da Marinha são 46 barracas com mais de 180 habitantes. No Alto dos BARRONHOS mais de 200 barracas com cerca de 1800 pessoas. Na OUTORELA - PORTELA 10 barracas e aproximadamente 40 habitantes. No Alto e Baixo Montijo, quem o pensaria! 110 Barracas em que se amontoam 515 pessoas e finalmente junto ao cemitério de Carnaxide, serra e demais cercanias do lugar - sede da freguesia, Quinta dos Grilos, há ainda 33 barracas com 90 habitantes.

Isto é, resumindo, lado a lado connosco têm os nossos olhos tristes que contemplar hora a hora 735 barracas e saber lá dentro, não poderemos dizer a viver senão que a vegetar, 4755 seres humanos como nós!" (......  )

publicado por luzdequeijas às 19:51
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Segunda-feira, 24 de Junho de 2013

A PONTE SALAZAR

A Ponte Salazar sobre o rio Tejo em Lisboa - 1966

Filme documentário, realizado por Leitão de Barros, sobre a construção da ponte sobre o Tejo em Lisboa e sua inauguração a 6 de Agosto de 1966.
Para a ponte suspensa, toda a monumental fabricação metálica de 22.000 toneladas das peças de aço, destinado à viga de rigidez e tabuleiro, foi executada em Portugal nas oficinas da SOREFAME. Bem assim como a grelha metálica rodoviária. Para além de outras estruturas referidas pelo narrador fabricadas nos estaleiros norte.
Tempos em que a mão-de-obra caseira tinha uma incorporação muito significativa nas grandes obras nacionais.
Reparem que muitos dos trabalhos se realizavam a cerca de 70 metros acima do nível médio das águas do rio Tejo e, pelo que se vê, nenhum trabalhador utilizava qualquer sistema de segurança.
É bem evidente o à vontade como alguns trabalhadores se deslocavam naquelas vigas como se num corredor de um escritório se movimentassem, para não falar em registos de arrepiar quando estão a martelar em posições, aparentemente, de equilíbrio instável.
Este filme é um registo muito singular de uma obra que marcou o país naqueles anos.
Chamo a vossa atenção para a margem sul em que se veem apenas campos, longe de se adivinhar que um conglomerado habitacional iria emergir como cogumelos.

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http://www.youtube.com/watch_popup?v=3t50WfiWJV0&feature=gv

               
publicado por luzdequeijas às 23:21
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AOS AMIGOS DO TINO

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Sonia Hurtado

publicado por luzdequeijas às 14:01
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OPINIÃO DE GENTE DE BEM

QUINTA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2013





ESTA É A MINHA OPINIÃO...sobre a governação municipal de Isaltino Morais



Reuniu na passada 3.ª feira a Assembleia de Freguesia de Queijas. Um dos pontos da ordem de trabalho era a atribuição de condecorações a pessoas e colectividades de relevo na freguesia e no concelho.



Na semana anterior, na reunião de líderes (IOMAF, PS, PSD e CDU) as forças políticas apresentaram vários nomes, um dos quais foi precisamente o do Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Dr. Isaltino Morais, proposto pelo IOMAF.

Na reunião ordinária de 23 de Abril, a proposta do Executivo sobre a atribuição de condecoração ao Dr. Isaltino Morais foi aprovada por maioria, com votos a favor do IOMAF e PSD e votos contra do PS e CDU.

Pensávamos não intervir, eis quando a representante da CDU na sua declaração de voto (contra) sustenta que o mesmo se deveu à situação judicial do Presidente da Câmara Municipal.

Intervindo, referi que o PSD considerava que os 24 anos de governação do Dr. Isaltino Morais tinham tido aspectos positivos e outros negativos, mas que globalmente tinha sido uma governação positiva. Afirmamos também que política e justiça não se deveriam misturar.

Mal sabíamos que 13 horas depois o Presidente da Cãmara Municipal de Oeiras seria detido.

Não aceitamos que dentro do PSD ou dentro de Oeiras, se procure apagar o legado histórico, positivo ou negativo, do Dr. Isaltino Morais. Não somos daqueles que dizem que só foi bom governante enquanto eleito pelo PSD, nem aceitamos que alguns membros do seu IOMAF refiram que os grandes projectos só foram realizados no consulado verde.

Se há alguém que tem manifestado a sua discordância com alguns aspectos da governação de Isaltino Morais, é o autor destas linhas.

Se Queijas muito deve a Isaltino Morais, muito deve também a António Reis da Luz, Presidente da Junta de Freguesia de Queijas entre 1997 e 2001, eleito pelo PSD, mentor da Junt’Arte, grande lutador pela construção do Centro de Saúde, impulsionador da elevação de Queijas a vila etc..

Se não aceitamos que, ao bom estilo estalinista, se apague da memória colectiva e da História o nome e a obra de Isaltino Afonso de Morais, também rejeitaremos quaisquer tentativas para apagar o nome de António Reis da Luz!

Não aceitamos que dentro do PSD ou dentro de Oeiras se procure apagar o legado histórico, positivo ou negativo, do Dr. Isaltino Morais. Não somos daqueles que dizem que só foi bom governante enquanto eleito pelo PSD, nem aceitamos que alguns membros do seu IOMAF refiram que os grandes projectos só foram realizados no consulado verde.

Se há alguém que tem manifestado a sua discordância com alguns aspectos da governação de Isaltino Morais, é o autor destas linhas.

Se Queijas muito deve a Isaltino Morais, muito deve também a António Reis da Luz, Presidente da Junta de Freguesia de Queijas entre 1997 e 2001, eleito pelo PSD, mentor da Junt’Arte, grande lutador pela construção do Centro de Saúde, impulsionador da elevação de Queijas a vila.

Se não aceitamos que, ao bom estilo estalinista, se apague da memória colectiva e da História o nome e a obra de Isaltino Afonso de Morais, também rejeitaremos quaisquer tentativas para apagar o nome de António Reis da Luz!


Publicada por Helder Marques de Sá à(s) 18:14 




publicado por luzdequeijas às 12:42
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Domingo, 23 de Junho de 2013

A CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO DE QUEIJAS

INTERVENÇÃO NA CERIMÓNIA DE CELEBRAÇÃO DO 20.º ANIVERSÁRIO DA FREGUESIA DE QUEIJAS

Examos Convidados

Examos Homenageados

Sras. e Senhores

Encontramo-nos reunidos para celebrar o 20.º Aniversário e, quem sabe, o último da freguesia de Queijas.

O seu desaparecimento, fruto de uma reforma administrativa que também não foi consensual no PSD, não deve ser visto como uma calamidade, como se o mundo dos cidadãos e cidadãs de Queijas desabasse.

Foi mais um processo do qual os cidadãos, sobretudo os que se interessam, foram arredados. Foi assim com a integração europeia, foi assim com a adesão ao euro. Os cidadãos só servem para pagar impostos.

Apesar do desaparecimento da nossa freguesia, a Câmara Municipal e o movimento IOMAF também nada fizeram, para perante a intransigência da maioria governamental, poderem propor o seu mapa autárquico. A postura do movimento IOMAF parecia uma réplica dos que a tudo dizem não. Mais tarde, o Presidente da Câmara Municipal, Dr. Isaltino de Morais, já com todos os prazos esgotados acenou com uma espécie de proposta, contudo, como referimos, os prazos estavam ultrapassados.

Em Queijas não foi diferente, o movimento IOMAF acenou com uma proposta de agregação Queijas/Caxias. Demasiado tarde.

O movimento IOMAF deveria ter olhado para a Amadora, onde o partido Socialista e o PSD acertaram a fusão e agregação de freguesias na lógica do, “mais vale um pássaro na mão que dois a voar”.

Oeiras poderia ter ficado com 6 freguesias, Oeiras poderia ter desenhado não só o seu mapa de freguesias, como poderia ter escolhido os nomes das freguesias unidas, como fez a Amadora.

Este processo foi o que foi. Compete-nos torna-lo o menos doloroso possível para as populações.

Aproveitamos este 20.º aniversário para homenagear cidadãos e coletividades. Lamentamos profundamente que o movimento IOMAF tenha vetado o nome proposto pelo PSD, o do antigo Presidente da Junta de Freguesia de Queijas, António Reis Luz!

Aprovamos os nomes propostos pelo movimento IOMAF sem pestanejar. Incluindo o nome do Presidente eleito da Câmara Municipal de Oeiras DR. Isaltino de Morais. Antes de constituir o movimento IOMAF o Dr. Isaltino de Morais foi militante autarca ilustre do PSD. Pessoalmente, mesmo sabendo que as minhas palavras não agradarão a algumas pessoas do meu partido, pessoalmente tenho o maior apreço pela obra do Dr. Isaltino de Morais.

Não tenho uma visão estalinista de apagamento do passado e reconheço na pessoa de Isaltino de Morais grande visão, capacidade e liderança.

O movimento IOMAF em relação à pessoa do Sr. António Reis Luz, antigo presidente desta junta, teve uma atitude setária, indigna de quem está investido pelo voto popular.

O movimento IOMAF homenageia – e atentem bem nas minhas palavras, que são ditas em sentido figurado – o “Mija na Escada” e o “Cascalheira” não tem a humildade democrática de reconhecer os bons serviços prestados por António Reis Luz. Atitude setária e faciosa.

O movimento IOMAF deveria saber que a Cooperação e a Solidariedade são vias de dois sentidos. Como não sabe, o PSD anuncia aqui e agora que renuncia ao cargo de 1.º secretário da Mesa da Assembleia.

Estamos num período pré-eleitoral que desejamos decorra com elevação entre os candidatos. Esperamos e desejamos que aqueles que morem em Oeiras levem Oeiras a sério, que os que não sendo de Oeiras, como Sebastião José de Carvalho e Mello e Isaltino Afonso de Morais e aqueles que são de Oeiras e quem “Continuar a Fazer” não se esqueçam do ditado popular que “Santos da Casa não fazem milagres”.

Aos homenageados o apreço do PSD pelo trabalho desenvolvido, por fim, e porque sendo homenageado está ausente, Dr. Isaltino de Morais, faço votos para que a História lhe faça a justiça que a Justiça não lhe faz.

Viva Oeiras

Viva Oeiras

Disse                      

Hélder Sá

21-06-2013

 

publicado por luzdequeijas às 19:44
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DESFLORESTAÇÃO

A desflorestação é um processo de desaparecimento de massas florestais (bosques), fundamentalmente causado pela actividade humana.

 

A desflorestação é directamente causada pela acção do homem sobre a natureza, principalmente devido a abates realizados pela indústria madeireira, tal como para a obtenção de solo para cultivos agrícolas, que se traduz a destruição massiva destes ecossistemas, a ritmos que atingem 1,2% do total das florestas virgens existentes, por ano, com o objectivos de obter determinados produtos (madeira, carvão vegetal, por ex.) ou áreas livres (destinadas à prática da agricultura ou urbanização), por e para o homem. Se desde sempre se procedeu ao abate de árvores e limpeza de determinadas áreas florestais, actualmente, o termo desflorestação revestiu-se de uma muito maior intensidade e pertinência, devido não apenas ao tamanho imenso das áreas desflorestadas (entre 15 a 20 milhões de acres de floresta tropical por ano, ritmo que conduzirá ao seu desaparecimento total dentro de cerca de 100 anos), mas também ao facto de a desflorestação não ser acompanhada de uma reflorestação, sendo frequente que os danos produzidos sejam de tal ordem que até mesmo os mecanismos naturais pelos quais a natureza regenera os ecossistemas naturais são bloqueados intencionalmente, por exemplo, pela pavimentação dos solos (estradas).
Nos países em vias de desenvolvimento, a principal causa de desflorestação são a exploração das matérias-primas provenientes da floresta, particularmente, a própria madeira, uma vez que estes países têm poucas alternativas ao uso desses recursos naturais para desenvolverem as suas economias, o excesso da agricultura para alimentar as pessoas, principalmente das cidades, a construção de habitações, o crescimento turístico e os incêndios, uma das causas da desflorestação de todo o mundo.
Em Portugal, principalmente no Verão, muitos hectares de floresta são destruídos, muitas vezes por mão criminosa. Por exemplo, no ano de 2002, até dia vinte e oito de Julho, arderam trinta e nove mil e trezentos hectares de floresta.

 

climaeenergia.blogspot.com/

publicado por luzdequeijas às 16:15
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Sábado, 22 de Junho de 2013

MEXER NA CONSTITUIÇÃO

O secretário-geral do PS acrescentou ter reiterado a sua posição de «sempre» quanto à chamada «regra de ouro» sobre a inscrição na legislação nacional de limites ao défice e à dívida:

 

«Nós consideramos que essa é uma matéria que deve constar de uma lei de valor reforçado».

 

É muito estranha esta posição, relativamente à nossa Constituição Política, sobre a honra do país e a segurança de milhões de portugueses! Um país altamente endividado como está o nosso, que quase sem ninguém dar por isso ficou endividado para mais de 20 anos! Com tudo o que isso implica, relativamente ao nosso futuro, aos investimentos produtivos que por falta de recursos se deixam de fazer, à qualidade da nossa saúde e ensino e ao bem-estar de toda a população. Tudo por que ele foi descobrir um brinquedo que julga lhe poder dar votos;

"Uma lei de valor reforçado"!

Quem quiser ler a nossa Constituição depára nela com dezenas e dezenas de limites da atividade financeira e económica de Portugal, cuja razoabilidade real é altamente discutível vs Constituição! Limites para valores humanos, dos quais a vida económica, financeira, competitiva e real desta pátria se está afastando perigosamente. Ora o controlo do défice é de extrema importância para a nossa capacidade de realização (agrícola, piscatória, industrial, de investigação, exportadora, desemprego etc.), e este pretendente a líder nacional acha que pode voltar a acontecer aquilo que aconteceu nos últimos 10 anos.Que os responsáveis, que ele quer ignorar, para não prejudicar o seu projeto pessoal (ser primeiro-ministro) e para tal prefer empertigar~se diariamente em pura demagogia! Com líderes assim não há lei reforçada que possa castigar os responsáveis de tamanha mal-feitoria, que vivem à solta. Pobre pátria, que não tem quem pense nela, mesmo, numa situação de desastre nacional!

publicado por luzdequeijas às 18:24
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QUE ESTARÁ PARA ACONTECER?

Pessoalmente acredito que este novo século, forçosamente, trará de volta uma nova ordem social e política. Porque serão finalmente repostos o respeito e os tradicionais valores humanos. Nos dias de hoje, a “pirâmide” está completamente invertida.

Representará tal conquista a vitória contra o crime organizado, a criminalidade económico-financeira, o oportunismo e o materialismo selvagem que têm vindo a revelar-se uma ameaça grave contra a moral, democracia, sociedade em geral e a própria economia.

Quem tiver por hábito manter-se informado sobre o mundo, sabe de previsões de organismos internacionais cheios de credibilidade, no sentido de uma certeza absoluta para o século XXI: a escassez, dentro de uma, duas ou três dezenas de anos, de bens essenciais à manutenção do nível de bem-estar dado como adquirido na Terra, pelos países mais desenvolvidos.

Serão os casos, além de muitos outros, do petróleo e, mais ainda, da água potável! A confirmarem-se tais previsões, e se outras soluções não forem encontradas, o «caos» instalado poderá tornar-se muito perigoso para toda a população mundial! Sabemos, ainda, que todo o pensamento é adivinhação, como referia Miguel Tamen na sua obra Maneiras de Interpretação. Dizia ele que só agora os homens começam a compreender o seu poder divinatório. Também dizia que só aquele que pode compreender esta Idade, ou seja – dos grandes princípios de rejuvenescimento geral – conseguirá apreender os polos da humanidade, reconhecer e conhecer a atividade dos primeiros homens, bem como a natureza de uma nova Idade de Ouro que virá…. O homem tornar-se-á consciente daquilo que é: compreenderá finalmente a Terra e o Sol!

Mesmo quando nos servimos da ficção, o nosso pensamento pede adivinhação! Gente entendida e sabedora admite como provável que o surgimento do próprio ser humano tenha ocorrido há cerca de 1 7 000 000 de anos. Até hoje sempre a Terra deu ao Homem os seus meios de sobrevivência. Que estará para acontecer

publicado por luzdequeijas às 17:34
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O CAOS GLOBAL EM 2020

o mundo é um território tomado pela insegurança e pela desordem! Vive-se num caos global! Parece que ninguém manda, parece que todos são livres, mas, é uma liberdade sem lei e sem ordem, é um total caos e abandono. Não há fronteiras, não há polícia, nem esquadras, nem juízes onde ir denunciar os roubos e as tropelias, de toda a ordem, que sofre um cidadão qualquer. Também não há bancos, nem cheques, nem cartões de crédito, nem hospitais, nem transportes ou igrejas a funcionar. Não funcionam ministérios, nem registos públicos, nem correios, nem telefones. Os funerais são realizados, na íntegra, pela família e amigos, quando os há! Há voluntários a abrir valas comuns, para onde os sem abrigo e sem amigos, são despejados! Existe um activo comércio de rua onde só dinheiro vivo, tem aceitação. Tudo, o mais, se processa no comércio de troca por troca na rua. Os preços todos os dias sobem, sem critério. Assim, temos uma amostra da situação catastrófica que se vive por todo o lado. Há de facto liberdade de cada um fazer o que lhe apetecer, mas o resultado é uma incaracterística liberdade, que faz as pessoas sentirem-se aterradas e desamparadas. É normal ver toda a gente receosa e com a alma encolhida, caminhando nas ruas apinhadas e sem ninguém comunicar com ninguém! Por todo o lado aparecem locais, edifícios e outras instalações, literalmente saqueadas. Quem são os saqueadores? Gente que tudo perdeu. A começar pelo seu emprego. O vandalismo é normal e já nem causa revolta! Está generalizado. A primeira reacção perante o despertar desta situação, foi cavalgada pelo ódio contra os aparentes causadores de tudo isto. Datam daí as brutais destruições. Tudo foi destruído num ápice, até as fábricas onde trabalhavam, mas, que já não davam pão! Ainda se compreende que tenham roubado comida, vestuário ou tudo aquilo que pudesse ser usado ou vendido. Mas não se compreende que tivessem destruído as máquinas e as fábricas, as creches e as escolas! Qual a explicação para tudo isto?

Sem policiamento, mesmo com trânsito diminuto, como não haveria de haver buzinadelas e engarrafamentos? Um pandemónio diário! Cada condutor marcha por onde lhe apetece, a circulação rodoviária só melhora porque o número de viaturas vai diminuindo, em consequência dos acidentes e da falta de combustível e assistência. Mesmo nesta confusão, ainda vai aparecendo quem de apito na boca, se arme em polícia sinaleiro! Em muitos bairros, as pessoas angustiadas pela permanente insegurança, organizam-se em grupos de vigilância. Também o fazem para a limpeza do lixo acumulado.

publicado por luzdequeijas às 16:38
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O REGRESSO AOS CAMPOS

Tudo o que possa arder é queimado e os voluntários vão-se aquecendo. O mau cheiro chega a ser pestilento. As maiores dificuldades de que sofrem as populações mundiais, são a falta de luz e água potável. O “precioso líquido”, só corre nas torneiras duas horas por dia. Os poços secaram, ou então, a sua água está poluída. A falta de água corrente, está já a provocar um impacto negativo na saúde das populações, principalmente nas crianças. De acordo com a Unicef, nos últimos anos, o número de casos de crianças com diarreia, aumentou significativamente e multiplicam-se os casos de malnutrição. Os ataques às condutas de água ainda operacionais, são constantes, para uma captação oportunista. É a guerra contra a sede. Os campos estão por cultivar e em total abandono! Os apagões são constantes e chegam a durar dias. Nestes casos, as pessoas ficam sem defesa contra o frio e para cozinhar! Torna-se impossível cozinhar e tomar banho! Em noites muito quentes as pessoas vêm para rua procurar uma réstia de fresco. Chegam a trazer os seus colchões e dormir ao relento. As ruas e as estradas estão completamente esburacadas. Não há matéria-prima para reconstruí-las. Nem tecnologia! As redes de transportes públicos deixaram de funcionar com regularidade, autocarros passam quando passam. De resto vão encostando, por falta de tudo. A Agricultura atingiu os níveis mais baixos de sempre. Nos mercados as bancas estão quase vazias. Os pomares e hortas, com alguma coisa que apanhar, são assaltados e vandalizados. Aos poucos vão-se tornando em matagal. As cidades, aos poucos vão perdendo habitantes e ficando desertas. Muitas pessoas e muitas famílias, preferem o regresso aos campos, Onde ainda possuem uma casa de família e lhe resta algum respeito e ordem. Não há, por falta de condições naturais, meios de procurar um emprego. Ninguém se arrisca a investir e, desse modo. os desempregados vagueiam pelas ruas. O mundo regrediu aos seus piores tempos. Arrastado pela escassez de tudo, mas principalmente de água potável e combustível.

publicado por luzdequeijas às 16:31
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OS AVISOS DAS NAÇÕES UNIDAS

Os avisos das Nações Unidas não foram escutados em tempo útil. Os países ricos foram-se defendendo da crise com dinheiro para obtenção de petróleo e matérias-primas, foram aumentando os preços dos produtos transformados, cobrando neles a crescente subida da energia, já fora do alcance da grande maioria dos países. Todos os países sucumbiram, uns atrás dos outros. Por último, ia deixando de haver compradores. Não havia dinheiro! O impacto da crise espalhou-se pelo mundo inteiro. Os países que tinham oferecido luta à crise, também acabaram por cair. A crise quando nasce é para todos. A sociedade civil foi outra coisa a desaparecer. Os hospitais acabaram por fechar, por falta de medicamentos e outros materiais necessários. Também por falta de eletricidade e água. Operar nestas condições era uma lotaria, e de resto já não havia pagamento de vencimentos e muitos médicos receavam os assaltos permanentes! O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a Unicef e o Programa Alimentar Mundial (PAM), estão paralisados. As organizações humanitárias internacionais perderam toda a possibilidade de uma atuação mínima, por falta de meios e alguma ordem mundial. Multiplicaram-se as organizações de malfeitores. As organizações terroristas, que lutam sempre contra o poder, desapareceram gradualmente. Não havia poder ou, era incipiente. As populações mundiais deixaram de dar qualquer crédito aos actos eleitorais, nos poucos que persistissem na sua realização. Os partidos políticos foram das primeiras coisas a desaparecer. Tinham tido um largo quinhão de culpas nesta miséria! Extinguiram-se, pura e simplesmente.

publicado por luzdequeijas às 16:24
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A DEMOCRACIA NO CAOS MUNDIAL

A democracia em tais circunstâncias, deixou de fazer sentido. Aliás, talvez nunca tivesse feito! Sempre foi um logro para os mais humildes. Agora, havia pessoas nalguns cargos por nomeação de políticos, que se iam arrastando nos lugares. Nomeações para amigos, como, aliás, também aconteciam na democracia em tempo normal.

Os senhores de organizações discretas, hoje, estavam nos cargos, mas não tinham qualquer poder. Tudo era inorgânico! As inúmeras «teias», «lóbies» e corporações discretas, em que sempre se apoiaram, eram agora ineficazes! Não havia benesses para dar ou receber. Agora, atuam unidos, mas sem ganhos de qualquer espécie, só por defesa própria. Sentem vergonha de assaltar nas ruas. Ficaram sem donos à vista. Os grandes interesses ruíram como ruiu a sociedade de consumo. O poder está na rua, e ninguém o consegue agarrar, é de todos e não é de ninguém. Havia casos em que talvez houvesse governo e ministros, mas ninguém perdia tempo com eles! Não interessavam! Todo este panorama foi descrito pela passagem de imagens ilustrativas de vários pontos do mundo. As palavras não chegavam para descrever tudo o que se via e sentia! Era o "caos" na sua forma mais arrepiante!

 

publicado por luzdequeijas às 16:07
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O MITO DO PAI DOS POBRES

Desde há muito tempo, que alguns políticos que abraçaram o “Populismo” político e absorveram características populistas nas suas trajetórias pessoais, seja no âmbito nacional ou local.

O populismo não acabou. Ainda está em evidência.

Do ponto de vista da camada dirigente, o populismo é, por sua vez, a forma assumida pelo político para dar conta dos anseios populares e, simultaneamente, elaborar mecanismos para assegurar o seu controle e a sua fidelidade, tendo em vista eternizar-se no poder sem, contudo, ser considerado ditador. No populismo e na sua história, o sentido da palavra "populismo" que passou para a história tem uma carga semântica altamente negativa. Os políticos populistas são estigmatizados como enganadores do povo, pelas suas promessas jamais cumpridas e como aqueles capazes de articular retórica fácil com falta de caráter. Este sentido negativo não diz respeito apenas à figura do político populista, mas ao fenómeno como um todo, pois só é possível a eleição de um populista por eleitores que não sabem votar ou que sempre se comportam de maneira dependente, como se estivessem à espera do "príncipe encantado".

Mas nem sempre foi, ou é esse o significado de populismo. Populista, no caso, era aquele que estava próximo do povo, ouvia as suas aflições e conseguia compreendê-lo. Sentido comum em sociedades nas quais as elites políticas se encontram distantes do povo: onde não há canais de interlocução convencionais, o povo busca alternativas para ver atendidas as suas preocupações.

Quando os populistas passaram a ocupar espaço na política, vencendo as eleições contra liberais e conservadores, o conceito começou a receber uma conotação pejorativa. É verdade que politicamente o populismo encontrou uma certa funcionalidade em vários países latino-americanos ao servir de alternativa ao risco de uma onda comunista. Nas primeiras décadas do século XX, o populismo representava a promessa de um Estado forte e personalista, aliado a uma legislação social e a uma liderança carismática, que tinha o objetivo de combater o perigo do comunismo. Essa alternativa foi adotada como barreira ao comunismo em países como México e Argentina, entre outros, principalmente após a Revolução Russa de 1917.

Com o afastamento do risco comunista, a presença de lideranças carismáticas marginais às elites políticas tradicionais à frente dos Estados fortes passou a interferir de maneira negativa nos interesses dessas elites. Foi a partir daí que o conceito de populismo passou a receber uma carga pejorativa na esfera política, ganhando status negativo no senso comum. O resultado foi uma “satanização” dos populistas e dos seus adeptos, que terminou moldando a visão liberal, defendida por políticos que faziam parte do status quo combatido pelo discurso populista. Para eles, o populismo é um fenómeno vazio de conteúdo, e consideram a população incapaz de distinguir entre propostas sérias e simples demagogia. Para os populistas só continuará a interessar dar ao povo sempre razão. Prometer-lhe tudo o que ele pede e abraçá-lo e beijá-lo quanto puder"

publicado por luzdequeijas às 15:40
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O POPULISMO

 

Apesar de habitualmente se convencionar o período de 1945 a 1964 como o auge do populismo é importante ressaltar que as suas raízes não remontam a esta época. As suas origens estão na Revolução de 1930. O populismo trazia a marca das suas origens: a política ambígua como produto de forças transformadoras e contraditórias. Os populistas usam e abusam do seu carisma pessoal, dos seus discursos melodramáticos e do uso da propaganda de massas, características consagradoras do grande ícone populista que, ainda hoje, inspira os hábitos e comportamentos das lideranças políticas contemporâneas. O seu discurso nacionalista, a concentração de poderes políticos, uma delicada teia de interesses e alianças, proporcionam-lhe longa permanência no comando político que aprisionarem. O populismo veste-se de valores e ideias que o credenciam como “grande líder” porta-voz das massas, fundamentando o seu discurso em projetos de inclusão social e obra vistosa. Contudo, o exemplo que ratifica a contradição do populismo é a denominação que consegue, ao mesmo tempo, ser o “pai dos pobres” e a “mãe dos ricos”.

Segundo o sociólogo Francisco Weffort, o populismo, como "estilo de governo", é sempre sensível às pressões populares e simultaneamente, como "política de massas", procura conduzir e manipular as aspirações populares. Isto significa que, aparentemente o comando está com o povo, porem na realidade, sem se aperceber, a massa popular é sutilmente controlada pelo governante. Podemos retirar a conclusão do que representou o populismo a partir de 3 aspetos:

No plano político/económico foi o deslocamento do polo dinâmico da economia - do setor agrário para o urbano -, através do processo de desenvolvimento industrial e tecnológico.

No plano social, tais transformações económicas implicaram a ascensão das classes populares urbanas. Conta-se que muitas vezes os seus “colaboradores” mais próximos, no final do dia político, e em tom de provocação lhe perguntam; “Afinal, quantas velhinhas já beijámos hoje?” Por último não esquecer o seu desmedido apêgo ao poder!

publicado por luzdequeijas às 14:43
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Sexta-feira, 21 de Junho de 2013

DESSALINIZAÇÂO

Os procedimentos de dessalinização identificados são muitos, e correspondem a técnicas muito diversas, mas, sem embargo, podem dividir-se em dois grupos:

 

Grupo 1 – A água muda de estado no decurso do tratamento.

>Passando por uma fase gasosa (destilação)

>Procedimento por compressão de gases

>Procedimento térmico de múltiplo efeito

>Procedimento térmico “multiflash5”

>Passando por uma fase sólida

>Congelamento

>Formação de hidratos (procedimento em fase de laboratório)

Grupo 2- A água não muda de estado no decurso do tratamento, (procedimento com membranas)

>Eletrodiálise

>Osmose inversa

 

AS CASAS DO SABER

 

São muitos os cientistas que se dedicam ao estudo da escassez de água potável na Terra. A complexidade deste grave problema está ser debatida por eles, como foi afirmado numa das últimas reuniões na principal Casa do Saber:

O coordenador pausadamente, falou para o imenso auditório. No semblante de todos os participantes desta reunião vejo um certo ar de preocupação. A humanidade está gravemente ameaçada e a sua maioria nem disso se apercebe. Faz política prometendo "crescimento" quando o futuro terá de ser outro muito diferente!

Todas as Casas da Pesquisa debateram largos e complexos problemas e foram apresentadas conclusões finais à nossa Casa do Saber. Esta, em simultâneo, foi fazendo uma última avaliação das mesmas, tendo em consideração o equilíbrio no seu todo, visando um objetivo único – a continuidade, de preferência, aumento da qualidade de vida da população da Terra. Todas as “sugestões mentais” a enviar ao centro receptivo eleito, por nós, na Terra. Na Montanha de Sinjar do Iraque, serão apresentadas e antecedidas por vários visionamentos daquilo que será o mundo nos anos 2020 e 2040. Seja qual for o panorama visionado por nós para estas duas datas, ele não nos deve provocar qualquer deslumbramento, nem ao invés, nos deixar deprimidos perante alguma realidade preocupante. Tentamos sempre fazer o nosso melhor. Em qualquer dos casos os habitantes da Terra ignorarão sempre os nossos visionamentos e os motivos porque tirámos tais conclusões. No fundo, ignorarão sempre o futuro que os espera e que nós sabemos qual é....

publicado por luzdequeijas às 18:14
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MEIOS DE REDUZIR A SECA

Transporte de icebergs, desde a Antárquica até zonas do mundo altamente carenciadas. Usando o calor das centrais térmicas no seu degelo. Um projecto em fase de estudo e desenvolvimento pretende a descoberta de uma simples bio-pílula, obtida com base numa enzima, que despolui um lago ou um rio, sem prejudicar a pouca vida orgânica que ainda lhe tenha restado. A própria água do consumo pode ser recuperada neste sistema! A grande aposta para este gravíssimo problema, a escassez de água potável, parece ser unicamente resolvido com o processo de “Dessalinização da Água” do mar. As enormes reservas de água do mar e as águas salobras de várias procedências, perante a situação, catastrófica iminente em vários países, justificam os grandes investimentos necessários para se conseguir a sua transformação em água potável. As experiências já feitas, além de muito dispendiosas, ainda não alcançaram os objetivos desejados!

publicado por luzdequeijas às 18:10
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ENCHER A BOCA COM O CRESCIMENTO

É PURA IGNORÂNCIA .....

 

 

Com tanta água, pode parecer insensato falar em crise de abastecimento. Mas é exatamente para esse risco que a Organização das Nações Unidas (ONU) vem apontando há pelo menos trinta anos. A perspetival é a de que, na próxima década, a crise de abastecimento atinja proporções inéditas, com a procura superando a oferta anual de 9 mil km3. A década passada foi toda dedicada a estudos da água e 1998 foi o Ano Internacional dos Oceanos, o reservatório de 97,5% dos 1,5 biliões de km3 da água da Terra. A água salgada, representa mais de 97%, das reservas mundiais, que são abundantes, embora não disponíveis quando e onde queremos e na forma desejada. De tais reservas, quase dois por cento, está na forma de gelo. A água cobre 70% da superfície terrestre! Mas é bom que nos convençamos que a maior parte dessa água, não oferece condições para consumo. Igualmente os recursos fluviais, estão divididos de forma não proporcional: mais de 40% dos rios e lagos estão concentrados em seis países: Brasil, Rússia, Canadá, EUA, China e Índia. Muitas outras zonas da Terra, dispõem de poucos recursos hídricos.

A distribuição da água ao longo do ano, também apresenta enorme variabilidade. Esse facto faz com que existam épocas secas! Tal como fizemos com os problemas do petróleo, também agora iremos recorrer ao nosso Sistema de Visionamento Interactivo, e observar, em diferido, o decorrer do III Fórum Mundial da Água, realizado no Japão. Mais de dez mil representantes de 160 países, apresentaram-se, e muitos trouxeram soluções concretas para os problemas que atingem perto de dois mil milhões de pessoas, em todo o mundo. Noutra cimeira, a do G8, a realizar em França, este problema será igualmente abordado. A crise mundial da água será um dos maiores desafios do século XXI! Noutra Cimeira Mundial, sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada na África do Sul, a comunidade internacional decidiu reduzir para metade o número de pessoas que não têm acesso a água potável, até 2015, equivalente a 1,4 mil milhões de pessoas. Existe também o problema daquelas que não possuem quaisquer condições sanitárias e de salubridade, cujos números apontam para cerca de 2,3 mil milhões de pessoas. O grande drama consiste no facto de no momento em que se fazem grandes esforços, técnicos e financeiros, para dotar muitas pessoas de condições de acesso a água potável, saneamento e salubridade, a escassez do ”ouro azul” e o aumento acelerado da população mundial, atirarem o mundo para uma situação pior do que aquela que existe neste momento! Assim, prevê-se que, em 2025, 50 por cento da população mundial não terá acesso a água potável, contra os 30 por cento que actualmente sofrem esse problema! Dois relatórios das Nações Unidas, apresentam-nos um panorama desolador. Em alguns países chega mesmo a ser desesperada. As suas reservas de água potável começam a desaparecer a um ritmo vertiginoso. Alguns dos assuntos que nós aqui debatemos, estão também a ser investigados na Terra, pelos altos responsáveis das organizações mundiais, como, as alterações climáticas, as novas tecnologias de irrigação, etc. Embora havendo consenso geral de que a crise de água constitui de facto um grave problema para resolver e que se torna muito urgente agir de maneira a fazer-lhe frente, o certo é que as medidas necessárias para enfrentar tal desafio estão constantemente envoltas em grande controvérsia. Nos próximos tempos não serão de desprezar incrementos de técnica simples, tais como a recolha intensiva de água da chuva. Instalação de calhas nos telhados de forma a captar a água das chuvas, conduzidas seguidamente para grandes reservatórios debaixo da terra, etc. Este bem, tão precioso, tem que passar a ser gerido de outro modo mais consciente.

publicado por luzdequeijas às 18:06
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A ESCASSEZ DE ÀGUA POTÁVEL

Estimativas credenciadas, asseguram, que dentro de 25 anos mais de três mil milhões de pessoas serão atingidas pela falta de água. Muitos cientistas, bem informados, consideram a faltam de água potável, como a principal fonte futura, de conflitos e guerras. Já há zonas do mundo em conflito aberto por esse motivo, como: Rios Tigre e Eufrates, rio Jordão, Rio Nilo, Rio Mekong e Rio Danúbio. Nos países mais desenvolvidos, até hoje, basta abrir uma torneira para obter este “ouro azul”! Esta facilidade faz esquecer os milhões de pessoas que não têm essa prodigiosa torneira. Para amenizar essa carência de água com uma população em crescimento acelerado, padrões de vida mais elevados e consumistas e safras agrícolas intensivas, exploram-se cada vez mais os aquíferos, com águas fósseis, localizadas a centenas de metros de profundidade! A cidade do México é um dos exemplos, mais dramáticos, dessa exploração de aquíferos. A retirada de água dessas reservas, que exige séculos a milhares de anos para serem recarregadas, está afundando o solo nessa cidade. Metropolitano, rodovias, monumentos e edifícios públicos – como a famosa catedral metropolitana – sofrem ondulações e rachaduras produzidas pelo afundamento do solo. A extração de águas subterrâneas no México excede em 80% a da sua recarga e, assim, a crise definitiva é apenas uma questão de tempo, avaliam os especialistas. Estes problemas no México, começaram ainda no tempo da ocupação espanhola! Os espanhóis drenaram e destruíram um lago que abastecia os primeiros ocupantes da região.

Chang Hung Kiang, do Departamento de Geologia Aplicada da Universidade Estadual Paulista, adverte que mesmo os aquíferos ricos como o Botucatu – no Brasil, um dos maiores do mundo, com 839 mil km2 – não são limitados. Eles dependem das regiões de recarga, áreas onde afloram ou são menos profundos, para serem reabastecidos pelas chuvas que integram o ciclo hidrológico. A sobre exploração de aquíferos já afecta países como a Índia, China e Arábia Saudita e mesmo áreas agrícolas, das grandes planícies nos Estados Unidos. A Arábia Saudita, por exemplo, extrai aproximadamente 75% das suas necessidades do subsolo, cerca de 7 biliões de metros cúbicos, por ano. É o consumo normal, para a irrigação da sua produção de trigo, produto em que o país se tornou autossuficiente em 1984. A esse ritmo, calcula-se que as reservas estarão inteiramente esgotadas por volta de 2048.

publicado por luzdequeijas às 17:57
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OS MEIOS E OS FINS NA POLÍTICA

A ÉTICA NA POLÍTICA

A crise política actual, sem fim e sem precedentes, sugere algumas reflexões sobre o problema da ética na política. Nenhuma profissão é mais nobre do que a política porque quem a exerce assume responsabilidades só compatíveis com grandes qualidades morais e de competência. A actividade política só se justifica se o político tiver espírito elevado e as suas acções, além de buscarem a conquista do poder, forem dirigidas para o bem público. Um bem público que poderá variar de acordo com a ideologia ou os valores de cada político, mas do qual sempre se espera que busque com prudência e coragem, o interesse geral dos cidadãos e do seu país.

A ética, na sua responsabilidade e ação, deve nortear qualquer político, pois ela levará em consideração as consequências das decisões que o político adoptar. A imoralidade quanto aos meios é aquela que resulta de os meios utilizados serem definitivamente condenáveis. A imoralidade quanto aos fins é aquela que se materializa quando falta ao político a noção de bem-público; ainda que o seu discurso possa afirmar valores, ele realmente busca apenas o seu poder ou o seu enriquecimento, ou ambos. Neste caso configura-se o político oportunista, que não tem outro critério senão quanto aos meios para o seu próprio interesse. Há certos casos, em que a imoralidade é apenas em relação aos meios, outros, apenas quanto aos fins, mas geralmente é sempre uma imoralidade tanto nos meios como nos fins, o político sempre usa de quaisquer meios para atingir os seus fins pessoais. Neste caso, temos a imoralidade absoluta, o oportunismo radical.

Quando pensamos nos principais responsáveis por uma crise moral, o que vemos é que poucos foram imorais apenas em relação aos meios, utilizando meios condenáveis como a corrupção e o suborno, mas mantendo-se fiéis aos seus valores e objetivos. A maioria porém, é constituída por políticos que traíram todos os seus compromissos e passaram a adoptar políticas económicas que, até ao dia anterior, criticavam veementemente. Não agiram de acordo com a ética da responsabilidade ou mesmo com a ética de Maquiavel, mas de acordo apenas com o seu interesse, ao se envolverem com os poderosos ou com os que pensam serem os poderosos, aqui e no exterior. O seu único objectivo era, e continua a ser, a sua permanência no poder. Alguns desses políticos acabarão por perder o poder em episódios dos mais lamentáveis da nossa história mas continuarão a fazer campanha como se não fossem os responsáveis por nada. Mentindo sempre que isso der jeito. Esse tipo de política, porém, tem vida curta nas democracias autênticas. Todavia para o povo traduzem-se, em geral, em muitos anos de penosos sacrifícios para ele próprio!

 

publicado por luzdequeijas às 17:36
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CUIDADO

Diz a lenda, que S. Bartolomeu nas suas andanças pelo mundo, retirou o diabo do corpo de um jovem doente, e depois aprisionou-o para que não fizesse mais estragos... Todavia, parece que ele anda por aí à solta!

Em democracia nunca conseguimos ter as contas públicas em ordem! A razão sempre foi a mesma: “ Excessiva despesa do Estado”!

Com a realidade à vista em 2011, ninguém esperava facilidades no caminho que teríamos de percorrer para conseguirmos fazer o “ajustamento da economia ao sobre-endividamento” para onde atiraram o nosso país!

Mesmo assim, as dificuldades estão a ser muito maiores que as esperadas. Estranhamente, parece não haver culpados nesta longa estrada, que teve um final de percurso de arrepiar!

É aqui que entram as maldades do “mafarrico”, com toda a esquerda a querer a cabeça do ministro das finanças que tem a confiança dos nossos credores. Aqui del Rei, por que o homem não acertou em nenhuma das muitas previsões que fez, etc. A escolha da vítima só pode ser ditada pelo dedo do tal diabo à solta! Também com uma esquerda tão ativa e aguerrida, tudo isto tem de ser obra das forças do mal! Nos últimos dez anos toda a gente falhou as suas previsões, em virtude da entropia que se enlaçou nas nossas finanças públicas, no crescimento da dívida e no não crescimento da economia. Para não dizer pior, tudo aponta de novo para o mafarrico aliado à incompetência dos políticos, aos lóbis e ao tamanho do Estado.

Vamos agora supor que o atual ministro encontra tudo isto no “estado de morte aparente” do chamado ESTADO!

Vamo-nos imaginar numa cálida noite de maio, com o céu coberto de “pirilampos a esvoaçar”, ziguezagueando sem cadência certa, e só acendendo os faróis depois de já ter mudado constantemente de sentido”.

Meus amigos podem contratar o melhor atirador do mundo e dar-lhe uma “pressão de ar” que ele não consegue acertar em nenhum pirilampo!

É nesta situação que está o nosso “amigo” Gaspar. Os dados de que dispõe nos computadores do ministério estão todos altamente infestados pela “entropia” que se veio acumulando desde que o Zeca Afonso cantou a Grândola vila morena! Talvez seja esta a razão por que a dita ou suposta “esquerda”, quer as culpas todas em cima do competente senhor Gaspar!

Antes de terminarmos convém lembrar a dita lei, chamada de “entropia”, agora aplicada não à energia mas às finanças públicas democráticas”!

Não esquecer: “É uma medida do grau de desorganização que pode levar à falência de um sistema (entropia negativa) ”.

No âmbito da administração, significa um sistema que já não se adapta ao ambiente empresarial atualizado. De resto, há um partido que navega ao sabor da guerra que os dois pequenos partidos de esquerda fazem, de forma desenvergonhada, para destruírem o “centro-direita (em Portugal não há direita!) e poderem ser poder. O tal partido que navega ao sabor da guerra não será de direita, nem de esquerda tão pouco do centro! Todavia não é atacado nem pela direita nem pela esquerda. Está bem com todos e só quer voltar a ser poder, pois é lá que se sente bem! Lá tem muito pano para “mangas”! Quanto a falhar previsões é o mais certeiro! Enquanto Portugal não cair na bancarrota tudo vai bem! Depois, aplica o socialismo ao povo e guarda o poder para ele, novamente. O povo não sabe o que é o socialismo e depois ficará a saber….

publicado por luzdequeijas às 15:01
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ESTAR NO POLEIRO

A FAZER CAMPANHA COM ATOS OFICIAIS É VERGONHOSO EM TERMOS DE EQUIDADE E ÉTICA ENTRE OS CANDIDATOS

 

 

A MÃO DIREITA

 

 

Deus também não se esqueceu de mencionar a trombeta que os hipócritas faziam tocar quando “davam” qualquer coisa aos pobres. Claro que é um exagero, uma hipérbole, uma forma inteligente de traduzir o comportamento dos hipócritas. Mas a verdade é que a tentação de aparecer é muito grande para quem “dá” esmola: se não usam a trombeta podem usar outros instrumentos de publicidade mais eficientes. Mesmo que sejam uma plateia ou uma Assembleia-Geral, para dar aos pobres o que por direito é deles. Para dar aos pobres uma ínfima parte dos impostos que o povo paga! Para lhes dar uma migalha e anunciar a esmola com as trombetas bem-sonantes, na escolha de quem é necessitado por desamor dos Homens. DAR COM A DIREITA sem que a esquerda sonhe e sem humilhar quem é necessitado.

 

Pois é, tal escolha deveria ser feita no silêncio dos bem-intencionados, e não ao abrigo de “Estatutos” ilegais por ignorância humana! Que Deus lhes perdoe e lhes dê o perdão com a mão direita longe da esquerda saber.

 

publicado por luzdequeijas às 12:56
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UMA ECONOMIA SUSTENTÁVEL

 

A nível internacional assistimos ao despontar dos países emergentes, baseados em longas jornadas de trabalho diário e mão-de-obra barata. Aqui, os sindicatos criam agitação de rua e fazem greves contínuas! Pedem mais dinheiro, que não existe!

Como se isso não chegasse, o mundo concedeu à China condições ímpares de atuação no mercado mundial. Fronteiras abertas, concorrência desleal para com o comércio nacional e venda única de produtos "made in China", com retorno dos proventos à sua origem, sem valor acrescentado para os países hospitaleiros! Nem em mão de obra, sequer!

É aqui que cabe perguntar, porque não se aprofunda a União Europeia no sentido de dispensar idêntico tratamento aos países em grandes dificuldades? Portugal e Grécia! Tudo dentro do espaço europeu e dentro da economia da comunidade? A União Europeia tem de dar o passo seguinte, ou seja, supervisionar as trocas comerciais da comunidade. E começarmos a pensar em ajustar comportamentos sociais para uma nova economia sustentável. Também para novos conceitos de emprego mais moldáveis a estas novas realidades que em breve surgirão no domínio do trabalho e para tal adaptar desde já todos os objetivos da Constituição. Com miragens não vamos lá, mesmo a que tais miragens alguns chamem de valores sem se aperceberem das consequências imediatas da GLOBALIZAÇÃO!

  

publicado por luzdequeijas às 12:46
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Quinta-feira, 20 de Junho de 2013

CRIMINOSO CULPA O JUÍZ

Segunda-feira, 26 de Novembro de 2012

Quando o criminoso culpa o juiz pelo crime cometido

Não podemos deixar de considerar a situação hilariante quando, senhores com responsabilidades governativas, políticos, comentadores e analistas políticos, atribuem ao Tribunal Constitucional (TC), que considerou como inconstitucional os cortes abusivos e dirigidos apenas a alguns setores da sociedade, a responsabilidade pelo “brutal” aumento de impostos que vai atingir os portugueses a partir de janeiro de 2013, quando o orçamento for aprovado.

O TC exerceu a sua função de fiscalização jurisdicional garantindo a constitucionalidade dos atos normativos confirmando ou infirmando a violação da lei fundamental que é a Constituição Portuguesa ou, então, isto passaria a ser uma república das bananas, que talvez muitos gostariam que fosse.

Quando se levantam aquelas vozes contra a decisão e se imputa ao TC a responsabilidade do que vai acontecer com as novas(?) medidas de austeridade estão a atingir a nossa inteligência. Vem-me logo à cabeça a ideia daquela situação em que o réu, tendo sido comprovada a culpa, após a sentença, considera o tribunal e o juiz, ao tê-lo condenado, como sendo os verdadeiros responsáveis pelo crime que cometeu e por eventuais crimes futuros.

Isto, de facto, se não é triste, é, no mínimo, hilariante. Não brinquem connosco.

 

Publicado por Manuel Rodrigues às 21:35

 

NOTA: Tento perceber o que se passa no meu país, embora determinados assuntos exijam para tal muita especialização e grandes conhecimentos que não tenho. Mesmo perante tais limitações não posso baixar os braços, na medida em que me puseram neste mundo no qual tenho de viver e proteger a minha família e que apresenta ainda uma complexidade bem mais elevada. Ficaria no entanto bem menos complexado se alguém me explicasse como foi possível neste país de gente tão competente que as famosas PPP de muitos milhares de milhões de euros tenham sido subtraídas ao controlo constitucional e tenham originado esta tremenda injustiça feita sobre pessoas fragilizadas pela idade e constituam de fato uma tremenda destruição de PORTUGAL. Este assunto foi publicado em vários jornais, mas, todos os competentes nesta matéria lavaram as mãos como pilatos e a "bomba" estoirou nas mãos dos mais pobres e mais fragiizados! De fato a culpa não foi do Tribunal nem do juíz, mas tem de haver culpados.

Também gostaria de saber como foi constitucionalmente possível que o dinheiro descontado por muitos milhares de trabalhadores e suas entidades patronais (1/3 do seu venimento mensal), tenha sido nacionalizado e distribuído por milhares de outros trabalhadores que nunca descontaram!

Confiámos no Estado e nas Caixas de Previdência, para gerir as nossas poupanças e agora ainda temos que pagar, da magra reforma, a falência do Estado. Os trabalhadores não contribuintes também mereciam uma reforma? Sem dúvida, então o orçamento do Estado que lhas pagásse. As PPP pagáveis em 20 anos, ficaram sem fiscalização constitucional? O certo é que o país ficou falido e os portugueses cada vez mais pobres apertam, agora, o cinto anos a fio.Posso estar a errar nalguma coisa mas, só queria compreender!

Obrigado - Reis Luz

publicado por luzdequeijas às 19:16
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QUALIDADE DE VIDA DE TODOS OS PORTUGUESES

CONSTITUIÇÃO POLÍTICA PORTUGUESA

 

Artigo 66.º (versão 1976)

 

4. O Estado deve promover a melhoria progressiva e acelerada da qualidade de vida de todos os portugueses.

 

Decorridos 40 anos será que os portugueses tiveram, de forma acelerada, uma melhoria na sua qualidade de vida? Nem sequer de forma sustentada ou moderada!

 

Os portugueses estão 25% aquém da média da UE. Austeridade agrava diferenças!

“Portugal continua a afastar-se da Europa a 27 no que diz respeito ao poder de compra. O afastamento de 25% da média da UE em poder de compra, representa o segundo valor mais baixo da ZONA EURO. Igualando a Grécia e a Eslováquia.

Devido à “divida soberana”, dos 27 países da UE, Portugal só tem atrás de si Lituânia, Estónia, Polónia, Hungria, Letónia, Roménia e Bulgária! Todos países do ex-paraíso socialista soviético, para onde a nossa Constituição nos empurra, sem que o povo tivesse sido ouvido! Mesmo assim, a perspetiva destes países é de sustentabilidade e a nossa é do pagamento de uma dívida brutal nos próximos 20/30 anos, logo, com tendência para não recuperarmos!   

publicado por luzdequeijas às 15:31
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REFORMA AGRÁRIA

Constituição Política Portuguesa

 

Artigo 81.º

 

h) Realizar a reforma agrária.

 

Afinal, com quase 40 anos decorridos e muitos governos de várias cores, quem fiscalizou se os objetivos constitucionais estão mais próximos ou mais afastados da realidade que havia em Abril de 74? Vejamos mais um caso, com equidade ou sem ela!

 

Terrenos agrícolas abandonados

Um terreno por cultivar é riqueza que se perde. O fim dos subsídios mal fiscalizados, vindos da UE, terminou com a chegada da crise, agora apenas quem der provas de investimento e retorno se pode candidatar aos fundos, (até que enfim!).

Entretanto em Portugal, com o abandono do interior, proliferam os terrenos agrícolas ao abandono! Terrenos que provocam centenas de incêndios-ano e milhões de euros pagos pelo Estado para apagar fogos devastadores!

Os “Bancos de Terras”, criados recentemente irão acabar com os baldios e provocar a implementação de uma lei do estilo: Quem desperdiça não tem direito à propriedade. Tudo isto, está a motivar o Governo a identificar as propriedades inativas, e distribuí-las por agricultores com capacidade de as poderem explorar.

Muito mais haverá a acrescentar, se pensarmos que o Estado é dono de 10% das terras e que dois milhões de hectares estão sem gestão, originando com isso perdas de largas centenas de milhões de euros! De resto o território nem tem cadastro predial e nem o Estado sabe quanto vale! Esta, será ainda uma forma de acabar com o fosso entre as capitais desenvolvidas e um interior quase abandonado.

publicado por luzdequeijas às 14:42
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Quarta-feira, 19 de Junho de 2013

A RODA DA FORTUNA

 

 

 

 

Quando a fortuna te for favorável, toma cuidado porque a roda gira.

Sobre este dito, existe uma história exemplar :  Conta-se que um general romano, durante uma ovação, amarrou o chefe bárbaro que ele havia vencido em seu carro de guerra e com ele desfilou entre os aplausos da multidão. O prisioneiro caminhava de cabeça baixa, parecendo ocupado em examinar as rodas do carro do vencedor. Notando isto, o romano parou o carro e perguntou ao bárbaro :  

Levanta a cabeça, bárbaro e vê a minha vitória.

Amigo, estou vendo algo bem mais interessante.

O que há de mais importante do que  a minha vitória.

Os raios da roda do teu carro.

Como ? O que há com eles ?

Eles sobem e descem. Os que estão no alto descem e se misturam com o pó da terra e assim vai, girando... girando... girando...

publicado por luzdequeijas às 18:48
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SÓ FALTAVA A ASSOCIAÇÃO CULTURAL DE QUEIJAS

ENTRAR NO DOMÍNIO POLÍTICO DA CMO

 

À MORTE ANUNCIADA - SEGUIU-SE A SUA OCUPAÇÃO ILEGAL

 

COM O PATROCÍNIO DA 1.ª DAMA

 

Associação Cultural de Queijas - Junt' arte

 

 É, desde princípios de Setembro de 1999, uma realidade legalmente constituída.

 

Contudo, ela nasceu efectivamente algum tempo antes, precisamente, na altura em que a Junta de Freguesia fez as comemorações do seu 6.º aniversário, Fevereiro de 1999.

Nas andanças do Presidente da Junta de então, em resposta a convites de outras freguesias, ele tinha sempre o maior prazer em encontrar gente de Queijas participando de exposições de pintura e artes plásticas noutras freguesias.

Foi então que todos perguntámos; porquê aqui e não na nossa terra ?

Palavra passa palavra, e aconteceu o maior acontecimento cultural de Queijas, a sua primeira Exposição Colectiva de Pintura e Artes Plásticas, que reuniu mais de 40 participantes.

 

Foi bonito de se ver durante dez dias, registando a visita de centenas de visitantes. Até ministros!

 

E agora?

Foram outras perguntas que colocámos uns aos outros. Perder todo este trabalho e capital de experiência, tão arduamente amealhado, nem pensar !

Apertámos mais as mãos, que ainda estavam dadas, e em uníssono decidimos, vamos em frente.

A Junta cedeu instalações, apoiou, e o projecto lindo nasceu, chamando-se Junt'arte - Associação Cultural de Queijas.

Todos éramos gente sem fortuna à mão, por isso haveríamos de ser fortes e criativos. Fomo-lo, e a obra sonhada passou também a ter Estatutos,  Regulamentos e Corpos Associativos.

Teve também legalização formalizada com escritura e respectiva publicação em Diário do Governo.

Nos nossos estatutos e regulamentos, aparecem gravados alguns princípios cheios de idealismo associativo.

Qualquer pessoa pode aparecer e inscrever-se, independentemente dos conhecimentos que tenha ou das suas possibilidades económicas.

A idade não conta, pode ser, de maneira pouco rígida, dos oito aos oitenta.

Os professores são os que sabem, os outros são alunos. Mas como ninguém sabe tudo, um formador numa valência pode ser aluno noutra, e o contrário também é verdadeiro. Com o tempo, será com mestres.

Com esta linha de orientação foi sempre a somar sócios e êxitos. Muitos êxitos em muitas exposições colectivas, na nossa terra e pelos arredores.

Exposições em pintura, cerâmica e artes decorativas estiveram à disposição da população em Queijas, no concelho de Oeiras e outros concelhos.

 

Talvez a que mais nos tenha marcado, tenha sido uma realizada no Palácio dos Anjos em Algés, com o patrocínio da Câmara Municipal de Oeiras.  

Também surgiram dificuldades, mais derivadas de gente que não consegue fazer a separação entre cultura e política. É a vida ... por vezes com altos custos e danos morais e materiais, para as pessoas e respectiva freguesia! Hoje volta a acontecer. É um crime hediondo!

Na actualidade, os alicerces estão sólidos, o edifício está indestrutível (sem intromissão de gente com pouca dignidade), e Queijas, tem a sua Associação Cultural.

 

Alguma coisa foi entretanto mudando, os ideais da fundação tiveram que ir dando lugar a uma orientação mais realista.

Assim, temos hoje, monitores muito competentes e algo profissionais, as estruturas financeiras deixaram de crescer, para estabilizarem.

 

A autarquia (CMO)  foi apoiando numa responsabilidade que é sua, ajudando a propiciar uma actividade cultural à sua população.   A Junta de Freguesia só destruiu! E continua, infelizmente.

Nós continuamos a sonhar, mas com os pés no chão, nem que para isso haja, como há, membros da direcção a fazerem a limpeza das exíguas instalações que o Centro Social de Queijas, por intermédio do seu Pároco, nos cedeu. Hoje na Rua Júlio Diniz n.º 20A.

As pessoas de Queijas têm tido à sua disposição, um lugar onde podem conviver e praticar cultura, a preços módicos, nalguns casos até, sem necessidade de pagar.

Ao abrigo de um protocolo, as monitoras da Junt’ Arte, deram também acompanhamento cultural adequado aos utentes do Centro Social em Queijas e Linda a Pastora.

 

Muitas peças valiosas, degradadas, da Igreja local, têm sido recuperadas pela nossa associação e devolvidas à paróquia.

 

Temos igualmente acarinhado o teatro, através do Grupo de Teatro Fersuna, com exibições em vários palcos, nomeadamente nas “Mostras de Teatro do Concelho”. 

Um grupo de gente quase anónima, teve sobre os seus ombros a responsabilidade de fazer a cultura caminhar nesta freguesia de Queijas, sem qualquer apoio da autarquia local (JUNTA), só eles poderão dizer porquê, mas até há pouco, felizmente, com o apoio da nossa Câmara Municipal.

 

É a ela que continuamos a pedir um espaço cultural digno e, essa é a razão pela qual tanto temos lutado na defesa da Casa de D. Miguel, imóvel degradado, central e historicamente ligado à cultura. Despeço-me de todos com muita amizade e alguma inquietude, talvez porque veja no céu muitas nuvens negras. Sinto que algo não vai acabar bem.

 

Hoje, sem ALUNOS, LONGE DOS SEUS TEMPOS DE GLÓRIA, RECEBE DA CMO O MESMO QUE RECEBIA COM ELEVADAS DESPESAS E GRANDES PRÉSTIMOS CULTURAIS À POPULAÇÃO DA FREGUESIA! 1.760.00 TRIMÉSTRE - euros!

publicado por luzdequeijas às 15:34
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DE CANDEIAS ÀS AVESSAS

Nas últimas autárquicas (2005), um candidato falou muito na expressão indicada no título deste artigo. Talvez por isso, de lá para cá, Oeiras, Portugal e o próprio mundo, parecem estar de “candeias às avessas”. QUEIJAS também!

No Jornal de Oeiras (2006-Junho) li um relato descritivo, sobre aquilo a que chamaram “Inauguração da Alameda de Queijas”. O Presidente da CMO elogiou o construtor e claro quis ser o protagonista desta inauguração. Teresa Zambujo também o quis ser, todavia durante a campanha autárquica de 2005, viu ser um “out door” seu, que aludia a esse facto, colocado em Queijas, mesmo em frente do Posto Policial, pela calada da noite, um carro abalroar toda a estrutura desse “out door”, danificando tal intenção.

Em boa verdade esta Alameda, deveria ter sido inaugurada no final dos anos oitenta do último século, data em que foi inaugurada a mancha A da Cooperativa Cheuni, anexa a essa alameda. Não foi e foi muito estranho que se tivessem dado licenças de habitação a todas aquelas habitações, com aquela área repleta de cardos, mato e lixo de todo o tipo! Se a responsabilidade de fazer tal alameda seria da CMO ou da Cooperativa Cheuni, tanto importa. A verdade é que ela tardou muito, mas existe, quanto à paternidade vamos mais DEVAGAR. Em Assembleia de Freguesia de 1999, foi lançada a enorme vontade de a fazer. Todos os partidos deram a sua colaboração. As propostas foram para a CMO e o Presidente da Junta de então, acompanhou todos os detalhes da sua concepção. Até da sua realização. Foram os seus impulsionadores.

Já em 1998 foi lançado pela Junta um concurso, sobre o nome da pessoa dado à sua rua. De todos os trabalhos apresentados, salientou-se o de uma menina de seis anos, moradora nesta alameda, à data uma verdadeira lixeira! Passo a transcrever o seu trabalho:

Cada Rua uma História – Alameda de Queijas

Acompanhando um desenho podíamos ler;

 

"Era assim que eu gostava que fosse a minha rua. A minha rua tem um espaço cheio de ervas, mesmo em frente da minha casa. Eu gostava que tivesse um parque. Se tivesse um parque podíamos brincar e jogar à bola. Nesse jardim podia haver um escorrega e baloiços, assim como uma coisa para trepar. Devia também ter bancos para a minha avó se sentar a bordar com as suas amigas. Eu gostava que tivesse um lago com nenúfares, peixes e rãs e muitas flores para as abelhas tirarem o mel. Podíamos plantar muitas Árvores, que seriam bonitas como os pinheiros do meu avô.  Há muitos anos quando o meu avô veio morar para esta rua, ele plantou uns pinhões na terra. Agora temos três grandes pinheiros que dão muita sombra. Ao pé dos pinheiros, o meu avô também plantou rosas. Há outras pessoas na rua que plantam árvores bonitas ….. . Mas não é a mesma coisa. Se houvesse um parque todo arranjadinho a minha rua ficava mais bonita e os meninos de Queijas teriam um sítio grande e bom para brincar … ficávamos todos mais contentes. Catarina Flores Henriques – 6 anos!"

 

Esta criança é que merecia a paternidade da Alameda de Queijas.

 

É por isto que vale a pena ser autarca, não por qualquer feira de vaidades ou paternidades ou empreiteiros!.

publicado por luzdequeijas às 15:24
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A VILA E O IOMAF

Assembleia Municipal de Oeiras

7.6. Emissão de parecer nos termos da Lei, acerca da proposta relativa à elevação da Freguesia de Queijas à categoria de Vila.

Deliberação n.º 46/00 da A.M.

Sr. Presidente

O Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Marques Mendes, referiu o seguinte:

“Já vou dar a palavra ao senhor Presidente da Junta de Freguesia de Queijas, Reis Luz, é só uma brevíssima explicação, é um caso semelhante a um outro que tivemos aqui recentemente, trata-se de um Projecto de Lei apresentado na Assembleia da República, tem que ser emitido parecer pelos Órgãos Autárquicos para que o processo possa seguir, compete neste momento à Assembleia Municipal.

Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Queijas tenha a bondade.

Sr. António Reis Luz (J.F. Queijas)

O Sr. Deputado fez a seguinte intervenção:

“Penso que me fica bem dizer duas palavrinhas. Em primeiro lugar quero agradecer ao Senhor Presidente desta Assembleia, Dr. Marques Mendes, toda a sua colaboração neste processo, ou seja, toda a ajuda que nos deu na elevação de Queijas a Vila.

Depois, gostaria de dizer que todas as condições que a Lei 11/82 exige para que isto aconteça, para que uma povoação seja Vila, Queijas têm praticamente todas, só não tem uma, um Centro de Saúde. Lutamos muito por ele.Todavia, a Lei permite que possam faltar três. Depois, gostaria de dizer que, de facto, a população de Queijas é uma óptima população, trabalhadora, respeitadora, com alto sentido familiar e é essa mesma população que exige que Queijas seja Vila, que a terra onde vivem seja Vila e foi por essa razão que apareceu este processo. A todos o meu muito obrigado”.

  

Depois da Assembleia Municipal seguiu-se a Assembleia da República ...passaram-se 13 anos e os AUTARCAS DO IOMAF nunca se lembraram, nunca celebraram a ELEVAÇÃO DE QUEIJAS A VILA! Porquê? Por que não fizeram nada na FREGUESIA DE QUEIJAS e aqueles que muito fizeram por ela, incomodam-os! É por essa razão que não os querem condecorar! Isso incomoda-os muito! Põe a nu a sua incompetência e má fé, só estão interessados em agradar ao seu PATRÃO| É ele que dá prendas!

publicado por luzdequeijas às 15:03
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CANINOS EM QUEIJAS

Quinta-feira, 14 de Agosto de 2008

 

Caninos em Queijas

 

 

São muitos a afirmar que o cão é o melhor amigo do homem. Uns serão, outros talvez não. Mesmo assim, por vezes, alguns parece que pensam! Logo, se pensam existem, e se existem têm direitos. O menor deles não será a necessidade de fazerem as suas necessidades. Por esta razão maior, demos um salto ao site da CMO. Numa terra tão poluída como Queijas, este não é um problema a menosprezar. Reproduzimos na integra um texto no seu contexto, da própria CMO:

 

“Pouco depois chegou o Nuno e aí as coisas começaram a melhorar substancialmente. Fomos até Queijas ver um projecto que a Ana (outra estagiária) tem que alterar, porque depois de concretizado no terreno, a vereadora decidiu que queria a área canina num local diferente do previsto…e entenda-se área canina não como a caixinha de 1×1 com a areia, o dito poste e uns saquitos mas sim uma área relativamente grande, que aqui terá cerca de 120 metros quadrados, devidamente vedada, onde os cães podem correr livremente e que é alvo de intervenção paisagística, com plantação de arbustos e herbáceas resistentes e aromáticas que os canitos parecem apreciar muito, bem como diversidade de superfícies, areia, relvado…etc.
Depois voltámos para o gabinete nos Serviços Técnicos da Câmara Municipal que são ali no Oeiras Parque.”

 

Até aqui tudo bem. Os cães pensam, logo todos os dias,  não esquecem as suas necessidades. E muitos cães dão origem a muitas necessidades. Agora pergunta-se, e quem limpa? Com que periodicidade?

Mesmo sem resposta, presume-se que, com optimismo, haverá sempre um pouco de odor no ar. Moscas, melgas e mosquitos também. Com prédios e moradias, escola e centros comerciais e de enfermagem por perto etc. Quer isto dizer que todo o cuidado é pouco com este hotel para cães. Com a saúde pública não se brinca!

É bem capaz de haver algum espaço mais apropriado do que este que se apregoa. Ou seja, um jardim. Veja-se, com lago e tudo! Também já teve bonitas flores. Também do jardim mais antigo de Queijas, dito de Cesário Verde, tiraram-nas as flores e meteram nele relva, num chão com ondas. Já que não temos praia, nem passeio marítimo, ficamos com as ondas! De jardim, " nicles". Assim é muito mais barato tratar dele. Quanto a flores, até estão sempre a murchar!

 

A ser verdade e tendo sido o jardim todo arrasado, bancos arrancados, lago desfeito, que terá acontecido naquelas bandas?Vão fazer outro, aquele estava mal feito”, disseram os homens que lá estavam a trabalhar! De facto é um estranho jardim. Começou há uns sete anos. Teve altos e baixos na sua conservação e qualidade! Começou, para aliciar à compra dos andares contíguos ao WC canino, e nunca se soube, ao certo, quando a CMO assumiu a sua responsabilidade nele (jardim)! Até hoje tem sido um enigma. Hoje virou WC de cães! Melgas, mosquitos, moscas entram pelas janelas dos moradores quando almoçam ou jantam! 

 

Nos restantes 3/4 do jardim que sobram do WC, plantas, árvores e arbustos foram arrancados e levados. Muito antes já tinham vindo 7 palmeiras. Depois de 3 semanas com as raízes ao sol e com aspecto de que dificilmente sobreviriam, levaram-nas. Certamente foram morrer longe para não poluírem o ambiente, ajudando os caninos. Uma desgraça nunca vem só. Num belo dia de verão chegaram mais de uma centena de pequenos vasos. A população de Queijas habituada a pouco, estranhou. Anda tudo muito intrigado. De vez em quando levam uma regadela, nas que não são roubadas! Há muitas a precisarem de tratamento ortopédico! Não tardará que não desapareçam todos os vasos!

 

Com surpresa olha-se para uma placa: CMO – Espaços Verdes, três meses de obras valor de Euros 58.338.62 mil !  Pobre país este e pobre vila de QUEIJAS!

 

Para que não haja surpresas, aconselha-se a CMO a visitar outros terrenos nas traseiras da Agência da CGD. Gastou-se ali muito dinheiro em plantação de árvores, com rega automática e o chão está pejado de cocó de caninos!  Frente a uma escola de crianças, bem pequenas! Estranhamente a JUNTA ( do IOMAF) tão preocupada que anda em fazer pequenas obras, não dá por nada. Espera-se que não vá acontecer o mesmo que aconteceu na Alameda de Queijas. Os técnicos da CMO fizeram e desfizeram recomendações da Junta (doutros tempos) e muita coisa teve de ser reposta face aos cuidados e necessidades da população ! Que se discute na Assembleia de Freguesia? Tudo numa boa!

Francamente, estão passados quase 8 anos e nada se fez em Queijas! Vive-se do que estava feito de trás, muito de trás. Com o aquecimento global,  a subida da temperatura e o degelo, ainda teremos uma praia em Queijas. Nessa altura talvez tenhamos também "um passeio marítimo" e uma MARINA.

 

 

 

publicado por luzdequeijas às 14:41
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INDEPENDENTE SIM ....

MAS NÃO TANTO ....QUEIJAS NAS MÃOS DA CÂMARA E DOS SMAS ..,... PERDEU A SUA IUNICIATIVA PRÓPRIA

ESTE MOVIMENTO IOMAF, FOI UMA PRENDA DAS GENTES DO CONCELHO AO PRESIDENTE DA CMO. DERAM-LHE TUDO, CÂMARA E JUNTAS, SÓ FALTOU DAREM-LHE UMA OPOSIÇÃO E, SEM ELA, NÃO HÁ DEMOCRACIA!

 

EM QUEIJAS LUTA-SE HÁ MUITO PELO NOSSO CENTRO DE SAÚDE. Fomos sempre, nisto e em tudo, ficando para trás! E o presidente da Câmara quando vem a Queijas às "Noites de Fado" da Igreja, acaba por se sentar na esplanada do Mercado de Queijas, altas horas, convivendo com quem se chega a ele. E quem se chaga a ele, é, quase sempre, para o enganar e são sempre as pessoas menos qualificadas e credíveis. Agora, sem oposição em Queijas, manda na Câmara e na Junta onde pôs a sua gente!

É deste jeito, que eu leio no jornal de hoje, que Isaltino assinou um protocolo com o Governo para a construção da Extensão de Saúde de Algés no valor de 4 milhões de euros. Em Queijas e para Queijas e seus habitantes, convocou o Jornal de Oeiras, "ao seu serviço", para anunciar que as pessoas desta Freguesia poderiam fazer a marcação das suas consultas na JUNTA (dele). Ora, isto é caricato, pois, a maioria das pessoas,  podem, se quiserem, fazê-lo da sua própria casa e pelo seu telefone. Ainda hoje há na rua cartazes oferecendo esta grande regalia aos habitantes! Mais recentemente, num processo altamente "embrulhado", anuncia a obtenção de um protocolo para um Centro de Enfermagem (Cuidar +)  de parceria com o Centro de Saúde de Carnaxide. Imaginem-se os termos do protocolo: Vai funcionar três dias por semana e duas horas por dia (9 horas por semana) sendo as marcações de consultas feitas na Junta,  mediante guia de apresentação passada pelo médico de família (?). Porquê? Uma pessoa parte a cabeça, ou quer levar uma injecção, e tem de ir à Junta marcar a consulta para o posto de enfermagem, e ir depois a Carnaxide pedir a guia para ir ser tratado no posto, depois, vir com a cabeça partida a Queijas e ser suturado pelo enfermeiro! Duas horas por dia e três dias por semana? E noutras horas e outros dias?

Os custos de tudo isto são incomportáveis! A funcionalidade é nenhuma! Isto é pura e simplesmente a burocracia do ESTADO MONSTRO em acção. Porque não fazer um protocolo com um Centro de Enfermagem, por exemplo o "CHAVES", ali mesmo ao lado, que está aberto todos os dias úteis, em horário completo, e de certeza que servirá melhor e muito mais barato. São estes burocratas, que fazem engordar o ESTADO e emagrecer o PAÍS, até ao osso! Há que mudar comportamentos e mentalidades e quanto a QUEIJAS,  se eu estivesse na JUNTA só aceitaria uma Extensão do Centro de Saúde. Centros de Enfermagem só para Oeiras e para o pessoal da Câmara e dos SMAS!

Para gozo desta boa gente, basta! Basta também de brincar com o dinheiro dos contribuintes!

 

 

 

 

publicado por luzdequeijas às 14:35
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Terça-feira, 18 de Junho de 2013

FALTA CUMPRIR-SE PORTUGAL

O Infante

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português,
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal.

Fernando Pessoa




 

publicado por luzdequeijas às 19:14
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FAZENDO CORAR O CRISTO

Domingo, 21 de Abril de 2000

MCI - SIM (RELEMBRANDO)

OUTROS INDEPENDENTES? MAIS VALE VOTAR EM PARTIDOS.

 

Segunda-feira, 14 de Dezembro de 2009
 
UM GENUÍNO MOVIMENTO INDEPENDENTE

Na passagem do 8.º aniversário da campanha do MCI - muito relembrada na Freguesia de Queijas - deixamos o seu último contacto com a população, em comunicado feito aos eleitores:

Cara(o) Concidadã(o)

 
Fizemos da lisura e elevação o essencial na estratégia da nossa campanha eleitoral.
 
A dois dias apenas das eleições, temos cumprido.
 
Não podemos contudo deixar de lamentar, ler-mos e ouvirmos outras candidaturas, prometerem aos eleitores aquilo que, em processos penosos, já garantimos para a Freguesia.
 
No decorrer do mandato concretizámos ou assegurámos, entre outros, os seguintes anseios da população:
 
Atendimento – Personalizado e permanente;
 
ALAMEDA DE QUEIJAS – Estudo prévio aprovado;
 
Arborização – Plantação de muitas dezenas de árvores;
 
CENTRO DE SAÚDE – Protocolo assinado entre a C.M.O. e o Ministério da Saúde para construção em 2003;
 
Cultura – Criação da Associação Cultural de Queijas;
 
Equipamentos – Jardins Infantis;
 
Espaços Verdes – Aumento substancial;
 
Honrarias – Elevação de Queijas a Vila;
 
Iluminação – Quase totalmente renovada;
 
Mercado – Moderno e funcional;
 
Património – Estátuas (São Miguel e Madre Maria Clara);
 
PAVILHÃO COBERTO – Em fase de adjudicação;
 
Posto da G.N.R. – Modelar;
 
Rede Viária – Aumento considerável;
 
Recuperações – Ruas Gil Vicente, Afonso Lopes Vieira, António Feliciano Castilho, Soares de Passos;
 
Realojamento – de centenas de famílias;
 
Urbanizações – Bairro da Calçada dos Moinhos e Encosta de Linda-a-Pastora.
 
 MOVIMENTO DE CIDADÃOS INDEPENDENTES -
 
O Candidato - António Reis Luz
 
Já divulgámos o nosso programa de acção , quanto a PROMESSAS só de muito trabalho, carinho e respeito por todos os habitantes da nossa Freguesia. SAUDAÇÕES A TODOS OS HABITANTES DE QUEIJAS, NESTE TRISTE MOMENTO EM QUE FICARAM SEM A SUA FREGUESIA
 
publicado por luzdequeijas às 16:57
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VIVA! LEMBRARAM-SE DE QUEIJAS

Quinta-feira, 11 de Abril de 2013

CRISTO E OS POLÍTICOS

FAZENDO CORAR O CRISTO, por falta de ética na propaganda enganosa destes políticos!

 

A Nova Evangelização tenta novos caminhos frente às condições mudadas dentro das quais a Igreja está chamada a viver hoje o anúncio do Evangelho. Os desafios que o contexto cultural e social atual, lançam à fé cristã processam-se em vários cenários.”

É verdade que sim, e os desafios são enormes para a Igreja, todavia, a escolha entre os novos cenários pode ser muito perigosa! E, dentro deles, escolher um que vamos a seguir explicitar parece ainda ser mais perigoso! Fala-se de uma notícia do jornal "Correio de Oeiras" (abril 2013), na qual aparecem dois políticos deste concelho, à porta da Igreja de Queijas, esperando o começo de uma procissão noturna. Há pouca gente (mau começo) e os dois políticos, já em campanha eleitoral (um deles é candidato à presidência da CMO), têm as mãos no crucifixo, como se estivessem a descansar agarrados à estátua do Eusébio no Estádio da Luz! O crucifixo foi pintado por um cidadão desta freguesia, com muito empenho e carinho e oferecido à Igreja de S. Miguel Arcanjo.

Como católicos, sentimos muito respeito por esta iniciativa de Roma a fim de ser possível conquistar mais gente e mudar os caminhos errados que o mundo está a pisar. Ora, o presidente da Junta, entre várias considerações infelizes que fez ao jornal, diz que concorda com a Reforma Administrativa feita pelo Governo, mas, sobre a extinção da sua freguesia passa ao lado! Também nunca informou a população desta ex – freguesia, daquilo que se estava a passar, e agora, sem freguesia, vai para a porta da Igreja, certamente à espera de algum milagre? Agora amigo, agora é demasiado tarde! O outro, candidato à Presidência da CMO, mesmo sem ter sido aberta a campanha eleitoral anda de há muito em plena campanha gastando o dinheiro do povo!


Melhor seria que ambos aproveitassem a “gentil” reportagem deste jornal, para pedirem desculpa à população por tudo que fizeram malfeito ou simplesmente não fizeram. Pedimos a Deus melhores dias para a NOVA EVANGELIZAÇÃO e para esta ex-freguesia.

 

publicado por luzdequeijas às 16:53
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A ECONOMIA DO CONHECIMENTO

Vai para 10 anos que a revista Nature Biotechnology anunciou que o nosso país tinha "aberto as suas fronteiras" à Economia do Conhecimento.

Esperei com ansiedade que algumas das empresas do projecto (start-ups) pusessem na rota do sucesso internacional, alguns produtos nacionais. Até esperei que algumas se instalassem em Queijas!

Com muito optimismo, falava-se de parques de ciência e tecnologia (C&T), e medidas para a promoção de Investigação e Desenvolvimento (I&D) no tecido industrial português.

Confesso que até hoje desconheço qualquer caso de sucesso. Não digo que não haja...A biotecnologia é uma área deveras complexa e lenta no seu desenvolvimento e retorno.

Depois de tanto esperar vi com tristeza, fazerem-se autoestradas aos montes, sem tráfego a justificar. E agora, cá estamos nós a pagar semelhantes PPP. Quanto a retorno, nada!

A nível nacional estamos falados.

Porém, ao nível do concelho de Oeiras, o caso parece ser de uma aposta forte na inovação. Só ela nos pode guindar na conquista de novos mercados e na obtenção de acentuadas mais valias no mundo globalizado.

Para os mais atentos, Oeiras colocou-se à frente do pelotão e enriqueceu-se com parques

tecnológicos, com boas infra-estruturas, institutos de investigação biológica de alto nível e concentração de doutorados, etc. Os anos passaram e estas promessas não foram mais que isso! Queijas nada.

Em finais de Fevereiro deste ano e durante três dias, coordenadores dos mais de setenta laboratórios do LAO (Laboratórios Associados de Oeiras)  apresentaram os seus projectos e analisaram novas oportunidades para fazer crescer esta poderosa associação de institutos de investigação.

Vale de facto a pena apostar na investigação, que é uma das prioridades estruturantes da economia nacional e regional do país. Também da economia do conhecimento.

Nesse sentido, a Câmara Municipal de Oeiras vai construir, em 2007, a primeira residência exclusiva para cientistas, num investimento de 2,5 milhões de euros.

 Esta aposta na Economia do Conhecimento encerra em si um largo alcance que irá permitir atrair para o concelho as actividades que geram maior riqueza. Em Queijas nada.

Apesar do optimismo, todo o cuidado é pouco e ás vezes, com passos pequenos e concretos chega-se mais longe, ou seja, será aconselhável não deixar a ciência muito afastada da economia real.

O ânimo faz-se de alguns casos concretizados.Em Queijas nada.

Todavia, o concelho não pode substituir-se a projectos de dimensão nacional ou mundial, mas tão somente estar aberto a cooperarar com eles.Em Queijas nada.

Só um investimento público continuado na investigação científica, ladeado por iniciativas que

atraiam indústria e capital estrangeiro, poderão permitir à biotecnologia feita em Portugal sair, finalmente, do estado latente no qual de há muito se encontra.Em Queijas nada.

Para tal é importante gerar um clima de confiança, para que os grandes investidores da

biotecnologia mundial se sintam motivados a trabalhar em Portugal.

Para além disso podemos lembrar-lhes que entre todos os países da União Europeia somos um dos poucos que tem uma vocação e uma história mais viradas para o mar.

O nosso País esteve virado para o Atlântico e de costas para a Europa. Depois deu uma volta completa e definiu a integração europeia como uma prioridade estratégica. Agora chegou o momento de abraçar, em simultâneo, as duas vocações. O mar e a Comunidade Europeia. Capacidade não nos falta.

Portugal é universalista por vocação histórica.

Tem uma língua internacional (a terceira mais falada no Ocidente e a sexta a nível mundial).

Pelo mar demos novos mundos ao mundo.

No caso português, há portanto três elementos que podem potenciar essa capacidade: a língua, o mar e a sua vocação universalista.

No momento em que escasseiam as matérias primas, até água doce, o mar é um recurso que confere poder,a quem se especializar na sua exploração multifuncional – e Portugal tem a maior zona económica exclusiva da UE e a quinta maior do mundo; Portugal parece, assim, destinado para esta gigantesca tarefa de aproximar o Homem das enormes riquezas do mar, se para tal a Comunidade Europeia nele confiar e o apoiar no caminho da biotecnologia e, se assim for, ninguém mais que Oeiras merecerá ser o berço de tal empreendimento à escala europeia.

Aqui por Queijas, felizes, já nos satisfaríamos se acolhêssemos uma ou duas “ Start – ups”.....

que nos retirassem o rótulo de dormitório e dessem emprego local. Afinal, até ficámos sem a Junta de freguesia!  
publicado por luzdequeijas às 16:50
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INCONFORMISMO VAI CRESCENDO

Sexta-feira, 19 de Setembro de 2008
 
 

 

                              

                                   

 

Inconformismo é hoje a palavra eleita. Porque ser inconformista é acima de tudo ser um homem de bem. É nunca estar conformado com o mal dos outros. É querer para o próximo uma sociedade melhor, sem privilégios de grupos. É um homem que assina por baixo, tudo o que escreve e diz.

Ao contrário, há os outros. Aqueles que só querem privilégios para si e para os amigos. Aqueles que se escondem para planear aquilo que diz respeito a todos os portugueses. Aqueles que nunca assinam, mas enviam, de forma mesquinha, mensagens anónimas. 

 

Vamos então falar do povo, cujo sofrimento causa inconformismo às pessoas de bem. Para tal, falaremos dos interesses da população de Queijas, especialmente, daquela que veio para esta terra expulsa da cidade grande. Que encontrou lotes minúsculos, para casas minúsculas. Ruas onde mal cabiam dois carros, porque era suposto nunca virem a ter carro próprio. São todos aqueles homens de bem que , depois de uma dura vida de trabalho, hoje, estão sentados no banco dos jardins, sem flores, de Queijas. São estes que nos causam inconformismo, porque os outros que vieram depois, são conterrâneos, mas não precisam tanto de nós !

 

São, também aqueles que andam nos transportes públicos. Transportes esses que mal cabem nas nossas ruas. Aqueles que para se deslocarem a Lisboa, suportam uma caminhada do terceiro mundo ! Pagam caro a pouca comodidade e pontualidade, das muitas camionetas que trazem e levam centenas de habitantes desta vila por dia. Caminonetas que, há longos anos não têm onde parar, para " fazer horário". Onde os motoristas ao estacionarem as camionetas, não têm onde fazer as necessidades mais básicas ! Têm de as fazer contra os muros das vivendas. Falam alto e desabridamente com os colegas, não deixando os moradores descansarem. São, também,  vitimas do mesmo desleixo e falta de respeito, como os nossos moradores. Há um sanitário, que ninguém utiliza, junto ao mercado. Os técnicos da CMO quando decidem, não escutam a vontade e o saber da população!

 

As muitas carreiras com início e termino em Queijas, estacionam no início da R. Mouzinho da Silveira. Mesmo a seguir à curva! Rua com dois sentidos ! O espaço da rua, na largura, também, mal dá para outro carro passar! Esta é uma rua de acesso aos bairros das Ilhas e  Cheuni.

A ninguém ocorreu que se aquele trajecto de hoje, se fizesse ao contrário, poderia ter sido encontrada uma solução barata. Quando se diz ao contrário, diz-se seguindo até à R. Angra do Heroismo/ R. dos Açores e descendo a Mouzinho da Silveira que, no seu final, teria uma faixa larga, à direita, para estacionar. Teria, se não a tivessem ocupado para estacionamento de carros. Queijas precisa de parques de estacionamento subterrâneos. Para já.

Nesse local, ainda há um pequeno lote de terreno cheio de ervas altas, ( o habitual) que poderia ser aproveitado em pequenas instalações do serviço terminal. Não precisaríamos de mais. Não ambicionamos um caro  "Terminal". Precisamos que saibam que existimos!

Mas choca e causa um certo inconformismo, ler as notícias do jornal de hoje e comparar :

 

" A Carris vai investir cerca de cem mil euros numa campanha multi-sensorial, que se traduz por autocarros com cheiro a manjerico, limão e brisa do mar, música ambiente e uma textura resistente em todos os assentos ! O objectivo é ganhar clientes e tornar as viagens mais agradáveis aos utentes."

 

Na semana da mobilidade humana, quando leio isto, e penso nas pessoas da freguesia com dificuldades motoras, fico cheio de inconformismo, para não dizer revolta. Se isto é saudável ou doentio, pouco me importa, basta-me sentir que é injusto !

 

publicado por luzdequeijas às 16:46
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UM SIMPLES COVEIRO

QUEIJAS DO PASSADO E DO FUTURO

No que concerne ao nosso local de habitação, venha ele do nascimento ou tenha sido eleito outro por nós mais tarde, tudo se passa da mesma forma.

No caso concreto que escolhi, a Freguesia de Queijas, ela ganhou identidade própria há uma dúzia de anos, logo, necessário se tornou ir mais longe em busca da verdadeira identidade das suas raízes.

Porque, de longa data, sempre pertencemos à antiga Freguesia de Carnaxide, velhinha de muitos séculos e se quisermos cavar bem fundo, vamos encontrar as raízes que procuramos no nascimento da nossa própria nacionalidade. Pois é, não há exagero algum. Depois, relativamente ao nosso concelho, as referências são mais tardias, mas andam quase sempre pelo concelho de Oeiras.

Por todas estas fases passou este antiquíssimo "Lugar de Queijas", e teve que ser assim, até chegarmos a Queijas Paróquia, Freguesia e Vila!

Não há muita informação disponível sobre este passado de muitos séculos, no qual foi vivendo o território da nossa Freguesia, mas é de absoluta justiça falar daquele que nesta matéria nos deu uma enorme ajuda. Deixar de tecer um grande elogio àquela figura que, na minha opinião, mais pugnou por conhecer as nossas referências e em simultâneo mais se bateu pela solução dos enormes problemas que sempre foram afligindo as gentes da antiga Freguesia de Carnaxide, seria de todo injusto.

Foi essa grande figura humana e eclesiástica, o Pie Francisco dos Santos Costa, que nos legou uma publicação de grande dimensão, "O Santuário da Rocha" - Coração de Carnaxide. Legou-a a todos aqueles que amam a velha freguesia de Carnaxide, que hoje se espalha pelas freguesias de Carnaxide, Queijas, Linda - a - Velha, Algés e Cruz - Quebrada - Dafundo.

Como habitante de Queijas, vai para 50 anos, é desta maneira agradecida que sinto todo o trabalho que ele nos deixou, não esquecendo também todos aqueles que a ele acrescentaram qualquer contributo, para nós tão importante.

Todavia a realidade surgida com o aparecimento da Freguesia de Queijas, da sua Paróquia e Vila, veio trazer uma nova identidade e um novo sentimento aos habitantes desta circunscrição, para tal, não devemos esquecer que muitos até já nela nasceram.

Tentei, pois, atualizar factos com uma história riquíssima, desta vez circunscritos à Freguesia de Queijas, que como um filho nasceu da velhinha Freguesia de Carnaxide.

Servi-me do trabalho que outros primorosamente fizeram, mas também vos digo que esteja onde estiver, muito feliz ficaria se este trabalho por mim assinado, puder ajudar alguém a dar-lhe continuidade na história desta terra que já tantos amam como sua.  

A vida ensina-nos que factos escritos como atuais, com o tempo decorrido, logo perdem atualidade, e por isso, carecem de ser enriquecidos com outros mais marcantes, por comportarem uma vivência mais vasta e próxima de nós, seres ainda vivos.

Foi pois esse trabalho que escrevi em livro, para os amigos, e para deixar como legado a toda a população da Freguesia de Queijas. Na vida tudo muda, e o amanhã pode voltar a colocar tudo, ou quase tudo, como estava anteriormente! Existem factos de uma tal relevância a condicionar o futuro, que teremos de os aceitar para não travarmos esse futuro, desde que ele seja do interesse geral dos cidadãos. Se, por acaso,tivermos de perder a condição de Freguesia, haverá culpados, mas o nosso lugar é onde sempre foi, ao lado de Carnaxide e da Senhora da Rocha. Pugnar por uma ligação a Caxias é remar contra a maré, é esquecer a ligação do milagre da Rocha a Linda-a-Pastora, é ignorar o valor  e a história do nosso Santuário, é não ter vergonha por não ter conseguido para nós um Centro de Saúde,é desconhecer a vivência desta vila no seio da Freguesia de Carnaxide e quem esquecer tudo isto e pugnar por uma ligação a Caxias, é esquecer que estamos separados por duas fronteiras naturais a A5 e a CREL e que entre nós e Carnaxide nada nos separa. Neste momento, só nos separa alguém quase a fazer 4 anos de mandato, deixando-nos nada,pois, nada fez por Queijas. Foi um simples  coveiro! Em vez de unir, desuniu! ACABOU COM AQUILO QUE TANTO CUSTOU AOS OUTROS!

publicado por luzdequeijas às 16:43
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UMA PRENDA ENVENENADA

UM POSTO DE ENFERMAGEM - ESTAMOS A DESCER MUITO BAIXO !!!! UM POSTO DE ENFERMAGEM?

 

UMA PRENDA DAS GENTES DO CONCELHO AO PRESIDENTE. FOI ISSO! DERAM-LHE TUDO, CÂMARA E JUNTAS, SÓ FALTOU DAREM-LHE UMA OPOSIÇÃO E, SEM ELA, NÃO HÁ DEMOCRACIA!

 

EM QUEIJAS LUTA-SE HÁ MUITO PELO NOSSO CENTRO DE SAÚDE. Fomos sempre, nisto e em tudo, ficando para trás! Agora, sem oposição em Queijas, não temos voz ativa na Câmara e na Junta onde o poder sacralizado pôs a sua gente!

É deste jeito, que eu leio no jornal de hoje, que a CMO assinou um protocolo com o Governo para a construção da Extensão de Saúde de Algés no valor de 4 milhões de euros. Em Queijas e para Queijas e para os seus habitantes, convocou o Jornal de Oeiras, para anunciar que as pessoas desta Freguesia poderiam fazer a marcação das suas consultas na JUNTA (dele). Ora, isto é caricato, pois, a maioria das pessoas, podem, se quiserem, fazê-lo da sua própria casa e pelo seu telefone. Ainda hoje há na rua, cartazes oferecendo esta grande regalia aos habitantes!

 

Mais recentemente, num processo altamente "embrulhado", anuncia-se a obtenção de um protocolo para um Centro de Enfermagem (Cuidar +)  de parceria com o Centro de Saúde de Carnaxide. Imaginem-se os termos do protocolo: Vai funcionar três dias por semana e duas horas por dia (9 horas por semana) sendo as marcações de consultas feitas na Junta, mediante guia de apresentação passada pelo médico de família (?). Porquê? Uma pessoa parte a cabeça, ou quer levar uma injecção, e tem de ir à Junta marcar a consulta para o posto de enfermagem, e ir depois a Carnaxide pedir a guia para ir ser tratado no posto, depois, vir com a cabeça partida a Queijas e ser suturado pelo enfermeiro! Duas horas por dia e três dias por semana? E noutras horas e outros dias?

Os custos de tudo isto são incomportáveis! A funcionalidade é nenhuma! Isto é pura e simplesmente a burocracia do ESTADO MONSTRO em acção. Para gozo desta boa gente, basta! Basta também de brincar com o dinheiro dos contribuintes!

publicado por luzdequeijas às 16:40
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SABER VOTAR

Não haja dúvidas de que até por causa dos canídeos os Presidentes de Junta sofrem, quando se interessam pela população e pelos seus problemas! Nesta matéria tenho a minha experiência, e é por isso que me sinto autorizado a fazer comentários sobre ela e sobre um problema levantado em 1999 que continua por resolver, sanitários para cães junto a prédios!

EM LUGAR DE MAIS À FRENTE, CONTINUAMOS CADA VEZ MAIS ATRÁS! LÁ CONTINUA O SANITÁRIO!

A população de Queijas/Linda-a-Pastora, de resto, de todas as outras autarquias, deveria estimar e acarinhar aqueles poucos autarcas que se interessam pela vida local Aqueles que não se servem da política para arranjar mais empregos às suas mulheres, filhas ou filhos etc.!

Um presidente de câmara não pode criar o seu "movimento independente" para concorrer a eleições autárquicas que, para além da própria câmara sufraga os autarcas de mais 10 freguesias.

Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia são órgãos totalmente independentes. Para que tudo resulte em favor da população, será preciso que todos os intervenientes neste processo eleitoral saibam geri-lo com mestria e para tal terão de saber o que estão a fazer! As câmaras detêm as competências legais e os meios de levar à prática os benefícios para as populações. As Juntas de Freguesia escutam os seus “vizinhos” e sabem daquilo que eles precisam, para então, fazerem as suas reivindicações junto do Presidente de Câmara.

SE OS POLÍTICOS FOSSEM ANJOS, talvez fosse diferente, infelizmente nenhum presidente de câmara é ANJO ou para lá caminha!

Aconteceu em Oeiras nas últimas eleições o pior que poderia acontecer em termos de gestão de expetativas dos votantes! Além da Câmara e da Assembleia Municipal, entregaram de mão-beijada nove das dez juntas de então, ao IOMAF.

Foi um tremendo erro político da população do concelho. Este presidente de câmara nomeou nas 9 freguesias que ganhou, quadros da CMO da sua inteira confiança. Com isto perdeu-se a possibilidade de os presidentes de Juntas de Freguesia serem independentes e trocarem o seu apoio ao presidente da câmara (até na AM) por obra feita nas suas freguesias. Estas freguesias ficaram todas na mão do presidente de câmara, dada a dependência dos presidentes de junta, por serem quadros da CMO.

Assim, o presidente da câmara ficou como o peixe na água, beneficiando as freguesias mais “gratas” e que lhe podiam dar mais votos por terem mais população!

O poder das Juntas dissipou-se e passados 4 anos só restam 5 Juntas no concelho e muito menos poder reivindicativo. É minha opinião pessoal, na qualidade de primeiro candidato de Junta (verdadeiramente INDEPENDENTE), no concelho de Oeiras, que mais vale votar em partidos (várias tendências internas) do que num candidato presidente de câmara (dito independente ?), com as tropas todas amestradas e dependentes do seu superior hierárquico dentro da câmara! A ética está por terra!

 

publicado por luzdequeijas às 16:23
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Segunda-feira, 17 de Junho de 2013

A CAIXA DE PANDORA

 Ficheiro:Pandora opening her box by James Gillray.jpg

 

A Caixa de Pandora, também conhecida como Boceta de Pandora,nota 1 é um artefato da mitologia grega, tirada do mito da criação de Pandora, que foi a primeira mulher criada por Zeus. A "caixa" era na verdade um grande jarro dado a Pandora, que continha todos os males do mundo.

 

Então Pandora, com sua curiosidade, abriu o frasco, e todo o seu conteúdo — exceto um item — foi liberado para o mundo. O item remanescente foi a esperança.

 

Hoje em dia, abrir uma "caixa de Pandora" significa criar um mal que não pode ser desfeito.

Wikipédia

 

publicado por luzdequeijas às 17:05
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CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Constituição dos Estados Unidos
A primeira página da Constituição dos Estados Unidos. Lê-se acima a frase We, the People (Nós, o povo)
A primeira página da Constituição dos Estados Unidos. Lê-se acima a frase We, the People (Nós, o povo)
Criado17 de setembro de 1787
Ratificado21 de junho de 1788
LocalNational Archives
AutoresDelegados da Convenção de Filadélfia
Signatários39 dos 55 delegados da Convenção de Filadélfia
PropósitoConstituição nacional para substituir os Artigos da Confederação.

A Constituição dos Estados Unidos é a lei fundamental do país. A constituição estabelece a forma federal do Estado, os órgãos de poder, as suas competências e forma de funcionamento.

Foi discutida e aprovada pela Convenção Constitucional de Filadélfia - na Pensilvânia, entre 25 de maio e 17 de setembro de 1787.

Naquele ano os Estados Unidos aprovaram a sua primeira e, até hoje, única Constituição. A Constituição exprime um meio-termo entre a tendência estadista defendida por Thomas Jefferson, que queria grande autonomia política para os Estados membros da federação, e a tendência federalista que lutava por um poder central forte.

O Presidente dos Estados Unidos é eleito pelo período de quatro anos pelos cidadãos eleitores num sistema em que os candidatos não ganham diretamente pelo número absoluto de votos no país, mas dependem da apuração em cada Estado, que manda para uma espécie de segunda eleição votos em número proporcional a sua população para o vencedor em seu território.

Duas casas compõem o Congresso: a Câmara dos Representantes, com delegados de cada Estado na proporção de suas populações; e o Senado, com dois representantes por Estado. O Congresso vota leis e orçamentos. O Senado vela pela política exterior principalmente. Um Tribunal Supremo composto por juízes indicados pelo Presidente e aprovados pelo Senado resolve os conflitos entre Estados e entre estes e a União, garantindo a supremacia da Constituição Federal em relação às Constituições estaduais e as leis do país.

A Constituição dos Estados Unidos prevê um sistema de alterações, por intermédio de Emendas, tendo ao longo dos anos sido aprovadas um total de 27.

As 10 primeiras são designadas por Bill of Rights por conterem os direitos básicos do cidadão face ao poder do Estado. Não tendo sido consensual a sua inserção no texto original da Constituição, foram apresentadas depois da entrada em vigor da Constituição.

Como disse o juiz Warren Burger, que por mais tempo presidiu a Suprema Corte americana:

- "A Constituição representou não uma concessão de poder dos governantes aos governados - como o Rei João sem Terra concedeu a Magna Carta em Runnymede em 1225 - mas uma delegação de poder feita pelo povo ao governo que criou."
publicado por luzdequeijas às 16:24
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DESESPERO OU ÓDIO

 

 O POVO PRECISA ENTENDER ....

Código Penal


LIVRO II - Parte especial

TÍTULO V - Dos crimes contra o Estado

CAPÍTULO I - Dos crimes contra a segurança do Estado

SECÇÃO II - Dos crimes contra a realização do Estado de direito

----------

Artigo 328.º - Ofensa à honra do Presidente da República

       1 - Quem injuriar ou difamar o Presidente da República, ou quem constitucionalmente o substituir, é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa.
       2 - Se a injúria ou a difamação forem feitas por meio de palavras proferidas publicamente, de publicação de escrito ou de desenho, ou por qualquer meio técnico de comunicação com o público, o agente é punido com pena de prisão de seis meses a três anos ou com pena de multa não inferior a 60 dias.
       3 - O procedimento criminal cessa se o Presidente da República expressamente declarar que dele desiste.

 

 

" A CONDENAÇÃO JUSTIFICADA, DE UM JOVEM QUE DIFAMOU o Presidente da República (que não desistiu do processo) serviu o culto simbólico da autoridade.

No processo considerado nulo devido à forma, estava em causa uma expressão comum em manifestações, proferida por desespero e não por ódio político. "

 

Certamente, que tal não acontece por erro ou por qualquer outra razão menos própria, mas em muita gente ficará a dúvida!

 

Era conveniente saber o que será ódio político? Também, é altamente duvidoso o modo como se classifica não punível a palavra "desespero" e como púnivel a palavra "ódio"! Para a maioria das pessoas as duas palavras nasceram entrelaçadas justificando-se uma à outra, nas ofensas praticadas

De qualquer modo nunca poderiam estas atitudes trazer para a vida pública outras ações em cadeia, como sejam as recolhas de fundos para pagar uma multa a seguir anulada. Estas atitudes só em si também conformam atitudes desrespeitosas, pela sua solidariedade. Estamos a caminhar para um "Estado de Sítio" que por impunidades constantes, qualquer dia um político não pode abrir a boca na rua e os manifestantes (com notoriedade para os líderes SINDICAIS), podem dizer tudo que lhes vem à cabeça! Assim, Portugal não vai longe, nomeadamente com graves prejuízos para a imagem e credibilidade externa do nosso país !

publicado por luzdequeijas às 15:09
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AMOR E ÓDIO

Amor e ódio nascem no mesmo lugar, dizem cientistas

Imageamentos cerebrais revelam onde o ódio se forma, e parece não ser muito diferente do amor

Katherine Harmon

 

 

 

Dizem que o amor vem do coração, mas e o ódio? Pesquisadores estão em busca dos fundamentos neurológicos do ódio, assim como da música, da religião, da ironia e de outros conceitos abstratos. A ressonância magnética funcional (RMf) começa a revelar como essa forte emoção se inicia no cérebro.
No ano passado, o neurobiólogo Semir Zeki, do Laboratório de Neurobiologia da University College London, liderou um estudo que mapeou os cérebros de 17 adultos enquanto contemplam imagens de pessoas que eles admitiram odiar. Na tela nota-se que áreas no giro frontal medial, putâmen direito, córtex pré-motor e ínsula medial foram ativados. Os pesquisadores observaram que partes do chamado “circuito do ódio” também estão envolvidas no início de um comportamento agressivo, mas sentimentos intrinsecamente agressivos ─ como raiva, perigo e medo ─ apresentam padrões cerebrais diferentes dos do ódio.
Certamente o ódio pode surgir de sentimentos positivos, como o amor romântico ─ na figura de um ex-parceiro ou rival em potencial. O amor, porém, parece desativar áreas tradicionalmente associadas com o julgamento, enquanto o ódio ativa áreas do córtex frontal que podem estar relacionadas com a avaliação de outra pessoa e previsão de seu comportamento.

Algumas associações com o amor, entretanto, são surpreendentes, observam os autores do estudo publicado em outubro de 2008 na PLoS ONE. As áreas do putâmen e ínsula ativadas pelo ódio são as mesmas das do amor romântico. “Essa ligação pode explicar porque amor e ódio estão tão intimamente relacionados nas pessoas.”

No entanto, esse estudo inicial não convenceu a comunidade científica de que essas são as raízes neurológicas do ódio. “Ainda é realmente muito cedo”, observa Scott Huettel, professor-associado de psicologia e neurociência da Duke University, não envolvido no estudo. Outras emoções, como felicidade e tristeza, já são mais bem compreendidas, acrescenta. “Até sensações como arrependimento têm coordenadas neurais bem definidas.”

O próximo passo, segundo Huettel, será realizar mais pesquisas sobre aspetos bem específicos e tipos de ódio ─ incluindo ódio contra grupos de pessoas em vez do ódio a uma única pessoa ─ e depois testá-las em diferentes situações. Também será importante estudar casos em que partes do cérebro tenham sido danificadas e tendências emocionais tenham sido alteradas. “Se a ativação positiva e a debilidade, de uma região do cérebro danificada, forem identificadas, já será um bom indício de que se encontrou, pelo menos, uma parte do circuito”.

Para que serve o ódio, ainda é uma questão debatida. Embora alguns argumentem que o sentimento oferece uma vantagem evolucionária ─ poderia ajudar as pessoas a decidir quem confrontar ou desprezar, Huettel observa que, da mesma forma que se identifica um circuito neural dedicado, tudo não passa de “um palpite bem dado”.

publicado por luzdequeijas às 14:52
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DESESPERO, RAIVA E ÓDIO

 

De que cor se veste o desespero?

O meu veste-se com todas as cores do arco-íris...

Azuis, Rosas, Amarelos, Verdes... Todas as cores que dão cor e vida ao arco-íris,

Eu estou viva, eu vivo, como tal sou um misto de todas as cores.

Eu desespero, mas eu vivo.

Eu sou a cara, eu dou a cara ao desespero.

Desdobro o sentir num misto que transforma as cores, em faíscas coloridas de fogo.

Indiferente à cor, apenas ao sentir, ódio …. Puro ódio, por cada lágrima vertida, por quem um dia foi sangue do meu sangue, recuso a pensar que um dia sofri, chorei e amei, alguém tão impróprio de saber o que é estar vivo. Viver apenas com o condão, de fazer os outros sofrerem, dormir a pensar como magoar, como ferir os outros, como melindrar……

Eu quero, eu posso, eu mando ….

Toda a vida foi assim, por isso ainda que tropeçando e caindo, ainda que de forma incorreta, livrei-me de uma cruz que só irá existir até eu querer, sobrevivi …. Num misto de cores que me envolvem, eu sou UMA SOBREVIVENTE…. Contra todos os ventos e marés.

Hoje já não me fazes falta alguma, não te desejo nem bem nem mal, apenas … que tudo aquilo que fazes para me ver e fazer sofrer, te corroa a alma, até definhares… inerte.

Fecho-te na caixa, na minha caixa de pandora, mais uma vez.

Maria

Publicado por "o teu doce olhar" 21.38

 

“SE fores paciente num momento de raiva, escaparás a cem dias de tristeza.”

  

publicado por luzdequeijas às 14:23
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Domingo, 16 de Junho de 2013

SEMPRE A SOMAR PREJUÍZOS!

 

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA

 

Artigo .81º (versão 1976)

(Incumbências Prioritárias do Estado)

n) Jmpulsionar o desenvolvimento das relações de produção socialistas;

 

A PRODUÇÃO SOCIALISTA?

Empresas do Estado somam prejuízos de 1,5 mil milhões

 

Metro de Lisboa lidera perdas, com 603,1 milhões negativos Foto: Pedro Cunha

 


Tópicos

Resultados negativos afundaram 38,5%. Exigência do Governo para conter custos não foi respeitada e o endividamento voltou a disparar.

O objectivo de equilibrar as contas das empresas públicas em 2012, como foi exigido pela troika, parece cada vez mais difícil de atingir. Os resultados do ano passado revelam uma nova derrapagem nos prejuízos (38,5%), que alcançaram 1,5 mil milhões de euros, aos quais se somam outros 357,5 milhões de perdas dos hospitais do Estado.

Também os custos continuam sem travão. Apesar de ter sido imposto um corte de 15%, as despesas operacionais aumentaram para mais de 3,7 mil milhões em 2011.

O relatório publicado ontem pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) mostra que as empresas públicas chegaram ao final do ano com um resultado líquido negativo de 1499 milhões de euros, o que significou um agravamento de 38,5% face a 2010.

Uma vez mais, foi o sector dos transportes que penalizou as contas, ao alcançar perdas de 1367 milhões, que corresponderam a 90% dos prejuízos globais.

De entre as transportadoras públicas, a empresa que mais derrapou em 2011 foi a Metro de Lisboa, ao atingir perdas-recorde de 603,1 milhões de euros. Um valor que compara com os prejuízos de 330,8 milhões registados um ano antes, significando um aumento exponencial de 82,3%.

Em segundo lugar, surge a Metro do Porto, com um resultado líquido negativo de 376,3 milhões. Apesar de elevado, o prejuízo da empresa liderada por Ricardo Fonseca diminuiu 20,4%, uma vez que tinha superado os 472 milhões em 2010.

Juros provocaram perdas

A maioria das empresas do Estado analisadas no relatório da DGTF sofreu um agravamento nas contas, com destaque para a Parque Escolar e a Parque Expo, cujas perdas subiram 8284 e 415,6%, respectivamente. Houve, ainda assim, casos de melhoria de resultados. A Lusa, por exemplo, lucrou 2,7 milhões em 2011 - uma subida de 317,7% face ao período homólogo. Mas a empresa que mais lucros gerou foi o grupo CTT, num total de 58,2 milhões, o que representou um aumento de 3,4%.

O Governo não incluiu, nesta análise, os resultados da Parpública e da Estradas de Portugal, por considerar que induziriam em erro a leitura das contas do Sector Empresarial do Estado. No entanto, o relatório revela que a holding que gere as participações do Estado teve uma redução de 62,2% nos lucros em 2011, ficando-se por 24,4 milhões. A Estradas de Portugal registou um acréscimo de 60,6%, alcançando 164,6 milhões. Já os hospitais públicos voltaram a penalizar as contas do Sector Empresarial do Estado (SEE), ao gerarem perdas de 357,5 milhões, o que empurrou os prejuízos globais para 1,9 mil milhões.

A DGTF justifica a derrapagem nos resultados com o acréscimo dos custos de financiamento, face "ao aumento generalizado das taxas de juro e ao montante global da dívida no sector". É que o endividamento das empresas públicas continua a aumentar, tendo alcançado perto de 30 mil milhões de euros em 2011. O limite de 6% imposto pelo Governo não foi cumprido e houve casos em que a dívida remunerada disparou 31,4%, como aconteceu com a Estradas de Portugal (ver caixa).

Controlo de custos falhou

Também as exigências de controlo dos custos operacionais foram desrespeitadas. As empresas do Estado estavam obrigadas a cortar em 15% as despesas em 2011, mas os dados conhecidos ontem mostram que, em vez de pouparem, aumentaram os gastos em 1,9%. No total, os custos com fornecimentos externos, pessoal e mercadorias superaram 3,7 mil milhões de euros, incluindo os resultados da Parpública e da Estradas de Portugal.

Este incumprimento acabou por esmagar a subida das receitas, que se fixou em 11,2%. Este aumento, que fez escalar a facturação de 3,8 para 4,2 mil milhões de euros foi essencialmente protagonizado pela Estradas de Portugal, que viu o volume de negócios crescer 435 milhões.

Face aos resultados de 2011, que se foram agravando ao longo de cada trimestre, a exigência inscrita no Memorando de Entendimento assinado com a troika está muito longe de ser satisfeita. As autoridades externas impuseram o final de 2012 como o limite para o Governo equilibrar as contas das empresas públicas, mas os prejuízos continuam a disparar e os custos por controlar.

Também a relação com fornecedores, outro factor considerado crítico para o cumprimento do programa de ajustamento, está a deteriorar-se. O relatório da DGTF revela que os prazos médios de pagamento voltaram a aumentar seis dias em 2010 para um total de 74 dias. A Metro do Porto registado o maior atraso (236 dias). Analisando o comportamento dos hospitais, a derrapagem é muito maior. A demora no pagamento a fornecedores aumentou 90 dias para um total de 3030 em 2011.

publicado por luzdequeijas às 17:42
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GENTE MUITO ESQUECIDA!

O SOCIALISMO NA GAVETA

 

AS DESVALORIZAÇÕES DO ESCUDO

 

PÓS 25 DE ABRIL E A GRANDE INSTABILIDADE SOCIAL

 

 

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA

 

Artigo .81º (versão 1976)

(Incumbências Prioritárias do Estado)

n) Jmpulsionar o desenvolvimento das relações de produção socialistas;

 

A Revolução do 25 de abril ocorreu numa situação de um escudo forte (cerca de 10 escudos para um marco alemão e 25 escudos para um dólar), com reservas de ouro em quantidade apreciável e numa situação de expansão económica.

O choque petrolífero acontecido em 1973 fez estremecer o escudo. A instabilidade social trazida pela revolução de abril (1974) e os aumentos brutais dos vencimentos postos em prática, puseram a economia e o escudo em franca crise. Voltou a haver casos de fome em Portugal. A situação foi corajosamente denunciada pelo bispo de Setúbal, uma das regiões do país onde o problema do desemprego era mais grave. Muitas empresas não pagavam como deviam aos seus empregados, prática que ficou conhecida pelo nome de "salários em atraso".
O certo é que, logo em 1981, irá continuar o rumo descendente da economia. Note-se que agora, se já não era necessário gastar como aquando do regresso dos retornados, era necessário começar a pagar os empréstimos anteriormente feitos, os quais, em finais de 1981, rondavam já os 600 milhões de contos. As reservas cambiais continuavam a descer, em parte devido à "fuga de capitais" provocada pela contínua perda de valor do escudo, e possibilitada pelas novas leis económicas e pelo novo clima social em que se vivia, que tinha deixado de considerar tais práticas como reprováveis. A desvalorização de escudo desta vez é de 12%, à qual se segue uma desvalorização deslizante de 1% ao mês. Tornava-se necessário contrair um novo e grande empréstimo ao Fundo Monetário Internacional, o qual coloca como condições as geralmente propostas por esse organismo: a redução da despesa pública e a diminuição da procura privada. Assim, em 1986 a situação económica normalizou-se. Portugal chegará entretanto ao fim deste período de instabilidade com algumas feridas: quase 10% de desempregados e um escudo que valia face ao marco alemão seis vezes menos (em relação aos valores de 1974) e sete vezes menos face ao dólar americano, enquanto a dívida pública seria também quase seis vezes superior à de 1976, ou seja, cerca de seis mil milhões de dólares.

Em termos políticos, todo o período entre 1976 e 1986 pode ser caracterizado, tanto na prática como no discurso oficial, pela progressiva eliminação das "conquistas da Revolução" (como afirmava o Partido Comunista) ou, de acordo com Mário Soares, pelo "apertar do cinto" para "viver com aquilo que temos", e por "meter o socialismo na gaveta".

publicado por luzdequeijas às 17:15
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Sábado, 15 de Junho de 2013

O MERCADO DE QUEIJAS

Os habitantes de Queijas têm, naturalmente, motivos para algum desconforto ao lerem, no “Correio de Oeiras” de 16/07/2008, opiniões sobre o Mercado de Queijas, do Presidente da Junta e de um vereador da CMO. As opiniões recolhidas pelo jornal, também não ajudam muito, na medida que não foram diversificadas, antes demasiado seletivas e cumplices.

 

Mercado de Queijas

Mercado de Queijas em Oeiras

Ficámos a saber que o Mercado de Queijas está sem vida própria, sem atividade comercial e com lojas fechadas. Para os lados da Cheuni há um centro comercial no mesmo “estado de alma”!

Comecemos por tentar entender o PJ de Queijas; Sabemos que há muito não vivia nesta vila e cá se instalou para ser o tal Presidente que o movimento IOMAF precisava ou lhe foi imposto. Entretanto, foi afastado do PSD e juntou-se a três outros cidadãos que nas anteriores eleições tinham integrado uma lista independente contra a CMO. É muito complicado, mas dá para as pessoas desconfiarem. Se quiserem.

Naturalmente faltava ao atual presidente o conhecimento do passado, sempre muito importante. Não teve, também,  humildade para se inteirar. Antes, entregou-se nas mãos destes “independentes ?”, tudo leva a crer que, afinal, não o são (INDEPENDENTES). Com o senhor vereador e jornalista passar-se-á o mesmo. Assim, não sabem bem como dar a volta à situação!

 

Prosseguimos para dar a estes senhores a informação que a área do mercado, não é agradável nem convidativa. Com uma Casa de D. Miguel ao abandono e barracas de permeio, ainda não resolvidas. Com um lago cheio de pedras e lixo e sem um repuxo (que teve), num local onde abunda a água (um extenso lençol de água no subsolo). O relógio de sol desapareceu num dia de muito nevoeiro!

Existem três bombas a retirar água (do lençol de água subterrâneo) e a lançá-la no esgoto, para que o parque de estacionamento não fique inundado! Há quem tenha ouvido o Sr. Presidente da CMO em 2001, em visita ao mercado, dar ordens aos senhores arquitetos, para na frente do mercado, serem colocados efeitos de água, visando o embelezamento local. Até hoje nada.

O aspeto exterior não abona pela falta de limpeza e ajardinamento! Quanto ao interior as coisas ainda se complicam muito mais. O mercado, depois de uma fase inicial (1998/2001) em que manteve atividades lúdicas e muitos atracões artísticas de qualidade, foi sendo deixado ao descuido. Hoje tem lojas vazias, falta de qualidade e credibilidade. Tudo acrescido com a ocupação de duas lojas pela CMO. Numa, colocaram um serviço meramente de campanha eleitoral permanente (pequenas assistências a idosos pobres) esquecendo que Queijas, como as outras terras vizinhas, tem idosos (ainda bem), mas não são indigentes. Claro que há oportunistas!

À frente dela colocaram uma figura sobejamente conhecida em Queijas. Demais! Liderou o IOMAF local na última campanha autárquica, e tem mais de setenta anos e praticamente não sabe ler! O que faz, quem lhe paga e como, é um mistério. O IGAT deveria ter investigado. O abandono do mercado tem muitas origens!

Na outra sala, a que a Junta chama de multiusos, têm tentado fazer cultura (?)  ou coisas parecidas. Sem conseguirem. Normalmente está fechada. Os elementos do executivo, nunca subsidiaram a Associação Cultural de Queijas, que poderia ou deveria utilizá-la. Se assim fosse, muita gente seria atraída diariamente ao local. Pretenderam manipular esta associação e ela não nunca deixou que o fizessem, até que a ocuparam ilegalmente! Ela era, talvez, a única coisa independente em Queijas.

Os mercados de Algés e Carnaxide não são comparáveis com o de Queijas. Existem há muito mais tempo e souberam ganhar o seu espaço. O de Queijas, muito por culpa da tal figura colocada no mercado, foi sendo prometido e quando chegou já não fazia sentido! Era o tempo dos Centros Cívicos. Os erros são sempre pagos pela população.

Quanto ao Centro de Saúde de Queijas ou como mais modernamente diz o Presidente da Junta USF, está desde os anos 1998/2001, com protocolo assinado entre a CMO e o Ministério da Saúde. Deu muito trabalho e dias inteiros de reuniões. Foi assinado em direto na SIC, para todo o país ver e ouvir, entre estas duas entidades. Lamentavelmente parece que a CMO tem interesse em resolver este problema primeiro em Algés e Carnaxide. Não admira, são áreas onde habitam muitos votantes. Existem gravações destes factos e por elas o presidente da Junta poderá certificar-se deles (factos) e ver como a Junta de então conseguiu estar em direto de manhã no programa de Fátima Lopes e á tarde, a cobrir uma grande manifestação de gente desta vila frente ao Centro de Saúde de Carnaxide. Presentes centenas de pessoas e o Presidente da Junta com a vereadora da saúde de então, Teresa Zambujo. Por último se informa que também esteve presente um dos actuais “ independentes”, que já faz parte de vários executivo, com proteção assegurada por “alguém”! Provavelmente até já se esqueceu! Não é autarca quem quer mas quem tem a “bênção dos Deuses”! Mesmo que não valha muito como autarca!

Ele e outros “autarcas independentes ?, ” Juntaram-se a troco de silêncios cúmplices!

O povo paga tudo. É a vida…… Medalhas? só para presidentes de junta que tenham a mulher (bem reformada),e também a trabalhar na CMO/SMAS, a tirar o lugar a um dos milhares de licenciados desempregados neste país!

publicado por luzdequeijas às 19:17
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INDIVÍDUO, PAI E MUNÍCÍPE

A ARTE DE SER PORTUGUÊS

 

«O bom português deve cultivar em si o patriota, que abrange o indivíduo, o pai e o munícipe e os excede, criando um novo ser espiritual mais complexo, caracterizado por uma profunda lembrança étnica e histórica e um profundo desejo concordante, que é a repercussão sublimada no Futuro da voz secular

daquela herança ou lembrança...
É já grande o homem que subordina à Pátria, sem os destruir, os seus interesses individuais, familiares e municipais.
Por isso, o viver como patriota não é fácil, principalmente num meio em que as almas, incolores, duvidosas da sua existência, materializadas, não atingem a vida da Pátria, rastejando cá em baixo, entretidas em mesquinhas questões individuais e partidárias. Mas para Portugal continuar a ser, precisamos de elevar até ele a nossa pessoa e conhecê-lo na sua lembrança e na sua esperança, na sua alma, enfim.
Não podemos amar o que ignoramos.
Impõe-se, portanto, o conhecimento da alma pátria, nos seus caracteres essenciais. Por ela, devemos moldar a nossa própria, dando-lhe atividade moral e força representativa, o que será de grande alcance para a obra que empreenderemos, como patriotas, no campo social e político.
O político estranho à sua Raça não saberá orientar nem satisfazer as aspirações nacionais. É preciso que ele encarne o sonho popular e lhe dê concreta realidade. Do contrário, fará obra artificial, transitória e nociva, por contrariar e mesmo comprometer o destino superior de uma Pátria.
Sim: o bom português necessita de conhecer e comungar a alma pátria, a fim de se guiar por ela, no seu labor. Depois legislará, reformará ou criará literária e artisticamente uma obra duradoura e útil.»
Teixeira de Pascoaes
in «Arte de Ser Português», Assírio & Alvim (2007).

 

publicado por luzdequeijas às 19:06
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A ÉTICA COMO BASE

PARA REFLEÇÃO E … AÇÃO

A diferença entre os países ricos e os pobres não é a idade dos países;

Isto está demonstrado por países como a Índia ou o Egito, que têm mais de 5 000 anos e são pobres;

Por outro lado, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, que há 150 anos eram inexpressivos, hoje, são países desenvolvidos e ricos;

A diferença entre países ricos e países pobres, também não reside nos recursos naturais disponíveis;

O Japão, possui um território limitado, 80% montanhoso, inadequado para a agricultura e para a criação de gado, mas é a segunda economia mundial;

O Japão é uma imensa fábrica flutuante, que importa matéria-prima do mundo inteiro e exporta produtos manufaturados;

Outro exemplo é a Suíça, que não planta cacau, mas tem o melhor chocolate do mundo;

No seu pequeno território, cria animais, e cultiva o solo apenas quatro meses ao ano;

No entanto fabrica laticínios da melhor qualidade;

É um país pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, pelo que se transformou no cofre-forte do mundo;

No relacionamento entre gestores dos países ricos e os seus homólogos dos países pobres, fica demonstrado que não há qualquer diferença intelectual;

A raça, ou a cor da pele, também não são importantes: os emigrantes rotulados de como preguiçosos nos seus países de origem, são a força produtiva dos países europeus ricos, onde está então a diferença? Está no nível de consciência do povo, no seu espírito. A evolução da consciência deve constituir o objetivo primordial do Estado, em todos os níveis do poder. Os bens e os serviços, são apenas meios ….

A educação (para a vida) e a cultura ao longo dos anos, deve plasmar consciências coletivas, estruturadas nos valores eternos da sociedade: moralidade, espiritualidade e ética.

Solução síntese: transformar a consciência do português. O processo deve começar na comunidade onde vive e convive o cidadão;

A comunidade quando está politicamente organizada em Associações de Moradores, Clube de Mães, Clube de Idosos, etc. Torna-se num micro estado.

As transformações desejadas pela Nação para Portugal, serão efetuadas nesses microestados, que são os átomos do organismo nacional – Confirma a Física Quântica.

Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos a grande maioria segue o paradigma quântico, isto é, a prevalência do espirito sobre a matéria, ao adotarem os seguintes princípios de vida:

1 – A ética, como base;

2 – A integridade;

3 – A responsabilidade;

4 – O respeito às leis e aos regulamentos;

5 – O respeito pelos direitos dos outros cidadãos;

6 – O amor ao trabalho;

7 – O esforço pela poupança e pelo investimento;

8 – O desejo pela superação;

9 – A pontualidade;

Somos como somos porque vemos os erros e só encolhemos os ombros e dizemos: “ não interessa”! ….A preocupação de todos, deve ser com a sociedade, que é a causa, e não com a classe política, que é o triste efeito.

Só assim conseguiremos mudar o Portugal de hoje.

Vamos agir! Reflitamos sobre o que disse Martin Luther King: “O que é mais preocupante, não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, ou dos sem ética.

O que é mais preocupante, é o silêncio dos que são bons.

 

publicado por luzdequeijas às 18:21
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A CIDADE E O CAMPO

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA

 

Artigo 81.º

(Incumbências Prioritárias do Estado)

 

i)Eliminar progressivamente as diferenças sociais e económicas entre a cidade e o campo.

 

ALDEIAS ABANDONADAS, PORQUÊ?

 

A VERDADEIRA SUSTENTABILIDADE (MORAL E ECONÓMICA)  DA NOSSA NAÇÃO, PASSA PELA REABILITAÇÃO DAS NOSSAS ALDEIAS.

 

Podem chegar momentos de grandes catástrofes em Portugal ou qualquer outro País e é precisamente nestes momentos, de total desespero, que vem o apelo mais profundo: REGRESSAR À NOSSA ALDEIA

 

É justamente esse sentimento que assalta milhares de haitianos, perdidos e profundamente amargurados na tragédia que se abateu sobre este pobre povo. Alguns relatos arrepiam e mostram à saciedade que ninguém está a salvo duma tremenda desgraça. As origens e causas podem ser as mais variadas como, o bloqueio de uma cidade por desordens naturais ou de ordem cívica e económica. A água não chega à grande cidade, nem o abastecimento regular e só por isto a vida nela, pode torna-se angustiante e medonha. Uma grave convulsão social trás as pilhagens, a total insegurança, que pode atingir irremediavelmente a ordem e a segurança tidas como garantidas. A cidade vira, de um momento para outro, uma verdadeira selva. Acontecem estas e outras situações arrepiantes, constantemente, em qualquer lugar do mundo. Todavia lá, na aldeia, o ritmo das desgraças e privações, acontece em menor grau, ou mesmo não acontece. A vizinhança funciona, a fonte deita água pura, a segurança é garantida pela distância e isolamento e, até, algumas galinhas não deixarão de pôr os seus ovinhos. Alguma hortaliça, fruta e legumes, que com boa vontade e economia, a todos podem socorrer e valer. A vida é local e os transportes não se apresentam como indispensáveis.

Depois, é destas aldeias que, podem acreditar, continua a irradiar para todos os eixos da vida do País, uma imensa força vital e espiritual. Mesmo quando destruídas e abandonadas. Delas, mesmo em ruínas, continua a erguer-se uma força estranha e forte, das gentes antepassadas, como bênção às gentes presentes e futuras. E, deveria ser principalmente por isso, além do muito mais, que elas deveriam estar arranjadinhas, do jeito que sempre foram há anos atrás. Inalteradas, mas bonitas. 

Sem mudanças, tal e qual muitas gerações as viram e nelas viveram felizes. Poderiam ser os nossos hospitais de campanha, o lazer da juventude já perdida e o refúgio, doce, para os momentos mais amargos. Também, para todo o tipo de turismo, ou repouso de gente alquebrada pelas canseiras de uma vida de trabalho e saudosa da sua aldeia.

Vamos pois, dignificar aquilo que nunca nos sairá do pensamento, a aldeia onde aprendemos a ler e a escrever, onde espreitámos o primeiro ninho e vimos os passarinhos nascidos, de bico aberto, esperando alimento dos pais.

Se esta for uma real preocupação da União Europeia, assim poderá ser por toda esta terra de civilização cristã. E, por essa razão, nas nossas aldeias poderíamos dar guarida e apoio a gente em desespero como são atualmente as crianças, idosos e adultos haitianos, ou outras mesmo nossas. Amanhã poderá ser a nossa vez, a vida só tem razão de ser, quando todos tivermos de mãos estendidas e sorriso aberto, para aqueles que estiverem em desespero. Também para comungar os momentos bons e felizes da vida em vizinhança, na quietude da nossa aldeia.

 

publicado por luzdequeijas às 18:01
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Sexta-feira, 14 de Junho de 2013

ESPERAMOS A VLN DESDE 2004

A VLN, E O IOMAF

Sexta-feira, 9 de Maio de 2008

 

Tudo isto a propósito da Via Longitudinal Norte, há mais de 10 anos anunciada e sistematicamente adiada. Em boa verdade, anda ali pelos lados da Outurela, aquilo que foi designado pelo 1.º sublanço da Via Longitudinal Norte, e mesmo assim, por iniciativa da CMO. O 2.º sublanço era para chegar a Queijas em 2004!

O monstro, que a partir do ano 2000 se tornou desmedidamente grande, ao abrigo de um consumismo incentivado como panaceia para o crescimento económico, provocou no poder central e local uma magreza assustadora, na sua capacidade de realização de obras estruturantes!

Parece lógico que as prioridades de execução do poder central se articulem em paralelo com as do poder local. Na verdade, elas quando falham, afectam sempre vários projectos em curso não só de um, mas de vários concelhos!

Neste caso, a não execução da VLN afectou principalmente os concelhos de Oeiras, Cascais e Sintra. No caso de Oeiras, afectou durante vários anos, em especial, a boa funcionalidade do principal polo do desenvolvimento estratégico de Oeiras, o Taguspark.

Lamentavelmente, muitas sequelas continuaram, originadas pela ausência da VLN. A realização desta via teria ainda permitido um melhor aproveitamento do aeródromo de Tires e o descongestionamento da A5 e IC19.

Mais do que necessária, acho indispensável essa infra-estrutura. A grande força de desenvolvimento destes concelhos foi a A5 ter chegado a Cascais. Agora, um novo impulso seria uma via que permitisse fazer a ligação entre os concelhos de Cascais e Oeiras, pelo seu interior. Temos que afastar as pessoas de se deslocarem no seu transporte individual, e junto ao mar temos já uma linha de comboio, mas é preciso que as freguesias de Porto Salvo, Barcarena, Queijas e Carnaxide, sejam servidas pelo mesmo meio de transporte. Muitas urbanizações no concelho de Oeiras e noutros, fizeram-se a contar com as acessibilidades disponibilizadas por esta via VLN e hoje, na sua falta, ficou um trânsito caótico, nomeadamente ao princípio e final dos dias de trabalho.

Dentro das povoações é uma verdadeira balbúrdia, como seja por exemplo, o caso da vila de Queijas.  O congestionamento do IC19 levou ao atravessamento deste tráfego em Queijas, entre esta via e a A5, ora num sentido, ora noutro. A obrigatoriedade de pagamento de portagens na CREL, fez com que muitos condutores a ignorassem e, em Queijas, invadissem esta vila para, através da Estrada Militar, atingirem o IC19 ou a A5 sem pagarem portagens. Estes, serão os constrangimentos externos no caótico trânsito dentro desta vila, aos quais serão de somar outros internos. Queijas e Porto Salvo há mais de 50 anos, foram escolhidas como localidades para albergarem um projeto de auto-construção, destinado a pessoas de baixos recursos financeiros. Esta foi uma medida eleitoral populista do Estado Novo, dos anos 60, de curta duração e contemplou pouco mais de cem famílias. Depois do acto eleitoral, acabou!

Todavia, a estreiteza de conceito urbanístico, fez nascer ruas e passeios de largura muito reduzida. Com o decorrer dos anos, vieram outros projectos sociais como cooperativas, atiradas para o lado nascente de Queijas e, sem outras acessibilidades que não fossem as estreitas ruas de Queijas.

Já nos tempos em que se falava da Via Longitudinal Norte outras urbanizações foram aprovadas  (encosta de Linda-a-Pastora) no pressuposto das acessibilidades desta infra-estrutura que serviria de circular á parte nascente de Queijas com duas rotundas, uma próximo da Senhora da Rocha e outra mais a norte.

Com o passar dos anos e o esquecimento da realização desta obra (VLC), muitas centenas de moradores são obrigados, diariamente, ao atravessamento de Queijas pelas suas ruas estreitas. sem condições de circulação rodoviária normal.

As acessibilidades funcionais de Queijas e de outras localidades dos três concelhos envolventes, ficaram feridas de morte.” Ad Eternum”! 

publicado por luzdequeijas às 20:06
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FOI INAUGURADA A VLN MIRAFLORES

IOMAF - MIRAFLORES

Quarta-feira, 26 de Agosto de 2009

 

Autarquia inaugura Via Longitudinal Norte

 

A Câmara Municipal de Oeiras vai inaugurar a Via Longitudinal Norte, que faz a ligação entre Miraflores (Algés) e Outurela (Carnaxide).
A cerimónia terá início com o descerramento da placa toponímica Avenida Cáceres Monteiro – Jornalista (1948 – 2005), um arruamento, com início na Rua Afonso Praça e fim na Rua Miguel Serrano, que está localizado em Miraflores, freguesia de Algés, local onde este munícipe residiu, desde 1971 e até à sua morte.
A nova ligação VLN-Miraflores permitirá, segundo a autarquia, “um reequilíbrio dos fluxos de tráfego cuja origem ou destino sejam Carnaxide / Outurela e Portela, Algés / Miraflores ou Linda-a-Velha, aliviando o trânsito no nó da A5 de Carnaxide / Linda-a-Velha e também nos acessos da CRIL a Miraflores, permitindo alcançar uma melhor acessibilidade a estas zonas”.
A criação desta via – cuja construção e ligação aos sistemas viários associados custou 10 milhões de euros – tem por objectivo “resolver alguns problemas de acessibilidade e de mobilidade verificados naquela zona do concelho de Oeiras”.
Foi a “determinação de promover a melhoria da circulação automóvel” que levou o Município a intervir na rede estruturante de Oeiras, “através da construção de uma via longitudinal a Norte da A5, a VLN”.

Publicada por Joana Lopes às 20:04

 

publicado por luzdequeijas às 20:01
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O MOINHO VELHO e o MARCO GEODÉSICO

O moinho velho é avistado de todas as proximidades e o marco geodésico, instalado no seu interior, significa que é o ponto mais alto da freguesia. Não será caso único, mas aquele moinho tão arruinado, há muitas dezenas de anos que se conserva assim. Esta vila e antigo lugarejo, era terra de semeaduras de sequeiro e cultivo cerealífero. Terra de agricultores da sua própria terra.

 

O solo era seco e de pouca profundidade, no qual abundavam pedras sem conta, à vista, e grandes pedregulhos negros também a pouca profundidade.

Nos anos de industrialização do concelho, Queijas foi abrigo de um projecto de auto-construção e com ele tudo começou a ser diferente. Os terrenos de semeadura começaram a ser vendidos para construção.

Árvores só existiam meia dúzia numa velha quinta, rodeada por um alto muro. O resto era descampado a perder de vista, com excepção de espaçadas áreas silvestres que incluíam um conjunto de sistemas arbustivos, de formação próxima do carrascal e estevas, com elevado interesse ecológico, muito mato e revestimento herbáceo.

Este era um ecossistema apropriado para uma fauna diversificada mas preferida dos caçadores. Coelhos bravos, codornizes e perdizes sem conta, eram vistos a esconderem-se nas muitas e cerradas moitas, mesmo à luz do dia.

Conta a sabedoria popular que o rei D. Miguel, também devoto da Senhora da Rocha, por aqui se entretinha neste passatempo cinegético, o que dá justificação à existência da Casa de D. Miguel, seu pavilhão de caça.

Também justifica a existência, ainda hoje, de uma pequena reserva de caça na freguesia de Queijas, no prolongamento da reserva de caça da Serra de Carnaxide.

Os primeiros habitantes da parte nova de Queijas bem se lembram dos milhares de pintassilgos que, mesmo no centro da povoação, comiam sem cessar as sementes dos inúmeros cardos secos. Bem se lembram de nas cálidas noites de Maio verem centenas de pirilampos ziguezagueando no ar, mesmo à volta das suas casas. Amantes da paz e sossego sentiram o ruído e desapareceram para sempre.

Bem se lembram de no começo das obras da cooperativa aparecerem nos seus quintais ouriços, doninhas e outras espécies do género, a procurarem abrigo, fugindo do roncar ensurdecedor das máquinas a desbravarem os seus lares subterrâneos, nas moitas silvestres.

A questão ambiental é hoje encarada como factor central do desenvolvimento sustentável duma terra ou de uma região ou país e como contributo decisivo para a qualidade de vida das suas populações.

Voltando ao moinho do marco geodésico de referir ser ele e as terras envolventes, ao que supomos, propriedade camarária e ter havido até há pouco tempo nessas terras uma gigantesca antena de telemóveis. Felizmente, houve o bem senso de a retirarem, talvez por estar mesmo junto da escola Secundária Noronha Feio e por pressão da comunidade escolar.

Esta última parcela com as características do que foi esta região, hoje em estado degradado, possui condições de excelência pela biodiversidade ambiental, que se devem traduzir em factores de atractividade e em vantagens de toda a ordem, a maior das quais de ordem cultural.

Depois de termos perdido tanta coisa deste nosso ecossistema, parece justo manter nesta área, salvo melhor opinião, um santuário ecológico que nos ligue ao passado mas que possa ser igualmente uma porta pela qual possamos melhor visionar o futuro, que não pode deixar de passar pela defesa do meio ambiente que recebemos como legado.

Naturalmente que é fácil imaginar aquele espaço cimeiro e geodésico, encostado a uma escola secundária e rodeado de perto por várias outras comunidades escolares e habitações, cercado por um muro alto e rústico, adequado ao estado do velho moinho, a conservar como está.

Seria um pequeno território protector de uma fauna e flora, em risco de desaparecerem totalmente. Também é fácil imaginar as espécies autóctones a proteger, numa coabitação que já tiveram por milhares de anos, desta vez num espaço fechado mas real. É um trabalho para gente altamente especializada. Passará por uma identificação dos valores naturais da área no que respeita às comunidades vegetais e à fauna, em função da sua importância. Mas é um desafio aliciante e exemplar e eficaz na proteção da natureza como existiu durante longos anos.

Será naturalmente de manter nesse espaço eleito, uma vida silvestre controlada, correspondente a padrões de uso onde a intervenção humana é nula ou muitíssimo reduzida.

 

publicado por luzdequeijas às 11:42
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Quinta-feira, 13 de Junho de 2013

PERDIDOS NUMA ALDEIA GLOBAL

"Muito universo,

muito espaço sideral,

mas o mundo,

é mesmo,

uma aldeia."

 

José Saramago

 

 

publicado por luzdequeijas às 21:33
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NOMES GRANDES DO SANTUÁRIO DA ROCHA

Nomes grandes do Santuário

 

O Pie Francisco dos Santos Costa elegeu como os maiores nomes deste Santuário da Rocha, três nomes que a seguir vão indicados, porém, certamente por natural modéstia, omitiu o seu próprio nome.

De tudo aquilo que li e investiguei, o Padre Santos Costa foi certamente das pessoas que mais lutou pelo progresso deste Santuário, só que não o terá feito de uma forma restrita, mas sim com uma visão global do concelho, da freguesia e por fim, também, de um Santuário da Rocha inserido num tecido social pobre que o fez erguer a voz e afastar as muitas tentativas de apagamento que foram tentadas pelas forças radicais e agnósticas que então despontavam de uma forma absolutamente explosiva.

    

Tomas Ribeiro

 

De seu nome completo Tomás António Ribeiro Ferreira, natural de Parada de GONTA, concelho de Tondela, nasceu a 1 de Julho de 1831, filho de pais lavradores. Licenciado em Direito com distinção, aos vinte e quatro anos de idade inicia, na sua própria terra, a carreira de advogado. Não tarda em ser Administrador do concelho e em 1862 é eleito deputado pelo círculo de Tondela.    

 Seguem - se outras nomeações como governador civil de Bragança e Porto, presidente da Junta de Crédito Publico, vogal do Tribunal de Contas, ministro de Estado para a Marinha e interinamente para a Justiça e ainda sobraçou a pasta do Ministério do Reino, hoje Ministério do Interior, bem como Par do Reino e Ministro das Obras Publicas, numa época bastante difícil.

Serviu também a Pátria como secretário - geral da Índia e como ministro plenipotenciário no Brasil.   

No campo da cultura foi dos homens de letras mais notáveis do seu tempo em Portugal.

Fundador de vários jornais e autor de várias peças teatrais foi ainda historiador e critico com trabalhos de mérito firmado.

Foi, todavia, no campo da poesia que deu largas ao seu temperamento artístico, escrevendo; o excelente poema D. Jaime em (1862), com nove edições, Delfina do Mal (poema), Mensageiro de Fez (poema sobre a Rocha), A Mãe do Enjeitado (drama), Sons que passam (versos), Do Tejo ao MANDOVY (prosa), Entre Palmeiras (prosa), Jornadas (prosa), A Indiana (peça em verso), Vésperas (versos), História da Legislação Liberal Portuguesa, Dissonâncias (versos), A Patrícia, A Carta d' Alforria, Sr. Não (sátiras), D. Miguel, a sua Realeza e o seu Empréstimo OUTREGUIN JANGE (história).

Tomás Ribeiro habitou a conhecida "Casa Branca", em Carnaxide, desde 1882, onde recebia a visita dos seus amigos, incluindo do próprio Rei D. Luís.

Foi um amante de tudo o que se relaciona com a Rocha, sendo ele próprio que nos diz no prólogo do seu prometo A Rocha (em 1898), três anos antes de morrer:

 

" A Rocha vive entre os meus amores. Esta devoção que se esconde aqui no fundo desta concha florida e esmaltada, na sua ermida singela e carinhosa com a sua fonte cristalina, a sua gruta misteriosa, o seu rio murmuro e transparente, o seu jardim que ajudei a cultivar, onde tantas vezes passeei, longe do bulício das multidões, conversando com o jardineiro e com as flores, sondando os segredos daquele morto guardado pela Imagem da Virgem - Mãe, longe d' olhos que me não espreitassem rindo, levo eu no coração. À Senhora da Rocha consagro estes versos. (.....)

 

Durante dezassete anos (desde 1884), esteve empossado como 2.º Juiz da Irmandade da Rocha, exercendo o seu cargo com profunda paixão e competência, conseguindo resolver muitos problemas ligados ao Sítio da Rocha, fazendo deste período o mais esplendoroso da história da Aparição da Imagem de Nossa Senhora, até que aos setenta anos de idade morreu aquela que foi a figura mais influente na vida do Santuário da Rocha.

 

O REVERENDO Capelão Comendador José Gonçalves Ferreira

 

É, sem dúvida, a segunda grande figura do Santuário da Rocha. Nasceu em Lisboa, a 5 de Dezembro de 1869, tendo celebrado a sua Missa Nova em Julho de 1893, depois de concluir o curso de teologia. Depois de algum tempo de vida sacerdotal, adoece gravemente de forma prolongada e tem que se submeter a rigoroso tratamento.

Aconselhado a procurar bons ares e boa água, toma conhecimento da procura de um capelão para o Santuário da Rocha, tendo-se candidatado.

Aceite a sua candidatura, toma posse em Abril de 1908 como capelão, lugar que irá ocupar até morrer em Fevereiro de 1959.

Poucos dias após a sua chegada à Rocha, deu-se o terrível regicídio que abalou todo o país, mais ainda a vida religiosa que irá passar tempos difíceis.

Sobre a sua nobreza de carácter e devotado desempenho, existem numerosos testemunhos, sendo esses mesmos 51 anos de actividade ininterrupta a razão da escolha que aqui fica com absoluto merecimento.

Na sua longa permanência no Santuário da Rocha, viveu horas de justo reconhecimento mas também muitas outras, em que teve de suportar grandes injustiças. Apenas com três anos de capelão, em Abril de 1911, a vigente República nomeia uma comissão administrativa para a Irmandade da Rocha, composta de cinco cidadãos seus apaniguados e, parece muito pouco letrados.

Na ata de Junho de 1911, podia-se ver exarado no livro respectivo, com má caligrafia: " ação de regozijo pelas MILHORAS do eminente estadista Dr. Afonso Costa" (SIC).

Relativamente às muitas dificuldades suportadas pelo capelão José Ferreira Gonçalves, valerá a pena citar da página 60 da 3.ª edição da Narrativa Histórica de H. Ramos, que por vários motivos ficou sem publicação:

 

 " São tão expressivos os vexames que sofreu nos momentos difíceis e críticos, quando a comissão revolucionária tomou posse da capela, pela revolução de 1910. Não recuou, não pactuou, mas não a abandonou; conservou-se junto deles e dela para a não perder na voragem destruidora da época. Não aceitou a pensão, embora não fosse um favor mas um direito adquirido pela sua qualidade de tesoureiro vitalício da paróquia e outros cargos que então exercia. Não a aceitando, foi tido como inimigo declarado das instituições políticas, " sendo" na sua odisseia pelo ódio criado contra a religião, até ao registo antropométrico, como criminoso comum. (.)

 

Na mesma fonte podemos ainda ver a páginas 76 e seguintes o seu testamento:

 

"Chegando próximo à idade de 77 anos e quase 40 de serviço do Santuário, dou infinitas graças a Deus em me delongar a vida até ao presente. Morro em pobreza voluntária e alegre.” (. )

 

Assim se despedia da vida a segunda maior figura na edificação e consolidação do prestígio do Santuário Mariano da Rocha.

 

Frei Cláudio da Conceição

 

Foi um homem bom e padre franciscano da Província de Santa Maria da Arrábida, que na opinião do Pie Santos Costa merece ser considerado a terceira maior figura ligada ao Santuário da Rocha.

Nasceu em Abril de 1772, entrando jovem para o convento da Arrábida é em 1823 nomeado cronista-mor do Reino por D. João VI.

Com o aparecimento das ideias constitucionalistas em Portugal, por volta de 1833, foi demitido deste cargo e pela lei promulgada em 1834, assinada por Joaquim António de Aguiar (mata - frades), os religiosos são expulsos, vendo-se Frei Cláudio da Conceição na inatividade, embora por pouco tempo, pois iria morrer em 1840.

Deixou grande prestígio como pregador e escritor, tendo ficado publicados muitos trabalhos, avultando entre eles o famoso Gabinete Histórico com 17 volumes, editados entre 1818 e 1831, no qual estão registados os mais importantes factos da Monarquia desde o seu aparecimento até quase ao final do reinado de D. José (1775).

Desempenhou também como sacerdote - teólogo as funções de Definidor e Examinador Sinodal do Patriarcal de Lisboa e ainda de Pregador Régio.

Sobre a Rocha deixou-nos Memória duma Lapa (1822), Memória Segunda, onde relata a chegada da Imagem à Sé Patriarcal, incluída no tomo IX do seu Gabinete Histórico atrás referido e ainda a extensa Novena Milagrosa da Imagem de Nossa Senhora da Conceição (1825).

publicado por luzdequeijas às 21:19
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OS HABITANTES DE QUEIJAS

QUE SE INTEGREM NA SUA NOVA FREGUESIA

 

 A freguesia de Carnaxide - QUEIJAS

 

Todo o trabalho que mais à frente se apresenta sobre a ex- Freguesia de Queijas reporta-se à vida económica, social e política no território que lhe foi atribuído, embora, desde as mais remotas origens até ao final do ano de 2001 (limite temporal deste trabalho) tenha pertencido a vários concelhos e praticamente sempre à freguesia de Carnaxide. Haverá responsáveis pela perda da nossa FREGUESIA, quem quiser que os encontre. Àqueles que se esforçaram muito por conquistá-la e desenvolvê-la, para esses nunca houve uma palavra de agradeciomento ou reconhecimento!

Assim, durante centenas de anos tivemos que situar-nos como pertencentes a uma das freguesias mais antigas de Portugal, com sede na antiquíssima povoação de Carnaxide, cuja origem do nome e data do seu aparecimento, apesar de muitos estudos efetuados, não foi possível chegar a conclusões absolutas. Hoje regressamos a essa realidade antiga!

Um dos maiores vultos desta região, que foi Tomás Ribeiro, refere no seu trabalho poético Mensageiro de Fez, e na sua parte terceira:

 

“E consta que d´ algemas e cadeias

O vencedor humano (CID )

Livrando a gentil moura conduzira

A casa onde pousava: a KARA - a - CID (Carnaxide)

E pouco mais transpira".

 

Esta é uma referência a uma bela jovem moura, KARA - a - CID, que estaria na origem do nome Carnaxide.

Outras fontes apontam como etimologia para o nome desta terra, evolutivamente CARNECHIDE, CARNEXIDE e Carnaxide, a palavra CARNAXADE que significa em árabe ponta de ovelha.

Não será pois de estranhar que se possa supor ter a povoação de Carnaxide origens árabes, remontando à sua antiga dominação do território peninsular.

Sabe-se já com segurança que esta povoação e a sua freguesia, começaram por pertencer ao concelho de Lisboa e posteriormente ao de Cascais, tendo finalmente passado a pertencer ao concelho de Oeiras quando por influência de Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro Marquês de Pombal, D. José criou este concelho em 26 de Abril de 1760.

 

A 26 de Setembro de 1895 o Concelho de Oeiras foi, como já vimos, extinto por decreto do ministro João Franco, então ministro do Reino do Governo Regenerador, procedendo-se a uma nova ordenação político administrativa para o distrito de Lisboa.
A freguesia de Carnaxide passa então a pertencer ao Concelho de Cascais,

acabando definitivamente por ficar enquadrada no concelho oeirense após a sua restauração decretada em 13 de Janeiro de 1898.

A Freguesia de Carnaxide, caracterizou-se ao longo dos tempos pela fertilidade das suas terras e pela abundância de água de boa qualidade, contribuindo para tal as ribeiras do Jamor e de Algés e bem assim os enormes lençóis freáticos do seu subsolo.

Está situada a meia dúzia de quilómetros, tanto de Lisboa como de Oeiras, e apresenta-se recheada de pequenos montes e aprazíveis vales.

Historicamente é dado adquirido ter sido a Freguesia de Carnaxide a primeira grande freguesia suburbana e a terceira instituída, ainda no tempo de D. Afonso Henriques.

A primeira foi a freguesia da Sé, seguida da dos Mártires. Foi desta freguesia que foram desanexadas as áreas de Beira-mar até ao Lumiar e Campo Grande para ser formada a freguesia de Carnaxide com sede na ermida de Santa Catarina de Ribamar, que ficou celebrizada como um centro de irradiação religiosa.

 

Sem qualquer dúvida, a freguesia de Carnaxide já existia no ano de 1171, criada pelo nosso primeiro rei, que veio a falecer no ano de 1185, depois da sua conquista da cidade de Santarém.

A terra conhecida por Carnaxide, será ainda mais antiga que a freguesia de seu nome, sendo conhecida e respeitada em todo o reino de Portugal.   

A freguesia de Carnaxide foi em tempos uma região essencialmente pastoril, tendo caminhado aos poucos para uma actividade notoriamente agrícola.

Terá sido por este facto que os cristãos escolheram para ORAGO desta freguesia S. Romão, considerado como um pai para os lavradores, por ter livrado os povos do arcebispado de Ruão, em França, de uma grande inundação do rio Loire e da constante preocupação e medo, que uma alimária muito feroz, aparecida naquelas terras, metia às pessoas e animais.

 

Em 1662 era tão notório e confrangedor o estado de ruína a que chegara a primeira ermida - paroquial de Carnaxide, que por acordo geral foi decidida a sua demolição e fazer erguer noutro local uma outra, mais moderna e adaptada à crescente população de Carnaxide.

A sua construção foi iniciada em 1676, para em 1683 estar concluído o seu corpo principal. 

Da antiga ermida foi trazido o seu relógio de sol datado de 1588, para ser colocado no frontispício da torre - poente, construída em 1688.

A sacristia julga-se datada de 1694, ficando deste modo concluído quase definitivamente o templo erguido a S. Romão, à volta do qual se foram concentrando as novas habitações, que tanto fizeram crescer a povoação de Carnaxide.

 

Entretanto, o terrível terramoto de 1755, provocou tremendos danos nesta freguesia, atrasando-a de forma assaz visível.

Anos depois (1833) foi a temível epidemia de cólera e febre-amarela a lançar por estes lados a morte, o sofrimento e o desânimo entre as gentes locais e seus vizinhos.

Foram longos dias de choro, luto e desespero.

O terrível flagelo leva desta vida ruas inteiras, deixando a freguesia pejada de orfandade e viuvez.

Não há braços que cheguem para sepultar tanta gente.

Os outrora belos pomares estavam devastados, as casas abandonadas e os homens sem trabalho.

As invasões napoleónicas, também aqui trouxeram o atraso e o desespero.

Os roubos e as pilhagens dos franceses nos anos de 1808, 1809 e 1810, lançaram o caos entre esta boa gente. Do pouco que se salvou podemos apontar as valiosas alfaias e pratas da paroquial de São Romão.    

Vários motivos, sendo os mais fortes de natureza económica, fizeram com que decorressem os séculos XVIII e XIX para só em Maio de 1970 ter chegado definitivamente a conclusão, com o acabamento da torre - nascente, da tão desejada paroquial de S. Romão.

 

As gentes que sobreviveram às calamidades, com muita coragem e denodo, refizeram como lhes foi possível, a vida da sua terra e freguesia.

A tudo isto ajudou de forma muito notória, moral e materialmente, o aparecimento da imagem de Nossa Senhora da Rocha.

Carnaxide na sua longa existência, sempre assumiu enorme preponderância a nível nacional, mas até ao século XVII não terá tido mais que duas dezenas de casas habitadas por pessoas que se dedicavam por inteiro ao amanho das terras férteis da região, que iam aumentando com o precioso auxílio dos muitos rebanhos, ao desbravarem o mato na procura de alimento.

Também a edificação da sua nova paroquial imprimiu à freguesia de Carnaxide algum surto de progresso mas as próximas décadas e, até ao final do século XVII, tal desenvolvimento caracteriza-se essencialmente por uma atividade agrícola, com grandes quintas e pomares, produzindo em abundância e evidenciando a freguesia um aspecto de enorme beleza natural.

 

Depois das calamidades referidas e outros tempos maus em vários aspetos, esta gente soube de facto unir-se e dar de novo a esta freguesia, nas derradeiras décadas de mil e oitocentos, um ar de paragens aprazíveis e de terras muito cobiçadas em pleno desenvolvimento.

Tudo isto se ficou, em muito, a dever ás muitas famílias abastadas que aqui procuravam locais de descanso e bons ares.

As praias de Algés e Cruz Quebrada, passam a representar estâncias balneares de veraneio muito conceituadas.

As famílias de dinheiro adquirem as quintas mais conhecidas como do MORVAL, da Graça, da Igreja, de S. Domingos, do BALTEIRO, da Senhora da Conceição, entre outras, para suas residências de férias.

Alguns homens públicos e políticos também aqui instalam as suas casas de campo.

Até à última década do século XIX, a freguesia de Carnaxide, apesar de tudo que lhe foi desfavorável, ainda foi apresentando algum progresso, não sendo de menosprezar a ajuda neste campo, que a inauguração do Santuário da Senhora da Rocha lhe veio trazer.

 

Todavia, estavam perto os tempos mais difíceis, aqueles em que se deu o cruel assassínio do Rei D. Carlos I e do príncipe Luís Filipe, seu filho e normal sucessor, na manhã trágica de 1908, nas condições mais que diabólicas e que são bem conhecidas da história de Portugal.

A este acontecimento seguiu-se-lhe a proclamação da Republica e a esta, um surto de instabilidade e lutas sangrentas, que atiraram o país para um período de estagnação como até aqui não havia conhecido.

Apesar de em 1926 o país ter entrado em plena ditadura militar e depois no chamado regime do Estado Novo, a verdade é que pouco ou nenhum progresso se deu até meados do século XX.

Neste período a própria sede da freguesia deixa Carnaxide para se instalar em Algés, juntamente com o pároco e a respectiva actividade paroquial.

Por alturas dos anos sessenta do século XX, a maioria das habitações da freguesia não dispunha de esgotos ou água canalizada, a iluminação pública era muito deficiente, ou inexistente, as rodovias da freguesia estavam em péssimo estado e o abastecimento público praticamente não existia e, o que havia, era feito na rua num verdadeiro atentado à saúde pública.

O ensino público ficava-se por uma secção liceal feminina em Algés, e uma secção da Escola Técnica em Miraflores.

Quanto a assistência médica e medicamentosa, o panorama não era melhor, pois só em Algés existia e de forma bem deficiente.

 

Posteriormente, assiste-se ao início de um período caracterizado pela concentração das actividades económicas e mercado de trabalho na grande Lisboa, e o consequente abandono da população da província a caminho da capital, na procura de trabalho.

 

Em consequência disto, esta época caracterizou-se pela expansão demográfica do concelho que teve como principais repercussões, um aumento na procura de habitação e consequentemente um crescimento do ritmo de construção de novas zonas habitacionais e respetivas áreas para equipamentos e infraestruturas. O ritmo a que se processou toda a expansão demográfica e consequente pressão sobre o espaço ainda disponível para construção, sobretudo nos anos da década de 1960-70, traduziu-se no apelo à construção maciça em detrimento da construção de equipamentos, originando deficientes infraestruturas, degradação do património construído, paisagístico e ambiental. Em situações, onde a oferta de habitação não se adequa à procura a preços ajustados, assiste-se à implantação de núcleos clandestinos ou bairros de barracas.

Toda a área desta freguesia mais parecia ter caído em profundo esquecimento das autoridades oficiais responsáveis, se não fossem vários empreendimentos industriais a fixarem-se nesta região.

Foi porém esta industrialização a qualquer preço e com a construção civil que assentava arraiais, que despontaram na freguesia de Carnaxide.

 

Entre as várias urbanizações em marcha, a maior foi baptizada por Miraflores e nasceu no vale de Algés por volta dos anos sessenta, do século passado.

Em Carnaxide, para os lados do cemitério municipal e, nas traseiras da conhecida Casa de Saúde, duas empresas de construção, SOLÁTIA e URBACO, fazem em cada dia aparecer mais e mais prédios de oito a doze andares, em pleno contraste com as antigas e modestas moradias desta terra.

Também para os lados de Linda – a - Velha, na JUNÇA e nos arredores da mata do Estádio Nacional, é possível ver as máquinas em constante movimento na edificação de prédios e moradias.   

Num planalto do lado poente de Carnaxide, conhecido há séculos pelo nome de Queijas, sempre com meia dúzia de casas velhas amontoadas à volta de um característico casarão cuja tradição refere como casa de veraneio de D. Miguel, já se podiam ver centenas de habitações construídas ao abrigo da chamada auto - construção, com a finalidade de albergarem gente de menos recursos.

 

Toda esta região que foi conhecida como área pastoril e mais tarde como área agrícola, cheia de pomares e quintas, aparece de repente transformada num grande dormitório da capital.

Como já se disse, em situações onde a oferta de habitação não se adequa à procura a preços ajustados, assiste-se também à implantação de núcleos de construção clandestina, ou bairros de barracas.

Assim e infelizmente, à volta de todo este crescimento habitacional, enxameiam em todo o concelho, especialmente na área desta freguesia de Carnaxide, os chamados bairros degradados das «Santas - Martas», vale de Algés, Algés de Cima, Altos dos BARRONHOS e do Montijo, estrada do BALTEIRO, Senhora da Rocha e Gandarela, detrás dos Verdes, Pombais, RIGUEIRA de Queijas, Forte de Caxias, alto dos AGUDINHOS, Suave Milagre, Eira Velha, Rádio da Marinha, etc.

Trata-se pois, de muita gente que veio da província à procura de trabalho na capital e seus arredores. Muitos do Alentejo.

São milhares de modestos trabalhadores, que na maioria pagam rendas mensais pelos terrenos que ocupam com as suas barracas.

São milhares e milhares de braços ocupados na produção industrial, que habitam numa terra que ainda há pouco vivia do amanho agrícola, que hoje ninguém quer fazer, ou fazem para subsistência própria em terrenos baldios.

Trabalham nas imensas obras, mas também nas muitas industrias que na freguesia ou nos seus limites se foram fixando, tais como: Fábrica Portuguesa de Fermentos Holandeses, Lda. Sociedade Portuguesa de Fibrocimento, SARL; TEXTILGER da Cruz Quebrada; Baterias TUDOR; A LUMINANTE; A COMATRIL; Confeitaria Nortenha, Lda. Fábrica leão de Xaropes e Licores; Fábrica das Chaves de Algés, Lda. ATLAS COPCO, FANTA, TOFA; CIREL ; Fábrica dos Parafusos (Tornearia de Metais); Cabos Ávila; VIMECA; KODAK Portuguesa; GEVAERT; Fábrica de Baterias ARGA; Philips Portuguesa; etc.

Existem ainda muitas centenas de unidades de produção de média ou pequena dimensão que dão emprego a muita gente que veio à procura de emprego até esta freguesia, mesmo com salários muito baixos e se fixaram em habitação degradada neste local.

Embora ainda vão subsistindo belas quintas e hortas, a freguesia de Carnaxide é a partir desta época uma área fortemente industrializada e urbanisticamente desordenada.

 

A chamada democracia haveria de aparecer com o 25 de Abril de 1974, porém, também ela envolta num período inicial de grande instabilidade e falta de autoridade de Estado.

Com o aparecimento dos partidos algo terá mudado para melhor, mas o país estava mergulhado em tremenda crise económica.

A descolonização trouxe de volta à pátria - mãe muitos milhares de portugueses, a grande maioria, em muito precárias condições económicas e morais.

Muitos fixaram-se por estas terras onde havia boa oferta de habitações para venda ou aluguer.

Daquelas terras que falam português, vieram também milhares de naturais das antigas colónias, agravando sobremaneira as péssimas condições de vida dos bairros degradados, já existentes, onde se foram alojar. 

No país, a ordem voltou a ser cada vez mais de apertar o cinto, apesar de não serem visíveis progressos no crescimento de Portugal e, a própria democracia, talvez por ser mal orientada ou respeitada no seu ideal, coloca-nos ou mantém-nos na cauda dos países da Europa.

 

A Freguesia de Carnaxide chega assim a meados do século XX com uma área de 16 quilómetros quadrados, enquanto o seu concelho de Oeiras detém somente 63.

Abrange uma área limitada a sul pelo rio Tejo, na margem direita, de Pedrouços à Boa Viagem, daqui até ao Forte de Caxias e Estrada Militar até à Ribeira do JAMOR que contorna até uma antiga azinhaga que vai passar ao lado do cemitério da Amadora e fecha na Estrada de Sintra; pelo norte, Estrada de Sintra desde os Quatro caminhos até à autoestrada de Lisboa - Cascais e por nascente com os bairros de Pedrouços e Restelo, da freguesia de Santa Maria de Belém.

Abrange ainda os seguintes lugares: Carnaxide (1278 habitantes); OUTORELA, Portela, Alto do Montijo e BARRONHOS (1382 habitantes); Linda-a-Velha (7196 habitantes); Algés de Cima e de Baixo (20948 habitantes); Dafundo e Cruz Quebrada (8370 habitantes); Queijas e Linda – a - Pastora (1936 habitantes), num total de 10 lugares e 41160 habitantes.       

publicado por luzdequeijas às 21:03
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CONVÉM NÃO ESQUECER

Quinta-feira, 27 de Outubro de 2011

 

O MISTÉRIO DA RUA ESCURA

PODE ACONTECER-NOS (acontece às pessoas mais sérias!)

A rua ficava numa zona degradada e quase desabitada. Os candeeiros todos partidos escureciam ainda mais a noite sem luar. Os dois polícias da ronda tinham acompanhado o queixoso ao local onde ele dissera que fora o roubo. Mais tarde apresentaria a queixa oficialmente na esquadra.

Pelo caminho ele tinha apontado um culpado, um outro individuo que com eles se cruzara. Os quatro estavam na rua estreita e sinuosa

- Foi este o ladrão. Levou-me tudo; dinheiro, telemóvel e documentos.

Eu estava mais ou menos aqui, quando de repente senti uma arma nas costas e uma voz a dizer que não voltasse a cabeça. Mandou deitar-me no chão, com a cabeça para baixo, sem me deixar nunca olhar para trás. Tirou-me tudo. Depois mandou-me contar até 100. Só depois poderia levantar-me, senão dava-me um tiro. Eu obedeci. Não sabia se ele estava perto. Quando me levantei já ele tinha desaparecido.

Os polícias tiveram que segurar o acusado que pretendia agredir o declarante.

- Ele está maluco. Conheço-o de vista e pouco mais. Eu vinha dum bar quando passei por vocês e ele me apontou. Tenho a impressão que ainda não há muito tempo ele também lá estava.

Reiniciaram o movimento na rua, onde mal se distinguiam as janelas e as portas, algumas delas abertas dando acesso a prédios desocupados e em ruínas.

- Foi aqui. Se ele não tivesse arma eu dava cabo dele.

Perante a dúvida dos polícias questionando se o outro era mesmo o agressor, ele continuou.

- Não tenho dúvidas! É a mesma cara, o mesmo casaco verde-escuro e as mesmas calças castanhas. A arma deve estar perto, se é que ele ainda não a tem. Não teve tempo de ir longe, mas em algum local escondeu tudo o que me roubou. Se calhar passou a um cúmplice.

Iniciaram o movimento no sentido da saída da rua escura, cujo nome se adequava às características da artéria.

Quando saíram da rua os polícias conseguiram observar os rostos do queixoso e do acusado. Aparentavam ter idades próximas, entre os vinte e os trinta. Cabelos curtos, sem brincos nas orelhas nem outros adereços metálicos visíveis.

 

Neste momento interrompe-se a narração. Das quatro hipóteses que se seguem devem os leitores-detetives optar por uma e justificar de forma clara e breve a escolha daquela que, perante os dados expostos, parece descrever melhor o que pode ter sucedido.

A – O acusado cometeu o assalto e escondeu a arma e o produto do roubo.

B – O acusador está a mentir pois os factos dificilmente se passariam como ele descreve.

C – O acusado cometeu o roubo ajudado por um cúmplice.

D – O acusador foi assaltado mas o assaltante escondeu-se num dos prédios da rua.

Nota: De entre centenas de respostas foi escolhida como certeira a resposta B e como vencedor o Nuno pela precisão da sua tese (naquelas condições que havia na rua) não era possível descrever pormenores de acusação ao “queixoso”!.

 

CONVÉM SABER

Nos tempos que vão correndo há coisas que convém saber. De entre muitas delas convém evitar dizer que nunca serei arguido, pois, começa a ser usual os criminosos e delinquentes se esconderem por detrás de uma queixa para encobrirem as muitas ilegalidades que são capazes de fazer para atingirem algo que muito querem! Porquê? Umas vezes por estupidez ou ignorância e outras por mau carácter e outros interesses!

De qualquer modo convém saber o verdadeiro significado do “termo de identidade e residência”. Perante o trabalho de grupo necessário a uma investigação, é aconselhável que o ou os arguidos (não culpados), indiquem o local de contacto disponível, caso mudem temporariamente de morada. Simples formalidade, mas pelas mesmas razões (hoje muito mais), também os queixosos deveriam assumir o citado TIR e com isso, diminuiriam em muito as queixas em Portugal. Cada queixa sem fundamento deveria penalizar o queixoso com pesadas sanções. Longe vão os tempos em que o queixoso deveria merecer uma atenção especial dos investigadores, hoje não é bem assim…. Até julgamento em tribunal e condenação transitada em julgado, não há culpados, assim, mesmo com sentenças pesadas proferidas pelos tribunais, passam-se anos, com a apresentação sem fim de "queixas" e recursos, de recursos e "queixas" sem que as condenações sejam cumpridas, até prescreverem! Tudo isto acompanhado de um numeroso grupo de "oportunistas" a aplaudir de mão estendida!  ….Também, começam a aparecer repetidos casos de queixosos que "viram" arguidos e de arguidos que "viram" queixosos. Só é pena ser tudo tão lento..... 

 

Decreto-Lei nº 78/87 de 17-02-1987

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

PARTE I

LIVRO IV    - Das medidas de coacção e de garantia patrimonial

TÍTULO II  - Das medidas da coacção

CAPÍTULO I - Das medidas admissíveis

Artigo 196.º - (Termo de identidade e residência)

1 - Se, findo o primeiro interrogatório, o processo dever continuar, a autoridade judiciária sujeita o arguido, mesmo que este tenha sido já identificado nos termos do artigo 250.º, a termo de identidade e residência lavrado no processo.
2 - Se o arguido não dever ficar preso, do termo deve constar que àquele foi dado conhecimento da obrigação de comparecer perante a autoridade competente ou de se manter à disposição dela sempre que a lei o obrigar ou para tal for devidamente notificado, bem como da de não mudar de residência nem dela se ausentar por mais de cinco dias sem comunicar a nova residência ou o lugar onde possa ser encontrado.
3 - Se o arguido residir ou for residir para fora da comarca onde o processo corre, deve indicar pessoa que, residindo nesta, tome o encargo de receber as notificações que lhe devam ser feitas.

4 - A aplicação da medida referida neste artigo é sempre cumulável com qualquer outra das previstas no presente livro.

Início de Vigência: 01-01-1988




publicado por luzdequeijas às 20:53
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A MEMÓRIA QUE TEMOS

Somos a memória

que temos,

e a responsabilidade que assumimos,

Sem memória não existimos,

sem responsabilidade talvez não mereçamos existir,

 

José Saramago

publicado por luzdequeijas às 13:25
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Quarta-feira, 12 de Junho de 2013

A SENHORA DA ROCHA E OS MALHADOS

A Rocha teve uma Maria da Fonte

 

No meio de tanto fervor pela Senhora Aparecida, começa a correr o boato de ter sido ela a divina anunciadora da queda da Constituição, proclamada, mas aborrecida para muitos.

O rei D. João VI vivia atemorizado, tanto no paço real como na rua, e a grande maioria dos crentes desejavam acreditar em alguma coisa muito forte que travasse os jacobinos.

A ordem de mandar a Imagem Aparecida para a Sé de Lisboa, local onde deveriam ir prestar-lhe a sua devoção, provocou enorme revolta. Um número superior a mil pessoas juntaram-se no Sítio da Rocha. Homens e mulheres em armas, repeliam o Juiz de Oeiras, as forças da ordem e o Intendente da polícia.

Por nada queriam deixar partir a Santa e o povo propunha-se desafiar até o exército.

O general Sepúlveda, herói do movimento constitucional, é mandado acalmar os rebeldes em fúria.

Da Cruz Quebrada, resolveu seguir, sem o seu esquadrão e somente acompanhado do seu ajudante, o alferes marquês de Fronteira.

Apearam-se, então, no adro da igreja de Carnaxide, na qual estava guardada em recato a Imagem da Senhora.

O juiz de fora estava fortemente guardado por um contingente de infantaria, quando se começou a ouvir um coro de vaias. Eram as mulheres quem mais protestava e como o general as tentasse acalmar, levou duas bofetadas da mão forte de uma mulher indignada. O sangue escorria do nariz do homem que havia feito a revolta do Porto e foi no meio desta enorme confusão, que a custo, a Imagem iniciou a sua caminhada para a Sé de Lisboa.

 

A Senhora da Rocha e os «Malhados».

 

Os acontecimentos da Aparição da Imagenzinha na Rocha, coincidiam com o inicio das atividades liberais em Portugal. D. Miguel e as infantas, iam regularmente venerar a Imagem no altar onde fora colocada. Constava que os jacobinos, vendo na Imagem a política, ficavam encolerizados.

As visitas à Imagem, assim como as ofertas que lhe faziam, não paravam de aumentar, dando azo a vingança contra os constitucionais.

Os "vintistas" chamavam de «megera» à senhora rainha e haviam de entaipar com pedras e cal o local da Aparição, o que mais irritava os simples devotos.

Portugal vivia com alvoroço, as lutas entre os dois irmãos, D. Pedro e D. Miguel.

D. João VI iria morrer e os boatos propalavam que poderia ter sido envenenado, tudo isto agravado com a morte que se seguiu, do seu amigo e cirurgião, de nome Aguiar.

D. Miguel, foi mandado regressar do seu exílio em Viena de Áustria, para subir ao trono.

Este jovem rei ao fazer o caminho entre Queluz e Paço de Arcos, onde ia encontrar-se com uma bonita jovem, ficou debaixo do carro que o transportava, por se terem partido os eixos numa curva em Caxias.

Com tantas preces em seu auxílio, depressa ficaria bom da perna.

As mulas que o puxavam eram pretas e brancas e os seus amigos, logo acusaram os animais de liberalismo!

A partir daí, os amigos de D. Pedro IV, ficaram conhecidos pela alcunha dos malhados.

 

publicado por luzdequeijas às 23:14
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AS NOSSAS REFERÊNCIAS

 

Toda e qualquer pessoa, precisa de sentir, de uma forma bem definida, uma identidade pessoal relativamente à sua nacionalidade, família, local de habitação, emprego, clube de eleição, religião etc.

Tudo isto e muito mais coabita em nós próprios, formando um todo, a nossa identidade, dando a toda a gente, sem sombra de dúvida, uma grande consistência moral e comportamental. São as nossas referências que por regra, em grande parte, já nos vêm, em muito, dos nossos antepassados.

Muitas delas são-nos transmitidos de forma genética ou pelo convívio e educação escolar e familiar, mas todas podem, e devem, ser alimentadas e estimuladas, até combatidas.

No que concerne ao nosso local de habitação, venha ele do nascimento ou tenha sido eleito outro por nós mais tarde, tudo se passa da mesma forma.

No caso concreto que escolhi, a Freguesia de Queijas, ela ganhou identidade própria há meia dúzia de anos, logo, necessário se tornou ir mais longe em busca da verdadeira identidade das suas raízes.

Porque, de longa data, sempre pertencemos à antiga Freguesia de Carnaxide, velhinha de muitos séculos, se quisermos cavar bem fundo vamos encontrar as raízes que procuramos no nascimento da nossa própria nacionalidade. Pois é, não há exagero algum. Depois, relativamente ao nosso concelho, as referências são mais tardias, mas andam quase sempre pelo concelho de Oeiras.

Por todas estas fases passou este antiquíssimo Lugar de Queijas, e teve que ser assim, até chegarmos a Queijas Paróquia, Freguesia e Vila!

publicado por luzdequeijas às 23:10
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PROCESSO REVOLUCIONÁRIO

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA

 

Artigo 10.º (versão 1976)

 

1. A aliança entre o Movimento das Forças Armadas e os partidos e organizações democráticas assegura o desenvolvimento pacífico do processo revolucionário.

2. O desenvolvimento do processo revolucionário impõe, no plano económico, a apropriação coletiva dos principais meios de produção.

 

Sem palavras ..... SÓ FALTOU NACIONALIZAREM O ALMANAQUE BORDA D´ÀGUA!

publicado por luzdequeijas às 19:02
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ESTE NÃO È O MEU PAÍS!

Partidos sindicalizados versus sindicatos partidarizados

«Esta é uma greve geral para mudar de política, mudar de governo e
 
promover eleições antecipadas.»

Arménio Carlos anunciando a convocação de uma greve geral.

O sindicalismo mudou muito em Portugal. No meu tempo os sindicatos serviam para defender os direitos dos trabalhadores. Agora os sindicatos servem para fazerem de partidos políticos, como se não bastassem aqueles que já cá temos...

HSC
publicado por luzdequeijas às 18:31
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IMPORTANTE MELHORAR A EDUCAÇÃO

Decorar é preciso..... Diz Nuno Crato, Ministro da Educação

"Durante a entrevista conduzida pela jornalista Nathália Butti, o ministro da Educação defendeu que os alunos deverão "decorar a tabuada, o nome e localização de certos rios e cidades e as datas mais importantes no curso da História, ainda que elas não sejam precisas".

A fechar, o governante explica como pretende pôr Portugal a subir no ranking da OCDE: "As escolas portuguesas sempre se basearam em recomendações pedagógicas mais gerais e mais amplas do que propriamente em objetivos claros e organizados. Estou mexendo justamente aí. Ao sistematizar metas de aprendizagem ano a não, matéria a matéria, no detalhe".

E acrescentou: "Ter metas para a sala de aula é crucial para orientar não só os professores como também os próprios pais. Sim, porque, bem informados sobre os objetivos da escola, eles podem ir lá cobrar se um determinado conteúdo foi mal dado ou ficou para trás."

 

publicado por luzdequeijas às 18:17
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Terça-feira, 11 de Junho de 2013

SANEAMENTO DOS PARTIDOS

 

“Deve o Estado intervir no mau funcionamento interno dos partidos?” Não tenho a menor dúvida de que o mal da nossa democracia e do nosso sistema político reside muito nos partidos políticos que temos.

No seu interior talvez não haja quem tenha idoneidade moral ou interesse em remar no sentido, da sua total reformulação, pelo que ao contrário da opinião do próximo articulista, penso que o Tribunal Constitucional ou outro, deveria intervir, repondo a normalidade democrática dentro dos partidos.

 

Sem isso, nada a fazer.

 

Os “conselhos de jurisdição” e os “aparelhos” não passam de correias de transmissão de ignóbeis interesses.

 

“ Uma ideia perversa”

 

A ideia dos renovadores do PCP recorrerem para o Tribunal Constitucional das sanções de que foram alvo pode parecer, à primeira vista, um louvável exercício dos direitos democráticos que assistem a qualquer cidadão. Na verdade, os partidos políticos, e para mais aqueles que têm representação parlamentar e autárquica, são pilares da República e os seus direitos e deveres são regulados por lei.

Daqui decorre que os seus actos não podem, obviamente, ser discricionários, mas fundamentados em regras que não podem fugir aos preceitos constitucionalmente assentes como liberdades, direitos e garantias de cada cidadão.

Da mesma forma pensou, há tempos, o então deputado Daniel Campelo, depois de ter sido suspenso do PP pelo facto de ter votado favoravelmente o Orçamento de Estado proposto pelo Governo de Guterres. Porém, os dois recursos que apresentaram aos juizes do Constitucional não foram considerados, já que o tribunal optou por não se envolver em tão intrincados caminhos. Pois se é certo que um partido político tem uma importância insubstituível na democracia representativa, não deixa de, por outro lado, ser uma associação de indivíduos que comungam (ou deveriam comungar) de pensamentos e propostas de acção semelhantes.

Obviamente em cada partido – como em todas as organizações, sejam elas desportivas, empresariais ou recreativas – existe e existirá sempre uma tensão entre liberdade individual e o dever de lealdade em relação ao grupo. Uma das formas de fugir dessa tensão é uma pessoa proclamar, como Groucho Marx, que jamais entrará num clube que o aceite como sócio. (...) O modo como cada organização resolve esta tensão lealdade / liberdade acaba por definir e caracterizar o modo como funciona: com mais ou menos democracia e com mais ou menos coesão. Um excesso de liberdade acaba, obviamente, por minar a própria organização, ou tornar ridículas algumas situações (por exemplo, o caso de Mário Oliveira, que continua a apresentar-se como padre católico, apesar de, nas suas intervenções, estar sistematicamente contra as posições da hierarquia católica). Contrariamente, o excesso de lealdade mina o próprio indivíduo, descaracterizando-o. Como em tudo (ou quase tudo), o equilíbrio e o bom senso são a melhor via : conjugar um máximo de liberdade com um máximo de coesão interna. O problema está em saber se este equilíbrio deve ser imposto por um tribunal, ainda que pelo Tribunal Constitucional. Ora a ideia de ser um organismo do Estado a definir qual a liberdade individual desejável numa organização é, em última análise, perversa. Pelo que andou bem o TC em, digamos, «chutar para canto» o recurso de Daniel Campelo. Como o deve fazer, aliás, em relação ao recurso dos renovadores.       

A intromissão do Estado na vida das organizações da sociedade civil pode ser um precedente perigoso. Em boa verdade, ainda que se cometam injustiças (como as que incorreram com os renovadores), é preferível deixar as organizações definir os seus próprios critérios. Ao Estado, cabe, isso sim, assegurar a liberdade de associação e não impor a essas mesmas associações elementos que elas – ainda que por maus motivos – não desejam. “  

Expresso 10 Agosto 20 

 

É este um problema demasiado importante para, ao lê-lo, poder calar o que se pensoa em matéria tão delicada. Em primeiro lugar um partido político não pode ser comparado a uma organização cultural, desportiva, etc. Um partido existe e é pago pelo Estado. para dele saírem pessoas acima de qualquer suspeita moral e intelectual, que irão dirigir o País, a bem de toda a população. O problema levantado, não é só de lealdade / liberdade individual! É muito mais lato.

Retirar ao Estado o direito de repor dentro dos partidos (intromissão) um nível compatível com os altos desígnios da nação é, no mínimo, impensável. Se os partidos são os pilares da República como admitir deixá-los cair na situação em que estão e que tem sido descrita por gente de muito mérito? Como pode alguém comandar o País, se foi nomeado para candidato no interior do partido por processos antidemocráticos, se não directamente, pelo menos de forma indirecta, mas com o seu conhecimento? Quem aceita estas situações não tem moral para impor seja o que for aos portugueses! Altos responsáveis afirmam a existência de “sindicatos de votos”, quotas pagas por outros que não os próprios, atropelos à democracia interna, etc. Sabe-se do afastamento de milhares de portugueses dos partidos por não poderem pactuar com tais situações e o Estado, através dos tribunais não tem o direito e o dever de intervenção? Pode ser perigoso, mas a situação descrita também o é! Desculpem, mas assim não vamos longe. De facto a qualidade dos governantes tem de ser baixa, para o País ocupar o último lugar a nível Europeu.

Comentários para quê?

Sem retorno aos valores, não vejo como mudar os partidos e o país.

O regresso aos valores não se faz de um dia para o outro. Certo.

 

Foram precisos anos para se atingir o caótico estado actual. Serão precisos muitos anos para se atingir o mínimo de vivência salutar, baseada nos indispensáveis valores humanos e na transparência. Mas temos de lutar nesse sentido! Sem isso, Portugal e os portugueses irão enfrentar dias negros!

 

Acontecem todos os dias os comportamentos mais execráveis, no domínio da corrupção, do egoísmo, da falta de respeito pelos outros e a generalidade dos cidadãos nem pára para pensar, continua, aparentemente indiferente! É assim como nas cidades brasileiras, uma mãe com um filho ao colo está a ser assaltada e toda a gente, no seu redor, finge que não vê!

Parece que tal situação interessa a muita gente, se reflectirmos convenientemente, não interessa a ninguém. Quanto à modificação do actual estado de coisas, só sei que ele tem que mudar, como, de facto não sei!  

 


publicado por luzdequeijas às 19:55
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A BATALHA DO PRESENTE E DO FUTURO

 

“Falta mais e melhor democracia”

 

“ É necessária vontade de agir, de maneira a cultivar a democracia, fazer progredir o desenvolvimento e expandir as liberdades humanas, em todo o mundo – eis a conclusão do Relatório do Desenvolvimento Humano 2002, encomendado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Depois de analisar a evolução do índice de desenvolvimento dos 173 países considerados, o relatório denuncia os males dos regimes não democráticos e defende uma maior participação cívica. Portugal ocupa o 28º lugar do ranking (estava em 27º em 1999), liderado pela Noruega.           

(...) Excesso de poder das forças armadas, da polícia e dos serviços secretos, falta de confiança nos partidos políticos, foram alguns dos males detectados, na base do actual estado do mundo.

As soluções passam por uma maior participação civil, acompanhada por políticas de educação eficientes, e pela criação de instituições justas e responsáveis, que protejam os direitos humanos e as liberdades básicas “.            

Visão 25 Julho 2002

 

Onde está a participação civil? Quem assegura os direitos humanos? E as liberdades básicas?

 

“As prioridades”

 

“Podemos definir o objectivo estratégico do Governo como sendo o de promover, realizar e influenciar numa sociedade as necessárias mudanças que permitam de uma forma consolidada e sustentada maximizar o nível e qualidade de vida dos cidadãos. Devemos ainda acrescentar que para alcançar este desafio o Governo deve procurar melhorar significativamente a qualificação, a cultura e a atitude dos cidadãos e criar um ambiente estimulante e de inovação em que estes, individual e colectivamente, maior valor acrescentem em geral. Mas é também importante que numa situação como aquela em que o nosso país se encontra, com múltiplos desafios, o Governo defina quais são as três ou quatro prioridades estratégicas em que aposta, relativamente às quais não irá faltar e que são por todos os seus membros assumidas.

 

Neste contexto era importante que o Governo prestasse atenção prioritária aos seguintes projectos de mudança:

  1. 1.    Redefinir o papel do Estado e reestruturá-lo.
  2. 2.    Apostar na concorrência e abandonar os proteccionismos regulando adequadamente os mercados e afirmando a independência face aos vários lóbis e corporações.
  3. 3.    Reformar o sistema fiscal, moralizá-lo e não permitir a fraude e a evasão fiscal, seja na definição do âmbito do seu papel e actividade, seja na organização e forma de trabalhar.

O Estado precisa de uma verdadeira revolução e ruptura com o passado, seja na definição do âmbito do seu papel e actividade, seja na organização e forma de trabalhar.” (.)

 

Expresso 27 Abril 2002

 

publicado por luzdequeijas às 19:42
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O MEDO DE DESMITIFICAR O SEGREDO

Em Portugal existe a tendência para copiar o “estrangeiro” mas depois ninguém sabe encontrar os limites razoáveis para tal cópia.

As organizações secretas ou discretas existem por todo o mundo. Todavia em Portugal agora, como já tinha sido no início do século passado, assistimos a um domínio da sociedade por elas, que está a transformar o nosso país num arremedo de democracia.

Então os melhores e mais capazes estão todos nas organizações secretas sabendo que os seus membros serão 0,000 qualquer coisa, por cento, dos portugueses?

Se o nosso desenvolvimento fosse exemplar e o progresso a todos atingisse, teríamos de aceitar de bom grado.

A verdade é que a situação do País é altamente preocupante e só uma pequena elite tem privilégios comuns ao normal cidadão da União Europeia! Somos cada vez mais últimos na Europa! Esta situação é própria dos países do terceiro mundo. O segredo é uma coisa oposta à transparência e, sem esta, não podemos dizer que vivemos em democracia. Há que moderar a sua utilização!

 

“ O segredo”

 

Nada melhor para definir o segredo do que descrever o polvo:        

 

“Octopus vulgaris”. Agarra-se a tudo que passa ao seu alcance. As mandíbulas são terríveis. Atrai o peixe miúdo e o graúdo Aprecia especialmente as lagostas e as santolas. O polvo é capaz da camuflagem mais perfeita mais adequada a cada situação. Mas não se engana quem considera o polvo um ser manifestamente róseo ou rosado, tendo essa tonalidade predominante e mimétrica múltiplas gradações de intensidade variável. O polvo é pois um predador inveterado. Sempre pronto a lançar nuvens de tinta negra para se disfarçar e ocultar situações, exímio na mudança de cor e de atitude ao sabor das conveniências, dotado de um apetite insaciável!

 

O nosso País precisa, isso sim, de organizações que debatam as grandes dificuldades que enfrentamos, até pode ser em segredo, mas no plano da execução o «segredo» tem que ficar de fora, para que tudo possa reflectir o máximo de transparência.

Ela, transparência, é a única forma de captar a confiança do povo e a sua inteira motivação para a luta que nos espera. Sem ela, falhamos os nossos oibjetivos como país europeu!

publicado por luzdequeijas às 19:28
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VOTAR À ESQUERDA E À DIREITA

Um povo amadurecido politicamente, tem coragem para votar no melhor candidato ou na alternância se for o caso.

Votar sistematicamente, por simpatia, no mesmo partido, é um mau serviço prestado à democracia.

Tomemos o exemplo da “ Internacional Socialista “que depois do fim triste da “Internacional Comunista“ era a esperança de muita gente de esquerda. Hoje, as figuras mais destacadas desta organização interrogam-se sobre os seus desígnios e a bondade da sua ideologia.

Isto, enquanto muita gente vota cegamente no seu partido do coração sem sequer se informar sobre quem é o candidato que elegeu!

 

“ A Internacional Socialista tornou-se rígida e arcaica“

 

Tony Blair, bem como outros modernizadores que participaram na sessão de Buckimgamshire, acham que a Internacional Socialista se tornou «ideologicamente rígida e arcaica do ponto de vista organizacional». Os modernizadores neotrabalhistas são de opinião de que a formalidade da Internacional Socialista «inibe as discussões abertas e criativas», especialmente quando se trata de discutir temas considerados heréticos ou de princípio (consoante o ponto de vista) pelos social-democratas. Os tabus que este movimento internacional da Terceira Via quer quebrar são os referentes aos modelos sociais, à privatização dos serviços públicos e à criação de mercados de capitais mais flexíveis. Outras questões-tabu são o crime e a emigração. Nesta área, a Terceira Via Internacional quer importar sem adaptar aos contextos europeus, os debates norte-americanos sobre "guerras culturais".

A este propósito, o artigo que Peter Mandelson publicou esta semana no jornal britânico «Times» é instrutivo.

Nesse artigo Peter Mandelson afirma que «as recentes experiências eleitorais revelam que os partidos do centro-esquerda perdem quando deixam de estar em contacto com os seus eleitores e se recusam a confrontar as questões culturais».   

A viabilidade das sociais-democracias passa, segundo Peter Mandelson por responder às questões que preocupam o eleitorado como a imigração, o crime e a insegurança económica, e não deixar que terminados espaços sejam ocupados pela direita.”

 

O INDEPENDENTE 15 – 06 – 2001

 

 

 

publicado por luzdequeijas às 19:19
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“ OS POLÍTICOS E O COPO DE ÁGUA “

“Demagogia no lugar da verdade”                          

 

A demagogia eleitoral é outro dos factores de distorção a corrigir para que a democracia possa melhorar e os políticos ganhem maior credibilidade.

É impensável um candidato a primeiro-ministro em campanha vir dizer que “ enquanto houver uma criancinha com fome ou em lista de espera nos hospitais não se fará o novo aeroporto da Ota”, para decorridos três meses o seu ministro das Obras Públicas anunciar, por duas vezes, o arranque do tal aeroporto! Falar verdade, mesmo em tempo eleitoral, é indispensável para a credibilidade do regime político.  

Há um livro de Krishnamurti, «Freedom From the Known, em que se conta a história de um homem que um dia se dirigiu a Deus para ser instruído sobre a essência da verdade. A resposta de Deus não podia ser mais enigmática: «Sabes, está muito calor, por favor, vai buscar-me um copo de água». O homem procurou um copo de água para Deus, pois a sede da divindade não pode ficar insaciada. Bateu a uma porta, que foi aberta por uma mulher. Apaixonou-se perdidamente por ela, e casaram. Passaram anos e, um dia, uma imensa tempestade de chuva abateu-se sobre a cidade em que viviam. Choveu dias-a-fio, os rios saíram do leito, alagaram as ruas e inundaram as casas. Na sua aflição, o homem agarrou a mulher e os filhos, tentando salvá-los da fúria dos elementos. Desesperado, invocou a ajuda dos Céus: «Deus, por favor, salva-me, e salva a minha família». Deus respondeu: Onde está aquele copo de água que eu te pedi?

(...) Contrariamente ao que gostamos de presumir, a vida hipnotiza-nos com muita facilidade e rapidamente nos esquecemos daquilo que devemos fazer, mesmo quando é Deus quem nos pede «um copo de água». Basta o olhar de uma linda mulher.

 

“Basta a embriaguêz do poder adquirido sem merecimento.” 

 

Expresso 10 Agosto 2002                                   

       

publicado por luzdequeijas às 19:12
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OS RESPONSÁVEIS SÃO PROMOVIDOS

O povo português é altamente influenciado por falsas ideologias que acabam por afectar e distorcer grandemente a “democracia” e o seu pleno funcionamento.

A população em vez de votar de forma salutar pela alternância no poder e com isso impedir a promiscuidade política, vota sistematicamente na esquerda ou na direita como se de clubes de futebol se tratasse.

Feita a pergunta a qualquer pessoa para definir o que é a esquerda ou a direita, não sabem responder. Não sabem eles nem sabe ninguém, porque hoje isso não faz sentido nenhum!

São principalmente estratégias postas em prática pela esquerda para ganhar votos, e para quando retomar o “poder” meter o socialismo na gaveta e deixar o país de rastos novamente! Normalmente, os votantes responsabilizam sempre quem menos culpa tem e acabam por repor no governo os maiores responsáveis pelo desastre do País!

  

Quem deixou o País de rastos e não assume a sua culpa na tragédia, como é o caso do PS, deve ser afastado de qualquer projecto sério para Portugal.

Está, naturalmente e com toda a legitimidade, sob suspeita. “

                                                              

DN- ANTÒNIO RIBEIRO FERREIRA

publicado por luzdequeijas às 18:47
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O CAMINHO DA DESRESPONSABILIZAÇÃO GERAL

“ Valores ignorados”  

    

“ A Batalha do Comportamento “

 

“É na área do comportamento que se trava a batalha mais importante do desenvolvimento. Sem as virtudes do civismo, o homem não é capaz de viver de bem consigo, de conviver respeitosamente com os outros e de se integrar na comunidade de trabalho. Por mais que preguem os paladinos da liberdade absoluta, sempre será preferível ver as crianças rodeadas de educadores, a vê-las mais tarde rodeadas de polícias. Um condenado à morte dizia no momento fatal: «Nunca tive ninguém que me dissesse “ não faças isso!“.

Como prova de que não estamos no bom caminho, basta atentar no seguinte.

São várias as etapas da desresponsabilização, decorrendo a primeira do apregoado direito de cada pessoa fazer o que quiser. É, assim, normal as pessoas embriagarem-se, drogarem-se, prostituírem-se, etc, etc., e ninguém ter nada a ver com isso. Não há satisfação a dar à família, à comunidade, nem aos poderes constituídos.

Temos depois, como segunda etapa, o direito à comiseração geral.

Os que se embrenham em qualquer marginalidade, diz-se, têm direito à compreensão e à tolerância da colectividade. E os apóstolos desta compreensão insurgem-se contra aqueles que ousam censurar os marginais, mas não se abeiram deles a cuidar das suas «feridas», antes se perdem a proclamar que tais situações são fruto das desigualdades sociais, fazendo disso bandeira nas suas disputas ideológicas, perante o silêncio de grande parte da comunidade.

Surge, a seguir, o direito à solidariedade.

Exige-se que o Estado e as instituições da área social cuidem destas pessoas. E pondo-se de lado o tratamento das causas, passa-se a tratar, quando muito e se é possível, dos efeitos. É que tratar das causas prende-se com os valores da dignidade humana e isso é coisa proibida nas sociedades onde se cultiva o direito de cada um fazer o que quiser.

Esta é a terceira etapa da desresponsabilização e porventura aquela que entroniza a marginalidade na vivência da comunidade. Acresce, por fim, imagine-se! a subtileza de os infelizes ainda terem direito ao apoio de muitos que se opõem àqueles que são pela sua responsabilização . Coitados, eles marginalizaram-se por culpa de todos os outros e não por culpa deles! E não é adequado complexar os infelizes!

Esta é a etapa da consolidação da desresponsabilização. E lá vamos assim a caminho da desresponsabilização geral.                                             

Quem é que não reparou já na desresponsabilização de altos responsáveis da governação e administração do país?

Esses senhores fazem, nos seus postos de trabalho, o que querem, como querem, e nunca são responsabilizados. Não são demitidos, mas apenas deslocados para outros cargos. E se são governantes, aguarde-se por novas eleições para passarem a deputados. Quem é que os não vê nas bancadas da Assembleia da República?!

 

Expresso 15-06-02

publicado por luzdequeijas às 18:27
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UMA SOCIEDADE IGUALITÁRIA

Uma lição importante sobre rendimento mínimo, (para reflexão!)

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que nunca havia reprovado um aluno antes, mas uma vez, reprovou uma turma inteira.
Esta classe em particular tinha insistido que um regime igualitário realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo." 
O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência igualitária nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas de avaliação nas provas." 
Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma, e portanto seriam "justas."  Porque iguais.  Isso quis dizer que todos iriam  receber  as mesmas notas, o que significou que ninguém iria ser reprovado.  Isso também quis dizer que obviamente ninguém iria receber um "20"... 
Depois das primeiras avaliações saírem, foi feita a média e  todos receberam "13".  Nesta altura quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram felizes da vida  com o resultado. 
Quando a segunda prova foi feita  os alunos  preguiçosos continuaram no seu ritmo, pois que acreditavam que a  média da turma os continuaria a beneficiar. Já os alunos aplicados  entenderam que também  eles teriam direito a baixar o ritmo, agindo contra a sua própria  natureza. 
Resultado, a segunda média das avaliações foi " 8".
Ninguém gostou. 
Depois da terceira prova, a média geral acabou por descambar  e voltou a  descer para  o "5". 
As notas nunca mais voltaram aos patamares mais altos,  mas ao invés,  as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe.   A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações e  inimizades
que passaram a fazer parte daquela turma. 
No final das contas, ninguém se sentia  obrigado a estudar para beneficiar o resto da sala.  Resultado: Todos os alunos chumbaram naquela  disciplina... Porque todos eram «iguais». 
O professor explicou que a experiência igualitária  tinha falhado porque ela traduziu-se na desmotivação dos participantes. Preguiça e mágoa foi o resultado. "Quando a recompensa é grande", disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. 
  
"
É  impossível levar o pobre à prosperidade através de ações que punam os mais afortunados pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, obriga a que  outra pessoa deva trabalhar sem receber. O governo não pode «dar» a alguém, aquilo que  tira a outro, alguém. Quando metade de uma  população começa a entender  a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustenta-la, e quando esta outra metade entende que não vale a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."  ( Adrian Rogers, 1931)

publicado por luzdequeijas às 18:04
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Segunda-feira, 10 de Junho de 2013

MUDAR PORTUGAL FAZIA MEDO

O novo primeiro ministro tinha sido um dos principais colaboradores na governação de António Guterres. Esqueceu o pântano e o monstro que ajudou a crescer, e agora vai ter que os agarrar, mesmo com uma máquina de grande habilidade propagandística, não vai ser fácil. A vida dá muitas voltas !

Os Tempos da Concertação Estratégica

Há uns tempos atrás estes erros eram chamados de “trapalhadas”, hoje com o ex - primeiro ministro que mais se queixou das “Forças de Bloqueio” e solicitou que o “Deixassem Trabalhar”, como Presidente da República, as mesmas coisas são chamadas de erros.

É isto a concertação estratégica !

 

Contas erradas no orçamento de Estado eram Trapalhadas. Os valores das transferências para os municípios no orçamento de Estado para 2007, não correspondiam ao mapa publicado no “ Diário da República”. As autarquias ficam assim sem saber as verbas a que têm direito em 2007.

O Primeiro Ministro José Sócrates, mesmo beneficiando das alterações aprovadas pela UE no sentido do crónico défice português poder baixar aos valores recomendados em três anos, continua com imensas dificuldades em controlar o monstro.

O primeiro-ministro sabe bem que voltar a "aproximar Portugal do nível de vida dos países mais desenvolvidos da Europa", objetivo que definiu na intervenção de Natal do ano passado, depende menos dele e da sua equipa que da sociedade portuguesa e da própria Europa. Por muito optimismo que se queira imprimir à sociedade, há estruturas que não se consegue mudar, nem em duas legislaturas.

publicado por luzdequeijas às 21:28
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A HISTÒRIA IRÁ REPETIR-SE

QUEM DESTROI PORTUGAL FICA INCÓLUME

 

Portugal com o potencial mais baixo da União Europeia.

O crescimento potencial da economia portuguesa está atualmente ( 2006) ao nível mais baixo desde 1970. Nos primeiros anos da década de 70, o valor rondava os 6%. Para 2006 e 2007, as previsões da Comissão Europeia não vão além de 1,2 %.  Entre os países da União Europeia Portugal tem mesmo a mais baixa capacidade de crescer.

No documento “ Portugal ´s Boom and Bust : “Lessons for European Newcomers” é referido que um erro na estimativa do produto potencial poderá ter estado por trás de alguns erros na política orçamental portuguesa no final da década de 90. Isto porque o governo terá nessa altura com base em números que mais tarde se vieram a revelar exagerados. Em 2001, por exemplo, o último ano da governação socialista que terminou com a demissão de Guterres, são bem visíveis as dircrepâncias estatísticas. Nos dados apresentados no final de 2002, o défice corrigido do ciclo do ano anterior era de 4,3% dom produto. Quatro anos mais tarde foi revisto para 5,5%. O mesmo acontece em relação aos últimos anos da década de 90, quando o ministro das finanças é acusado de não ter aproveitado a conjuntura favorável para consolidar as contas públicas. Para 1998, por exemplo, as estimativas do crescimento potencial foram revistas de 3,2% para 2,8%.

Estes erros estatísticos e outras decisões pouco acertadas ajudaram a encaminhar a economia portuguesa para uma situação difícil de resolver. Contas públicas desequilibradas, endividamento excessivo das famílias e empresas e um elevado défice da balança corrente foram as consequências para as quais o documento da Comissão Europeia pretende alertar.

O primeiro ministro António Guterres, depois de um mandato bem ao jeito dos socialistas, aumento do consumo e do bem-estar a qualquer preço, consegue ganhar o segundo mandato que almejava, mas sem maioria absoluta.

Entretanto o ex - primeiro ministro Cavaco Silva do alto da sua experiência vinha alertando em declarações públicas para os perigos da “ Despesa Pública”, à qual chamava de “ Monstro”. Não era ouvido e por vezes até era escarnecido !

Começa aqui a sua caminhada de seis anos à frente do Governo, que irá terminar na noite de 16 de Dezembro de 2001, ao demitir-se após a derrota eleitoral do PS nas eleições autárquicas, uma decisão que justificou com a necessidade de evitar que o país, "num momento de crise internacional", caísse num "pântano político". "É meu dever, perante Portugal, evitar esse pântano político", afirmou na altura.      

"É meu dever, perante Portugal, evitar esse pântano político".

Ao proferir esta frase António Guterres abandonou o governo e deu origem a novas eleições que viriam a ser ganhas por Durão Barroso.

Os portugueses tinham interiorizado o estado em que estava o país, embora o Presidente da República não o tivesse feito ! Não houve dissolução da A. R. Em devido tempo!

Durão Barroso recebe um presente envenenado, principalmente quando é obrigado a reduzir o défice público abaixo dos três por cento num só ano, quando ele se encontrava em 4.2 %. Queixou-se então o primeiro ministro Durão Barroso de ter encontrado o país de “ tanga” e desta expressão se aproveitou a oposição para denegrir o 1. º ministro até, aos poucos, banalizar essa verdade e fazer esquecer tal facto, que de resto ainda hoje continua. Desviando a sua atenção, os portugueses foram induzidos a procurar os responsáveis no lugar errado.

A ministra das finanças é obrigada a inventar receitas com a venda de bens do Património do Estado, às vezes até fazendo óptimos negócios, mas a feroz oposição socialista e comunista fazem de novo aquilo que sabem fazer, oposição impiedosa, acusando a ministra de estar a “ vender os anéis “. O próprio Presidente da República lembrou que “ há mais vida para além do défice”, insinuando que queria mais do governo mesmo na situação herdada.

Pelos vistos o “ Monstro” que amedrontava Cavaco, não metia medo a Sampaio !

Durão Barroso é convidado para ser o Presidente da União Europeia e depois de várias consultas aceita.

O Presidente da República nomeia para primeiro ministro a pessoa que o partido que tinha ganho as últimas eleições indicou, ou seja, Santana Lopes.

Decorridos menos de seis meses dissolve a Assembleia da República e convoca novas eleições. Havendo uma larga maioria !

Esta medida ocasionou muita contestação, quando o último governo de Guterres não foi por ele demitido, apesar do pântano e da falta de uma maioria, e o de Santana Lopes foi quando havia uma larga maioria! O Presidente da República afirma ter intuído a vontade do povo . Mas o povo vota sempre contra qualquer governo que o faça apertar o cinto.

O povo julga sempre, quando descontente, que mudando as coisas melhoram!

José Sócrates liderou o PS nas eleições legislativas de 2005 e foi cabeça de lista pelo distrito de Castelo Branco. Ganha as eleições com maioria absoluta, tornou-se primeiro-ministro de Portugal a 12 de Março de 2005.

publicado por luzdequeijas às 21:23
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A ECONOMIA PORTUGUESA ESTAGNOU

A economia portuguesa desde 2000 está praticamente estagnada, mas no país alguns sectores estão visivelmente melhores, nem sempre pelas melhores razões:

. Habitação. Cerca de 70% da população vive em casa própria. 1/3 das famílias tem uma segunda habitação na praia ou no campo. A renovação do parque habitacional é uma realidade na maioria das regiões do país. A oferta de casas excede largamente as necessidades. Enormes oportunidades de negócio abrem-se agora na área da conservação e restauro, assim como na requalificação urbana. 

. Automóveis. Durante muito tempo foi um indicador de desenvolvimento, hoje nem tanto. Constata-se todavia que o número de automóveis por habitante em Portugal é superior ao de muitos países da UE, como a Dinamarca.

. Portos, aeroportos e vias de comunicação. Portugal é hoje um dos países da UE com a maior densidade de autoestradas, e dentro em breve todas as capitais de distrito estarão ligadas por uma moderna  rede de comunicações. As estruturas portuários são magnificas, embora sofram de um problema comum: uma gestão deficiente.

. Distribuição de produtos. O comércio tradicional está a desaparecer, mas o número de centros comerciais, hipermercados, redes de lojas de distribuição colocam Portugal acima da média da UE. Em termos de logística comercial o salto qualitativo foi enorme. Algumas empresas portuguesas somam êxitos nesta área em muitos países.

. Bancos. O país está em crise, as famílias estão endividadas, mas os lucros dos bancos não param de crescer (50% em 2004). O sector financeiro está ao nível do melhor em termos internacionais.

. Turismo. A oferta turística de Portugal diversificou-se e subiu muito em qualidade. Uma percentagem significativa da população não prescinde hoje de fazer férias no estrangeiro.

. Telecomunicações. Portugal tem neste domínio excelentes indicadores, na rede fixa, banda larga, telemóveis, serviços electrónicos, etc., etc.

. Novos produtos industriais. industria do papel, moldes de plástico, automóveis, software, aviões ligeiros, etc..

. Produtos tradicionais. Vinhos, café, cortiça, etc.

Estas profundas mudanças económicas atingiram de forma particularmente violenta, a população ativa com baixos níveis de escolaridade, a qual passou a concorrer no mercado de trabalho com imigrantes de todo o mundo. A educação passou a ser de facto um capital socialmente valorizado pelas famílias.

Bloqueios

. Administração pública. Os serviços públicos (centrais ou locais) não foram capazes de acompanhar as mudanças que ocorreram no país. Herdeiros de uma tradição colonial, continuaram distantes da população e das suas necessidades. Na saúde, educação ou gestão local, por exemplo, presta um serviço medíocre face aos enormes recursos que consome. Toda a administração pública portuguesa está repleta de dirigentes incompetentes, serviços e procedimentos inúteis.  

.20 % em risco. 1/5 da população portuguesa apresenta graves problemas de inserção social ou dificuldades em acompanhar as mudanças em curso. As causas são múltiplas: baixa escolaridade, idade avançada, isolamento, dificuldades de integração social de minorias étnicas (ciganos, africanos), etc.

publicado por luzdequeijas às 19:14
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20 ANOS DE PORTUGAL NA UE

Balanço .

Segundo nos divulga a união europeia, Portugal alterou substancialmente a sua forma de estar no mundo após o seu ingresso no referido bloco.

 O Eurostat, Direcção-Geral de Desenvolvimento Regional DA UNIÃO EUROPÉIA APRESENTA-NOS OS SEGUINTES DADOS:

No total, Portugal recebeu da União Europeia, nos últimos 20 anos, 42.020 milhões de euros de Fundos Estruturais e 6.302 milhões de euros do Fundo de Coesão. Entre 2000 e 2006, 16,5% dos fundos comunitários são canalizados para a “Economia”, 12,6% para o “Emprego, Formação e Desenvolvimento Social”, 12,4% para os “Transportes” e 9,7% para a “Agricultura”.

O investimento em acessibilidades foi muito significativo. Em 1986 havia 196 quilómetros de auto-estradas; hoje há 2.091 quilómetros, que representam 16,5 % do total das infra-estruturas rodoviárias do país.

No que se refere ao Produto Interno Bruto (PIB) a diferença de Portugal relativamente à média da União Europeia diminuiu: o PIB per capita (em Padrão de Poder de Compra) passou dos 54,2% em 1986 para os 68% em 2003 (UE a 15, sem os dez novos Estados Membros). Este último valor representaria, em 2003, 74% da média da UE a 25.

Há 20 anos, a agricultura, a silvicultura e a pesca representavam 9,4% da economia portuguesa (Valor Acrescentado Bruto). Hoje esse valor é de 3,9%. A indústria transformadora representava 25%; hoje está nos 18,2%. Num registo inverso, o peso dos serviços subiu: de 52,5% passaram para 66,9 pontos percentuais.

A taxa de inflação sofreu uma clara descida; dos 11,7% passou para os 2,2%.

As taxas de juro também mudaram radicalmente nos últimos 20 anos. Em 1986, Portugal registava uma taxa na ordem dos 15,8%. Em 2005 esse número desceu até aos 3,4%. A União Europeia reforçou o seu peso enquanto parceiro comercial privilegiado de Portugal. A taxa de exportações para os países da União Europeia subiu dos 57% para os 80% e a das importações passou dos 44, 9% para os 77%.

publicado por luzdequeijas às 19:08
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RECURSO AO FMI

O “Apertar do cinto” obrigado pelo FMI, numa situação de quase ruptura das finanças públicas (1983-5) foi o toque a rebate.

Ajustamentos muito dolorosos foram impostos ao povo em 1983, com o FMI a impor medidas duríssimas e Ernâni Lopes a concretizá-las (envolvendo impostos retroactivos, por exemplo). Em 1983-85, com Mário Soares no poder, a inflação chegou a uns impensáveis 24% e o défice desses governos alcançou a vergonhosa marca de 12%! O País estava quase sufocado pela dívida externa e viveu, até essa data (1985), praticamente com as estruturas do Estado Novo depauperadas e com empréstimos do FMI.

publicado por luzdequeijas às 19:01
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BAIXA PRODUTIVIDADE COMPETITIVIDADE

O país vinha de vários anos de desmantelamento das estruturas produtivas que tinha, e considerando toda a falta de autoridade, a nível geral, e a desregrada atuação dos sindicatos e organizações políticas, com constantes reivindicações e greves, mais as contínuas manifestações políticas, a produtividade teria que ser necessariamente muito baixa, com estas e outras causas.

O mérito era um conceito fascista e, assim, o melhor era alinhar pela produtividade mais baixa.

Na análise crítica da produtividade em Portugal, que deveria ter sido equacionada logo a seguir ao ato revolucionário, é de salientar que a mesma não depende essencialmente só do comportamento dos trabalhadores, embora também seja condicionada pela sua capacidade técnica e profissional e o seu nível de instrução e educação, mas, as causas mais relevantes baseiam-se na natureza das estruturas económicas (tecnologia, produtos e serviços, organização, estratégia, gestão geral e dos recursos humanos, etc.). Se em vez de militares a revolução ( mudança) tivesse sido conduzida por civis abalizados identificados e enquadrados na política e na estratégia nacionais, definidas em tal contexto. Dessa forma tudo teria sido  diferente, bem diferente,  e  baseado em concertação estratégica contratualizada, na qual a formação técnica e profissional, desde os empresários aos operários, fossem inspiradas por uma correta e esclarecida  visão cultural das nossas capacidades competitivas e das medidas necessárias ao seu aproveitamento. Muito teria que ser mudado, pois, em muitos aspetos retrocedemos, e muito, sendo o mais importante naquele momento a saúde das nossas finanças públicas.

publicado por luzdequeijas às 18:58
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A REVOLUÇÃO TINHA DE ACABAR

O 25 de Novembro finalmente

Era uma fatalidade histórica. Por isso o 25 de Novembro, todos o reconhecem, tinha que se dar.

Reveladora da vontade da sociedade civil foi finalmente a decisão dos agricultores da CAP que, reunidos em Rio Maior deliberaram mesmo dividir o pais a meio, cortando o trânsito rodoviário e ferroviário entre Norte e Sul.

Foi o verão quente de 1975, o povo juntou-se em barricadas e manifestações , mas para fazer prevalecer a vontade da maioria. Depois votou e decidiu :

O parto da III República (Democrática)

Em 2 de Abril de 1976 promulga-se a nova Constituição, e em 25 de Abril de 1976 realizam-se as primeiras eleições legislativas e, pouco depois, as eleições presidenciais.

O 1º Governo Constitucional forma-se tendo  Ramalho Eanes, como Presidente da República, que se mantém no poder entre 14/7/1976 e 9/3/ 1986, o qual indicia Mário Soares para Primeiro Ministro.

Camarate
Foi outro capítulo negro da história pós 25 de Abril. A 3 de Janeiro de 1980, o Presidente Ramalho Eanes chamou Sá Carneiro (19/7/1934 - 4/12/1980) para Primeiro Ministro, sucedendo a Maria de Lurdes Pintassilgo.

A 4 de Dezembro de 1980, o pequeno avião Cessna 421 A em que seguia despenhou-se em Camarate, nos subúrbios de Lisboa, depois de descolar do aeroporto de Lisboa rumo ao Porto, matando os dois pilotos, Sá Carneiro, o Ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa e respectivas esposas. A versão oficial (mantida durante quase 3 décadas de estranhas investigações) foi que se tratara de um acidente, por falha no avião, apesar de existirem evidências (vestígios de explosivos nas pernas do piloto) que apontavam para crime.
Em 2005, novo inquérito leva a concluir que Sá Carneiro tinha sido de facto vitimado por uma bomba colocada no avião.

publicado por luzdequeijas às 18:54
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MAPA DA AMÉRICA

Uma Descrição moderna e bastante precisa da América (ou a quarta parte do Mundo)

Descrição

 

Uma Descrição moderna e bastante precisa da América (ou a quarta parte do Mundo)

 

  • Em 1554, Diego Gutiérrez foi nomeado o principal cosmógrafo do rei da Espanha na Casa de la Contratación. A coroa incumbiu a Casa de produzir um mapa do hemisfério ocidental em larga escala, frequentemente chamado de "a quarta parte do mundo." O objetivo do mapa era confirmar o direito de posse da Espanha quanto aos novos territórios descobertos contra as reivindicações rivais de Portugal e da França. A Espanha reivindicou todas as terras ao sul do Trópico de Câncer, o que é notoriamente mostrado. O mapa foi estampado pelo famoso gravador Hieronymus Cock, que acrescentou inúmeros floreados artísticos, inclusive os brasões de armas de três forças rivais, um serpenteado Rio Amazonas que atravessa a região norte da América do Sul, sereias e lendários monstros marinhos, além de um elefante, um rinoceronte e um leão, na costa ocidental da África. O nome "Califórnia" está inscrito perto da Baixa Califórnia, logo acima do Trópico de Câncer, a primeira vez que aparece em um mapa impresso. Sabe-se que existem apenas dois exemplares do mapa: este das coleções da Biblioteca do Congresso e outro da Biblioteca Britânica.

Criador

 

publicado por luzdequeijas às 13:25
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Domingo, 9 de Junho de 2013

A História do Rosário

Sempre me perguntei: "O que acha dessa Avé Maria ser repetida tantas vezes?" Qual é o significado disto?

Agora, entendo que cada vez que eu orar, cada Avé Maria é uma linda rosa oferecida para à Virgem. Tenho a certeza que todos conhecem esta bela oração, que é o terço. 

 

 

Conta a lenda que um irmão leigo (não sacerdote) da Ordem dos Dominicanos, não sabia ler nem escrever, logo não podia ler os Salmos, como era costume nos Mosteiros da época.

Então, quando ele terminou o seu trabalho à noite (era o cozinheiro, jardineiro, etc.) foi para a Capela do Convento e ajoelhou-se na frente da imagem da Virgem Maria, e recitou 150 Avé Marias (o número dos Salmos), a seguir retirou-se para a sua cela para dormir.

Na manhã seguinte, ao amanhecer, diante de todos os seus irmãos, foi para a Capela para repetir o hábito de saudar a Virgem.

O Superior observava a cada dia, que ao chegar à Capela para celebrar as orações da manhã com todos os Monges, havia um aroma  delicioso de rosas recém-cortadas, bem ornamentadas nos vasos, belíssimas e isso despertou-lhe a curiosidade. Perguntou a todos os encarregados de decorarem o altar da  Virgem sobre o tal aroma, tão bom, e para sua surpresa, não obteve nenhuma resposta, assim como, soube também que nenhum deles retiravam rosas do jardim.

O irmão leigo, ficou gravemente doente, e  os outros monges notaram que o altar da Virgem não tinha as rosas habituais, logo deduziram que ele era o irmão quem colocava as rosas. Mas como? Ninguém jamais o havia visto deixar o Convento e tampouco sair para comprar as belas rosas.

Entretanto, certa manhã,  todos os Monges presenciaram espantados,  o irmão leigo ajoelhado diante da imagem da Virgem, recitando as Avé-Marias, e ao recitar a oração para Nossa Senhora, uma rosa aparecia no vaso. Nesse dia, no final de suas 150 orações, caiu morto aos pés da Virgem.

Ao longo dos anos, Santo Domingo de Guzmán, por uma revelação da Santíssima Virgem, dividiu as 150 Ave-Marias em três grupos de 50, associadas à meditação da Bíblia: Os Mistérios Gozosos, os Mistérios Dolorosos e os Gloriosos, e o Beato João Paulo II adicionou-lhe os Mistérios:

Luminosos.

Assim, toda a vez que você recitar 150 Avé Marias, estará entregando 150 rosas para a Mãe Divina.

publicado por luzdequeijas às 23:05
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TRABALHO INFANTIL

 

Título: Fiandeira em Vivian Cotton Mills, Cherryville, NC: Está lá há 2 anos. Como ela vai estar em dez anos?

 

Fiandeira em Vivian Cotton Mills, Cherryville, NC: Está lá há 2 anos. Como ela vai estar em dez anos? 

Descrição

  • Esta imagem de uma jovem garota trabalhando numa fábrica têxtil da Carolina do Norte no início do século 20 é dos Registos da Comissão Nacional do Trabalho Infantil (NCLC) da Biblioteca do Congresso. A fotografia é atribuída a Lewis W. Hine (1874-1940), um dos principais fotógrafos Americanos documentaristas da Era Progressista. Mais conhecido pelas suas fotografias das condições sociais urbanas da cidade de Nova Iorque, Hine investigou também as condições nas fábricas de algodão em toda a Carolina Piemonte. Trabalhando com o Reverendo Alfred E. Seddon e jornalista A.H. Ulm a pedido do Gabinete Sulista de NCLC, Hine chegou a visitar muitos moinhos, em Novembro de 1908. Hine e os seus colegas trouxeram à luz o desrespeito generalizado pelas leis do trabalho infantil. Sua exposição contribuiu no encaminhamento das reformas que trataram de melhorar as condições de trabalho dos meninos e meninas da indústria têxtil Sulista.

Fotógrafo

Data de Criação

  • Novembro de 1908 d.C
publicado por luzdequeijas às 22:14
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OS SILÊNCIOS

- Em 1933 Martin Niemöller criou o seguinte poema:

 

Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar…

       Martin Niemöller,(1892-1984)– 

 

publicado por luzdequeijas às 18:20
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PAÍSES ENDIVIDADOS

NOVOS TEMPOS NOVOS CONCEITOS

Europa tem de ajudar a crescer os países endividados

 

"O saneamento das finanças públicas terá um resultado socialmente insuportável se não for acompanhado de recuperação económica e de criação de emprego". Esse empurrão tem de vir de Bruxelas, com fundos, e do BCE, com juros mais baixos.

“O combate à crise financeira tem de incluir, obrigatoriamente, uma agenda voltada para a promoção do crescimento económico e de criação de emprego”, porque sem ela “o saneamento das finanças públicas terá um resultado socialmente insuportável”.

O aviso foi esta tarde deixado por Cavaco Silva em Florença, num longo discurso proferido no Instituto Universitário Europeu.

“Cabe à União Europeia um papel central na promoção desse objectivo”, frisou o Presidente da República.

 

 

publicado por luzdequeijas às 15:37
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A VERBORREIA DO CRESCIMENTO!

Salvo opinião mais credível, actualmente, a palavra crescimento parece ser a panaceia para todos os males. Como simples mortal pensante, não posso dispensar a minha própria opinião, salvo em presença de provas iniludíveis de realizações concretas, no campo económico, no nosso país. Em boa verdade isso não tem acontecido em Portugal nos últimos 15 a 25 anos. Houve quem promovesse o "consumo desenfreado" na procura do "crescimento". Tal não resultou e só conseguimos com isso aumentar o défice das contas públicas e da nosa dívida externa! A partir daí, passámos a correr atrás do défice e ele a fugir de nós! Nunca corrigimos o dito "défice", nem nunca promovemos a nossa produção interna! A dívida externa foi disparando!

As coisas mais insignificantes à venda vinham do estrangeiro, eram importadas! A situação foi-se agravando e a nossa economia cada vez foi produzindo menos bens transaccionáveis e mais "obras públicas" (país da Europa com mais auto-estradas por Km2). O anterior governo atingiu o cúmulo nesta matéria com as absurdas "parcerias público privadas"!

 

A nível internacional assistimos ao despontar dos países emergentes, baseados em longas jornadas de trabalho diário e mão de obra barata. Como se isso não chegasse, o mundo concedeu à China condições ímpares de actuação no mercado mundial.Fronteiras abertas, concorrência desleal para com o comércio nacional e venda única de produtos "made in China", com retorno dos proventos à sua origem, sem valor acrescentado para os países hospitaleiros! Nem em mão de obra, sequer!

É aqui que cabe perguntar, porque não se aprofunda a União Europeia no sentido de dispensar idêntico tratamento aos países em grandes dificuldades? Portugal e Grécia! Sabe-se que a falência destes pode arrastar a falência da própria União Europeia e o fim do sonho Europa Unida!

O reequilíbrio da UE e dos países em dificuldades, passa por importar menos e exportar mais e tombem por as suas populações sentirem na própria pele os erros daqueles que elegem. Passa por importar menos e consumir mais produtos nacionais! Nunca passará por soluções unicamente financeiras!

Ainda assim, temos estado a falar dentro de uma visão meramente de "curto prazo". Pois, pensando em médio / longo prazo as soluções terão forçosamente de ser outras. Não esquecer que o crescimento arrasta em si mais consumo de bens em risco de exauetão (petróleo, água, metais, etc.) e seria muito melhor apontar "baterias" para termos que viver com crescimento e défice tipo "zero". E começarmos a pensar em ajustar comportamentos sociais para uma nova economia sustentável. Também para novos conceitos de emprego mais moldáveis a estas novas realidades que em breve surgirão no domínio do trabalho.

publicado por luzdequeijas às 15:31
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FINANCIAR O CRESCIMENTO DAS PME

A primeira década dos anos 2000 foi para Portugal tempo perdido no que se refere ao financiamento das PME! Com o mundo em crise, por cá a opção foi betão e mais betão financiado pelas catastróficas PPP a serem pagas nos próximos 20 ou 30 anos! Portanto, sem capital disponível e uma grande dívida para pagar nos próximos 30 anos, foi este o legado deixado. Agora, os responsáveis por esta situação clamam por mais crescimento, como se o crescimento económico se fizesse por “obra e graça do Espirito Santo”. Sem investidores ou dinheiro próprio não há crescimento.

Dada a crise internacional, melhorar o acesso das PME às fontes de financiamento, especialmente no que diz respeito à entrada inicial e à injeção constante de fundos, é indispensável para que estas empresas possam explorar o seu potencial de crescimento, emprego e inovação. Ora, há inúmeras PME da União Europeia (UE) que se confrontam com um défice de fundos próprios. Este, é ainda mais, o caso de Portugal.

É essencial garantir às pequenas e médias empresas (PME) melhor acesso aos capitais próprios e aos financiamentos através de empréstimos, permitindo-lhes assim explorar plenamente o seu potencial. Para a União Europeia (UE) e os Estados-Membros, o objetivo é criar condições que permitam, até 2013, triplicar os investimentos em capital na fase de arranque. A UE terá de incentivar o financiamento bancário tradicional da inovação. Organizar-se-á uma reflexão conjunta dos bancos e das PME, a fim de melhorar as perspetivas em matéria de relações bancárias a longo prazo, promover os microcréditos (empréstimos inferiores a 25 000 euros) e os financiamentos «mezzanine» (que combinam empréstimos e fundos próprios), assim como avaliar o interesse de sistemas de redução de impostos para jovens empresas inovadoras.

Tudo isto foi preconizado em 2007 pela UE, cabendo-nos em 2013 perguntar aos responsáveis do partido que estava no Governo de então, qual foi o balanço desta medida relativamente às nossas PME e quantas terão sido estimuladas a iniciar uma atividade económica de que Portugal precisa como pão para a boca? É pura demagogia falar de crescimento sem se assumir as graves responsabilidades de quem fez de Portugal o campeão europeu de mais autoestradas por km2!

publicado por luzdequeijas às 15:07
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Sábado, 8 de Junho de 2013

REDUÇÃO DA POBREZA

O crescimento é um dos fatores fundamentais na redução da pobreza e na melhoria do IDH ((que é um método padronizado de avaliação e medida do bem-estar de uma população), mas o seu impacto sobre a pobreza pode variar enormemente. O caso do milagre brasileiro, durante a ditadura militar, é sempre citado como uma década em que o país obteve índices recordes de crescimento de seu PIB, sem que isso tivesse contribuído significativamente para diminuir a sua desigualdade económica. 

Perguntado sobre o porquê de existirem tantas diferenças no crescimento entre países, disse Vinod Thomas, o novo Diretor do Banco Mundial para o Brasil (2005):

 

A razão fundamental é a desigualdade da renda, que reduz o impacto de qualquer crescimento sobre a pobreza. As ações que diminuem a desigualdade não só aumentam o crescimento, como melhoram o seu impacto sobre a pobreza. Um maior acesso à educação e um ensino de melhor qualidade são fatores determinantes na qualidade do crescimento de um país...

Outro importante fator que afeta a distribuição da renda são as transferências públicas de recursos – através de programas como a previdência social e outros. Políticas que aumentem o efeito equalizador dessas transferências -- tais como mudanças na alocação de recursos visando transferências direcionadas aos mais necessitados -- contribuem para reduzirem gradualmente a desigualdade da renda. 

 

publicado por luzdequeijas às 12:37
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CRESCIMENTO

Na verdade agarrar nesta palavra isolada, nada nos diz, embora seja precisamente isso que fazem os nossos políticos! Assim, existem vários tipos de crescimento económico, cada um com as suas particularidades, por vezes, determinantes. O PIB (produto Interno Bruto) tem no seu crescimento económico, um valor numérico para cada país. Quando se pretende fazer comparações internacionais o método mais eficaz é o método da Paridade do poder de compra. Ainda existem outras formas de cálculo do PIB que usam a taxa de câmbio, considerados menos fiáveis.

Devemos ainda separar crescimento económico de desenvolvimento económico, o primeiro refere-se ao PIB, o segundo prende-se com outros aspetos relacionados com o bem-estar de uma nação, como os níveis de Educação, Saúde e outros indicadores de bem-estar.

Existem várias teorias de crescimento económico: a corrente clássica (Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus), a corrente Keynesiana (Damodar-Harrod, Kaldor), a corrente neo-clássica (Solow), crescimento endógeno (Lucas e Romer), entre outras mais recentes.

Quando a capacidade produtiva de um país está sendo subutilizada, pode-se obter - mediante medidas governamentais de estímulo - por curtos períodos de tempo, um crescimento causado por uma melhor utilização da capacidade produtiva já existente. Mas esse crescimento de curto prazo, apelidado de vôo de galinha, não se sustenta se não for acompanhado, simultaneamente, por novos investimentos na produção.

O crescimento económico, quando medido apenas pelo PIB, pode ser muito desigual de um país para outro.

Isso porque taxas de crescimento iguais de PIB escondem grandes variações na melhoria do bem-estar das pessoas e do seu IDH (que é um método padronizado de avaliação e medida do bem-estar de uma população). Para citar um exemplo, Sri Lanka, Trindad e Uruguai, que tiveram o mesmo declínio na taxa de mortalidade infantil, tiveram crescimentos - medidos pelo PIB - completamente diferentes.

Certos tipos de crescimento, que poderíamos chamar de predatórios, (objetivando uma produção exagerada e muito consumismo), podem levar à degradação ambiental e dos recursos naturais de alguns países, como a Indonésia, a Nigéria, a Rússia e a China, o que por sua vez, pode afetar as perspetivas de crescimento futuro sustentável. Não esquecer a previsível escassez de água potável, matéria-prima e de crude etc.

publicado por luzdequeijas às 12:25
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