Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

PROMESSAS ELEITORAIS

 

"Este Governo – como em geral todos os Governos – prometeu aos fracos, aos pobres, aos desprotegidos, pois aí está a maioria que vota e depois começou a ceder aos fortes, aos ricos e aos privilegiados, pois é aí que está o dinheiro e o poder."

João Paulo Guerra

DE 10-07-2002

 

publicado por luzdequeijas às 16:05
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PRESENTES ENVENENADOS

O povo é convidado a escolher entre presentes envenenados! Esta “Democracia”, tal como está, não adianta muito. Senão vejamos a opinião de alguém que fala sem medo:

 

“ DEMISSÕES

 

“ (...) Vivemos num baixo melodrama. O que não teria importância de maior se por detrás não houvesse um autêntico drama. Vitor Constâncio anunciou que o limite do défice está em risco, se não se tomarem medidas de excepção: novos cortes no investimento ou o aumento do preço dos combustíveis. No meio do caos político, ninguém se preocupa com estes pormenores.

 

O Dr. Jorge Sampaio declara que «a sua pele é dura», enquanto cresce o espirito de facção e a irresponsabilidade universal, e o País seguramente se afunda. Um desespero desgrenhado e patético substituiu a confiança, que Barroso prometeu e de que tanto se esperava. Demitir Paulo Portas, como emocionadamente se pede, já não chega.

Era preciso que eles se demitissem em massa, do último deputado ao Presidente da República.

“O próprio regime perdeu o respeito dos portugueses”.

 DN 22 Setembro 2002

 

Com estas palavras em jeito de aviso e alerta de Vasco Pulido Valente, nada mais podemos acrescentar para definir o estado da nossa “Democracia”.

publicado por luzdequeijas às 15:58
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A MEDIOCRIDADE NA POLÍTICA

Vale a pena ainda e mais uma vez citar Rui Rio no seu livro “A Política in situ”:

 

“Não será verdade que quanto mais fraco o poder for, menos concorrido é e, por isso, não nos podemos espantar da crescente abundância de mediocridade.

É por tudo isto que à pergunta “ o 25 de Abril ainda existe” , respondo que existe cada vez menos. Porque à pergunta “que controlo democrático tem hoje o cidadão sobre os reais poderes da nossa sociedade? “, respondo também desapontadamente, que tem cada vez menos controlo.

No dia de hoje, seria politicamente correcto dar vivas ao regime. Entendi não o fazer, porque julgo que sirvo melhor o 25 de Abril se fizer o contrário: se, em nome da democracia, apontar o caminho errado que tudo isto está a seguir.”    

RUI RIO

publicado por luzdequeijas às 15:54
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A QUALIDADE DA NOSSA DEMOCRACIA

A nossa democracia nasceu de forma extremamente complicada, no-pós 25 de Abril. Seguiram-se tempos muito conturbados, com a tentativa do Partido Comunista de, a qualquer custo, controlar o poder. Greves, manifestações, comícios, barricadas e tentativas de golpes militares, houve de tudo! Muitos portugueses resolveram abandonar o país e até ao 25 de Novembro de 1976, não mais houve um dia de sossego. Os militares revoltosos não estavam preparados para governar o país. As consequências disto, foram ruinosas para PORTUGAL De referir também a descolonização, com a vinda de milhares de pessoas do chamado “Ultramar”, o que também constituiu um factor de forte agravamento da nossa situação.

 

É muito difícil dizer quem mandou no país neste período altamente conturbado, dado que as Forças Armadas estavam completamente divididas e o “Poder” estava na rua. O chamado “ Conselho da Revolução”, sem experiência política, ia fazendo o que podia, mas que era notoriamente pouco, muito pouco. O oportunismo tomou conta do país e a situação financeira foi-se degradando completamente.

 

Com o 25 de Novembro de 1976, lá foram aparecendo os partidos políticos e, aos poucos, se foi ganhando maior estabilidade. Mas nunca nos recompusemos da perda da qualidade moral e bons costumes! Nada disto depende da esquerda ou direita! Depende do exemplo dos nossos governantes, todos!

publicado por luzdequeijas às 15:45
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QUEM SOUBER QUE EXPLIQUE

CONTOS PROIBIDOS”

“ Memórias de um país desconhecido”

 

“ Para além da ausência de regras que permitam, pela via individual, o acesso do cidadão à actividade política, não existem regras idóneas do financiamento dos partidos nem da transparência para os políticos. Um pouco à semelhança dos “pilares morais” do regime, na Maçonaria e na Opus Dei, tudo se decide às escondidas, como se o direito dos cidadãos à informação completa e rigorosa de como são financiadas as suas instituições e dos rendimentos dos seus governantes e dos seus magistrados se tratasse de algo suspeito, de algo subversivo.”                                  

Rui Mateus

 

publicado por luzdequeijas às 15:36
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O GRANDE MITO DA ESQUERDA

“ As grandes coisas que poderiam ter sido feitas, não se vê onde é que elas estão. Em que é que progrediram os direitos das pessoas em concreto? Como é que melhorou o estado de vida daqueles que são os mais sacrificados? E a repartição da riqueza?

Realmente nisso não se avançou muito. Se não se avançou, em que é que é um governo à esquerda? É uma pergunta que se pode pôr, (.). É uma resposta difícil, não a sei dar. Mas sei que é uma pergunta que deve fazer reflectir as pessoas de esquerda e eu sou uma delas. Sou uma pessoa que reflecte sobre essas matérias. Se a esquerda, no governo, faz o papel da direita, não vale a pena votar na esquerda”

Acabámos de ouvir Mário Soares em discurso directo, na Antena 1. Esta notícia vem pôr-nos em cima da mesa mais dois chavões; a ESQUERDA e a DIREITA. Alguém saberá nos dias de hoje, explicar a alguém, que diferença existe entre estas duas palavras? UM VERDADEIRO ESTADISTA DEVERÁ FALAR DE PESSOAS DE BEM e não de esquerda ou direita, convições que só servem para alienar o povo!

 

publicado por luzdequeijas às 15:28
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A NOSSA DEMOCRACIA

As palavras do actual presidente da Câmara do Porto, são pela sua comprovada honestidade, um alerta de pessoa experimentada e amiga. Infelizmente fazem-nas passar despercebidas!

 

“A nossa sociedade está a atravessar uma perigosa crise de valores. Uma crise que todos sentimos nas mais pequenas coisas, quando, no dia-a-dia, constatamos que temos de conviver com uma permanente inversão de prioridades.

Hoje, já começa a ser difícil encontrar quem perceba que o interesse colectivo se tem sempre que sobrepor ao interesse individual. De forma perigosíssima, a sociedade aceita demasiadas vezes e de forma complacente que os interesses individuais ou de grupo ditem políticas que agridem o colectivo. Infelizmente são muitos, esses exemplos.”

A Política in situ RUI RIO

publicado por luzdequeijas às 15:23
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DESCONFIAR

Enfim, tudo na actualidade é passível de desconfiança. Desconfiar é assim, como que, um seguro de vida, para evitar grandes problemas. A situação de suspeita constante é tão flagrante que eu aconselharia o meu melhor amigo a desconfiar da própria sombra!    

 

É esta gente com o perfil e actuação dos “clones” que pelo culto do segredo e pela falta de transparência arrasta o pais para o lodaçal das suspeitas em que estamos mergulhados.

 

Não há democracia que valha com cidadãos que só se preocupam com os seus interesses pessoais ou de grupo, que não se interessam pelo que é o bem de todos e condição do verdadeiro desenvolvimento.

D. Joao Alves Diario de Coimbra 24-12-2003

 

“Ou a Democracia acaba com o circuito vicioso dos boys ou estes acabam com a credebilidade da democracia.”

Jose Carlos Vasconcelos

Visão 30-01-2003


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Segunda-feira, 27 de Maio de 2013

UMA RIQUEZA DESPREZADA

A circulação global das águas dos oceanos

 

Sabe-se que a água dos oceanos não se mantém parada, que circula em torno do globo num ciclo que pode durar até mil anos! As águas quentes tropicais do Atlântico deslocam-se à superfície para o Pólo Norte, onde arrefecem. O arrefecimento aumenta a sua densidade, pelo que elas descem em profundidade. Assim, forma-se uma corrente submarina em direcção ao Antárctico. As águas sobem à superfície no Oceano Índico e no Pacífico, devido ao afastamento das águas superficiais da costa oriental dos continentes, um fenómeno resultante da circulação superficial dos oceanos. Deste modo, passam a correr à superfície, voltando para o Atlântico pela força do vento. A circulação superficial dos oceanos corre segundo padrões de ventos globais. A cada lado do Equador, em todas as bacias oceânicas, existem duas correntes circulando para oeste a norte e a sul. A água transportada deste modo aquece, e quando embate na costa oriental dos continentes, flui para as latitudes mais elevadas, onde arrefece por contacto com as águas polares. Estas águas voltam a descer para o Equador seguindo a costa ocidental dos continentes para sul, completando o ciclo. Estas correntes circulares transportam calor dos trópicos para os pólos, contribuindo para a amenização do clima. Era difícil absorver os muitos conceitos estudados, e que favorecem a solução de muitas actividades económicas iniciadas. O respeito por estes conhecimentos, permitiu uma nova concepção das pescas, logo, permitiu, por inteiro, satisfazer uma das formas de alimentação do Homem. Claro, que estamos a falar dos imensos recursos do mar. O levantamento dos hábitos de cada uma das espécies, está muito ligado à temperatura das águas e às correntes marítimas. Através do visionamento, pudemos ver a produção da pesca mundial, em larga escala, e com custo mínimo de captura. Nesse visionamento, vimos a produção de Pargo e Dourada, feita em pleno mar. Em menos de dez anos, os empresários da aquacultura, conseguiram o domínio da produção destes peixes tão apreciados. Foram criadas várias quintas aquáticas, em todo o litoral, especialmente no mediterrâneo. Nesta actividade, a produção começa com a recolha dos ovos. São colocados por “genitores” (peixes adultos), que são geralmente peixes selvagens capturados no mar e depois adaptados ao cativeiro. Com as espécies migratórias e de alto mar, as técnicas são as mesmas, mas em grandes tanques flutuantes e em rede, que acompanham as correntes marítimas. Os mercados abastecedores oferecem grande variedade e quantidade de consumo a preços acessíveis. As algas tiveram uma expansão idêntica à dos peixes, num cultivo incrementado pelo Homem. Têm hoje, procura para diversas finalidades: alimentação, medicina, cosmética, etc. Um dos factores mais importantes para o sucesso do cultivo de peixe é a utilização de alimento natural (fito plâncton), principalmente nos estados iniciais de desenvolvimento dos organismos aquáticos. O alimento vivo, devido ao seu conteúdo em ácidos essenciais, é a melhor opção para a nutrição inicial das larvas. Apesar dos esforços para substituir totalmente o alimento vivo por dietas artificiais, os aquicultores ainda são dependentes da produção e do emprego de microrganismos para a alimentação de certas espécies de peixes. Pois, em geral, o alimento artificial não supre as necessidades nutricionais dos peixes. Além disso, os custos das rações são elevados.

publicado por luzdequeijas às 18:33
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CENTRO DE ADORAÇÃO

Gobekli Tepe, na Turquia

Este centro de adoração foi construído sete mil anos antes de Stonehenge, o círculo de pedras imensas construído na pré-história. Estas rochas têm 11,6 mil anos, pesam toneladas e foram transportadas e erigidas sem auxílio de máquinas ou de animais, sendo necessárias muitas pessoas para concretizá-lo.

O complexo é a mais antiga construção do ser humano, e consiste em imensas colunas com entalhes de pessoas e animais ferozes escavados, organizados em círculos concêntricos. Localizado na Turquia, é aberto ao turismo.

Foto: Wikipédia e Verity Cridland

publicado por luzdequeijas às 18:23
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FASCINIO DAS PEDRAS DE STONEHENGE

Stonehenge

Maciços blocos de pedra, pesando dezenas de toneladas, erigidos e imóveis há milhares de anos confundem pesquisadores até hoje.

Stonehenge, o pré-histórico círculo localizado numa planície da Inglaterra, é formado por imensos blocos chamados sarsens (o maior deles pesa 50 toneladas), encaixadas segundo técnicas da marcenaria.

Não seria tão extraordinário se não fosse sua idade: 4,5 mil anos. O monumento é ainda ligado por uma estrada antiga até ao mítico rio Avon.

publicado por luzdequeijas às 18:17
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OUTRAS DATAS

Há 40 modalidades de datação no mundo. Quando o calendário gregoriano atingir 2000, estaremos no ano... 88 no calendário da Coreia do Norte,  1378 no calendário pérsico, 1420 no calendário muçulmano,1921 no calendário civil indiano, 5100 no antigo calendário hindu, 5760 no calendário judaico. Povos separados por oceanos, sem estarem em contacto , desenvolveram calendários de aproximadamente idênticas extensões. A civilização maia, na América Central, fixou calendários de 260 e 365 dias valendo- se do Sol, da Lua e do planeta Vénus. Bali, na Indonésia, obedecia a um sistema de 12 meses. Em 2600 a.C., os chineses arquitetaram um calendário lunar mensal. Uma sucessão de povos no sul da Inglaterra utilizou as pedras de Stonehenge para retratar o movimento do Sol, da Lua e das estrelas através do céu. Alguns dos antigos calendários ainda estão em uso, mas a difusão do cristianismo ao redor do planeta nos últimos 2 mil anos disseminou também o calendário da fé. Uma versão antiga, o calendário juliano, foi apresentado em Roma em 45 a.C. pelo imperador Júlio César. Tratava-se, na verdade, da revisão de um calendário existente havia 700 anos. No século VI d.C., um monge católico chamado Dionísio Exiguus foi o primeiro a contar o tempo formalmente a partir da data que ele calculava ser a do nascimento de Jesus.

As pessoas não faziam a contagem dos séculos até 1300. Somente a partir de 1920 (isso mesmo, 1920) é que se desenvolveu o conceito de década como forma de caracterizar um tempo de mudança. No final do século XVI, com os dias dos anos bissextos acumulados, fazendo com que a data da Páscoa andasse, confusamente, pelo velho calendário, o papa Gregório XIII estabeleceu o sistema que utilizamos hoje em dia, o chamado calendário gregoriano.

Embora nem todos estejam contentes com uma folhinha que requer um verso para lembrar  quantos dias tem cada mês (Trinta dias tem setembro, abril, junho e novembro / se for bissexto, mais um lhe dê em Fevereiro (28+1) / e os demais, que sete são / trinta e um todos terão), o calendário gregoriano é o padrão global. Trinta mil anos depois de o homem de Cro-Magnon calcular o tempo observando a Lua, o calendário gregoriano é o modo como medimos o fluxo anual do rio do tempo.

publicado por luzdequeijas às 18:10
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FRASE DE 1920

Frase da filósofa russo-americana Ayn-Rand (judia fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920) mostrando uma visão com conhecimento de causa.

 

“ Quando você perceber que, para produzir, precisa de autorização de quem não produz nada; Quando comprovar que o dinheiro flui para quem negoceia não com bens, mas com favores; Quando perceber que muitos ficam ricos, pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; Quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; Então poderá afirmar sem temor de errar, que a sua sociedade está condenada”

publicado por luzdequeijas às 18:03
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Domingo, 26 de Maio de 2013

SER EDUCADO

De nada adiante possuirmos as qualidades e competências necessárias para evoluir no nosso século se não tivermos uma postura adequada para crescer coletivamente. Infelizmente, alguns dos seres existentes na nossa geração mantêm hábitos que sempre foram considerados desnecessários em qualquer época. Dizer palavrões, mesmo que nos digam o contrário, não é salutar ou elegante. Usar um vocabulário para se conseguir expressar sem recorrer a extremos, é uma qualidade. Respeitar as pessoas de todas as gerações ou posições sociais é, acima de tudo, uma regra de ouro.

A geração pode ser a sua, mas ainda vivemos numa sociedade que pertence a todos.

Ter uma postura educada é essencial e não é nada antiquado como certas pessoas pensam. Ser educado e respeitador são, acima de qualquer suspeita, posturas a manter, desenvolver e compartilhar. A bem de todos nós e da sociedade em geral.

 

publicado por luzdequeijas às 20:41
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COMO PORTUGUÊS REPUDIU

PORTUGAL NÃO PODE CONTINUAR A MANTER NA AR e mesmo em sincatos e partidos, gente que não respeita as instituições nem as pessoas como o Presidente da República, com um currículo enorme ao serviço deste país (goste-se ou não dessa pessoa). Alguém tem de dizer basta e para começar esse alguém TEM DE SER A SENHORA PRESIDENTE DA AR E OS DEMAIS ÓRGÃOS COMPETENTES. É UMA VERGONHA A LINGUAGEM DESRESPEITOSA UTILIZADA POR ESTA GENTE, DITA DE ESQUERDA! Será no entanto de aproveitar os altos conhecimentos desta jovem para abolir as eleições da nossa democracia, basta que ela diga (Catarina Martins) quem ganha!! 

 

De resto, NINGUÉM DEVE SER TRATADO DE FORMA TÃO RASTEIRA POR GENTE PAGA POR TODO O POVO PORTUGUÊS.

 

"Cavaco Silva «desprestigia» Presidência da República, acusa BE

 

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins afirmou hoje, em Vila Real, que Cavaco Silva «desprestigia» como «nunca tinha sido feito» o cargo de Presidente da República porque defende um Governo que já ninguém quer." DIÁRIO DlGITAL

 

 

publicado por luzdequeijas às 19:56
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O AVILTAMENTO DO REGIME

14 Agosto 2009 - 00h30

Direito ao Assunto

O presidente e a democracia

Fechada a legislatura, não faria mal reconhecer que o Presidente tentou conter o aviltamento do regime.

A coexistência entre o presidente e o governo presta-se a ser relatada de muitas maneiras. Para uns, é uma guerrilha; para outros, uma telenovela. Vimos isso a semana passada com o caso do Prof. Lobo Antunes. No entanto, a história mais importante da presidência de Cavaco Silva não é a da relação com o actual primeiro-ministro, mas outra: a resistência presidencial à degradação partidária da democracia.

O Estatuto dos Açores e a lei de financiamento dos partidos ilustram esse processo. No caso dos Açores, os partidos não hesitaram em violar a constituição por razões eleitorais. Com a lei do financiamento, criaram para si próprios uma espécie de offshore interno. Todos os partidos aprovaram – só o presidente desaprovou.

Através do Estado, os partidos têm muito poder. A tentação para exorbitarem – ignorando a lei, outorgando-se privilégios ou sujeitando a vida pública ao funil do facciosismo – é enorme. Ora, a democracia não consiste só na possibilidade de votar em diferentes partidos, mas também na garantia contra o abuso do poder por esses partidos.

Fechada a legislatura, não faria mal a ninguém reconhecer que o presidente Cavaco Silva tentou conter o aviltamento do regime. Tal como a proverbial andorinha, só o presidente não faz a democracia – mas, na ausência de cultura cívica, ainda faz alguma diferença.

Rui Ramos, Historiador
publicado por luzdequeijas às 16:20
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SERÁ VERDADE?

ROUBA-SE MUITO EM PORTUGAL

 

 

 "PORTUGAL NÃO TEM DIMENSÃO PARA SE ROUBAR TANTO". diz ex-presidente da CIP

O presidente do Fórum para a competitivida considera que "temos uma classe política e até governantes que não têm conhecimento da realidade ". Não lamenta a saída do ex-ministro Manuel Pinho do Governo. "Ninguém teve pena. Toda a gente sabe que ele é maluco. O papel do ministro da Economia é "safar postos de trabalho", como ele disse ?" Ferraz da Costa diz que a única forma de contrariar a difícil situação económica é tornar Portugal mais competitivo para poder exportar mais, o que se consegue através da formação dos jovens que estão a entrar no mercado de trabalho. EB

Expresso 15-08-2009

 

diz Pedro Ferraz da Costa.

publicado por luzdequeijas às 16:14
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A GESTÃO POLÌTICA!

As concessões rodoviárias ajudicadas pela Estradas de Portugal ficaram 57% acima do custo inicial, revelou esta semana o Negócios, dando mais uma má notícia aos portugueses e outra dor de cabeça ao ministro Mário Lino. As Obras Públicas não desmentiram a notícia, preferindo realçar que as seis concessões em causa acabaram por custar menos do que os Estudos de Viabilidade indicavam. Como em tudo, o copo pode estar meio-cheio, ou meio-vazio. A escolha é feita "à vontade do freguês".

SOL   14-08-2009 

publicado por luzdequeijas às 16:12
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Sábado, 25 de Maio de 2013

A PÁTRIA MAIS AMADA

 Autodefinição

Na folha branca de papel faço o meu risco.

Retas e curvas entrelaçadas.

E prossigo atento e tudo arrisco na procura das formas desejadas.

São templos e palácios soltos pelo ar, pássaros alados, o que você quiser.

Mas se os olhar um pouco devagar, encontrará, em todos, os encantos da mulher.

Deixo de lado o sonho que sonhava.

A miséria do mundo me revolta.

Quero pouco, muito pouco, quase nada.

A arquitetura que faço não importa.

O que eu quero é a pobreza superada,

a vida mais feliz, a pátria mais amada.

Óscar Niemeyer

publicado por luzdequeijas às 17:25
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CONTINUANDO A RELEMBRAR

Sábado, 4 de Setembro de 2010

AS "ASSOCIAÇÕES" NAS ASSOCIAÇÕES ! Parte II

Em Janeiro de 2002 fomos para a Igreja. Fez-se uma AG para reeleger Jeni Martins, a quem sempre dei o meu melhor apoio. Foi a última AG presidida por João Paiva, que deixou de aparecer, sem dar informações nem fazer a acta, certamente por amor à arte. Em 2005 a D. Jeni foi morar para o norte e, entretanto, pediu-me para assumir a presidência da ACQ. Aceitei, na condição de haver eleições e fazer voltar o João Paiva ao seu lugar de presidente da Mesa da ACQ. Ganhei as eleições e assumi a liderança. Quanto à D. jENI, sempre se lhe ofereceu o lugar de vice-presidente, embora ela, muito raramente viesse às reuniões de Direcção, ou outras. No período em que continuei como presidente entre Maio e Dezembro, passaram-se coisas de bradar aos céus. João Paiva apresentou numa AG uma carta anónima acusando-me de fazer desaparecer dinheiro de subsídios. Não o poderia ou deveria ter feito. Naquela AG o ponto único em agenda era, aprovação das contas de 2008. Hoje, sei que foi obra deste “grupo de amigos” e a carta anónima também foi elaborada por eles, mais precisamente por um casal que por lá anda. Fizeram publicar no Boletim da CMO dados errados no valor atribuído à ACQ, para me comprometerem! Reagi, e obriguei a CMO a que, por escrito, publicasse um desmentido confirmando os dados errados postos no seu Boletim. Assim foi.

Outra carta anónima, haveria de aparecer, com a mesma origem, foi remetida para a CMO, acusando a Direcção de “aldrabar” as informações que enviava à câmara. Nova mentira, sem que alguém se dignasse tomar a responsabilidade da acusação! A carta anónima foi direitinha à Reunião de Câmara! A CMO pode mostrá-la, mas tudo o que sei, foi-me informado particularmente! A câmara nunca me pediu explicações, mas, cortou o subsídio da ACQ do 4.º Trimestre. Começa aqui a haver demasiadas coincidências entre este “grupo de amigos” e a própria CMO. Cabe-me aqui, refutar todas estas maldosas insinuações, como já fiz comprovadamente e, dizer que me envergonhava de ter tais atitudes para com colegas da mesma associação. São comportamentos reprováveis, de gente sem carácter e, é esta gente que tomou conta da ACQ, de forma totalmente anti-democrática. O outro elemento a abater, era e sou, eu próprio.

 Ao invés de quem usa cartas anónimas, eu quero aqui declarar serem totalmente falsas as declarações do Presidente da ACQ (?) quando afirma ao Jornal de Oeiras ter a ACQ (200) sócios. Nem cinquenta e, está em marcha nova debandada! É completamente falso quando ele afirma ter a ACQ 80 alunos. Não passarão de 20 e poucos, contando com gente dos Órgãos Sociais que têm de ser alunos! Desta forma, reponho alguma da verdade, haveria ainda muito mais a dizer, mas quero assinar orgulhosamente este documento, repudiando as cartas anónimas, tão ao jeito de gente que está na ACQ, por amor à arte. Infelizmente, estão por todo o lado!

É minha convicção, haver estranhas ligações de tudo o que acabo de escrever, com a Junta de Freguesia de Queijas e o próprio Movimento IOMAF. As ligações estão à vista de toda a gente!

Assina

António Reis da Luz

03-09-2010

 

Comentário anexo

 

De Joaquina Santos a 2 de Setembro de 2010 às 23:15
Deparei-me hoje com um exemplar do Jornal de Oeiras de 31 de Agosto, o qual, na página 4, além de um extenso anúncio dos SMAS , que decerto ajudou em muito a publicar o artigo exposto ao lado do mesmo. Coincidência?A jornalista que escreveu este artigo não primou pela isenção, primeira regra do jornalista. Ou então deram-lhe o texto de mão beijada, porque era isto que tinha de ser publicado.
Mas a minha versão dos factos é outra!
Logo no título cometem um erro. Junt'arte , não existe por amor á arte, mas por amor a interesses obscuros. Tanto que a arte de que falam elimina personas não gratas no circulo de sócios, que até tivessem muito a ensinar-lhes. Os sócios são escolhidos a dedo, ou são ricos ou caminham para lá ou são convenientes.
E que arte? Não vejo que haja agora tanta arte como há alguns anos atrás
Depois foi fruto de 3 mulheres que amam a arte? Lindas palavras, mas esqueceram-se que o grande Obreiro foi António Reis Luz, que na altura era Presidente da Junta de Queijas, sempre a actualizar-se, sempre a tentar fazer exposições, sempre a convidar para a ACQ quem ele considerava ser uma mais valia. Com muitos enganou-se. Estavam ali, reformados, sem mais nada para fazer e de repente com a última mudança de autarcas, subiu-lhes á cabeça um fenómeno a que eu chamo, ciclone dos invisíveis
Portanto quem fundou a Junt'arte foi o Reis Luz.
Quem permaneceu á frente da junt'arte até finais do ano de 2009, foi o Reis Luz, quem fez variadíssimas exposições foi o Reis Luz, quem conseguiu subsidio da Câmara foi o Reis Luz. E foi ele que foi difamado, foi a ele que acusaram de roubar a Associação. E foi o Casal Sardela que incentivou a desconfiança, que difamou e que continua agora a usufruir do roubo que não fora feito, sem nunca ter pedido desculpa pela difamação.
A porta voz fui eu, mas, quando vi o erro, pedi desculpa a quem insultei e esperava que eles fizessem o mesmo. Foram eles que me levaram a acreditar que até um forno para cozer vidro tinha sido roubado pelo Reis Luz. Esse forno, estava na referida casa de D.Miguel , edifício a cair que valeu uma traição a um amigo de longos anos. Esse senhor Fernando Marques nem foi capaz de dizer a verdade quando o confrontaram com a compra da casa pela CMO . Mas se não há dinheiro, como é que o PJ e o PCMO vão explicar isto? Claro que eles não vão ter de dar explicações, fazem do seu dinheiro o que bem entendem, mas que isto é um jogo muito mal cheiroso é. E, Um dos senhores da Junta, ainda o Reis Luz não sonhava a que velocidade lhe iam pôr os patins, já tinha dito que assim que tomassem posse a ACQ desaparecia, que a CMO lhe cortou o subsidio e que o Reis Luz ia ser posto fora. Ele sabe quem é. E dou-lhe um conselho...não se meta nem comigo nem com os meus, porque eu ainda sei muito mais.
Dos outros, que são honestos, tenho pena. Mas vejo aqui um Paiva que não pinta nada de nada, vejo um Dias, por quem eu sentia respeito e pela Esposa Arlinda, e que agora penso "porquê". Tanto navegam no rio como no mar, pode ser que se afoguem nos próprios actos. Claro que o Paiva está a clamar por notoriedade. Quer ser conhecido, se calhar ainda pensa fazer o mesmo ao actual PJ. Ele que se cuide!
Estas pessoas que são agora "donos " da ACQ são muito capazes de lhe passar uma rasteira, inventarem-lhe um qualquer desvio e tá no ir, mesmo sem patins.Até porque eles devem ser os próximos candidatos á Junta. Estão a aproximar-se! Queijas Cuidado, defendam o actual PJ, porque estes senhores são bem capazes de o empurrar para o abismo.
Tenho dito
publicado por luzdequeijas às 12:28
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RELEMBRANDO 2009

Quinta-feira, 20 de Agosto de 2009

A PENSAR NO INTERESSE DO PAÍS ? ( I )

PORTUGAL ENCURRALADO

 

                   PARTE I

Ricardo Rodrigues exalta-se: "Oh, Bruno, desliga o telefone a esse gajo! Ou ele traz as listas completas e toda a documentação ou não há mais conversa! Desliga! Desliga!"

Ângelo Pereira fica a falar sozinho.

O CDS e o PPM são também incansáveis na procura de alternativas à sabotagem de Algés.

Ricardo Rodrigues, grande timoneiro, apoiado na sua pequena mas grande equipa, afirma:

"Os gajos querem-nos tramar, os gajos não vão apresentar nada, querem tramar-nos, não querem que o PSD apresente candidatos às freguesias deles. Pensam que somos totós, vão-se lixar!"

Agarra no telefone e liga para Alda Lima, a descartada Presidente da Junta de Freguesia de Algés:

"Alda, os gajos querem-nos lixar. Não vão apresentar candidatos a Algés e às outras. O nome do Prof. Elísio Gouveia para te substituir é "bluff", é treta, é mentira. Já enganaram o Tiago Cartaxo, que ia ser o candidato ao Dafundo e passaram a perna à Susana, da Jota. Fala com o nosso pessoal leal ao PSD e faz equipa para Algés. O CDS e o PPM também nos disponibilizam pessoal. Não falhes."

 

Na Sede continua a trabalhar-se afincadamente. O discernimento já não é o melhor. De vez em quando tem de se vir à rua apanhar ar fresco, lá dentro o calor é insuportável (se vissem as condições em que a candidatura trabalha teriam mais respeito por eles).

Madrugada dentro vão acontecendo os telefonemas, acordando a Isabel Sande e Castro, a Elisabete Mota, ambas do CDS, liga-se para a Isabel Meirelles a dar-lhe contas dos últimos detalhes, nomeadamente as alternativas para tornear a TRAIÇÃO da Secção algesense. A candidata da Coligação "MAIS OEIRAS", Isabel Meirelles decide dar uma última oportunidade a Algés:

"Ricardo, quero a Susana Santos na lista da Vereação. Ela está a ser manipulada, é boa moça, inteligente, nota-se que está a ser pressionada. Se ela aceitar, que traga a papelada para fecharmos as listas. Se até às 7 horas as listas não estiverem nas suas mãos e nas do Bruno, faça o que acordamos. 7 horas é a "dead line".

Bruno Pires liga para Susana Santos, que afirma aceitar o convite para a Vereação e compromete-se a pôr a Jota de Algés a trabalhar para a candidatura.

Susana vai confidenciar com Ângelo Pereira que, alarmado, terá ligado para Helena Lopes da Costa. Esta fica preocupada e diz ao seu peão de brega para "embalar" a Presidente da JSD.

Na Sede da "MAIS OEIRAS" alguém consegue acordar três militantes do PSD, há algum tempo afastados das lides partidárias. Postos ao corrente da situação e da TRAIÇÃO de HLC e ACP aceitam ser candidatos a Carnaxide e Queijas. Um dos elementos do "staff" sai pelas 4.30 horas, leva os termos de candidatura já preenchidos, retirados do AUDIMA, e vai ao encontro destes GRANDES MILITANTES que, sem rebuço, assinam o requerimento a solicitar a Certidão de Eleitor e o Termo de Candidatura. Trazem-se os seus cartões de eleitor e BI para serem fotocopiados. Às 5.15 horas já os documentos de identificação já lhes foram devolvidos.

DOMINGO, 16 DE AGOSTO, 6.58 horas: alguém alerta: "está a chegar um mail de Algés." Ricardo Rodrigues, extenuado grita: "Bruno, abre isso depressa, vê lá o que os gajos dizem."

A mensagem é aberta e a réstea de esperança numa possível UNIDADE esfuma-se:

"É a lista, mas em vez da Susana eles indicam o Ângelo para a Vereação. Estes tipos andam a gozar connosco. Mesmo assim, nada dizem sobre a documentação."

Bruno Pires ainda esboça uma tentativa de ligar para Ângelo Cipriano, sendo impedido pelo Director de Campanha:

"Acabou. Não ligas nada. Vou ligar à Dra. Isabel Meirelles e pô-la ao corrente."

DOMINGO, 16 DE AGOSTO, 7.10 horas: a candidata do PSD/CDS-PP/PPM é acordada (se é que dormiu) mais uma vez pelo seu Director de Campanha. Posta ao corrente da situação determina:

"Ricardo, deixamos de ser bonzinhos. Conclua as listas com as pessoas dispostas a colaborar, VAMOS APRESENTAR CANDIDATOS A TODAS AS FREGUESIAS!"

Extenuados mas cheios de "alma até Almeida" todos os envolvidos nesta árdua tarefa decidem regressar às suas casas, levando as pastas das candidaturas.

DOMINGO, 16 DE AGOSTO, 21.30 horas: está reunida a Comissão Política Distrital de Lisboa, presidida por Carlos Carreiras, para tomar posição sobre as listas de Lisboa, Sintra e Oeiras.

A Secção de Algés está em força: Helena Lopes da Costa, Ângelo Pereira, Armando Soares, Susana Santos e João Annes, entre outros.

A Secção de Oeiras está representada por Alexandre Luz, Bruno Pires e Ricardo Rodrigues.

Lá dentro, Helena Lopes da Costa tenta destruir o trabalho feito pela equipa de Ricardo Rodrigues. HLC consegue convencer alguns elementos da Distrital, mexendo nas listas e incluindo alguns militantes "seus", sem contudo apresentar a indispensável documentação (Certidão de Eleitor e Termo de Aceitação de Candidatura). A Distrital, quiçá pressionada pela Nacional, onde Helena tem grandes apoios, cede.

Com ar triunfante e com o seu maquiavélico plano na mente (não é por acaso que Helena Lopes da Costa cita constantemente Nicolau Maquiavel e a sua obra "O Príncipe") vem para a Rua da Junqueira e começa a fazer vários telefonemas. Todos os outros algesenses - Armando Soares, João Annes, Susana Santos e Ângelo Pereira - a imitam. Vê-se que estão nervosos, andam dum lado para o outro, desligam e fazem nova chamada.E continuam por vários minutos a ligar e a desligar.

São 22.45 horas quando Helena Lopes da Costa abandona o local no Toyota conduzido por João Annes, com Armando Soares atrás.

Ricardo Rodrigues observa o ambiente e chama o Bruno Pires:

"Bruno, temos de ir já para a Sede. A Helena está a preparar algo. O ar de triunfo com que saiu não me agrada nada. Ela tem alguma na manga."

Alexandre Luz fica a acompanhar a Assembleia, que se prolongaria madrugada dentro.

(continua...)

 

publicado por luzdequeijas às 12:19
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AQUILO QUE VAI FICAR

QUEIJAS -  ELEVAÇÃO A VILA

Porquê  Vila ?

A freguesia de Queijas evoluiu, em poucos anos, de pequeno aglomerado e dormitório para uma área urbana em expansão, na qual a edificação de novos equipamentos estava a trazer a qualidade esperada. Nesta perspectiva começou, quase colectivamente a sonhar em ser Vila, o que só foi possível graças ao dinamismo e desenvolvimento de que foi alvo nos últimos anos.

Com efeito, os novos equipamentos e entre eles a construção sequencial da Escola Básica n.3, Escola C+S Professor Noronha Feio e, agora o novo Mercado, com o Posto da GNR, vieram trazer a esta localidade uma nova coerência e uma nova forma de vida.

Empresas a instalarem-se na freguesia, um Hotel, a nova Igreja de S. Miguel Arcanjo e o Centro Social.

O urbanismo em expansão crescente, com qualidade, e longe dos índices de ocupação dos bairros de betão.

O pioneirismo na recolha selectiva de lixo, os novos arruamentos e reforço da iluminação pública são outros beneficios bem visíveis, coroados pela notável obra da Fonte escultórica e cibernética de S.Miguel Arcanjo, que transformou a rotunda de Queijas num portal de grande simbolismo e impacto visual e também pela estátua cheia de beleza da Madre Maria Clara.

Se a tudo isto somarmos o êxito alcançado no realojamento, foram eliminados 5 

bairros de barracas (Taludes, Beco dos Pombais, Atrás dos Verdes, Rocha e Suave Milagre) onde quase 2000 pessoas viviam em condições degradantes e passaram a ter a sua casa bem confortável.

 

Ficámos então, com um conjunto de razões de sobra para que a população da Freguesia esteja agora ao melhor nível do Concelho a que justamente pertence, razão pela qual a elevação de Queijas a vila, não era mais do que o reconhecimento e corolário do nosso desenvolvimento.

Em entrevista a um órgão de comunicação social, o Presidente da Junta, António Reis Luz , afirmou então :

          

             " É minha convicção que Queijas tem um futuro risonho !!! "

 

O sonho a caminho da realidade

Foi então que o Presidente da Junta meteu mãos à obra, começando por se inteirar do caminho a seguir para Queijas chegar a vila..

Leu a legislação adequada, informou-se e começou a elaborar o projecto a ser remetido à Assembleia da República, através do Grupo Parlamentar de um partido, no caso, viria a ser o do Partido Social Democrata.

A fundamentação requereu muito trabalho de investigação, dado que, muito pouca ou nenhuma informação havia disponível sobre este "Lugar de Queijas".

Lida a legislação aplicável, Lei 11/82 de 2 de Junho, fica-se a saber que uma povoação só pode ser elevada à categoria de vila quando conte com um número de eleitores, em aglomerado contínuo, superior a 3.000 e possua, metade dos seguintes equipamentos colectivos:

a)       Posto de assistência médica;

b)       Farmácia;

c)       Casa do Povo, dos Pescadores, de espectáculos, centro cultural, ou outras colectividades;

d)       Transportes públicos colectivos;

e)       Estação dos CTT;

f)         Estabelecimentos comerciais e hotelaria;

g)       Estabelecimento que ministre escolaridade obrigatória;

h)       Agência bancária.

 

De todas as condições exigidas, Queijas só não possuía o Posto Médico, mas só necessitava de ter metade das condições acima descritas.

 

Para além de uma Nota Justificativa de abertura do processo, a fundamentação abordou :

§         Dados geográficos e Administrativos.

§         Resumo histórico

§         Condições sócio-económicas.

Sector secundário- Unidades industriais

Sector terciário. Actividades comerciais mais representativas; Serviços; Equipamentos Social; Educação e ensino ( público e privado); Comunicações e transportes; Actividades sociais e culturais; Equipamento desportivo e colectividades.

 

Se alguém pensa que a elevação de uma qualquer terra a vila, cidade etc. , está dependente de uma só pessoa, está de facto totalmente errado.

A decisão pode começar pela iniciativa de uma pessoa, a elaboração da fundamentação também, mas uma vez iniciado o processo, todas as decisões são tomadas por órgãos colectivos, como segue:

¨      Aprovação no Executivo da Junta

¨      Aprovação na Assembleia de Freguesia

§         Envio para a Assembleia da Republica através de um Grupo Parlamentar

§         Desce para parecer

¨      Ao Executivo Camarário

¨      À assembleia Municipal

Ø      Volta à Assembleia da Republica para aprovação em reunião plenária

 

Foi exactamente todo esta caminhada que o pedido e respectiva fundamentação fez, até ao dia da Aprovação em plenário da Assembleia da Republica.

 

O pedido de elevação de Queijas a vila, feito pela Junta de Freguesia de Queijas, havia dado entrada na Assembleia da República em 10/10/2000, apresentado pelo Grupo Parlamentar do PSD, ao cuidado do Dr. Marques Mendes, tornando-se então no Projecto de Lei N.º 311/VIII, após o que foi apreciado na Comissão Parlamentar de Administração e Ordenamento do Território.

Chegou à Assembleia Municipal de Oeiras, para ser aprovado em 27 de Novembro de 2000.

Obteve aprovação no Executivo Camarário em 14 de Fevereiro de 2001, com realce para o facto de Queijas já dispor de 8429 habitantes e na relação de equipamentos colectivos e dos estabelecimentos que compõem os sectores secundário e terciário, totalizarem vinte e sete unidades funcionais e cento e sessenta e uma unidades, respectivamente.

A Elevação de Queijas a Vila foi votado por unanimidade em todos os órgãos executivos e deliberativos onde foi submetida a aprovação, até ser submetido à decisão final na Assembleia da República em 03 de Abril de 2001.                                Em dia de grande festa, 7 de Junho de 2001, havia centenas e centenas de pessoas e autocarros à volta das instalações da AR, vindas de todas as partes do País para assistirem a aprovações similares, foi aprovada a elevação de Queijas a Vila, através da Lei n.º 56/2001, publicada no Diário da República  n.º 160 I - A série de Quinta Feira , 12 de Julho de 2001.

O então Presidente da Junta de Queijas esteve presente no parlamento, assistiu e, já noite, chegou a Queijas com a boa-nova.

No dia 23 de Abril de 2001, na Sessão Ordinária N.2/2001 (1.ª Reunião), foi aprovada na Assembleia Municipal uma Moção sobre a elevação de Queijas a Vila, considerando que este facto se traduz  numa importante valorização da localidade e das respectivas populações.

 

publicado por luzdequeijas às 12:12
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VELHO

http://www.youtube.com/watch?v=xRzyUBwyNTE

 

Mais antigo

Parado e atento à raiva do silêncio
De um relógio partido e gasto pelo tempo
Estava um velho sentado no banco de um jardim
A recordar fragmentos do passado

Na telefonia tocava uma velha canção
E um jovem cantor falava na solidão
Que sabes tu do canto de estar só assim
Só e abandonado como o velho do jardim?

O olhar triste e cansado procurando alguém
E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver
A imagem da solidão que irão viver
Quando forem como tu
Um velho sentado num jardim

Passam os dias e sentes que és um perdedor
Já não consegues saber o que tem ou não valor
O teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim
Para dares lugar a outro no teu banco do jardim

O olhar triste e cansado procurando alguém
E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver
A imagem da solidão que irão viver
Quando forem como tu
Um resto de tudo o que existiu
Quando forem como tu
Um velho sentado num jardim

Mafalda Veiga - Velho*

publicado por luzdequeijas às 11:49
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CHEGA! PUNAM OS CULPADOS


 

“…Ontem tive o azar de apanhar o PM do país onde nasci, a explicar das suas razões para uma mais que certa retroactividade de cortes aos pensionistas "que estão a receber".(sic)

Fui educada numa família de gente séria que trabalhava para sustentar os seus e que considerava ser essa a obrigação de todos aqueles que tinham decidido constitui-la.

Trabalho para viver do modo que sempre vivi, pois a reforma que recebo e o que este Estado me tira - estou a ser educada - não me permitiriam viver apenas dela. E tenho a sorte de ainda haver quem prefira comprar um livro meu a uma camisola básica.Essa é que é essa.

Dito isto, desliguei a televisão irritadíssima. Pronunciei alto umas palavras que não costumo usar e deitei-me. Tive uma noite de insónia, revoltada com o que ouvira e decidi que ninguém me poria a vista em cima neste fim de semana. Era a minha única forma de evitar eventuais desaguisados.

Hoje levantei-me e fui à missa pela minha Mãe, que faria anos se fosse viva. E sabem que mais? Fui comer sardinhas assadas lá para as bandas do Tejo, beber sangria e caminhar ao sol. Desanuviei

O Dr Gaspar e a reforma do Estado podem levar-me a pensão, podem levar-me o pouco que tenho no banco para uma doença, mas não hão-de conseguir nem levar-me a voz, nem levar-me a alegria de estar viva. Porque eu não quero e porque eu não deixo!...”

 

HSC

 

publicado por luzdequeijas às 11:42
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Sexta-feira, 24 de Maio de 2013

NO FUTURO SEREI MENDIGO?

O MEU TESTAMENTO

 

Agora, no fim da vida,

Como mendigo que sou,

Me sinto preocupado,

Intrigado, e num momento,

Me pergunto, embaraçado,

Se faço ou não testamento?

Não tendo, como não tenho

E nunca tive ninguém,

P´ra quem é que eu vou deixar

Tudo o que eu tenho:

Os meus bens?

P´ra quem é que vou deixar,

Se fizer um testamento,

Minhas calças remendadas,

O meu céu, minhas estrelas,

Que não me canso de vê-las

Quando ao relento deitado

Deixo o olhar perdido,

Distante, no firmamento?

Se eu fizer um testamento

P´ra quem é que vou deixar

Minha camisa rasgada,

As águas dos rios, dos lagos,

Águas correntes, paradas,

Onde às vezes tomo banho?

P´ ra quem é que vou deixar,

Se fizer um testamento,

Vaga-lumes que em rebanhos

Cercam meu corpo de noite,

Quando o verão é chegado?

Se eu fizer um testamento

P´ra quem é que vou deixar

Mendigo assim como sou,

Todo o ouro que me dá

O sol que vejo nascer

Quando acordo na alvorada?

O sol que seca meu corpo

Que o orvalho de madrugada

Com sua carícia molhou?

P´ra quem é que vou deixar,

Se fizer um testamento,

Os meus bandos de pardais,

Que ao entardecer, nas árvores,

Procuram se divertir,

P´ra quem é que vou deixar

Estas folhas de jornais

Que uso para me cobrir?

Se eu fizer um testamento

P´ra quem é que vou deixar

Meu chapéu todo amassado

Onde escuto o tilintar

Das moedas que me dão,

Os que têm alma boa,

Os que têm bom coração?

E antes que a vida me largue,

P´ra quem é que vou deixar

O grande “stock” que tenho

Das palavras,“Deus lhe pague”?

P´ra quem é que vou deixar,

Se fizer um testamento

Todas as folhas de Outono

Que trazidas pelo vento

Vêm meus pés atapetar?

Se eu fizer um testamento

P´ra quem é que vou deixar

Minhas sandálias furadas,

Que pisam mil caminhos,

Estradas por onde andei

Em andanças vagabundas?

P´ra quem é que vou deixar

Minhas saudades profundas.

Dos sonhos que não sonhei?

P´ra quem é que vou deixar,

Se fizer um testamento,

Os bancos dos meus jardins,

Onde durmo e onde acordo

Entre rosas e jasmins?

P´ra quem é que vou deixar,

Todos os raios de luar

Que beijam as minhas mãos

Quando num canto da rua

Eu as ergo em oração?

Se eu fizer um testamento

P´ra quem é que vou deixar

Meu cajado, meu farnel,

E a marca deste beijo

Que uma criança deixou

Em meu rosto

Perguntando

Se eu era o Papai Noel?

P´ra quem é que vou deixar,

Se fizer um testamento

Este pedaço de trapo

Que no lixo eu encontrei

Que transformei em lenço

Para enxugar minhas lágrima

Quando fingi que chorei

Se eu fizer um testamento …

Testamento não farei!

Sem nenhum papel

Passado,

Que a papéis eu não ligo,

Agora estou resolvido:

O que eu tenho deixarei,

P´ra qualquer outro mendigo,

Depois que eu tiver morrido,

Ser tão feliz quanto eu sou.

publicado por luzdequeijas às 18:42
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À PROCURA DE SINAIS

Massa crítica

 

 Sinais

 

Toda a gente anda à procura de sinais. Os crentes procuram-nos nas estrelas, nos búzios, nas cartas ou nas igrejas. Outros tentam encontrá-los onde deve ser, ou seja, nos indicadores económicos. O ministro das finanças, por exemplo, também já deu sinais. Não se sabe se está entre os crentes, ou nos outros.

Trata-se de uma actividade que está a excitar políticos e economistas de todo o mundo. Uns vêem sinais de retoma, outros nem por isso. Mesmo aqueles que antes não conseguiram ver sinais da crise, conseguiram agora vislumbrar sinais de esperança. É como recuperar a visão depois de uma operação às cataratas. Um milagre.

O estado de alerta reage a qualquer movimento. A bolsa sobe ? É, sinal de retoma. Desce ? É sinal de ajustamento. O BCP apresenta lucros ? Isto está a melhorar. Não são tão bons como se esperava? Afinal, a crise vai durar mais do que se pensa. Andamos assim. Bipolares. Um dia eufóricos, com uns sinais, um dia deprimidos, com o sinal contrário. Na grande depressão dos anos trinta aconteceu o mesmo. A retoma foi anunciada centenas de vezes. É claro que a crise não durará sempre.

Adivinhar que um dia a retoma económica chegará é como acertar no totoloto depois da extracção. Mais complicado é acertar no quando e no como é que ela vai chegar. 

Por isso devemos procurar os sinais certos, positivos ou negativos. Há, de facto, sinais de que a economia americana pode recuperar mais cedo. Mas, ao contrário do que alguns nos andaram a dizer, há sinais de que a Europa terá uma crise mais prolongada e mais profunda do que a do Estados Unidos.

Há sinais, como se esperava, de que a economia portuguesa vai recuperar ainda mais tarde do que a maioria dos países europeus. Pura adivinhação ? Não ! Estamos dependentes dos outros. Mas não só. Há sinais de descontrolo orçamental, o que dificultará a retoma. Há sinais de que a banca pode ter mais dificuldades do que aquelas que aparenta. O que vai atrasar o apoio ao investimento.

Há sinais de que alguns sectores de actividade não irão recuperar, mesmo depois da crise. Há sinais de que as pessoas estão cansadas. De onde resulta não um sinal, mas umas quantas certezas.

O desemprego veio para ficar. O ajustamento vai ser duro e difícil. O nível de vida vai piorar. Podemos ter conflitos sociais graves. Precisávamos de um sinal, é verdade. O sinal de que alguém está a preparar o pós-crise.

Expresso - 23-05-2009 - Luís Marques 

publicado por luzdequeijas às 18:37
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O ESTADO DO PAÍS

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA É INSULTADO e as pessoas ainda aplaudem. Este é o estado da falta de respeito contínuo a que assistimos diariamente nas televisões, na rua, na AR, etc, que povo é este?

 

"Cavaco Silva insultado na sua página do Facebook após fazer queixa de Sousa Tavares

A página no Facebook do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, está a ser inundada com comentários insultuosos após o chefe de Estado ter pedido esta sexta-feira à Procuradoria-Geral da República que analisasse as declarações de Miguel Sousa Tavares ao Jornal de Negócios em que o escritor e comentador apelida Cavaco Silva de «palhaço»."

 

Diário Digital

publicado por luzdequeijas às 18:09
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NOUTRAS BANDAS - DIZ-SE ....

Sabem que, na bancarrota do final do Século XIX que se seguiu ao ultimato Inglês de 1890, foram tomadas algumas medidas de redução das despesas que ainda não vi, nesta conjuntura, e que passo a citar:
A Casa Real reduziu as suas despesas em 20%; não vi a Presidência da República fazer algo de semelhante.
Os Deputados ficaram sem vencimentos e tinham apenas direito a utilizar gratuitamente os transportes públicos do Estado (na época comboios e navios); também não vi ainda nada de semelhante na actual conjuntura nem nas anteriores do Século XX.


SEM COMENTÁRIOS.
Aqui vai a razão pela qual os países do norte da Europa estão a ficar cansados de subsidiar os países do Sul.


Governo Português:

3 Governos (continente e ilhas)

333 deputados (continente e ilhas)

308 câmaras

4259 freguesias

1770 vereadores

30.000 carros

40.000(?) fundações e associações

500 assessores em Belém

1284 serviços e institutos públicos

Para a Assembleia da República Portuguesa ter um número de deputados "per capita" equivalentes à Alemanha, teria de reduzir o seu número em mais de 50%
O POVO PORTUGUÊS NÃO TEM CAPACIDADE PARA CRIAR RIQUEZA SUFICIENTE, PARA ALIMENTAR ESTE ESTADO ESBANJADOR!
É POR ESTAS E POR OUTRAS QUE PORTUGAL É O PAÍS DA EUROPA EM QUE SIMULTANEAMENTE SE VERIFICAM OS SALÁRIOS MAIS ALTOS A NÍVEL DE GESTORES/ADMINISTRADORES E O SALÁRIO MÍNIMO MAIS BAIXO PARA OS HABITUAIS ESCRAVIZADOS.
 
publicado por luzdequeijas às 14:31
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FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

CORRE POR AÍ ...Mais, desde 2005 o próprio Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e não para a CGA e ADSE (têm Contratos Individuais de Trabalho, tal como as empresas privadas)
Então 
e o Estado desconta 23,75%, como qualquer Empresa Privada? Claro que não!...
Outra questão se pode colocar ainda.
Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam para a Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE?
Há poucos meses, um conhecido Economista, estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo Estado, rondaria os
 70.000 Milhões?!

Ou seja, pouco menos, do que o Empréstimo da Troika!...
Ainda há dias falando com um Advogado amigo, em Lisboa, ele me dizia que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
A síntese que fiz, é para que os mais Jovens, que estão já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!...
Falta falar da CGA dos funcionários públicos, assaltada por políticos sem escrúpulos que dela tiram reformas chorudas sem terem descontado e sem que o estado tenha reposto os fundos do saque dos últimos 20 anos.
Quem pretender fazer um estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao INE.


SEM COMENTÁRIOS...mas com muita revolta....

        
publicado por luzdequeijas às 14:26
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SERÁ VERDADE?

A INSUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL
A Segurança Social nasceu da Fusão de praticamente todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos
 Governos , depois do 25 de Abril de 1974.
As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das
 Empresas Privadas (23,75%) e dos seus Empregados (11%).

O Estado nunca lá pôs 1 centavo.
Nacionalizando aquilo que aos Privados pertencia, o Estado apropriou-se do que não era seu.
Com o muito, mas muito dinheiro que lá existia, o Estado passou a ser "mãos largas"!

Começou por atribuir Pensões a todos os Não Contributivos 
Ao longo do tempo foi distribuindo Subsídios para tudo e para todos.
Como se tal não bastasse, o Governo  (1995/99) criou ainda outro subsídio (Rendimento Mínimo Garantido) em 1997, hoje chamado RSI.
E tudo isto, apenas e só, à custa dos Fundos existentes nas ex-Caixas de Previdência dos Privados.
Os Governos não criaram Rubricas específicas nos Orçamentos de Estado, para contemplar estas necessidades.
Optaram isso sim, pelo "assalto" àqueles Fundos.
Cabe aqui recordar que os Governos do Prof. 
Salazar, também a esses Fundos várias vezes recorreram.
Só que de outra forma: 
pedia emprestado e sempre pagou.
Em 1996/97 o  Governo  nomeou uma Comissão, com vários especialistas, entre os quais os Profs. Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos, que em 1998, publicam o "Livro Branco da Segurança Social".
Uma das conclusões, que para este efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, dos Privados, pelos "saques" que foi fazendo desde 1975.
Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 era já de 7.300 Milhões de Contos, na moeda de hoje, cerca de
 36.500 Milhões ?.
De 1996 até hoje, os Governos continuaram a "sacar" e a dar benesses, a quem nunca para lá tinha contribuído, e tudo à custa dos Privados.
Faltará criar agora outra Comissão para elaborar o "Livro NEGRO da Segurança Social", para, de entre outras rubricas, se apurar também o montante actualizado, depois dos "saques" que continuaram de 1997 até hoje.

publicado por luzdequeijas às 14:22
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UMA HISTÓRIA POR ESCLARECER

SEGURANÇA SOCIAL e ADSE 
 
PARA AJUDAR A ESCLARECER:
  
1. Até 1974 NÃO EXISTIA a SEGURANÇA SOCIAL mas a PREVIDÊNCIA SOCIAL;
2. Fiz parte da 1ª e 2ª Comissões que em 1976/77 preparou a Reforma da Previdência criando a Segurança Social, o Centro Nacional de Pensões, os Centros Regionais das Segurança Social integrando-se nesses as caixas de Previdência;
3. A 2ª Comissão integrou, além de mim próprio, Maria de Belém Roseira, Leonor Guimarães, Fernando Maia e Madalena Martins;
4. NÃO HOUVE qualquer nacionalização e as próprias Casas do Povo e o regime dos rurais só em 1980 foram integradas na Segurança Social;
5. O ESTADO não tinha que meter dinheiro na Segurança Social pois o seu funcionamento foi e é assegurado pelas contribuições das entidades empregadoras e trabalhadores;
6. Outra coisa tem a ver com a CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES pois a mesma foi financiada exclusivamente pelas contribuições dos agentes do Estado a quem os funcionários confiaram mês a mês os seus descontos igualzinho aquilo que acontece com a conta poupança que vai capitalizando ao longo do seu período de vigência;


     
 
publicado por luzdequeijas às 13:05
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Quinta-feira, 23 de Maio de 2013

UM GENUÍNO MOVIMENTO INDEPENDENTE

MCI - SIM (RELEMBRANDO) - 2001

OUTROS INDEPENDENTES? MAIS VALE VOTAR EM PARTIDOS, QUE NÃO ENGANAM NINGUÉM

 

Segunda-feira, 14 de Dezembro de 2009
 
UM GENUÍNO MOVIMENTO INDEPENDENTE

Na passagem do 13.º aniversário da campanha do MCI - muito relembrada na Freguesia de Queijas - deixamos o seu último contacto com a população, em comunicado feito aos eleitores:

Cara(o) Concidadã(o)

 
Fizemos da lisura e elevação o essencial na estratégia da nossa campanha eleitoral.
 
A dois dias apenas das eleições, temos cumprido.
 
Não podemos contudo deixar de lamentar, lermos e ouvirmos outras candidaturas, prometerem aos eleitores aquilo que, em processos penosos, já garantimos para a Freguesia.
 
No decorrer do mandato concretizámos ou assegurámos, entre outros, os seguintes anseios da população:
 
Atendimento – Personalizado e permanente;
 
ALAMEDA DE QUEIJAS – Estudo prévio aprovado;
 
Arborização – Plantação de muitas dezenas de árvores;
 
CENTRO DE SAÚDE – Protocolo assinado entre a C.M.O. e o Ministério da Saúde para construção em 2003;
 
Cultura – Criação da Associação Cultural de Queijas;
 
Equipamentos – Jardins Infantis;
 
Espaços Verdes – Aumento substancial;
 
Honrarias – Elevação de Queijas a Vila;
 
Iluminação – Quase totalmente renovada;
 
Mercado – Moderno e funcional;
 
Património – Estátuas (São Miguel e Madre Maria Clara);
 
PAVILHÃO COBERTO – Em fase de adjudicação;
 
Posto da G.N.R. – Modelar;
 
Rede Viária – Aumento considerável;
 
Recuperações – Ruas Gil Vicente, Afonso Lopes Vieira, António Feliciano Castilho, Soares de Passos;
 
Realojamento – de centenas de famílias (Acabaram-se as BARRACAS);
 
Urbanizações – Bairro da Calçada dos Moinhos e Encosta de Linda-a-Pastora.
 
 MOVIMENTO DE CIDADÃOS INDEPENDENTES -
 
O Candidato - António Reis Luz
 
Já divulgámos o nosso programa de acção, quanto a PROMESSAS só de muito trabalho, carinho e respeito por todos os habitantes da nossa Freguesia.
 
HOJE - EM 2013
SAUDAÇÕES A TODOS OS HABITANTES DE QUEIJAS, NESTE TRISTE MOMENTO EM QUE FICARAM SEM A SUA FREGUESIA QUE ESTEVE ENTREGUE A QUEM MENTIU, DIZENDO ESTAR MAIS À FRENTE
 
publicado por luzdequeijas às 18:19
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MELGAS, MOSCAS E MUITA PORCARIA!

A população não entende que quando procura o seu Presidente de Freguesia, para os mais variados fins, ele não responda presente, como não entende que a maioria esmagadora dos problemas que levanta são da inteira responsabilidade das câmaras municipais, mesmo quando só têm um vice, armado em presidente não eleito!.
Apesar de tudo o que está dito, esta função é gratificante, pela sua componente de serviço público, mas dá também direito a vários outros mimos, como aquele que a seguir é descrito:
 
Os donos e o passeio do cãozinho, no tempo em que havia um PRESIDENTE ACTIVO
 
Na caixa do correio da Junta foi encontrado um envelope com uma carta e um saco de plástico com a matéria defecada por um canídeo, pouco respeitador dos direitos alheios, dirigido ao Presidente, que se passa a transcrever :
 
Queijas 99-08-13
Senhor Presidente da Freguesia de Queijas,
 
Em primeiro lugar quero pedir-lhe desculpa pela apresentação da encomenda anexa a este envelope, e peço-a porque o considero uma excelente pessoa, mas não deixei de a enviar porque todos temos de assumir as nossas responsabilidades, não apenas o senhor Presidente da Junta, mas também o senhor Presidente da Câmara do nosso concelho.
 
A referida encomenda contém para além de papel higiénico que foi estritamente necessário, dejectos de cão, que ficaram agarrados ao meu sapato há 20 minutos atrás. Suponho que a "amostra" foi recolhida na Rua Soares de Passos, a rua onde se situa a junta.
 
Espero que compreenda a minha posição e que tome as medidas necessárias quanto a este assunto.
 
Com os melhores cumprimentos               
 

Não hajam dúvidas de que até por causa dos canídeos os Presidentes de Junta sofrem, quando se interessam pela população e pelos problemos que ela tem...... Nesta matéria tenho a minha experiência, e é por isso que me sinto autorizado a fazer comentários sobre ela e o problema levantado em 1999 continua por resolver!!!!. EM LUGAR DE MAIS À FRENTE, CONTINUAMOS CADA VEZ MAIS ATRÁS !

publicado por luzdequeijas às 17:56
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NEM PÃO NEM POESIA!

Heresias

Política sem poesia

Este fim-de-semana li a notícia de um homem que pediu para ser preso. Já tinha feito a experiência e queria regressar. A polícia recusou. Inconformado, partiu os vidros da esquadra e acabou detido. 

Este caso lembra-me o profissional da política (que gosta de fingir ser outra coisa) Manuel Alegre. Em voz trovejante, clama que se sente tolhido porque o PS já não é de esquerda. Mas, tal como o homem que tudo faz para regressar à prisão, Alegre não é capaz de sobreviver fora do oxigénio do partido que fez dele gente – quando parece ficar com um pé do lado de fora, Alegre, afinal, está a tentar meter-se ainda mais para dentro. Teatralidades à parte, Alegre está no bolso de Sócrates porque não é suficientemente alegrista para as expectativas que procriou.

 

Carlos Abreu Amorim, Jurista

publicado por luzdequeijas às 17:49
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PEIXE SÓ NAS BARRAGENS!

Maio 2009 - 00h30 
Mar português pode valer 12% do PIB

 Megapólo de competetividade proposto por Ernâni Lopes duplica valor da economia do mar até  20 mil milhões de euros, em 2025

 

Ernâni Lopes não tem dúvidas em considerar que o projecto " Hyper- cluster" da economia portuguesa do mar, é " um desígnio nacional para o futuro".  Sendo o mar o maior recurso de que Portugal dispõe, está a ser subaproveitado, podendo gerar o dobro da riqueza que hoje proporciona se for concretizada a estratégia traçada pelo ex-ministro das finanças.

Num extenso relatório com mais de 470 páginas - produzido pela Sociedade de Avaliação de Empresas e Risco ( SaeR), a pedido da Associação Comercial de Lisboa  (ACL) - a equipa de economistas da SaeR, liderada por Ernâni Lopes, admite que, até ao fim dos primeiros 25 anos do século XXI, o conjunto de actividades relacionadas com o mar, directa e indirectamente, pode vir a representar 12% do Produto Interno Bruto (PIB) português, ou seja, cerca de 20 mil milhões de euros em valores actuais. 

Segundo Bruno Bobone, presidente da ACL e promotor do"Hypercluster do mar", o cenário espontâneo de definhamento da economia portuguesa pode ser contrariado com a afirmação estratégica do país em 12 componentes centradas nas potencialidades do mar. Uma das componentes mais importantes será certamente a actividade relacionada com portos, a logística e o transporte marítimo, diz Bruno Bobone. Até à data, o projecto "Hypercluster da economia do mar" foi exclusivamente suportado pela iniciativa privada. Os 250 mil euros que custearam este estudo foram angariados por 15 patrocinadores - BES, Bensaúde Agentes de Navegação, EDP, Fundação Luso - Americana, Fundação Portugal Telecom, Galp, José de Mello SGPS, Lisnave, Millenium bcp, Pinto Basto SGPS, Portline, Ramirez, Sociedade Central de Cervejas, Tertir e Transinsular.

Mas o presidente da ACL refere que tem sido evidente o interesse do Estado em dar seguimento à estratégia definida pela SaeR. O Presidente da República, Cavaco Silva, foi o primeiro órgão de soberania a ter conhecimento do projecto "Hypercluster". Logo a seguir "os contactos mantidos com o primeiro-ministro,  José Sócrates, levam a ACL a admitir que o Governo dará prioridade ao desenvolvimento desta estratégia, podendo ser tomada como um projecto do Governo", diz Bobone. Aliás, o empenhamento do Estado e o apoio da acção governativa serão fundamentais para o seu êxito. É que o estudo da SaeR propõe três medidas "consideradas determinantes no caminho crítico para o sucesso da implementação do hypercluster", refere o presidente da ACL.

Antes de mais, será decisivo "criar um Forum Empresarial para a economia do mar, englobando os principais actores comprometidos e interessados nas diferentes actividades do hypercluster, dinamizado pela acção inicial da ACL", refere Bruno Bobone. Mas mais importante será a constituição de um Conselho de Ministros exclusivo para os Assuntos  do Mar, presidido pelo primeiro-ministro e com um gabinete técnico de apoio", adianta. Finalmente, tal como em outros projectos que foram assumidos como desígnios nacionais ( o caso da Expo 98), " será preciso criar legislação especial e exclusiva que dinamize e agilize o desenvolvimento do hypercluster", refere o presidente da ACL.

Bruno Bobone considera que esta é uma via natural para Portugal, alicerçada em raízes históricas. Por outro lado , o interesse do Estado em caminhar nesta direcção foi assegurado pela proposta agora formalizada junto das Nações Unidas - pela equipa da Estrutura de Missão para a Extensão da plataforma Continental - no sentido de aumentar a área marítima portuguesa para lá das 200 milhas da Zona Económica Exclusiva, o que daria a Portugal a jurisdição sobre um fundo marinho com mais de dois milhões de quilómetros quadrados ( 23 vezes a área continental). E remata : acredito convictamente no êxito desta estratégia".  (... )

Expresso - 16-05-2009



 

publicado por luzdequeijas às 17:44
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SÓ BETÃO, PESCA NÃO!

Menos portugueses a ir à pesca nos tempos livres

18 Maio 2009 - 00h30 
Crise: Grande redução no último ano em comparação com 2007

Menos trinta mil na pesca lúdica

Há cada vez menos portugueses que se dedicam à pesca desportiva de mar nos seus tempos livres. No ano passado foram emitidas menos 30 665 licenças do que no ano anterior, mantendo-se essa tendência de descida no corrente ano, segundo dados da Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura (DGPA). A crise e o apertar das regras para o exercício da actividade estarão na origem da drástica redução de praticantes.

De acordo com a DGPA, em 2007 foram emitidas 201 522 licenças para os diversos tipos de pesca (apeada, em embarcação e submarina), enquanto em 2008 o número desceu para 170 857. Nos dois primeiros meses deste ano, cifrou-se em 26 064. O número médio por mês em 2007 era de quase 17 mil e no corrente ano ronda as 13 mil (quebra de mais de 20%).

"As restrições que foram impostas à pesca lúdica levaram muitas pessoas a desistir da actividade", explicou ao CM Mário Barros, da Associação Nacional dos Pescadores Lúdicos e Desportivos. Este dirigente realça ainda que "houve muitos pescadores que optaram por não tirar a licença como forma de protesto contra a actual legislação".

Outra possível explicação para a redução no número de licenças é a crise. "As pessoas vêem-se na necessidade de reduzir os gastos e, por consequência, há quem opte por não gastar dinheiro para obter uma licença", salienta. As licenças custam entre 3 euros e os 200 euros, de acordo com o tipo de pesca, a duração e a área.

MANIFESTAÇÃO EM LISBOA

A decisão do Governo em ‘aliviar’ as restrições impostas à pesca lúdica no Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina não foi suficiente para impedir a marcação de uma manifestação de pescadores no próximo dia 24, em Lisboa.

Carlos Carvalho, do designado Movimento de Cidadãos do Sudoeste, revelou que o protesto terá a adesão de pescadores de todo o País, na defesa "do direito ao mar", sendo esperados "cerca de seis mil manifestantes".

Segundo os promotores, a legislação publicada este ano contém "injustiças", representando "a ponta do icebergue de um pacote legislativo mais vasto". No caso do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, pretendem, entre outras reivindicações, que os não-residentes tenham o direito de mariscar e de pescar todos os dias e à noite.

SAIBA MAIS

REUNIÕES

A Associação Nacional de Pescadores Lúdicos e Desportivos reúne-se esta semana com o secretário de Estado das Pescas e com os grupos parlamentares do PCP e do PS. O objectivo é sensibilizar o poder político para a necessidade de serem feitas alterações à legislação.

124 230 número de licenças para a pesca lúdica, válidas em 28 de Fevereiro deste ano.

95 653 das licenças válidas em Fevereiro correspondiam à pesca apeada, 22 644 à embarcação e 59 33 à pesca submarina.

PROTESTOS

Os pescadores já realizaram duas manifestações contra os condicionalismos à pesca na Costa Vicentina, obtendo algumas cedências do Governo.

José Carlos Eusébio
publicado por luzdequeijas às 17:38
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O FRACO PODER POLÍTICO

Os interesses em Portugal são mais fortes que o poder político

Jorge Sampaio, em entrevista, alerta para a necessidade de reformas de fundo.

 

Presidente da República há cinco anos, Jorge Sampaio diz, em entrevista ao Diário Económico, que « os interesses em Portugal são mais fortes» do que o «fraco» poder político.  

Por isso pede aos partidos que vão para além do «eleitoralismo permanente», vencendo «o ciclo dos impasses e adiamentos», de modo a avançar com reformas estruturais e evitar a criação de         « problemas sérios a médio prazo».

Sobre um eventual segundo mandato, o recandidato Jorge Sampaio admite que o modelo de intervenção pode mudar, dependendo da conjuntura política - sublinhando que «não é uma primeira alteração, porventura negativa, que muda as circunstâncias». Para Ferreira do Amaral seu eventual adversário, envia um recado, com Durão Barroso na mira: « O Presidente da República não pode ser um factor de compensação de impotências alheias». Sobre Ferreira, Rosas e Abreu, diz que «foram designados para resolverem problemas internos dos respectivos partidos» e que estão «instrumentalizados para várias estratégias», nomeadamente potenciar a crise do Governo.

A nível europeu, Sampaio afirma que não é favorável a referendos e revela que não teria convocado uma consulta sobre Amesterdão, mesmo que o Tribunal Constitucional o tivesse permitido. Para o futuro, alerta para o regresso da tendência do directório dos grandes e para alterações à constituição portuguesa na sequência de futuras decisões europeias.

Quanto ao presente, acredita que a UE quer fazer de Portugal uma cobaia para experiências empresariais nas «golden share».

Diário Económico - 26-12-2000 

 

publicado por luzdequeijas às 17:33
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Terça-feira, 21 de Maio de 2013

PRIORIDADE AO CLIENTE

OU ÀS METAS FINANCEIRAS?

 

" Escola anglo-saxónica está na origem da crise"

A corrente de gestão anglo-saxónica, em que a remuneração accionista está o topo das prioridades, é uma das causas da actual crise económica. Quem o defende é Jan Hoogervorst, especialista na área de governação corporativa e reengenharia de processos que recentemente esteve em portugal para participar num evento da Oracle. Para ese especialista holandês, que há pouco tempo lançou o livro "Enterprise Governance and Enterprise Engineering" (Governação corporativa e engenharia corporativa), é fundamental a criação de um novo estilo de gestão que também tenha em conta os interesses dos clientes e dos trabalhadores da empresa. "Em muitas empresas, esqueceu-se a qualidade dos produtos e o interesse dos clientes para dar a atenção apenas à realização de dinheiro (bottom line)", afirma Jan Hoogervorst. Lembro-me de uma declaração de um executivo de um fabricante de automóveis: "Não existimos para construir carros, mas sim para fazer dinheiro". É uma atitude e uma mentalidade terrível que estão na origem da actual crise", critica o especialista holandês, referindo que esses valores de satisfazer cegamente os accionistas já tinham estado na origem das megafraudes ocorridas há poucos anos nos EUA (Worldcom e Enron).

"Estou contra a governação corporativa de cima para baixo, mecanicista, baseada apenas em rácios de rentabilidade, controlo de objectivos, etc.", acrescenta. Jan Hoogervorst acredita que, quando esta crise acabar, irá prevalecer uma visão de longo prazo, mais focada nos outros actores interessados (clientes e trabalhadores) e não apenas nos accionistas.

" Na Holanda e outros países já existem sinais de que se está a retroceder nesta lógica e que se deve voltar às funções básicas de uma empresa: vender produtos de qualidade para um consumidor". Ou seja,colocar em primeiro lugar o cliente e não as metas financeiras e emocionais do valor accionista. "O problema é que as pessoas muitas vezes não aprendem a lição, é muito difícil mudar de hábitos e ter uma postura mais ética", admite o autor.

Para que haja uma governação correcta na empresa, Jan Hoogervorst sustenta que " as empresas devem ser "desenhadas" de forma orgânica e integradas, de forma a tirarem partido da criatividade e das capacidades intelectuais dos trabalhadores". Uma disciplina a que o autor holandês chama de "engenharia corporativa" e que é o oposto ao estilo de gestão "de cima para baixo" e focada num planeamento e num pensamento racional.

" O tipo de organização que defendemos não nasce espontâneamente. Para evitar o falhanço da estratégia, a organização deve ser desenhada para o efeito e não estar focada no comando e controlo", conclui o especialista holandês.

João Ramos - Expresso 20-06-2009 

publicado por luzdequeijas às 19:28
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Sábado, 18 de Maio de 2013

PAÍS DO FAZ DE CONTA

Editorial – O sistema de ensino tem provocado o sucessivo desgaste de escolas, professores e famílias. Por muito que o Governo use as estatísticas, estas não mudam o que é evidente.

Esta foi uma semana de exames do ensino básico e secundário. Mas foi uma semana onde vimos a ministra da Educação congratular-se com os magníficos resultados que os alunos obtiveram nas provas de aferição. De acordo com a ministra Maria de Lurdes Rodrigues esses resultados mostram um progresso assinalável na capacidade de aprendizagem dos nossos jovens.

Mas vejamos os números. Houve, em matemática por exemplo, 8,8% de reprovações no 4.º ano e 18,3% no 6.º ano. Mas se olharmos os números do ano passado, veremos que a taxa de reprovações foi mais do dobro (19,7% no 4.º ano e 41% no 6.º ano). O que significa isto? Que os nossos alunos progrediram assim tanto, de um ano para o outro, ou que os exames foram simplificados? Cada um retirará as suas conclusões.

Vejamos, entretanto, o que dizem os estudantes no final dos exames que esta semana decorreram: de um modo geral que foram fáceis. Não haverá aqui uma estranha unanimidade? E o que dizem as associações como a dos professores de Português ou a Sociedade de Matemática? Que há facilidade excessiva! E o que dizem os especialistas e os professores? Mais ou menos o mesmo.

Acresce que nos exames atuais os alunos podem ter negativas sem ficarem chumbados. Além de que existem inúmeras facilidades que não existiam, em termos de apoios (v.g. máquinas de calcular, acesso a fórmulas, etc.).

Ora isto, além de pouco resolver do ponto de vista do conhecimento, nada contribui para a motivação dos professores, atrapalha a autoridade das famílias (é muito difícil mandar uma criança estudar quando o sistema lhe diz que não é assim tão importante) e prepara os jovens para um mundo inexistente, um país de faz-de-conta. Porque nada na vida real é assim tão simples.

Editorial & Opinião

publicado por luzdequeijas às 21:53
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LIBERDADE DE APRENDER E ENSINAR

Artigo 43.º, Da Constituição da República Portuguesa

 

1. É garantida a liberdade de aprender e ensinar

 

2. O Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.

3. O ensino público não será confessional

 

Ficará então a obrigação de perguntar: Porquê a total proteção dada ao ensino oficial? Para que haja cumprimento do ponto (1), será necessário fixar um custo por aluno, e sem outras proteções, dar liberdade ao público e privado, mesmo nas instalações utilizadas e na sua manutenção!  

publicado por luzdequeijas às 20:49
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SEMPRE A MESMA LADAÍNHA!

Todos os anos a nossa imprensa dramatiza com o elevado número de professores (?) que não foram colocados. Nunca se passa disso. Nunca se fala de recorrer mais ao ensino educativo privado (isso cheira a crime). A qualidade do ensino, por mais que queiram defendê-la não serve os alunos, a economia, nem o país no seu todo!

Nada melhor do que recuarmos até ao ano de 2008, e relermos a notícia publicada no DN:

“ Não chegaram a oito mil – foram 7856 – os candidatos que encontraram uma vaga no último concurso das escolas. De fora ficaram, segundo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), mais de 47 mil professores. Já a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) chegou a contas bem maiores: acima de 70 mil candidatos. Nestes concursos ficaram também sem colocação cerca de 1050 professores dos quadros de zona pedagógica (QZP) que concorreram por não terem serviço distribuído nas escolas onde estiveram em 2007/2008. “

Cabe-nos então perguntar: as nossas universidades formam professores ou formam licenciados? Se formam licenciados, é a nossa economia que não os absorve, talvez por estar afogada em impostos de toda a ordem e deles (licenciados), não esperar retorno que compense o vencimento que lhes paga!

A solução só pode estar num alargamento do ensino privado, tanto tendo em vista a qualidade como em dispêndio monetário, ou seja, custo por aluno.

publicado por luzdequeijas às 20:14
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MERECE TODA A DIVULGAÇÃO

A geração "grisalha" - Marta - O meu canto 

 

o resultado é este blog! Diversos textos e artigos sobre variados temas!

17
Mai 13

 

Afirmou o economista e antigo ministro das Finanças, Silva Lopes, que "a geração grisalha não pode estar a asfixiar a geração nova da maneira como tem feito até aqui. Não pode ser.".

Então os idosos de Portugal é que estão a asfixiar os jovens? Só se for a geração grisalha de políticos e governantes que não fizeram mais que roubar a quem não tem, desgovernar em vez de governar, e contribuir, esses sim, para a asfixia que agora estamos nós a sofrer e, provavelmente, as próximas gerações.

Se há alguém a asfixiar a geração nova, são aqueles que estão no poder, são aqueles que ganham salários exorbitantes, são todos os que acumulam duas reformas enquanto outros nem a uma têm direito, aqueles que as recebem sem nunca terem trabalhado, os que estão de baixa sem nunca estarem doentes, os que se encostam à sombra da bananeira dos subsídios de desemprego, rendimentos mínimos e afins...

Se há algo a nos asfixiar, é esta política de austeridade cega e sem limites que, a cada dia, nos atira para o abismo da pobreza, do desespero, da falta de esperança...

Agora, a geração grisalha a que este senhor se refere, aquela que sempre trabalhou e descontou uma vida inteira, para assegurar uma reforma que lhe permitisse ter uma velhice tranquila, essa não pode, de forma alguma, ser culpabilizada pela asfixia dos seus filhos, netos e bisnetos.

Nem tão pouco é justo que queiram sobrecarregar os idosos com cortes e mais cortes na reforma a que têm direito, usando uma desculpa tão "esfarrapada".

É quase como pagar um seguro de saúde todos os anos, para depois chegar a um ponto em que não temos direito a nada do que o seguro oferecia, porque alguém mais novo precisa desses benefícios. É quase como se os reformados estivessem a receber algo que não lhes pertence, a roubar os mais novos.

Diz Silva Lopes "Eu sou pensionista, sou da geração grisalha, quem me dera a mim que não toquem nas reformas, mas tocam, vão tocar e eu acho muito bem. Não há outro remédio". Pois eu também achava muito bem que começassem a cortar nas reformas milionárias que alguns srs. como este recebem, se isso ajudasse outros que mal têm dinheiro para sobreviver. Infelizmente, os prejudicados são sempre os do costume, aqueles que já pouco ou nada têm. Por muito pequenos que sejam os cortes, se aos ricos não vai fazer diferença, o mesmo não se pode dizer da maioria dos portugueses.

Que, na opinião deste e de outros senhores, Portugal não é um "país para velhos", já nós sabemos. Também sabemos que, se pudessem, e estão a caminho de o conseguir, embora por outros meios mais politicamente (in)correctos, a geração grisalha seria rapidamente exterminada.

Mas é graças a esta geração grisalha, que estamos cá hoje. E essa geração grisalha, já fez pelo nosso país aquilo que muitos jovens hoje em dia não fazem.

Afirma ainda Silva Lopes que "se nós temos a Constituição e a interpretação do Tribunal Constitucional a impedir estas coisas, isto rebenta tudo". E eu pergunto-me: tudo, o quê? e para que lado?

É que, possivelmente, se a Constituição e a interpretação do Tribunal Constitucional não impedirem estes abusos e usurpação contínua de direitos, somos nós, portugueses, classe média e pobre, que vamos rebentar! E acredite, Sr. Silva Lopes, que quando isso acontecer, não iremos rebentar sozinhos. Porque "um imperador sem povo e sem reino", não é nada...

 

publicado por luzdequeijas às 18:57
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AS SONDAGENS; O BEZERRO E A PRAGA

HÁ POVOS QUE NADA APRENDEM E PASSAM A VIDA A ADORAR BEZERROS DE OURO !

O bezerro de ouro (episódio bíblico)

Êxodo 32 - 1 O povo, ao ver que Moisés demora­va a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: "Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moi­sés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu".

2 Respondeu-lhes Arão: "Tirem os brin­cos de ouro de suas mulheres, de seus filhos e de suas filhas e tragam-nos a mim".

3 Todos tiraram os seus brincos de ouro e os levaram a Arão.

4 Ele os recebeu e os fundiu, transforman­do tudo num ídolo, que modelou com uma fer­ramenta própria, dando-lhe a forma de um be­zerro. Então disseram: "Eis aí os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito!"

5 Vendo isso, Arão edificou um altar dian­te do bezerro e anunciou: "Amanhã haverá uma festa dedicada ao Senhor".

6 Na manhã seguinte, ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão. O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra.

7 Então o Senhor disse a Moisés: "Des­ça, porque o seu povo, que você tirou do Egito, corrompeu-se.

8 Muito depressa se desviaram daquilo que lhes ordenei e fizeram um ídolo em forma de bezerro, curvaram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios e disseram: 'Eis aí, ó Israel, os seus deuses que tiraram vocês do Egito' ".

9 Disse o Senhor a Moisés: "Tenho visto que este povo é um povo obstinado.

10 Deixe-me agora, para que a minha ira se acenda contra eles, e eu os destrua. Depois farei de você uma grande nação".

11 Moisés, porém, suplicou ao Senhor, o seu Deus, clamando: "Ó Senhor, por que se acenderia a tua ira contra o teu povo, que tiraste do Egito com grande poder e forte mão?

12 Por que diriam os egípcios: 'Foi com intenção ma­ligna que ele os libertou, para matá-los nos mon­tes e bani-los da face da terra'? Arrepende-te do fogo da tua ira! Tem piedade, e não tragas este mal sobre o teu povo!

13 Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaque e Israel, aos quais juraste por ti mesmo: 'Farei que os seus descendentes sejam numerosos como as estrelas do céu e lhes darei toda esta terra que lhes prometi, que será a sua herança para sempre' ".

14 E sucedeu que o Senhor arrependeu-se do mal que ameaçara trazer sobre o povo.

15 Então Moisés desceu do monte, levan­do nas mãos as duas tábuas da aliança; estavam escritas em ambos os lados, frente e verso.

16 As tábuas tinham sido feitas por Deus; o que nelas estava gravado fora escrito por Deus.

17 Quando Josué ouviu o barulho do povo gritando, disse a Moisés: "Há barulho de guerra no acampamento".

18 Respondeu Moisés: "Não é canto de vitória, nem canto de derrota; mas ouço o som de canções!"

19 Quando Moisés aproximou-se do acam­pamento e viu o bezerro e as danças, irou-se e jogou as tábuas no chão, ao pé do monte, quebrando-as.

20 Pegou o bezerro que eles ti­nham feito e o destruiu no fogo; depois de moê-lo até virar pó, espalhou-o na água e fez com que os israelitas a bebessem.

21 E perguntou a Arão: "Que fez esse povo a você para que o levasse a tão grande peca­do?"

22 Respondeu Arão: "Não te enfureças, meu senhor; tu bem sabes como esse povo é propenso para o mal.

23 Eles me disseram: 'Faça para nós deuses que nos conduzam, pois não sabemos o que aconteceu com esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito'.

24 Então eu lhes disse: 'Quem tiver enfeites de ouro, traga-os para mim'. O povo trouxe-me o ouro, eu o joguei no fogo e surgiu esse bezerro!"

25 Moisés viu que o povo estava desenfreado e que Arão o tinha deixado fora de con­trole, tendo se tornado objeto de riso para os seus inimigos.

26 Então ficou em pé, à entrada do acam­pamento, e disse: "Quem é pelo Senhor, junte-se a mim". Todos os levitas se juntaram a ele.

27 Declarou-lhes também: "Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: 'Pegue cada um sua espada, percorra o acampamento, de tenda em tenda, e mate o seu irmão, o seu amigo e o seu vizinho' ".

28 Fizeram os levitas conforme Moi­sés ordenou, e naquele dia morreram cerca de três mil dentre o povo.

29 Disse então Moisés: "Hoje vocês se consagraram ao ­Senhor, pois nenhum de vocês poupou o seu filho e o seu ir­mão, de modo que o Senhor os abençoou neste dia".

30 No dia seguinte Moisés disse ao povo: "Vocês cometeram um grande pecado. Mas agora subirei ao Senhor e talvez possa ofere­cer propiciação pelo pecado de vocês".

31 Assim, Moisés voltou ao Senhor e disse: "Ah, que grande pecado cometeu este povo! Fizeram para si deuses de ouro.

32 Mas agora, eu te rogo, perdoa-lhes o pecado; se não, risca-me do teu livro que escreveste".

33 Respondeu o Senhor a Moisés: "Ris­carei do meu livro todo aquele que pecar contra mim.

34 Agora vá, guie o povo ao lugar de que lhe falei, e meu anjo irá à sua frente. Todavia, quando chegar a hora de puni-los, eu os punirei pelos pecados deles".

35 E o Senhor feriu o povo com uma praga porque quiseram que Arão fizesse o be­zerro.

publicado por luzdequeijas às 15:45
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Domingo, 12 de Maio de 2013

O POVO E OS NOSSOS FILHOS

( ... ) Não sei se são só os meus filhos que são socialistas ou se são todas as crianças que sofrem do mesmo mal. Mas tenho a certeza do que falo em relação aos meus. E nada disto é deformação educacional – eles têm sido insistentemente educados no sentido inverso. Mas a natureza das criaturas resiste à benéfica influência paternal como a aldeia do Astérix resistiu culturalmente aos romanos. Os garotos são estoicos e defendem com resistência a bandeira marxista sem fazerem ideia de quem é o senhor.

Ora o primeiro sintoma desta deformação ideológica tem que ver com os direitos. Os meus filhos só têm direitos. Direitos materiais, emocionais, futuros, ambíguos e todos eles adquiridos. É tudo, absolutamente tudo, adquirido. Eles dão como adquirido o divertimento, as férias, a boleia para a escola, a escola, os ténis novos, o computador, a roupinha lavada, a televisão e até eu. Deveres, não têm nenhum. Quanto muito lavam um prato por dia e puxam o edredão da cama para cima, pouco mais. Vivem literalmente de mão estendida sem qualquer vergonha ou humildade. Na cabecinha socialista deles não existe o conceito de bem comum, só o bem deles. Muito, muito deles.

O segundo sintoma tem que ver com o aparecimento desses direitos. Como aparecem esses direitos. Não sabem. Sabem que basta abrirem a torneira que a água vem quente, que dentro do frigorífico está invariavelmente leite fresquinho, que os livros da escola aparecem forradinhos todos os anos, que o carro tem sempre gasolina e que o dinheiro nasce na parede onde estão as máquinas de multibanco. A única diferença entre eles e os socialistas com cartão de militante é que, justiça seja feita, estes últimos já não acreditam na parede – são os bancos que imprimem dinheiro e pronto, ele nunca falta.

Outro sintoma alarmante é a visão de futuro. O futuro para os meus filhos é qualquer coisa que se vai passar logo à noite, o mais tardar. Eles não vão mais longe do que isto. Na sua cabecinha não há planeamento, só gastamento, só o imediato. Se há, come-se, gasta-se, esgota-se, e depois logo se vê.

Poupar não é com eles. Um saco de gomas ou uma caixa de chocolates deixada no meio da sala da minha casa tem o mesmo destino que um crédito de milhões endereçado ao Largo do Rato: acaba tudo no esgoto. E não foi ninguém...

O quarto tique socialista das minhas crianças é estarem convictas de que nada depende delas. Como são só crianças, acham que nada do que fazem tem importância ou consequências. Ora esta visão do mundo e da vida faz com que os meus filhos achem que podem fazer todo o tipo de asneiras que alguém irá depois apanhar os cacos. Eles ficam de castigo é certo (mais ou menos a mesma coisa do que perder eleições), mas quem apanha os cacos sou eu. Os meus filhos nasceram desresponsabilizados. A responsabilidade é sempre de outro qualquer: o outro que paga, o outro que assina, o outro que limpa. No caso dos meus filhos o outro sou eu, no caso dos socialistas encartados o outro é o governo seguinte. ( ... )

Inês Teotónio Pereira

 

publicado por luzdequeijas às 15:53
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Sábado, 11 de Maio de 2013

AFINAL, EM QUEM ACREDITAMOS?

From: Rita Jonet
 
 Só nos veem a nós

João César das Neves DN, 5 de Abril de 1999
No dia seguinte a Cristo ter subido ao Céu, estavam alguns reunidos numa casa. Tomé, rindo baixinho, afirmou: "Isto da Igreja, que o Senhor disse para construirmos, não pode funcionar!"
Madalena, que estava perto, perguntou-lhe surpreendida: "Porque dizes isso?" Ele respondeu: "Então não vês? Ele foi-se e nós ficámos. As pessoas vêm ter connosco à procura de Deus, mas só nos vêem a nós. Ele podia ter ficado cá ou ter deixado, ao menos, alguns anjos. Em vez disso, deixou-nos só a nós. Isto não pode mesmo funcionar." E Tomé deu outra gargalhada.
Madalena perguntou-lhe: "Se achas mesmo que não vai funcionar, porque estás tão satisfeito?" Tomé riu de novo e respondeu: "Eu não disse que não vai funcionar. Disse que não pode funcionar. Não vês que esta ideia de nos deixar sozinhos é mesmo a prova de que a Igreja só pode ser uma ideia d'Ele?! É tão típico do Senhor querer mostrar-se através de nós, e não directamente. A Igreja não pode funcionar. Vai funcionar, porque não estamos cá só nós. Ele também cá está, como disse. Mas a Ele ninguém o vê. A não ser através de nós."
"Tens razão!", disse Madalena. "Só o Senhor se lembraria de fazer o seu reino através de nós. Quantas pessoas andarão à procura de Deus e desejarão vir até Ele, mas recusarão a Igreja, porque só nos vêem a nós. Nós não somos Deus. Haverá muitos que acreditarão em Cristo, mas não acreditaram na sua Igreja, por ser feita de homens. E não perceberão que nós nunca quereríamos que as coisas fossem assim. Foi Ele que quis. Tenho tanta pena deles, porque os compreendo bem. Percebo que não gostem de mim ou de ti. Mas eles esquecem que, na Igreja, não sou eu ou tu que contamos, mas o Senhor. Só quem ama muito o Senhor pode compreender a Igreja, porque a Igreja é Ele."
Tomé continuou: "Por isso nos hão-de desprezar e perseguir. Haverá os que nos desprezarão por sermos poéticos e idealistas, como João, e os que nos atacarão por sermos pragmáticos e eficientes, como Mateus. Hão-de criticar-nos por sermos expansivos como Filipe, ou sérios como Bartolomeu, por sermos rígidos como Tiago ou tolerantes como Pedro, envolvidos na política, como Simão, ou desinteressados do mundo, como André. Alguns perseguirão a Igreja por ser pobre e viver com os pobres, outros acusar-nos-ão por alguns de nós sermos ricos, como José de Arimateia, ou poderosos, como Nicodemos. Hão-de censurar-nos por não sabermos usar bem o dinheiro para ajudar os pobres e, pelo contrário, hão-de censurar-nos por o administrarmos com excessivo cuidado. E em tantas dessas críticas haverá verdade, porque o que se vê da Igreja somos só nós. Alguns até nos perseguirão em nome do Altíssimo. Lembra-te do que o Senhor disse: "Virá a hora em que qualquer um que vos tirar a vida julgará estar a prestar um serviço a Deus" (Jo 16,2)." "E não te esqueças daqueles que, justamente, nos vão condenar pelas lutas e injustiças entre nós", disse Madalena. "Se tivemos discórdias enquanto o Senhor cá estava, como daquela vez em que queriam saber quem era o maior, haverá certamente muitas discussões e lutas no futuro. Somos humanos, iguais aos outros. A única diferença é que trazemos nas nossas mãos indignas um tesouro inimaginável. Ele deixou-nos o tesouro, mas não nos deixou nem guardas nem o cofre. Além do tesouro, só cá estamos nós."
João, que tinha seguido a conversa calado, interveio para dizer: "Estamos como a Mãe do Senhor, Maria, grávida naquela pequena casa perdida da Galileia."
Fez-se um silêncio.
Foi João quem voltou a falar: "Os que mais lamento são os muitos que irão pensar que a Igreja é apenas uma atitude e regras de moral, de amor ao próximo e ajuda aos pobres. Muitos dos que se irão juntar a nós, alguns muito bem-intencionados, serão desses."
Bartolomeu deu um salto e perguntou:
"Achas mesmo possível isso? Mas o Senhor foi tão claro quando disse que teríamos de "nascer de novo" e ter uma "vida nova". Achas mesmo possível que alguém pertença à Igreja apenas para viver melhor a vida antiga?! Como poderão eles entender estas palavras do Senhor?"
João sorriu tristemente e respondeu:
"Muitos dirão que a "vida nova" é uma metáfora do Senhor para significar apenas a bondade, a ajuda aos pobres e a mudança social. Pensarão que viver com Cristo é só para depois de morto e dedicar-se-ão a tratar bem das coisas daqui. Não percebem que isso é, não a vida nova, mas um dos sinais da vida nova que temos no Senhor. É o sinal mais visível e importante, mas que nada significa se não nascermos de novo, todos os dias, em Cristo. Muitas das lutas de que Maria Madalena falou virão disto. Este foi o pecado que O matou." "Tens razão", respondeu Bartolomeu. "Esse foi o pior pecado de Judas Iscariotes: pensar que o Senhor vinha só implantar a justiça no mundo, melhorar a sociedade e ajudar os pobres. E se Judas, que falou tantas vezes com o Senhor e viveu tanto tempo connosco, cometeu esse pecado, muitos outros hão-de fazê-lo também." Bartolomeu baixou a cabeça e ficou silencioso.
Madalena disse: "Haverá os que medirão o sucesso da Igreja em números, porque ela também terá desse sucesso. Mas esse não interessa. Como não se mede a luz pelo número de lâmpadas, porque o que conta é o Sol."
Nesse momento entrou Pedro. Trazia um saco com algum peixe, pão e vinho para a refeição. Madalena e Tomé levantaram-se para o ajudar e ela explicou-lhe do que falavam.
Pedro, rindo, perguntou se isso não era mais uma das subtilezas de Tomé, que ele nunca percebia.
Tomé respondeu: "Eu tenho uma confiança ilimitada no Senhor. As minhas dúvidas vêm só da minha falta de confiança nas nossas forças e na nossa capacidade de o seguir."
Madalena perguntou a Pedro: "Mas tu tens confiança nas nossas capacidades, não tens Pedro?" Nesse momento ouviu-se um galo.
Pedro sorriu, sentou-se à mesa e disse, calmamente:
Não tenho nem um bocadinho de confiança nas nossas forças. Nisso, tenho ainda mais dúvidas que Tomé. O que eu tenho é tanta confiança no Senhor que acho que ele consegue fazer a sua Igreja mesmo que com a nossa total incapacidade de O compreender e de O seguir."
João César das Neves

 

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QUEM DESTRUIU O NOSSO PAÍS?

 

D.R. 

11 Março 2009 - 13h12

No 4.º trimestre de 2008

Economia portuguesa caiu 1,8 por cento

A economia portuguesa caiu 1,8 por cento no quarto trimestre de 2008, em comparação com o mesmo período de tempo do ano anterior, com o investimento a recuar 8,7 por cento e as exportações a diminuírem 8,9 por cento.

Segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a queda  do final de 2008 foi menos acentuada do que o previsto inicialmente.  

 Recorde-se que a estimativa rápida divulgada em Fevereiro apontava para uma queda de  2,1 por cento, em termos homólogos.  

No conjunto de 2008, a economia nacional ficou estagnada, mantendo  um crescimento nulo, depois de ter crescido 1,9 por cento em 2007.  

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POVINHO INGÉNUO _

 

 

12 Março 2009 - 00h30

Dia a Dia - MUDAR SÓ PARA MELHOR

À beira da bancarrota

Além da grave crise financeira global que contagiou a economia, Portugal sofre de outra crise endémica: o desequilíbrio externo.
Os dados divulgados ontem pelo INE são verdadeiramente assustadores. O País caminha para a bancarrota à vertiginosa velocidade de 49 milhões de euros por dia. É este o valor do nosso défice externo, somado pela balança comercial e de pagamentos.

Em 1995, Portugal tinha uma balança externa equilibrada. Havia o tradicional défice comercial, mas as remessas dos emigrantes, as receitas dos turistas e outras permitiam contas equilibradas com o resto do Mundo. Mas a baixa de juros e o recurso massivo ao endividamento, bem como a baixa de poupança, levaram os bancos a recorrer ao dinheiro nos mercados internacionais para emprestarem às famílias. De ano para ano, o buraco agravou-se e em 2008 atingiu proporções alarmantes. É mais de 10% da riqueza produzida. Ou seja, vivemos mais de 10% acima das nossas reais possibilidades.

Foi a entrada no euro que abriu este caminho do endividamento fácil no exterior, mas agora é também o euro que nos protege de um grande choque monetário. Se não fosse a protecção da moeda única, a tragédia financeira do curralito que há 8 anos destruiu a Argentina tinha uma réplica maior em Portugal. Só há um antídoto: trabalhar para vender mais bens e serviços ao exterior.

 

Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
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AS SONDAGENS E O PASSADO RECENTE!

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12 Março 2009 - 00h30

ANE: Contas com o estrangeiro mostraram-se desfavoráveis

Portugal perde 49 milhões/dia

A tendência para os portugueses viverem acima das possibilidades agravou-se no ano passado. Nas relações com o exterior, o desequilíbrio foi da ordem dos cinco euros por dia por português, durante todo o ano de 2008, o que soma cerca de 49 milhões de euros diários.

É esta a realidade que as contas nacionais, feitas pelo Instituto Nacional de Estatística, demonstram ao revelar, ontem, que o défice externo português aumentou em 2008 para 10,6 por cento da riqueza gerada no País, ou seja, do Produto Interno Bruto (PIB).

A riqueza nacional estagnou nos 166 mil milhões de euros num ano fortemente marcado pela crise financeira e económica mundial. A necessidade de financiamento da economia portuguesa cifrou-se em 17,8 mil milhões, o valor mais elevado de sempre.

De acordo com o Instituto de Estatística, 'este resultado é explicado pelo agravamento da balança de bens e serviços'. Nos últimos 13 anos, as necessidades de financiamento portuguesas agravaram-se em nove anos, tendo subido de menos 0,4 por cento em 1995 para menos 10,6 por cento em 2008 (ver gráfico ao lado).

Em termos globais, as contas mostram que as exportações diminuíram e as importações desaceleraram. As exportações de bens e serviços diminuíram 0,5% em volume, contra os 7,5% de crescimento registado em 2007. A desaceleração das importações, de 2,1%, 'foi insuficiente', diz INE.

DADOS MUITO PREOCUPANTES

Os dados divulgados pelo INE são 'muito preocupantes 'não só porque 2008 teve este comportamento mas porque este ano vai ser ainda pior, sublinhou ao CM Vítor Gonçalves, professor catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). As empresas vão gerar menos receitas fiscais, as exportações vão diminuir e algumas das soluções clássicas que vão ser tomadas (contra a crise) vão ter impacto nas contas públicas, ou seja, o défice público vai disparar, conclui o especialista. Em suma, o país vai ficar ainda mais endividado e a factura vai ter de ser paga, mais tarde ou mais cedo.

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O DIREITO E O DEVER DE INFLUENCIAR

 
20 Fevereiro 2009 - 09h00

O Alicerce das Coisas

Direito de influência

Quando não há convicções não há influência. Os pais demitem-se de influenciar os filhos, os mestres demitem-se de influenciar os alunos, os artistas de influenciar os gostos.

Assim, os que acham que a Igreja Católica não tem o direito de manifestar a sua opinião, de influenciar os políticos, os legisladores, os educadores, pretendem ficar sozinhos no campo de influenciar a sociedade.

Quer-se uma sociedade indiferente, bem anestesiada pelo relativismo ético, pronta a aceitar os progressos destruidores.

Quando é que alguns dos articulistas da nossa praça comunicacional respeitam quem defenda posições divergentes das suas, livremente, segundo a consciência e o dever da sua missão? Será que só eles têm o direito a influenciar a opinião pública?

A Igreja Católica, ao aproximar-se dos verdadeiros problemas do mundo actual e ao esforçar-se por indagar uma resposta, tal como intenta fazer sob impulso do II Concílio do Vaticano, aceita a pluralidade de culturas e a autonomia do mundo contemporâneo.

Olha o mundo, a sociedade, mais como humanidade-companheira-do-caminho do que inimigo-secularizador.

Está consciente da decadência de convicções, da fragilidade da afirmação, da identidade da diferença.

Não apontem a Igreja como adepta da homofobia, porque todas as fobias são doentias, mas não queiram a homologia do pensamento, por favor.

Juntar iguais, fugir da complementaridade, afastar-se da integração do diferente é depauperar a convivência social.

O debate de ideias tem pontos de partida, e por vezes de partido, cuja identificação não dificulta a busca da verdade, antes é via essencial de clarificação.

Ao intervir e manifestar a defesa de valores não pretende a Igreja ganhar votos, mas fortalecer quem optou por ser discípulo de Cristo e anunciar sem medo o que considera ser o melhor para a dignidade do ser humano, seja agradável ou não.

Não é para manifestar poder que declara as suas posições, mas tão-só por convicção profunda da beleza e bondade da proposta, que sabe difícil de viver também pelos seus.

Aqui o direito de influenciar é também dever.

D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa

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O POVO PERDEU A MEMÓRIA?

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21 Fevereiro 2009 - 00h30

Dia a Dia

Mundo sem esperança

A maior tragédia da actual crise é que os sinais de cada novo dia são mais sombrios que os do dia anterior. Despedimentos em massa, fecho de empresas, desistências de investimentos, erosão patrimonial, tornaram-se acontecimentos demasiado banais.

Vivemos um assustador mundo novo. Os mais velhos já viveram situações de maior pobreza, de muitas dificuldades, mas havia sempre a esperança de que com trabalho e dedicação a vida ia melhorar. Esse optimismo quase genético desapareceu. E não foi só em Portugal. É um fenómeno mundial.

Mesmo a histórica eleição de Obama para a presidência norte-americana que para muita gente foi uma lufada de esperança num mundo melhor, não se está a concretizar, pelo menos em matéria de economia. Desde que Obama foi eleito a América já perdeu mais de 700 mil empregos.

O gigante financeiro Citigroup, com 75 mil despedimentos e a General Motors, a empresa bandeira de automóveis, com 47 mil trabalhadores sacrificados, lideram a lista, onde surgem com mais de dez mil trabalhadores despedidos outras prestigiadas empresas como a Merril Lynch, Caterpillar, Alcoa e General Electric.

A incapacidade das lideranças políticas e empresariais é uma das razões para o desaparecimento da esperança. E sem essa confiança não haverá retoma.

 

Armando Esteves Pereira

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UMA PRECIOSIDADE

quinta-feira, 10 de março de 2011

DIFERENÇA ENTRE O TAPETE E O CAPACHO.


Dizia o capacho ao tapete:

__ Como eu gostaria de ser você: Sempre limpo, vistoso e apreciado por todos!

O tapete então respondia orgulhosamente:

__ Pois é, sou muito bem tratado e cuidado, pois as pessoas poupam-me da sujeira, limpando os pés primeiro em você. Assim posso conservar sempre vivas as minhas cores e o meu macio. Não suportaria ser como você, frequentemente recebendo a sujeira dos outros, pisado e maltratado.

Algum tempo depois, houve uma grande enchente naquele local. Muitas casas form atingidas, inclusive aquela onde moravam o tapete e o capacho. Apos a tempestade, os moradores uniram-se em multidão para fazer a limpeza no local. Encontraram o tapete e o capacho cheios de lama. Na tentativa de recuperá-los, lavaram os dois igualmente. Entretanto, notaram que o capacho, por ser mais resistente, voltou ao que era antes, ao passo que o tapete, não acostumado com os revezes da vida, não suportou a situação: ficou irrecuperável. E como perdeu a sua função, foi jogado no lixo.

MORAL DA HISTORIA:

Muitas pessoas preferem ser tapete a capacho, isto é, preferem ser poupadas dos problemas, das dificuldades, pensando ser mais vantajoso viver assim. Entretanto, quando chegam os revezes da vida, não estão preparados para enfrenta-los. Sentem-se fracas, incapazes de se recuperarem.

Na vida, algumas vezes é melhor ser capacho do que ser tapete.
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Sexta-feira, 10 de Maio de 2013

A CRISE E OS TRABALHADORES

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18 Março 2009 - 09h00

Cozido à portuguesa

O capital e o trabalho

Nesta crise, os milionários perdem milhões, os trabalhadores perdem os empregos.

Nas últimas semanas, multiplicaram-se as notícias sobre as colossais perdas de muitos milionários mundiais. Abramovich perdeu 23 biliões de dólares; Buffet, um dos mais bem sucedidos especuladores financeiros de sempre, 16 biliões de dólares; e mesmo os nossos milionários – Américo Amorim, Belmiro de Azevedo ou Joe Berardo – foram fortemente delapidados pela megacrise.

Nada disto é inesperado. A maior parte das fortunas dos últimos vinte anos foi sempre avaliada pelo preço das acções nas bolsas. Enquanto as acções valiam muito, os seus titulares eram "mega-ricos". Mal as bolsas afocinharam a pique, as fortunas mirraram. Uma fortuna é aliás como a Lua, ora cresce, ora mingua. Principalmente, se essa fortuna se baseia em activos financeiros. Nas últimas décadas, foi esse o caso. As economias reais do mundo Ocidental cresciam entre dois a seis por cento ao ano; enquanto as economias financeiras desses mesmos países explodiam! O crédito fácil, a alavancagem financeira, os hedge funds e muitos mais mecanismos criaram fortunas colossais do nada! Como por milagre, e na maior parte das vezes sem qualquer mérito ou inteligência, muitas pessoas ficaram milionárias com a orgia financeira.

Infelizmente, essa não foi uma riqueza bem distribuída. No Ocidente, uma das consequências mais graves desta efémera bonança foi o aumento grave das desigualdades. Os muito ricos ficaram ainda mais ricos, mas os menos ricos não melhoraram assim tanto, e quando o conseguiram foi também devido ao crédito fácil. Ou seja, os rendimentos do capital geraram ganhos extraordinários, mas o mesmo não se passou com os rendimentos do trabalho, que ainda por cima pagavam com a carga fiscal quase toda. O capital ganhou muito, mas o trabalho nem por isso.

No entanto, agora que a bonança acabou, o que se verifica é que perdem todos. Quando as coisas correm mal, os milionários perdem milhões, mas os trabalhadores perdem os seus empregos. Não é preciso ser muito inteligente, nem invejoso, para perceber quem fica em situação pior. Um milionário, mesmo que perca metade da sua fortuna, continua muito bem. Um trabalhador, se perder o emprego, perde um dos pilares da sua vida.

A prazo, se o desemprego explodir, como ameaça explodir, a raiva social e política vai basear-se nestas coisas. As forças do trabalho vão revoltar-se, exigindo que sejam os ricos a pagar a crise. O capital que ainda existe que se prepare. Ninguém terá pena de milionários, ainda por cima quando são poucos os impostos pagos nas suas aventuras financeiras.

Domingos Amaral, Director da 'GQ'
publicado por luzdequeijas às 23:21
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SER CAPACHO

Esta expressão tem uma carga altamente pejorativa quando relacionada com pessoas. Em boa verdade se chama “capacho” a um objeto que fica à nossa porta, sem sequer pretender entrar, e que nos presta um valioso serviço. Com a sua ajuda a sujidade pode ser retida de uma forma eficiente no exterior colocandocapachos” adequados nas entradas. Ao contrário, chama-se “capacho” a alguém que se deixa pisar por falta de vontade sistemática na defesa da sua razão! Mesmo quando presta ao alheio serviços inestimáveis! Não será por acaso que nos tempos que correm se acabaram as chaves por baixo docapacho”, se acabaram as portas fechadas somente no trinco e acabou-se também a entrega de chaves a inúmeras pessoas relativamente desconhecidas, mas confiáveis. Sim, o capacho livrava-nos da sujidade, mas hoje excluímos os capachos e tapetes da nossa confiança pessoal!

De fato o mundo mudou, não certamente para melhor. Continuamos a pisar o capacho sem sequer nos apercebermos do alto serviço que nos presta e, por má formação nossa, chamamos às pessoas de bom caráter e coração puro, de capachos. Ao contrário, não hesitamos em dispensar atenções aos aduladores baratos, frívolos e oportunistas. Isto significa que a nossa comunidade deixou de ser um capacho eficiente, ou seja, deixou de nos proteger da sujidade que enlameia meio-mundo! A nossa comunidade deixou de entender que ser bom, não significa ser "capacho" ou tolo. Afinal, o que reina na nossa comunidade, no mundo de hoje, é o tão conhecido “chico-espertismo”. As altas instâncias esqueceram-se que a sujidade que a todos enlameia, pode ser retida de uma forma eficiente colocando capachos adequados e de confiança nas nossas entradas, ou seja, valorizando e não menosprezando os capachos de bons sentimentos!

publicado por luzdequeijas às 19:43
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Quinta-feira, 9 de Maio de 2013

TEMOS DE ACREDITAR ....

As Pessoas, será ponto assente que a principal riqueza de um País ou de uma instituição, seja empresa ou serviço público, são as pessoas que nelas vivem e trabalham.

A nova geração, ou sejam os nossos netos, viverão um novo "boom" longo como aquele que ocorreu entre 1942 e 1968 ou tal como o que aconteceu entre 1902 e 1929.

O próximo "boom" longo, entre 2023 e 2040, desenvolverá, ainda mais, estas tecnologias, estilos de vida e modelos de negócio até atingirem a saturação no mercado de massas, exatamente como aconteceu entre os anos 40 e 70 do século XX. A biotecnologia, tal como as baterias de hidrogénio, serão grandes motores deste "boom".

 

 

publicado por luzdequeijas às 19:15
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A NOVA ECONOMIA

Não fiquemos de boca aberta. A Nova Economia não está morta. Diz-se que vai haver um segundo "boom". A Internet, a Web, o telemóvel e a banda larga entrarão num percurso imparável - passarão a valores  próximo da  total penetração nos mercados dos países mais desenvolvidos atingindo mesmo a massificação por volta de meados/final desta primeira década do século XXI.

Telecomunicações e transportes.

Desenvolvimentos tecnológicos nas telecomunicações: TV, vídeo, fax, telefonia móvel, Internet, estradas e redes de informação; desenvolvimentos tecnológicos nos transportes: aviões, comboios de alta velocidade, automóveis de baixo consumo, bicicleta; consequência: o bombardeio da informação e da publicidade, a aldeia global, a progressiva não-habitabilidade das cidades; reflexões éticas sobre o controle da informação e a criação de opinião.

Ciência, tecnologia e sociedade no mundo desenvolvido

A energia. Desenvolvimento científico; desenvolvimento tecnológico: energias contaminantes e energias alternativas; o controle da investigação energética; problema da ciência militarizada; a necessidade da participação dos cidadãos na tomada de decisões; consequências económicas e do meio ambiente; ética nuclear e ética do meio ambiente.

A produção industrial. Desenvolvimentos tecnológicos: automatização da produção (informática, robótica…); consequências sócio - económicas; industrialização e desindustrialização; terceirização; crises no Estado de bem-estar social; consumo e desemprego; desequilíbrios em nível mundial: primeiro e terceiro mundos; reflexão ética e política sobre um problema social.

Saúde e demografia. Desenvolvimentos científicos: a Biologia e a Genética modernas; desenvolvimentos tecnológicos: a Medicina moderna (vacinas, novas técnicas cirúrgicas, controle da natalidade) e a Engenharia genética; o controle da investigação e da fixação de prioridades; a influência da ideologia; consequências; controle da mortalidade e explosão demográfica; políticas de controle da natalidade; escassez e progressivo esgotamento de recursos naturais.

Estas profundas mudanças económicas atingirão de forma particularmente violenta, a população activa com baixos níveis de escolaridade onde os houver, a qual passou a concorrer no mercado de trabalho com imigrantes de todo o mundo. A educação passou a ser de facto um capital ainda mais socialmente valorizado pelas famílias.

As Pessoas, será ponto assente que a principal riqueza de um País ou de uma instituição, seja empresa ou serviço público, são as pessoas que nelas vivem e trabalham. Esperamos para ver .... ....

publicado por luzdequeijas às 19:11
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O FUTURO DO MUNDO

Finalmente deixo a pergunta : Alguém, neste momento, respeita em Portugal a história e a dignidade de cada pessoa ? Essa não é certamente uma constante, como deveria ser.

Os atropelos a esses paradigmas, são contínuos !

Com o trágico adiamento dos desafios que se colocam a Portugal, muito  pacatamente, dentro de momentos, a quase totalidade da população portuguesa estará atolada no “ Limiar da Pobreza “ material e moral. Não é pessimismo e também não é fingindo que tudo está bem que se consegue dar a volta aos inúmeros problemas que afligem Portugal.

É urgente um grande projecto mobilizador, depois de uma grande vassourada em todas as causas que originam este contínuo flagelo de cada vez mais se pedir ao povo redobrados sacrifícios. Um projeto mobilizador só vem através de uma sábia mobilização de todos nós, levada a cabo por quem tiver autoridade e carisma para a fazer. Enquanto isso, não poderemos perder tempo a prepararmo-nos para a globalização. Ela está aí em força! Se nos atrasarmos nunca mais acertaremos o passo com o futuro que alguns dizem estar para vir : Qual será o Futuro no Mundo ?

publicado por luzdequeijas às 17:46
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A SOCIEDADE CIVIL E A FAMÍLIA

As instituições publicas têm sido em Portugal “monstros sagrados”. Esmagam a Sociedade civil, através do pagamento de impostos que ela não pode pagar !

Nada têm a ver com ela. Existem, não para servir a sociedade civil, mas para servir os inúmeros interesses e aligeirar as estatísticas. 

Por lá passam todo o tipo de interesses. Também a corrupção e os vícios do sistema político. Também a falta de transparência que é nacional. Também os privilégios dos defensores do “Estado Patrão”.

Tudo isto não é pessimismo é ir ao fundo do poço e sem essa viagem, as coisas não se alteram. Foi o povo mais desprotegido, que se habituou a resistir e a desconfiar de um Estado professoral e intrometido, que manteve sentimentos correspondentes ao que hoje a esquerda chama, com horror, de “neoliberalismo”.

Desde sempre foi este poder estatal o causador do endividamento crónico do Estado, da inflação e das ameaças de bancarrota. Não o povo.

Só em 2006 a nossa divida pública cresceu cerca de 7 mil milhões de euros!

De facto este país subsiste. Felizmente também subsistem aqueles que pagam o esbanjamento dos políticos. A sua incompetência. Os custos materiais e morais da corrupção!

É este o povo autêntico. É este povo anónimo que os políticos devem saber ouvir, entender e respeitar.

A razão e a verdade está com ele. Mas continua a ser sobre ele que o travão da despesa pública está a funcionar arrasando o poder de compra das famílias!

E a derrapagem das contas públicas lá vai, pelos vistos, de despiste em despiste até ao desastre inevitável.

Os exemplos da possibilidade de entrega das decisões à “Sociedade Civil” podiam-se desdobrar até à exaustão. Com o seu aumento viria a confiança dessa “Sociedade Civil” .

Já foi dito.

Viria a sua auto - estima e com ela viria também um enorme capital social. Viria a inovação. Até viria a produtividade na economia. Os valores desaparecidos no gigantismo das instituições públicas e de um Estado irrealista, ressurgiriam indubitavelmente também, tanto a nível dos serviços prestados, como no desempenho de cada cidadão servidor da comunidade. Estaríamos de regresso aos verdadeiros valores e ao mérito com a possibilidade constante do seu aproveitamento e reconhecimento.

Só aqueles, que mais não podem ver que as sombras provocadas e impostas pelos defensores do ensino e da saúde unificados e de uma política estruturada de cima para baixo, farão questão de classificar o caminho descrito como mera utopia.

Não querem a mudança e por isso são relativistas. Por isso querem continuar a dizer que todos os valores ( o bem, o trabalho, a lealdade, a justiça, a verdade, a família etc. ), são arbitrários e relativos.

Continuam a querem um «Homem Novo», à semelhança do produto da clonagem.

Todos iguais. Moldados à sua vontade. A Sociedade Cívil prefer os valores e a família.

publicado por luzdequeijas às 17:34
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Quarta-feira, 8 de Maio de 2013

A PAIXÃO DO BETÃO

Artigo de opinião

Nas últimas décadas deu-se uma verdadeira explosão urbanística no País, concentrada no faixa litoral entre Viana do Castelo e Setúbal e no litoral algarvio. Em pouco mais de 30 anos Portugal fez a transição rural-urbano que os outros países europeus fizeram em mais de um século, opondo um litoral com ganhos populacionais a um interior cada vez mais desertificado.  

A urbanização acelerada da sociedade portuguesa teve efeitos visíveis e deixou marcas profundas na configuração e imagem do território. A expansão urbana registada foi frequentemente caótica e desordenada, evidenciando as inconsistências do planeamento territorial e urbanístico. Também vários factores, como a arquitectura das construções, a articulação com o tecido urbano existente ou a dotação de infra-estruturas básicas, espaços verdes e acessibilidades não foram suficientemente valorizados, em prejuízo da qualidade de vida das populações.

De acordo com o Recenseamento da População e da Habitação, o número de alojamentos tem crescido significativamente, a ritmos muito superiores às carências habitacionais quantitativas existentes a cada momento, (entre 1971 e 2001 foi construído 63% do parque habitacional, sendo que em 2001 existiam, em média, 1.4 alojamentos por família, face a 1.3 em 1991 e 1.2 em 1981).

Ao contrário do que seria expectável, além de continuarem a existir muitas pessoas sem acesso a habitação condigna, este aumento do parque habitacional foi acompanhado pela subida do preço dos imóveis e, consequentemente, do incremento do valor médio dos encargos associados à aquisição de habitação própria permanente, sobretudo para os alojamentos construídos após 1970 (com a generalização da aquisição de casa própria, cresceu muito a proporção de proprietários com encargos financeiros e em situação de endividamento perante as instituições de crédito).

Os alojamentos vagos ocupavam em 2001 uma fatia de 11%, ou seja, representavam cerca de meio milhão num parque de cinco milhões de alojamentos clássicos, encontrando-se concentrados nas construções novas (1996-2001) e nos alojamentos vetustos construídos antes de 1919, sendo estes os mais atingidos pela degradação física, com cerca de 54% (291 mil) a necessitar de reparações.

Apesar destes dados, continua-se a verificar um grande crescimento do solo classificado como urbano (através da alteração dos PDM´s), muito superior ao do próprio parque habitacional efectivamente construído. Aliás, Portugal é o país da Europa que menos reabilita e onde a nova construção tem mais peso, cerca de 90,5% numa média europeia de 52,5%. O investimento em reabilitação urbana é de 5,66% do total dos investimentos em construção, enquanto a média europeia é de 33%.

Tal deve-se, em grande parte, ao facto de não existirem mecanismos legais que regulem o mercado do solo e de habitação, pondo fim aos esquemas de especulação fundiária e imobiliária, sobretudo por via das mais-valias originadas, que se aliam ao actual regime de financiamento autárquico.

Esta apetência urbanística, concretizada ou não em edificações, deve-se ao facto do solo, detendo um carácter patrimonial e não sendo uma mercadoria como outras (cujos valores são sensíveis aos fluxos de produção e consumo), valorizar-se devido a expectativas de "criação de valor" do investimento de capital, que se traduzem numa componente especulativa ou virtual no seu valor final.

É esta componente especulativa de "criação de valor" que dá origem às mais-valias urbanísticas, que podem resultar de:

- Decisões administrativas resultantes dos processos de planeamento, de competência e iniciativa pública, que realizam a alteração de classificação do solo de rústico para urbano ou, no solo urbano, a reconversão de usos, de serviços ou comércio para habitacional, ou ainda o aumento dos índices de construção (mais-valias simples);

- Transformações que ocorrem na estrutura territorial onde o prédio se integra, de iniciativa pública (exemplo, obras públicas) ou privada, sem que neste tenha ocorrido qualquer tipo de melhoramento ou transformação (mais-valias indirectas);

- Eventuais acréscimos de valor entre a venda de um prédio e o montante da sua compra pelo proprietário actual, nomeadamente por benfeitorias realizadas pelo proprietário (mais-valias impróprias).

Ora, o regime jurídico-administrativo português concede o direito de loteamento e urbanização aos privados (desde 1965), bem como a captura privada de todas as mais-valias urbanísticas, mesmo as que derivaram de actos estritos da administração pública (é totalmente omisso nesta questão). Além disso, não prevê a penalização da sub-utilização e da retenção especulativa dos imóveis urbanos e rústicos.

Este quadro legal faz forte pressão para que os particulares procedam ao loteamento dos seus terrenos urbanos (sem que procedam necessariamente à sua edificação) ou retenham os solos rústicos (e também os urbanos) à espera do aumento o valor do solo, levando ao crescimento do negócio altamente lucrativo da especulação fundiária (muito aproveitada por grandes grupos económicos) e a fenómenos de corrupção (em especial nas autarquias). Daqui resultam as profundas desigualdades sociais no acesso à habitação e aos serviços urbanos, bem como a desqualificação territorial e ambiental generalizada. Os resultados são desastrosos para o ordenamento do território e para os custos e a qualidade da habitação e dos equipamentos construídos.

A expansão das áreas metropolitanas para a periferia (num crescimento desarticulado em "mancha de óleo") tem sido expressiva deste fenómeno de apetências urbanísticas, as quais têm levado a um evidente desordenamento do tecido urbano:

- Nas áreas urbanas centrais os agentes de renovação urbana são aqueles que procuram aumentar o valor do solo através da (1) reconversão de usos e do (2) aumento dos índices de utilização.

- Nas áreas periféricas, tendo em consideração que o valor do solo aumenta por proximidade ao centro urbano devido a um acréscimo de procuras adventícias que competem nos usos expectáveis e instalados, os agentes são, de modo geral, (1) os proprietários rurais, que aguardam a subida do preço do mercado dos seus terrenos para os venderem ou lotearem, deixando-os frequentemente ao abandono para proporcionar a máxima disponibilidade para transacções de oportunidade, (2) os proprietários intermédios, que encaram o solo como um bem de aplicação de capital, comprando e retendo o solo rústico, geralmente sem lhe darem utilização, para depois o venderem com grandes lucros, e (3) os promotores, que são quem efectivamente faz pressão para que se realize a transformação do solo de rústico em urbano para operações de loteamento e/ou obras de edificação e frequentemente adquirem áreas superiores àquelas onde pensam intervir, na tentativa de controlar a oferta.

É preciso uma Lei de Solos que atribua primazia ao princípio do interesse público e da função social da propriedade fundiária, efectivando o controlo e programação pública do uso do solo, bem como que as mais-valias urbanísticas resultantes de meras decisões administrativas sejam públicas. É preciso também contrariar a visão expansionista dos espaços urbanos com uma perspectiva de planificação e reabilitação urbana, que articule de forma equilibrada e sustentável todo o tecido urbano e o torne um espaço de qualidade para ser vivido e partilhado pelas pessoas.   

Rita Calvário

 

publicado por luzdequeijas às 16:16
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UM PAÍS À IMAGEM DA ESQUERDA

DECORRIA O ANO 2008

O mundo está em mudança acelerada e Portugal tem pela frente a recuperação, em relação aos outros países da UE, acompanhada das grandes mudanças e desafios que estão em curso em todos os continentes. Para tal, terá que conseguir vencer os "bloqueios " que paralisam o nosso país, rapidamente, e acima de tudo, com uma liderança sábia. Não está a acontecer ! Vejamos os maiores bloqueios:

Administração pública. Os serviços públicos (centrais ou locais) não foram capazes de acompanhar as mudanças que ocorreram no país. Herdeiros de uma tradição colonial, continuaram distantes da população e das suas necessidades. Na saúde, educação ou gestão local, por exemplo, presta um serviço medíocre face aos enormes recursos que consome. Toda a administração pública portuguesa está repleta de dirigentes pouco qualificados, serviços e procedimentos inúteis. Funcionários públicos, totalmente desmotivados.  

.20 % em risco. 1/5 da população portuguesa apresenta graves problemas de inserção social ou dificuldades em acompanhar as mudanças em curso. As causas são múltiplas: baixa e má escolaridade, idade avançada, isolamento, dificuldades de integração social de minorias étnicas (ciganos, africanos), etc.
O primeiro-ministro José Sócrates sabe bem que voltar a "aproximar Portugal do nível de vida dos países mais desenvolvidos da Europa", objectivo que definiu na sua intervenção de Natal do 1.º ano do seu mandato, depende menos dele e da sua equipa, que da sociedade portuguesa e da própria Europa. Por muito optimismo que se queira imprimir à sociedade, há estruturas que não se conseguem mudar nem em duas legislaturas.
Assistimos, neste momento, exactamente à demonstração dessas dificuldades. Para impor as necessárias medidas de correcção, o partido socialista tem, como bons, os seus métodos. Marcha em frente, só parando para ganhar as próximas eleições. Greves nunca antes vistas, contestação generalizada ! Mas, calada e neutralizada pelos media !
O primeiro-ministro sempre em postura arrogante, não consegue dar as mãos à sociedade civil. Não, apoia-se na comunicação social, que domina por completo, mas não tem humildade para dialogar, para mudar, um pouco, o rumo da sua tragectória etc. Apoia-se no grande capital ! Com linguagem de esquerda ! Deseja ardentemente o betão ! A via das PME é mais segura para o país !
Quanto à oposição que, neste momento, apresenta boas sugestões, o PS e o PM, arrasam-na, com demagogia, e a lealdade total dos média ! Estes, estão a prestar um mau serviço à democracia e ao país. Há de facto outros métodos e soluções que eles querem ignorar. Porque estão demasiado agarrados ao poder. Com a crise internacional e as medidas  tomadas, estamos a cair num perigoso " capitalismo de Estado " ! Perto de Hugo Chaves! Há semelhanças, muito perigosas . 
O Presidente Cavaco Silva, seu companheiro e cúmplice nas actuais reformas, enfrentou essas dificuldades nos seus dez anos de Governo. As mudanças que dependiam de actuação legislativa, como foram a reestruturação do sector financeiro, a privatização e a desregulamentação da economia, concretizaram-se. Aquelas que estavam nas mãos da sociedade, como a qualificação educativa e profissional de cada um e a organização mais produtiva das empresas e do Estado, falharam. E é destas que depende hoje, como nunca, o desenvolvimento do País. E é nestas que estão hoje centradas as actuações do Governo de José Sócrates. Sem avanços, talvez até com recuos e muitos danos causados ao país! Não há mobilização !

Todos sabemos que a situação que se vive em Portugal não é fácil. Podemos estar condenados a ser uma das regiões mais pobres da União Europeia. Pior do que isso, ainda não estamos fora do perigoso caminho do retrocesso, de acabar pior do que começámos esta legislatura.A comunicação social, quer, a continuação deste estado de coisas, por razões clubisticas, em vez do altruismo e isenção da informação. Pensando no bem comum!

Estamos agora em 2013 e a comunicação social que era cordata virou um bicho feroz, atacando tudo e todos, desfazendo personagens com "trocadilhos" de mau gosto e o mesmo partido que levou o nosso país à BANCARROTA, só fala (agora) em voltar ao poder sem, no entanto, legar a Portugal uma única ideia para que Portugal recupere do desastre em que o meteram. Agora, mais parece que não temos comunicação social! Como as coisas mudam, montadas numa ideologia bafienta!

publicado por luzdequeijas às 15:59
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POR DETRÁS DOS DIREITOS

 Eis, pois, que se enraíza um poder inorgânico mas real , cujo ímpar estatuto constitucional o brinda com imunidades e impunidades que inexistem em relação aos restantes poderes institucionais do Estado .
 
É que um Governo incapaz pode ser demitido ; um ministro que não paga sisa pode ser demitido pelo chefe do Governo ; um parlamento bloqueado pode ser dissolvido pelo Presidente da República ; e um juiz venal pode ser sancionado pelo Conselho Superior da Magistratura .
 
Todavia, na comunicação Social Pública , em nome de um pluralismo e de uma independência constitucionais que nunca existiram , foram instituídos procedimentos legais bizantinos que bloqueiam a demissão das administrações incompetentes que arruinaram a RTP e que impedem a demissão de directores de programas apostados em faraónicos projectos pessoais de poder .
 
À sombra dos direitos constitucionais imunitários da “ liberdade de imprensa “ , de “ intervenção de jornalistas na orientação editorial “ e no seu direito de elegerem “ conselhos de redacção “ nasceram não as liberdades individuais do jornalista mas sim privilégios feudais para sinecuras do sector que , com a complacência de proprietários e o medo dos administradores , tomaram virtualmente de assalto o “ fabrico de notícias “ , em favor de um “ jornalismo de causas “.
 
Por mero acaso , esse “ establishment “ que promove e despromove jornalistas põe e dispõe dos colunistas de opinião , e ascende a um estatuto público quase senatorial é de esquerda e , desde há dez anos a esta parte , achou “ chic “ recrutar jovens esperanças da extrema esquerda .
 
Sob o signo da liberdade de expressão , a casta dominante do « quarto poder » criou uma faculdade espantosa de fazer e desfazer governos , erguer e pulverizar personalidades , agendar e sepultar causas e , quem sabe , em face do debate europeu , conservar ou desmantelar o próprio País .

Sendo espúrio discutir qualquer forma de controlo jurídico deste fenómeno , haverá que o tratar firme , mas subtilmente , como um problema político .

publicado por luzdequeijas às 15:49
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O DIA DA ESPIGA

O ramo de espiga guarda-se dentro de casa, na cozinha ou na sala, por vezes atrás da porta ou junto de uma imagem religiosa, aí se conservando, servindo de talismã, com «virtudes de protecção e esconjuro», até ao ano seguinte, altura em que é substituído por um novo ramo.

  

                       

 

No Ribatejo, o dia da Espiga é declarado feriado, por ser «o dia mais santo do ano». Também em Évora (Alto Alentejo), da parte da tarde de quinta-feira de Ascensão, algum comércio e serviços encerram as portas, de modo a que os seus funcionários possam cumprir a tradição de colher «o raminho protector e apelativo da abundância».

        

À semelhança de outras cerimónias, manifestações e ritos associados às diferentes festas agrárias anuais, o acto de colher o ramo de espiga – simbolizando ao mesmo tempo um elemento favorecedor da conservação e coesão do lar e do fortalecimento da família – poderá, supostamente, remeter-nos a épocas remotas. Particularmente, quando na Grécia Antiga se efectuavam as celebrações (estabelecidas pelos deuses da Antiguidade) em louvor de Deméter ( a Ceres dos Romanos), deusa da agricultura e das searas, e de sua filha Perséfone (em Roma Prosérpina), deusa do trigo, da germinação, dos rebentos e das folhas. As Festas Demétrias, ou Grandes Eleusínias, realizadas na Primavera na cidade de Elêusis, representavam a subida de Perséfone à Terra, correspondendo à época das colheitas, vestindo-se o solo de verdura e de flores para a receber. As Pequenas Eleusínias, celebradas no Outono, expressavam a descida da deusa ao Inferno, retratando a introdução das sementes na terra.

 

O cerimonial do pão – simbolizado no ramo pelas espigas de trigo, em analogia a Cristo – aparece em certos lugares (embora já raramente) substituído pelo ritual do leite. Caso de Atouguia, ou Atouguia das Cabras (Ribatejo), por ter sido aldeia de muitos rebanhos. Nessas localidades o dia da Espiga tomava a designação de dia do Leite, sendo hábito, outrora, os lavradores oferecerem o leite das suas vacas, cabras e ovelhas, ordenhado na quinta-feira de Ascensão, «aos mais necessitados, ao padre ou a quem lho pedisse», acreditando-se que essa dádiva «protegia o gado da sarna». A crença estendia-se ao queijo fabricado com o leite ordenhado nesse dia crendo-se que tinha o poder de «curar as sezões» (febres causadas por emanações de águas pantanosas).

publicado por luzdequeijas às 15:39
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Terça-feira, 7 de Maio de 2013

ERROS COMETIDOS POR PORTUGAL

A Comissão Europeia (CE) apontou os erros cometidos por Portugal depois de ter  entrado para a Zona Euro, num artigo publicado a fim de alertar os novos Estados-membros que irão aderir à moeda única.

 

O relatório, elaborado pela Comissão Europeia, adverte os novos países que vão entrar na Zona Euro sobre os erros de condução de política verificados em Portugal que fizeram com que à fase da bonança se seguisse a recessão de 2002 e um período de baixas taxas de crescimento, perda de competitividade, défices excessivos, elevadas taxas de endividamento das famílias e da economia em geral.

 
publicado por luzdequeijas às 18:03
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RELATÓRIO DA UE DOS 20 ANOS DE ADESÃO

Balanço da EU sobre os vinte anos de Portugal .

Segundo nos divulga a união europeia, Portugal alterou substancialmente a sua forma de estar no mundo após o seu ingresso no referido bloco.

 O Eurostat, Direcção-Geral de Desenvolvimento Regional DA UNIÃO EUROPÉIA APRESENTA-NOS OS SEGUINTES DADOS:

No total, Portugal recebeu da União Europeia, nos últimos 20 anos, 42.020 milhões de euros de Fundos Estruturais e 6.302 milhões de euros do Fundo de Coesão. Entre 2000 e 2006, 16,5% dos fundos comunitários são canalizados para a “Economia”, 12,6% para o “Emprego, Formação e Desenvolvimento Social”, 12,4% para os “Transportes” e 9,7% para a “Agricultura”.

O investimento em acessibilidades foi muito significativo. Em 1986 havia 196 quilómetros de auto-estradas; hoje há 2.091 quilómetros, que representam 16,5 % do total das infra-estruturas rodoviárias do país.

No que se refere ao Produto Interno Bruto (PIB) a diferença de Portugal relativamente à média da União Europeia diminuiu: o PIB per capita (em Padrão de Poder de Compra) passou dos 54,2% em 1986 para os 68% em 2003 (UE a 15, sem os dez novos Estados Membros). Este último valor representaria, em 2003, 74% da média da UE a 25.

Há 20 anos, a agricultura, a silvicultura e a pesca representavam 9,4% da economia portuguesa (Valor Acrescentado Bruto). Hoje esse valor é de 3,9%. A indústria transformadora representava 25%; hoje está nos 18,2%. Num registo inverso, o peso dos serviços subiu: de 52,5% passaram para 66,9 pontos percentuais.

A taxa de inflação sofreu uma clara descida; dos 11,7% passou para os 2,2%.

As taxas de juro também mudaram radicalmente nos últimos 20 anos. Em 1986, Portugal registava uma taxa na ordem dos 15,8%. Em 2005 esse número desceu até aos 3,4%.


publicado por luzdequeijas às 17:59
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A ADESÃO DE PORTUGAL À UE


A União Europeia reforçou o seu peso enquanto parceiro comercial privilegiado de Portugal. A taxa de exportações para os países da União Europeia subiu dos 57% para os 80% e a das importações passou dos 44, 9% para os 77%.

Há 17 anos, as despesas dos agregados familiares com produtos alimentares, bebidas e tabaco representavam 34,3% do total dos gastos. Em 2000 (data dos últimos dados disponíveis) esse número desceu para os 21,5%. No caso dos transportes subiu de 15,7% para os 18,3%, o mesmo se passando com as despesas relativas a habitação, água e electricidade que aumentaram dos 13,6% para os 19,8%. As despesas com tempos livres e cultura também subiram: dos 5,1% em 1986 chegaram aos 6,6% em 2003.

O número de telefones fixos por 100 habitantes subiu de 15 para 42. No caso dos telemóveis, a taxa de penetração situa-se hoje nos 92,8%, sendo claramente uma das mais altas de toda a União Europeia.

Desde que aderimos à União Europeia, a esperança de vida passou dos 70,3 anos para os 74,5 anos nos homens, e de 77,1 para os 81 anos, nas mulheres.

A taxa de mortalidade infantil, desceu dos 15,8 para os 5,1 por cada mil crianças.

 Hoje há 3,3 médicos por mil habitantes. Há 20 anos esse número era de 2,3.

A percentagem da despesa do PIB em Investigação e Desenvolvimento passou de 26,4% da média europeia para os 40,2%. Em 1986 a despesa representava 0,41 % do PIB. Em 2003 esse número subia para os 0,78%. A meta da Agenda de Lisboa para a União Europeia situa-se nos 3%.

A taxa de escolarização do ensino secundário subiu, nos últimos 16 anos, dos 17,8% para os 62,5%.
No ensino superior, o número de estudantes portugueses em programas Erasmus passou de 25 alunos, em 1986, para os 3.782 alunos em 2004. Até 2004 participaram neste programa 28.139 estudantes.

Há quinze anos a taxa de tratamento de águas residuais era de 34%, hoje é de 82%. Também a percentagem da população servida por Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR’S) aumentou; entre 1997 e 2003 passou de 36% para 56%.

A recolha selectiva de vidro aumentou grandemente nos últimos 15 anos; passou de 12.722 toneladas para as 90.946 toneladas. No caso do cartão a subida foi das 1.415 para as 75.692 toneladas e, no campo das embalagens, o diferencial passou das 484 toneladas para as 6.911 toneladas.

O número de pessoas a fazerem turismo em Portugal (portugueses e estrangeiros) era, há 20 anos, de 5.624.370. Em 2004 esse número atingiu os 10.961.968.

Há 20 anos o saldo migratório do nosso país era claramente negativo, saíram mais 26.949 indivíduos do que aqueles que entraram. Hoje, a diferença entre os que deixam Portugal e os que escolhem o nosso país para residir já é positiva: 47.229 pessoas.

A taxa de acidentes de trabalho por cem mil trabalhadores desceu de 5,9 em 1994 para os 4,0 em 2002. Em 1990 registaram-se 305.512 acidentes, em 2001 esse número chegou aos 244.936.

publicado por luzdequeijas às 17:57
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Segunda-feira, 6 de Maio de 2013

OS REFORMADOS E A AUSTERIDADE

Não se falava de "Pizza Hut" ou "McDonald's", nem de café instantâneo.

- Havia casas onde se compravam coisas por 5 e 10 centavos. Os sorvetes, os bilhetes de autocarros e os refrigerantes, que se chamavam pirolitos, tudo custava 10 centavos.

- Cem escudos dizia-se: "cem mil reis".

No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.

 -"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.

- Vimos aparecer milhares de outras coisas, nunca vistas. Vimos cada uma delas evoluir, não parar de evoluir. Habituámo-nos a aceitar que tudo muda, nem sempre para melhor, mas só pode evoluir na continuidade e com muito suor. Recusaríamos deixar para trás os mais velhos, a vida só pode existir com eles. Sempre com eles, se alguém está a mais são os mais novos que se licenciam sem saber escrever corretamente na sua própria língua! A culpa não é só deles . É da geração revolucionária.

-Quando ouvimos falar de trapalhadas começámos a ficar perplexos e, mais ainda ficámos, quando mais à frente as mesmas coisas passaram a ser tratadas de enganos.

- Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.

- Somos a geração que nasceu nos anos trinta e nos anos quarenta do século passado e que começou a trabalhar respetivamente, nos anos cinquenta e sessenta, sempre antes de ir às “sortes” (tropa) como se dizia então.

- Apanhámos toda a evolução atrás referida e sem ter tido condições de ir para a universidade ou mesmo ao secundário, fora ou dentro do país. Mas, nos anos em que estudámos aprendemos muito, se lhe juntarmos a experiência adquirida,  em valor relativo temos uma licenciatura e em civismo um doutoramento licenciados.

- Não nos manifestámos contra as propinas, embora tivéssemos pago os estudos a muitos alunos e a tudo nos adaptámos. Aprendemos a arranjar e a trabalhar tudo que havia: computadores, televisões, máquinas de lavar, frigoríficos, automóveis, aviões etc., tudo aquilo ( milhares de coisas) que Portugal nunca tinha visto e que em meia dúzia de anos nos invadiram.

- Devemos ter sido a última geração a ter ouvido alguém dizer para se :

“  Produzir e Poupar”.

- As seguintes foram incentivadas a recorrer ao crédito até atingirem o endividamento que é hoje dos mais elevados e escandalosos do mundo! Alguns acreditaram depois da revolução dos cravos que o consumismo trazia a abastança ao país. Mesmo sem produzir !

- Tivemos uma alimentação deficiente e ainda ouvimos falar de “ uma sardinha  para três”. Não tivemos médicos, nem professores, nem tudo aquilo que agora se esbanja para apresentar indicadores de gente rica.

- Os professores, os médicos, os juizes etc. , que havia, não pensavam nos interesses de classe. Pensavam no serviço público que muito os honrava.

- Saímos de casa dos pais cedo, muito cedo, às vezes para muito longe e muitas outras vezes para nunca mais voltar. Roíam as saudades, mas era preciso poupar para enviar “dinheiro” que assegurasse algum sustento aos país já velhinhos e ajudasse a equilibrar as finanças da mãe pátria, já que ela não nos tinha podido ajudar.

- Sempre com Portugal no coração, mesmo sem dinheiro para vir da férias, íamos mandando para cá o pouco que sobrava, ou fazíamos sobrar apertando o cinto. Soubemos mais tarde que era esse pouco de cada um e o muito porque éramos muitos, que ia permitindo ao nosso país manter uns senhores doutores a ganhar bem e a dizer que a culpa do estado do país era nosso, porque não tínhamos estudos! Não há melhor universidade que a vida! Os maiores empresários portugueses e do mundo não tinham cursado, mas Deus deu-lhes o dom de saberem reproduzir a riqueza!

- Íamos mantendo um país que comia muito mais do que aquilo que produzia e assim desequilibrava, anos a fio, a sua balança de pagamentos e as contas do Estado.

- Fizemo-nos empresário espalhados pelo mundo e fomos admirados e respeitados pelo comportamento cívico que soubemos ter . Os nossos filhos respeitaram-nos.

- Nós que aguentámos tantas guerras, como a da Guiné, de Angola, de Timor, de Moçambique, da Índia etc. Quantos de nós lá morreram? Quantos ficaram feridos para sempre ? Quantos perderam o sossego e ganharam noites de insónias sem fim ?

- Quantos vimos desaparecer do conceito de pátria que nos tinham ensinado, partes de Portugal como Goa, Damão e Dio, Macau, Timor, Angola etc. Nós até sabíamos que esses povos supostamente independentes iriam passar um longo calvário e que, no fundo, se consideravam também portugueses, porque nos bancos da escola foi isso que aprenderam.

- Quantos anos temos é o que menos importa, pois, o que mais importa é que temos uma experiência de vida nunca antes alcançada por outra geração anterior ou posterior. Polivalentes, experientes e com uma alma de “ antes quebrar que torcer”.

- Pela experiência de vida que temos, vivemos muitos mais anos que a média de esperança de vida referida nas estatísticas oficiais, mesmo sem os vivermos.

- Nós que do pouco que ganhávamos sempre descontámos para na velhice termos uma reforma e que vemos agora uns senhores doutores reduzirem-na e pôrem em perigo aquilo que nós honestamente conquistámos. Eles que arrecadam reformas chorudas em 4 ou 5 anos de pouco ou nulo trabalho.

- Eles que acumulam erros graves na governação do país a todos os níveis, não os assumem, nem há quem os faça assumir. Erros que somos nós a geração de ouro que paga em sacrifícios e muito sofrimento.

- Os mesmos senhores doutores que nos atiraram para reformas antecipadas que não queríamos. Nós sempre quisemos trabalhar até poder. Quiseram dar o nosso lugar a jovens que dizem ter cursos superiores, mas na realidade pouco sabem e por essa razão o país está e continuará a estar, como todo o mundo sabe. Sempre a pedir cada vez mais sacrifícios.

- Os donos das tais universidades que lecionam cursos sobre tudo e sobre nada, têm os bolsos cheios. Pela sua influência atiraram e continuam a atirar trabalhadores honestos e competentes para a pré-reforma para o negócio continuar a render e qualquer dia somos como o Brasil onde todos são “doutores” e as favelas proliferam num país rico!

- É preciso arranjar trabalho para tanto licenciado desempregado e a segurança social já não tem fundos para suportar maios trabalhadores na pré-reforma. Agora é preciso reduzir centenas e centenas de cursos sobre nada e encaixar nas autarquias milhares de licenciados que a atividade privada não precisa nem quer! Lá vão mais uns milhões em subsídios para colocar licenciados.

- Entretanto recebemos milhares de emigrantes porque os portugueses não sabem ou não querem arranjar torneiras, televisões, barcos etc. Os alunos das estatísticas nacionais sabem de tudo e não sabem de nada. O mercado de trabalho não os quer! Também eles não têm culpa, hoje já nem podem empregar-se na função pública de onde terão que sair muitos milhares de trabalhadores considerados excedentários. Saem por um lado e entram por outro (licenciados estagiários) !

- A Geração de Ouro não pertence às que se lhe seguiram e a quem disseram que o 25 de Abril lhes daria tudo, mesmo sem trabalharem e, disso, muito se orgulha. Entretanto, nascemos e morremos a pagar os erros de outras gerações!

- As outras gerações também não têm culpa, são igualmente vitimas. A culpa será dos poderes de decisão deste país, estejam eles onde estiverem.

publicado por luzdequeijas às 18:26
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A ADESÃO À UE (1986)

A análise dos resultados duma sondagem de opinião realizada em Maio de 1995, permite concluir que a maioria dos eleitores portugueses considera não ter existido alternativa à integração na UE, embora reconheça, por outro lado, que as pescas, a agricultura e o emprego foram prejudicados e os fundos europeus mal aplicados. Em recente inquérito feito às elites política, económica e sindical sobre as representações dos efeitos da adesão à CEE, verifica-se que a esmagadora maioria dos inquiridos valoriza positivamente os primeiros 10 anos de integração europeia. Os efeitos positivos reconhecidos pela maior parte dos inquiridos situam-se nas áreas do consumo, das infra-estruturas, da produção (modernização tecnológica em alguns sectores) e dos direitos dos cidadãos. Os efeitos negativos identificados pela maioria dos inquiridos são o aumento do desemprego, da pobreza e da exclusão social, do trabalho clandestino e das dívidas à segurança social. Parece que o realismo na avaliação do impacto da integração europeia não destruiu o otimismo inicial.

Todavia a União Europeia é, não podia deixar de ser, uma instituição sobre a qual recaem enormes responsabilidades. Das suas estruturas têm saído e irão continuar a sair os necessários planeamentos para uma nova União Europeia. Certamente que têm de ser pensadas as formas mais racionais de uma produção mais equilibrada e competitiva, olhando os recursos e aptidões de cada um dos seus estados membros para uma certa finalidade. Sendo ainda imperioso compatibilizar tudo isso com as necessidades do ambiente e os níveis mínimos doa recursos naturais disponíveis.

Neste caminho não poucos ficaram sem o trabalho que de há muito vinham desenvolvendo, e muitos outros se tiveram de desfazer de arvores de fruto, barcos, animais etc. a troco de magras indemnizações. Muitos outros tiveram de enveredar tardiamente por aprendizagens e práticas que em absoluto desconheciam ou até ficado sem ocupação.

Os empregados da agricultura em 1980 eram 30% da população vinte anos mais tarde eram 4%. Os barcos de pesca foram drasticamente reduzidos. Transportes marítimos, indústrias, e reparação naval foram quase desapareceram. Indústrias de mão-de-obra intensiva, calçado, lanifícios etc. ) depois de um curto crescimento começaram a encerrar ou a deslocalizar. Milhares de trabalhadores passaram a ser sustentados pelo fundo de desemprego ou segurança social.

O influxo de vultuosos fundos comunitários, parcialmente desperdiçados no Fundo Social Europeu,  permitiram  importantes obras infra-estruturais que mudaram a face do país. Iniciou-se o ciclo do betão. Redes de auto-estradas, equipamentos desportivos e uma infinidade de instalações de que o país há muito carecia.

A Introdução do IVA, foi a mais efetiva modernização do sistema fiscal desde o 25 de Abril (1986).

A entrada de Portugal na União Europeia foi a sua verdadeira revolução, mesmo assim passámos do bom aluno da Europa para o mau aluno da Europa nos últimos dez anos.

Entrada em circulação das notas e moedas em euros - 31/12/2001

Economistas dizem que Portugal foi o mais prejudicado com a adesão à moeda única, mas culpam as autoridades pelas políticas erradas que foram seguidas desde 1999, ano em que nasceu o euro.

Portugal foi a economia dos doze que mais perdeu com a adesão ao euro porque não soube acompanhar o processo de integração monetária com políticas adequadas, designadamente económica e orçamental.

Nos anos que antecederam a entrada na zona euro, Portugal conseguiu afinar os indicadores para ser aceite no pelotão da frente. Os juros e a inflação caíram em flecha , mas a política orçamental não só não deu os sinais necessários ao travão da despesa privada como ainda agravou a situação. Com isto a procura cresceu mais rapidamente que a oferta e agravou seriamente a competitividade,

A Comissão Europeia (CE) apontou os erros cometidos por Portugal depois de ter  entrado para a Zona Euro, num artigo publicado a fim de alertar os novos Estados-membros que irão aderir à moeda única.

 

O relatório, elaborado pela Comissão Europeia, adverte os novos países que vão entrar na Zona Euro sobre os erros de condução de política verificados em Portugal que fizeram com que à fase da bonança se seguisse a recessão de 2002 e um período de baixas taxas de crescimento, perda de competitividade, défices excessivos, elevadas taxas de endividamento das famílias e da economia em geral.

publicado por luzdequeijas às 18:12
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AS MÁQUINAS DE CALCULAR

 

A humanidade, como já vimos, foi passando aos poucos do imaginário para o pragmático, da especulação para o racional, evoluiu para a aplicação do cálculo (que é essencial para a automação) nas diversas actividades que o homem exercia e exerce. Para tudo isto utilizou diversos dispositivos primitivos, ou seja: a contagem ou o cálculo com os dedos da mão, as cordinhas paralelas com nós para indicar algarismos (na contagem dos rebanhos), os ábacos e, no Oriente, o Soroban, entre outros muitos artifícios isolados, bem antes de chegarem às calculadoras mecânicas. 

Com o surgimento de caracteres, figuras, letras, números etc., e a sua perpetuação em rochas e pergaminho o homem, sem saber, já estava criando e armazenando dados, ou seja, já estava criando princípios de Informática e entrando na utilização das máquinas de calcular.

 

Estas, de início,  funcionavam através de engrenagens mecânicas, e conseguiam realizar somente a soma. No entanto, 52 anos depois, Leibniz aprimorou o invento
de Pascal, de tal forma que a nova "calculadora" mecânica já era capaz de realizar a multiplicação, além da soma.

Apesar disso, é somente a partir de 1820 que as máquinas de calcular mecânicas começaram a ser amplamente utilizadas. Já nesta época, Charles de Colmar  inventa uma nova calculadora, que consegue realizar todas as quatro operações aritméticas básicas: soma, subtração, divisão e multiplicação. E esta era a situação em que se estava até à I Guerra Mundial, na era da computação mecânica.                                  

publicado por luzdequeijas às 18:08
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FIM DO PERÍODO

Por volta de 1300 a população europeia teria atingido aproximadamente 100 milhões de pessoas e, segundo alguns, o continente estava superpovoado. Ocorre, então, uma sensível pioria climática. Períodos de fome como o de 1315-1317, eventos catastróficos como a Peste Negra, além de conflitos como a Guerra dos cem anos, causam abalos nas estruturas da sociedade e trazem um forte baque no ciclo de prosperidade que se havia instalado. Algum tempo depois esse baque seria superado, mas então já estaremos na transição da Idade Média para a Idade Moderna, com o Renascimento Italiano.

A partir do século XII, a Europa expandiu - se e a vida cultural desloca - se dos mosteiros. Em meados do século XIII, estavam funcionando várias universidades: Paris, Montpellier, Oxford, Cambridge, Bolónia, Salerno, Palencia e Salamanca.

O ensino era em latim e o instrumento básico era o livro. Devido ao desenvolvimento criado por essas universidades, houve a necessidade de dispor novos textos corretamente escritos no menor tempo possível e a baixo preço, criando a figura do estacionário, pessoa encarregada de conservar os exemplares, fazendo com que a difusão fosse realizada com a máxima fidelidade possível. As cópias eram feitas pelos próprios estudantes ou confiadas aos encadernadores , que existiam geralmente ligados às universidades.

Começa a ser criada a profissão dedicada a fazer  livros, onde se desenvolve o ofício das artes aplicadas: caligrafia, iluminação e encadernação. A partir daí, o livro passa a converter – se  num objecto de ostentação, criando-se verdadeiras obras de arte com a colaboração dos mais destacados artistas da época onde o texto é relegado para segundo plano.

Em fins do século XIII, começa uma das revoluções mais transcendentes da história do livro: o aparecimento do papel. A produção do papel será feita com trapos de linho e cânhamo. Os materiais que predominam na encadernação são peles, que procuram conservar seu valor natural. A decoração é completada com um traçado de três filetes grossos no meio dos quais se estampam os ferros a frio, formando quadros que eram marcados com figuras de santos, emblemas, flores estilizadas e folhas.

Entre o século XIII e o XV, desenvolve - se em toda a Europa a encadernação gótica e durante todo século XVI, os manuscritos são luxuosos, convivendo com livros populares com o objectivo de satisfazer todos os gostos e necessidades.

Com o aparecimento do papel, material muito mais barato, a nova tecnologia foi batizada com o nome de "Galáxia Gutenberg" e o manuscrito será uma forma de arte e produto exótico frente à obra mecânica que o tempo se encarregará de converter este invento na maior revolução da história da cultura.

publicado por luzdequeijas às 18:05
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SOMOS SERES LINEARES

EM 2000 começou o terceiro milénio?

O terceiro milénio teve início, oficialmente, no dia 1.º de janeiro de 2001. Mas até lá  muito houve que celebrar : o ano 2000 por ser o último de um período de mil anos estabelecido pelo sistema de contagem de Dionísio Exiguus no século VI. Dionísio formulou o seu método antes da adoção do conceito do número zero - definiu, portanto, que o nascimento de Jesus ocorrera no ano 1. A partir daí, estabeleceu-se que um século só termina ao fim do 100.º  ano.

Apesar da evidência histórica de que Jesus provavelmente tenha nascido quatro ou cinco anos antes do ano 1 d.C., o Vaticano, em Roma, respeita o jubileu do ano 2000. Algumas seitas cristãs milenares estão antecipando o retorno triunfal de Jesus e a batalha final entre o Bem e o Mal, como os seus tementes predecessores o fizeram quando o calendário mudou de 999 para 1000. Tudo em virtude do tempo e do modo aleatório como às vezes o medimos.
Eis uma definição ampla de tempo, extraída do Oxford English Dictionary: " Uma extensão finita de uma existência contínua". O lapso de tempo correspondente à expectativa média de vida entre as mulheres (79 anos), por exemplo, ou do mosquito Anopheles (de 7 a 10 dias). "Uma das primeiras coisas de que tomamos consciência quando nos tornamos conscientes é da passagem do tempo", diz David Ewing Duncan, autor de um livro sobre a evolução dos calendários. "A razão é simples: nascemos e depois morremos, somos seres lineares." E cedo incorporamos a consciência do tempo na nossa vida e na nossa cultura. O nosso linguajar quotidiano está cheio disto: tempo de vida, bons tempos, maus tempos, há muito tempo que não o vejo, o tempo trabalha a nosso favor, parece que foi ontem ."O tempo está presente em toda a infraestrutura da sociedade", diz o astrónomo Dennis McCarthy, diretor de Tempo do Observatório Naval dos Estados Unidos, em Washington. Essa instituição, criada em 1830 para auxiliar a navegação marítima, determinou o tempo ao medir a lenta rotação de nosso planeta. Contudo, o movimento de rotação da Terra não é exacto; uma tempestade sobre o Pacífico, investindo contra as Montanhas Rochosas, por exemplo, pode literalmente reduzir a velocidade do planeta. Hoje, os 70 relógios instalados nesse observatório medem muito mais rigorosamente a passagem dos segundos por meio da ressonância de átomos do metal césio. O estabelecimento da média dos tempos de 30 dos mais precisos desses relógios atómicos serviu para criar um padrão com a precisão de um décimo de um bilionésimo de segundo por dia (mais ou menos). O produto resultante - tempo - é "distribuído" via satélite, telefone e Internet a outros cronometristas, cientistas, navegadores, empresas de comunicação e gente que simplesmente quer saber que horas são. A exemplo dos técnicos do Observatório Naval, o restante das pessoas mede o tempo invisível e confere a essas medidas um real significado.

publicado por luzdequeijas às 18:02
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O HOMEM DE CRO-MAGNON

O modo como dimensionamos o tempo depende de onde nos encontramos no universo. A maioria dos historiadores e astrónomos afirma que apenas na Terra os anos 2000 e 2001 têm um significado intrínseco. "A compreensão que temos de um dia ou de um ano é muito localizada", diz a astrónoma Susan Trammell, da Universidade da Carolina do Norte. "A duração de um dia é o tempo que a Terra leva para girar uma vez sobre seu próprio eixo. Mesmo no nosso sistema solar, essa é uma medida relativa."

 

Desse modo, tempo e milénios significam o que nós resolvemos que signifiquem. Bem antes do alvoroço do ano 2000, antes que qualquer um soubesse o que o tempo queria dizer, os homens primitivos começaram a ver ordem nos movimentos da Lua, do Sol e das estrelas. Resolveram que poderiam calcular o tempo. Trinta milénios atrás, o homem de Cro-Magnon, numa região que hoje é a Dordogne, na França, verificou a regularidade das fases da Lua e  anotou - as num osso que resistiu até aos nossos dias. Era uma das primeiras tentativas de montar um calendário. Era mais do que simplesmente um truque inteligente. Vidas dependiam dele.
Os egípcios, há 6 mil anos, foram os primeiros a imaginar algo parecido com os calendários atuais. Os camponeses que viviam nas margens do Rio Nilo  deram conta de que esse vital curso d'água inundava a intervalos previsíveis. Essa observação, diz Duncan, transformou-se num dos mais comuns e antigos calendários solares, permitindo aos agricultores planear, plantar e colher nos intervalos entre as cheias.

O sistema de plantio media o ano solar. Calculava os ciclos de arrefecimento planetário (a neve caindo das montanhas nas nascentes dos rios) e de aquecimento (a neve derretendo e inundando o Nilo) à medida que o eixo da Terra se inclinava na sua órbita ao redor do Sol. Logo depois, astrónomos egípcios calcularam a duração de uma órbita - o que nós agora denominamos "ano" - em 365 dias e seis horas, somente 11 minutos e 12 segundos mais do que o padrão actual. "Toda a cultura, não importa quão sofisticada seja, tem alguma forma de marcar a passagem do tempo", afirma Duncan.

publicado por luzdequeijas às 17:59
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Domingo, 5 de Maio de 2013

CONCERTAÇÃO ESTRATÉGICA

José Sócrates liderou o PS nas eleições legislativas de 2005 e foi cabeça de lista pelo distrito de Castelo Branco. Ganha as eleições com maioria absoluta, tornou-se primeiro-ministro de Portugal a 12 de Março de 2005.

O novo primeiro ministro tinha sido um dos principais colaboradores na governação de António Guterres. Esqueceu o pântano e o monstro que ajudou a crescer, e agora vai ter que os agarrar, mesmo com uma máquina de grande habilidade propagandística, não vai ser fácil. A vida dá muitas voltas !

Os Tempos da Concertação Estratégica

Há uns tempos atrás estes erros eram chamados de “trapalhadas”, hoje com o ex - primeiro ministro que mais se queixou das “Forças de Bloqueio” e solicitou que o “Deixassem Trabalhar” como Presidente da República, as mesmas coisas são chamadas de erros. É isto a concertação estratégica !

Contas erradas no orçamento de Estado VS. Trapalhadas

Os valores das transferências para os municípios no orçamento de Estado para 2007, não correspondem ao mapa publicado no “ Diário da República”. As autarquias ficam assim sem saber as verbas a que têm direito em 2007.

publicado por luzdequeijas às 22:50
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INTUIR A VONTADE DO POVO

 

Pelos vistos o “ Monstro” que amedrontava Cavaco, não metia medo a Sampaio !

Durão Barroso é convidado para ser o Presidente da União Europeia e depois de várias consultas aceita.

O Presidente da República nomeia para primeiro ministro a pessoa que o partido que tinha ganho as últimas eleições indicou, ou seja, Santana Lopes.

Decorridos menos de seis meses dissolve a Assembleia da República e convoca novas eleições. Havendo uma larga maioria !

Esta medida ocasionou muita contestação, quando o último governo de Guterres não foi por ele demitido, apesar do pântano e da falta de uma maioria, e o de Santana Lopes foi quando havia uma larga maioria! O Presidente da República afirma ter intuído a vontade do povo. Mas o povo vota sempre contra qualquer governo que o faça apertar o cinto.

O povo julga sempre, quando descontente, que mudando as coisas melhoram!

publicado por luzdequeijas às 22:45
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O PÃNTANO POLÍTICO

 

"É meu dever, perante Portugal, evitar esse pântano político".

Ao proferir esta frase António Guterres abandonou o governo e deu origem a novas eleições que viriam a ser ganhas por Durão Barroso.

Os portugueses tinham interiorizado o estado em que estava o país, embora o Presidente da República não o tivesse feito ! Não houve dissolução da A. R. Em devido tempo!

Durão Barroso recebe um presente envenenado, principalmente quando é obrigado a reduzir o défice público abaixo dos três por cento num só ano, quando ele se encontrava em 4.2 %. Queixou-se então o primeiro ministro Durão Barroso de ter encontrado o país de “ tanga” e desta expressão se aproveitou a oposição para denegrir o 1. º ministro até, aos poucos, banalizar essa verdade e fazer esquecer tal facto, que de resto ainda hoje continua. Desviando a sua atenção, os portugueses foram induzidos a procurar os responsáveis no lugar errado.

A ministra das finanças é obrigada a inventar receitas com a venda de bens do Património do Estado, às vezes até fazendo óptimos negócios, mas a feroz oposição socialista e comunista fazem de novo aquilo que sabem fazer, oposição impiedosa, acusando a ministra de estar a “ vender os anéis “. O próprio Presidente da República lembrou que “ há mais vida para além do défice”, insinuando que queria mais do governo mesmo na situação herdada.

publicado por luzdequeijas às 22:41
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Sábado, 4 de Maio de 2013

MAIS UM DIA DA MÃE

Até pode parecer quase a mesma coisa mas em boa verdade são coisas bem distintas. Uma mulher pode subir muito alto como tal, mas ficar cá em baixo como mãe. Porém o contrário também é verdadeiro.

Ser mãe, nasce de  de uma relação a dois que origina o aparecimento de um novo ser humano e deve dar lugar a uma família, na qual todos têm o seu lugar.

Só que a dimensão da palavra MÃE é muito grande e não há palavras que cheguem para descrevê-la!

Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É levá-lo para a escola e segurar as suas mãos na hora da vacina. Ser mãe é o seu deslumbramento ao ver o filho que trouxe ao mundo, é começar a descobrir as suas características únicas, é observar as suas descobertas. É sentir a sua 

mãozinha procurando a proteção da sua, o seu corpinho aconchegando-se debaixo dos cobertores. Mas ser mãe é acima de tudo não esquecer que houve também um pai.

 

 

Como poderemos então entender que a maioria dos votos expressos no último referendo (2008)      venham de pessoas que entregam a totalidade da responsabilidade de um ser humano vir ao mundo exclusivamente à mãe ?

Ficou, a mãe, com a liberdade para decidir se quer trazer um filho ao mundo ou se quer desfazer-se dele. Como poderemos compreender que esta decisão venha de um partido que até era governo (2008)?

Como podemos aceitar que um ser vivo e em desenvolvimento, esteja totalmente dependente de uma só pessoa, a mãe?

Se essa mãe acha que o corpo é seu, então, não o partilhe em deleites a partir dos quais o normal é ficar grávida .

Ou saiba controlar tal ocorrência, sem deixar de informar disso o seu parceiro sexual.

É que ele pode mesmo desejar um filho.

Menorizado o papel do pai na opção, fica menorizada a sua responsabilidade no seio da família (como pai) e na sociedade!

A responsabilidade do pai na sociedade, mesmo quando a mãe impuser que esta lhe pague um aborto que ela deseja fazer, por opção sua e só sua, fica menorizada !

O papel do Estado é nulo também, ou melhor é só pagar! Ignorando a defesa de um ser indefeso!

Dizem que este direito é seu porque o corpo é dela! Bom, e se ela chegar junto de um hospital e pedir que lhe cortem um braço que é seu, qual será o dever do hospital ? Cortá-lo ?

Será o passo seguinte o direito à eutanásia para a mulher porque o corpo é seu ?

Esta situação faz sentir-nos invadidos por uma forte preocupação, quando nos apercebemos de que os valores da civilização ocidental estão em perigo, não por uma ameaça exterior, mas por inimigos que convivem connosco, que estão no nosso seio!

São aqueles que, de preferência, atacam sempre os americanos e os outros pilares da nossa civilização como a religião cristã ! Cristo fora das escolas ! reclamam !

Como sempre afirmou Karl Popper as democracias ocidentais fundam-se em valores morais, sem os quais ficarão perdidas e à mercê dos seus inimigos.

Claro que a seguir virão mais medidas do mesmo estilo, aborto totalmente livre, casamentos de homossexuais,  adopção de crianças por tais casais etc.

A juventude de um certo partido já se movimenta.

Mesmo sabendo que milhares de idosos mastigam a comida com as gengivas por terem perdido os seus dentes e o Estado não lhes comparticipar a elevada despesa para ter outros! Igual com os óculos  de que necessitamos para ver e viver!

Mas tal juventude está mesmo preocupada com estes casos ou limita-se a uma fuga em frente? Uma fuga que julga de bom tom e muito de esquerda ? Sempre em nome da igualdade com outros países da Europa !

Pouco lhes importa que na Alemanha ou França etc. os idosos tenham outros direitos garantidos ! Pouco lhes importa a relatividade dos casos! Fala mais alto o egoísmo pessoal, embora não pareça.

Todavia, em quase tudo nos afastamos cada vez mais desses ditos países e malgrado toda a propaganda governamental continuamos na cauda do mundo ocidental em quase tudo e cada vez mais distantes.

Valha-nos ter o aborto livre até às dez semanas para alegremente batermos palmas à morte paga pelos cofres do Estado! É isto a democracia, pode não ser, mesmo quando sai vencedor um quarto da população eleitoral !

 

publicado por luzdequeijas às 12:56
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NOS MEANDROS DO SEGREDO

Já havia sido, segundo parece, por influência de Jorge Sampaio, que foi legislado o recurso aos grupos de cidadãos criarem Movimentos de  Independentes nas eleições autárquicas. Muita gente acreditou, muito sinceramente, que a abertura às candidaturas INDEPENDENTES, poderiam vir a refrear este terrível salto do país para o abismo, em consequência da desastrosa atuação dos partidos e políticos. 

Mesmo quando se referência gente infiltrada nos sindicatos, nas empresas, na Administração Pública, nos partidos, nas escolas, no futebol, nas igrejas, etc., enfim, onde quer que as pessoas se assumam como uma divindade de dupla polaridade! Tal polaridade corrói os princípios basilares de uma sociedade democrática e os valores que se julgam inerentes a uma humanidade digna. Constituem-se, ainda, numa perigosidade, terrivelmente devastadora, montando todo o tipo de corrupção e ilícito. Atropelamentos cívicos e até crimes de vária ordem! Era toda esta situação nebulosa que, certamente, o legislador quereria combater ao elaborar a lei dos eleitos independentes! Melhor dizendo, pôr as autarquias a funcionar com gente fora dos partidos, porque essa, dos partidos, são o ninho do mal-amado sistema.

 

Agora, há militantes dos partidos fora do sistema, mas há independentes a coberto e a soldo do partido e do seu sistema. Há gente que de fora, domina as eleições em que votam os que estão dentro do partido! Afinal, que moralidade há nisto? Independentes e partidos estão, hoje,  entrelaçados. Salta à vista, mesmo para quem não quer ver! E, se por acaso algum independente, que é mesmo independente, é empurrado para liderar um Movimento de Independentes, não tarda a ser, oportunamente, escorraçado pelos independentes que afinal não o são. Será que isto é democracia? Claro que não. É uma grande confusão. Mas é assim mesmo. Então, sendo assim,  porque é que todos se calam e acomodam? 

A resposta não é oportuna. 

Porém, é na vida autárquica que o sistema se mostra mais de perto aos cidadãos, e onde os políticos de serviço, são escrutinados diariamente por estes. É aqui que, sem ler os jornais, ou ouvir os telejornais, muito antes disso, o povo detecta os mínimos sinais de riqueza exterior nos políticos de proximidade. É aqui que o mesmo povo se interroga da razão de certas pessoas, vestidas de políticos, independentes ou não, sem ou com méritos abonados, constarem sempre das listas eleitorais. Curiosamente, muitas vezes, sem assumirem a liderança! São os segundos planos. Esses são os piores! Cuidado, com o número de mandatos que eles fazem!

 

Assine-se o necessário decreto para acabar com os independentes a mandar no sistema e nos partidos. De fora para dentro ou no sentido inverso.

 

Não baralhem mais a cabeça do pobre eleitor. Tudo isto se passa mesmo à frente dos seus olhos! Na mesma terra onde todos se conhecem! Três tipos de candidaturas são hoje possíveis!  Partidos, Coligações de Partidos e Grupos de Cidadãos Independentes. Chegados aqui, será obrigatório perguntar; qual a diferença entre um partido, uma Coligação ou um Movimento de Independentes? Qual a vantagem do aparecimento destes últimos? Considerando a sua interligação com os partidos?

 

Para quem acreditou que os Independentes fariam a diferença, para melhor, e forçariam os partidos a uma desejável regeneração, desiluda-se. Eles, os Independentes, já mandam dentro dos partidos, mas da forma mais imprópria e menos ética. Esta é a política no seu pior, escondida nos meandros sinistros do segredo! Temos que dar uma vassourada nisto tudo e pôr PORTUGAL e os portugueses acima (muito acima) dos interesses que não lhes sevem.Os partidos chegam e sobram, acabe-se com o resto (independentes).

publicado por luzdequeijas às 12:45
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Quarta-feira, 1 de Maio de 2013

AS DESVALORIZAÇÕES DO ESCUDO

PÓS 25 DE ABRIL E A GRANDE INSTABILIDADE SOCIAL CONSEQUENTE

 

A Revolução do 25 de abril ocorreu numa situação de um escudo forte (cerca de 10 escudos para um marco alemão e 25 escudos para um dólar), com reservas de ouro em quantidade apreciável e numa situação de expansão económica.

O choque petrolífero acontecido em 1973 fez estremecer o escudo. A instabilidade social trazida pela revolução de abril (1974) e os aumentos brutais dos vencimentos postos em prática, puseram a economia e o escudo em franca crise. Voltou a haver casos de fome em Portugal. A situação foi corajosamente denunciada pelo bispo de Setúbal, uma das regiões do país onde o problema do desemprego era mais grave. Muitas empresas não pagavam como deviam aos seus empregados, prática que ficou conhecida pelo nome de "salários em atraso".
O certo é que, logo em 1981, irá continuar o rumo descendente da economia. Note-se que agora, se já não era necessário gastar como aquando do regresso dos retornados, era necessário começar a pagar os empréstimos anteriormente feitos, os quais, em finais de 1981, rondavam já os 600 milhões de contos. As reservas cambiais continuavam a descer, em parte devido à "fuga de capitais" provocada pela contínua perda de valor do escudo, e possibilitada pelas novas leis económicas e pelo novo clima social em que se vivia, que tinha deixado de considerar tais práticas como reprováveis. A desvalorização de escudo desta vez é de 12%, à qual se segue uma desvalorização deslizante de 1% ao mês. Tornava-se necessário contrair um novo e grande empréstimo ao Fundo Monetário Internacional, o qual coloca como condições as geralmente propostas por esse organismo: a redução da despesa pública e a diminuição da procura privada.
Assim, em 1986 a situação económica normalizou-se. Portugal chegará entretanto ao fim deste período de instabilidade com algumas feridas: quase 10% de desempregados e um escudo que valia face ao marco alemão seis vezes menos (em relação aos valores de 1974) e sete vezes menos face ao dólar americano, enquanto a dívida pública seria também quase seis vezes superior à de 1976, ou seja, cerca de seis mil milhões de dólares.

Em termos políticos, todo o período entre 1976 e 1986 pode ser caracterizado, tanto na prática como no discurso oficial, pela progressiva eliminação das "conquistas da Revolução" (como afirmava o Partido Comunista) ou, de acordo com Mário Soares, pelo "apertar do cinto" para "viver com aquilo que temos", e por "meter o socialismo na gaveta".

publicado por luzdequeijas às 14:51
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